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Un certain Cervantès

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Cervantès, Mike de son prénom, est un jeune homme plutôt paisible. Pour éviter de menus ennuis avec la police, il s’engage dans l’armée, et part comme GI en Afghanistan. Prisonnier des talibans, évadé, repris, maltraité, il est amputé d’un bras. Exactement comme cet autre Cervantès – Miguel de son prénom de baptême, auteur du célèbre roman publié en 1605, qui perdit l’usage de sa main gauche au cours de la fameuse bataille de Lépante le 7 octobre 1571. Révolté contre la société ultralibérale qui broie les vies des moins riches, Mike part en lutte pour plus de justice, endossant alors au volant de sa Ford Mustang le costume d’un Don Quichotte des temps modernes ! De retour en Arizona, Mike, comme beaucoup de ces "revenants" de la guerre, est déboussolé. Il devient irritable, entre violence et dépression. Révolté contre une société sans égard pour les faibles, fou de rage, il détruit une succursale de banque et se voit incarcéré. C’est au pénitencier où il purge sa peine qu’il découvre le roman chevaleresque et satirique de Miguel de Cervantès. C’est une révélation : Mike sera Don Quichotte à son tour, en butte à toutes les inquisitions contemporaines, économiques, politiques, intellectuelles ou religieuses, et en lutte contre toutes les formes d’injustice… Mike Cervantès n’écrira pas une version nouvelle de l’épopée du "chevalier à la triste figure" mais à bord de sa Rossinante rutilante, modèle 1971, il la vivra pleinement…

210 pages, Kindle Edition

First published April 2, 2015

19 people want to read

About the author

Christian Lax

44 books9 followers
Another pen name of Lax, real name Christian Lacroix.

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Displaying 1 - 5 of 5 reviews
Profile Image for José Antonio.
48 reviews1 follower
July 9, 2019
La historia avanza, pero en muchas ocasiones es la misma. Por eso existen los mitos literarios, porque trascienden el contexto histórico y cultural en el que surgieron e inspiran generación tras generación, por todo el mundo. Y en cuestión de mitos literarios, pocos pueden igualarse a Don Quijote. La actualización a nuevos medios del Quijote es una constante desde el mismo momento en que se publicó la inmortal novela de Cervantes: desde las muchas continuaciones literarias apócrifas a las lecturas en Youtube, pasando por los grabados de Doré, la ópera de Massenet, el musical de Broadway, y las muchísimas adaptaciones al cine, la animación y la ficción televisiva.

Y luego está el cómic, ese hermano menor de la narrativa moderna. Aunque la ortodoxa versión del maestro Eisner sea hasta ahora la adaptación más famosa al noveno arte, me gustaría romper una lanza por este álbum del francés Christian Lax, que me ha fascinado y que creo no ha recibido la atención que merece por su enorme calidad.

No estamos ante una adaptación del Quijote al uso, sino una historia original. La del marine Mike Cervantes, que pierde una mano en Afganistán y empieza a observar paralelismos entre su vida y la de cierto literato español del siglo XVII con el que comparte apellido. Y a partir de aquí mejor leéis vosotros, pero os diré que si os mola el Quijote tanto como a mí, debéis leer este tebeo de narrativa aparentemente sencilla pero poderosa y más diversa en sus recursos de lo que parece a primera vista. Como cierta novela sobre un hidalgo que pierde la cabeza de tanto leer libros de caballería, por cierto.
Profile Image for Daniel Santos.
153 reviews3 followers
August 10, 2025
Li a edição brasileira da editora HQUERIA

Essa obra tem a audácia de nos convidar para algo que parecia ser uma biografia do famoso autor espanhol Miguel de Cervantes e nos entrega uma trama conteporânea sobre as experiêcnias e vivências de um ex combatente da guerra do Afeganistão, chamado Mike Cervantes
os paralelos são intensos, as jornadas doloridas de Mike e Miguel se confundem em uma narrativa repleta de sentimentos e sensações que vão do desconforto a esperança e da alegria a tristeza, UMA Surpresa essa obra, sua aura captura a atenção do leitor e por mais que a arte gere estranheza e um tédio visual, no geral tudo se equilibra como um grande manifesto contra as guerras da nossa época e seus impactos na vida daqueles que são arrastados para elas
Profile Image for Miguel Gosselin Dionne.
58 reviews9 followers
December 27, 2017
« Merci à Miguel de Cervantès, précurseur facétieux de la liberté d’expression, à Gustave Doré, virtuose de l’image satyrique et pionnier de la bande-dessinée », et à Christian Lax pour la prothèse contemporaine qui permet de relancer la lutte aux géants.
Profile Image for Cristina.
692 reviews48 followers
December 31, 2022
Publicado com imagens em Os Rascunhos

D. Quixote de La Mancha é um clássico da literatura que vai sendo referido, imitado e actualizado ao longo de várias obras. Un Tal Cervantes não é a adaptação da vida do autor de D. Quixote de La Mancha, antes uma história que vai tendo algumas coincidências e paralelismos.

