Em seu novo livro, Luiz Antonio Simas recolhe as pedrinhas miudinhas brasileiras em 41 ensaios. Do samba ao forró, de Noel a Jackson do Pandeiro, entre caboclos e políticos, o historiador lembra de onde viemos e dá boas ideias para onde irmos. De preferência para bem longe dos descolados e da mania modernizadora de “profanar o sagrado e tornar provisório o que já transcendeu a esse próprio tempo”. O fio condutor dos diversos temas não podia ser as raízes da cultura sacro-africana, mais do que herança, “fonte inesgotável de saber e encantamento”, como destaca Nei Lopes em seu prefácio.
Luiz Antônio Simas (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1967) é um escritor, professor e historiador, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá.
Professor de História no ensino médio, é mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Simas já trabalhou como consultor de acervo da área de Música de Carnaval do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, e como jurado do Estandarte de Ouro, maior premiação do Carnaval carioca. Foi também colunista do jornal O Dia[2], e desenvolveu o projeto "Ágoras Cariocas", de aulas ao ar livre sobre a história do Rio de Janeiro. Em seus livros, procura resgatar a memória oral da cidade, especialmente da população marginalizada
Escrita bonita, feita por um professor de gente pra gente, sobre parte essencial da nossa cultura, que nos faz (re)ver como o Brasil é vasto, amplo, cheio e rico em sua história; 'povo miúdo que, na sabedoria da escassez, reinventa a vida e civiliza o chão de onde vim e é a raiz melhor do que eu sou.'
Belíssimo!! Conjunto de crônicas que resgata a beleza das coisas genuinamente brasileiras e que relegamos por diferentes motivos. Aprendi demais com esse livro!!
das pedrinhas se faz uma pedreira Não sei se gosto mais do Simas como escritor, poeta e cronista ou como esse carioca dos mais cariocas quem tem. Ou menos como botafoguense, isso é fato. Mas outro fato é que ele escreve sobre o Brasil que a gente gosta e se orgulha de, deste sim, fazer parte. Tomar uma no boteco da esquina e fazer assim a história de um povo. Afinal, enquanto dom Pedro meio desarranjado dava gritos na beira do riacho, tinha gente trabalhando, plantando, rezando, fazendo macumba e cuidando da vida e andando pra frente que atrás vem gente. Então conhecer esses aspectos muito mais relevantes e que nos aproximam da verdadeira narrativa de construção do Brasil é muito importante pra nossa identificação nacional. Não assistimos mais bestializados as coisas acontecerem se formos nós a acontecermos.
Dá pra pegar e ler em uma tarde pra deixar ela melhor. O Simas tem uma prosa boa e defende bandeiras que as pessoas deveriam conhecer mais: salve o que é pequenininho!