A história

Mike Cervantes regressa da Guerra do Afeganistão sem uma mão e com um evidente trauma de guerra. Inicialmente mantém-se isolado, tentando subsistir com menos uma mão, no meio da natureza, e com o conhecimento apenas de um amigo. Passado este momento inicial, Mike resolve-se a solicitar uma prótese da mão que lhe permita executar algumas tarefas essenciais e integrar-se na sociedade.

Mas as regras da guerra são mais absolutas e no meio da cidade, Mike decide-se a vingar-se de um banco que vai executar uma penhora sobre todos os bens do amigo. Este acto de vingança, dano de propriedade, vai ser o suficiente para ser julgado e preso, onde descobre a leitura e se tornar responsável pela biblioteca, funções que mimetiza uma vez cá fora. Mas, novamente, a realidade é matreira e as suas boas acções vão desafiar o sistema o suficiente para fazer dele um fugitivo.

Crítica

De muitas formas, esta história me recordou Quichotte de Salman Rushdie. Bem, a primeira é óbvia – ambos os livros se inspiraram na mesma obra clássica D. Quixote de la Mancha de Cervantes; e não tendo lido o clássico, se calhar as semelhanças derivam da inspiração no original. Em ambos os volumes parece existir um aumento de senialidade e de conflito – um ciclo crescente de tensão que recorda um comboio sem freio.

Un tal Cervantes inicia-se com um homem traumatizado e marcado pela Guerra, tanto física como psicologicamente. Este trauma fá-lo estar desadequado à sociedade que o rodeia – tal denota-se na forma como se decide a fazer vingança pela execução de bens do amigo. Mike é um homem honrado mas impulsivo, a quem falta a esperteza para agir sem afrontar a autoridade. A estreiteza de raciocínio leva-o a encarar situações difíceis e a tomar as decisões erradas sucessivamente, existindo um crescente, uma progressão, nas consequências destas decisões.

Mas este homem, apesar dos seus defeitos, tornou-se conhecedor dos clássicos e reconhece, ele próprio os paralelismos com a vida de Cervantes, e submete-se às semelhanças com D. Quichote, tecendo alguns paralelismos nas suas acções, de forma consciente, apesar da sua mente obtusa. Não é, assim, de estranhar que, após salvar um homem que não precisava de ser salvo, Cervantes vê o novo companheiro como um Sancho.

Apesar de beber inspiração para tecer uma história moderna, Un Tal Cervantes é uma narrativa com elementos próprios, usando a demanda sem travão de Mike para apontar alguns comentários à sociedade dos Estados Unidos da América. Por um lado, vemos como os que retornam da Guerra são tratados, sem grandes apoios. Apesar de receber uma prótese para a mão e a respectiva fisioterapia, Mike não parece receber o apoio psicológico de que necessita.

Quando, a seguir, enfrenta uma pena de prisão, esta parece desproporcional em relação ao cometido. Quando, após ter sido reintegrado na sociedade, lhe é ordenado fazer desaparecer alguns livros e o faz, as acusações são novamente exacerbadas, colocando-o num caminho sem retorno de perseguido perante os olhos da lei. Aliás, todo o esforço em torno da perseguição parece exagerado face às ofensas cometidas.

Mas não só. Os livros que é suposto fazer desaparecer são livros que foram proibidos pelas ideias que contém, conceito curioso numa biblioteca, com o qual Mike não se revê. Impulsivo e desagradado com a decisão, toma uma série de opções menos correctas, mas infelizmente confronta a instituição americana.

O resultado é curioso. Estamos a assistir a uma desgraça prestes a acontecer, e percebemos que esta história não pode acabar bem, mas, até simpatizamos com a personagem até determinado ponto – até determinadas acções nos fazerem perceber que Mike segue o caminho de um louco num meio de um episódio psicótico.

Visualmente, Un Tal Cervantes consegue ser interessante. Quando se detalham paisagens estas são espectaculares com detalhes perfeitos e perspectivas cativantes. Mas quando se acrescentam personagens, estas parecem destacar-se do que as rodeia pelo aspecto mais tosco, diria até um aspecto de esboço ou de imagem inacabada.

Conclusão

Un Tal Cervantes é uma leitura curiosa que mimetiza alguns aspectos da vida de Cervantes ou da sua obra clássica para criar uma história mais moderna com algumas críticas à sociedade americana, enquanto apresenta uma persoangem obtusa que vai criando as suas próprias ilusões, apesar de ter consciência das coincidências narrativas da sua própria vida. A narrativa apresenta um crescente em tensão que nos leva a progredir na história e acompanhando as loucuras cada vez mais graves desta personagem.
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