A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleônicas, revoluções republicanas, escravidão formaram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua instalação no Brasil. O propósito deste maravilhoso livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte lusitana no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás. Escrita por um dos mais influentes jornalistas da atualidade, "1808" é o relato real e definitivo sobre um dos principais momentos da história brasileira
É um jornalista e escritor brasileiro. É mais conhecido pela autoria do best-seller 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, onde narra a chegada da corte portuguesa ao Brasil. Em 2008, o livro recebeu o prêmio de melhor livro de ensaio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de livro do ano de não-ficção.
Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo, e fez cursos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos da América.
Trabalhou como repórter e editor para vários órgãos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja.
Em 2008, a Revista Época elegeu Laurentino Gomes uma das 100 pessoas mais influentes do ano, pelo mérito de conseguir vender mais de meio milhão de exemplares de livro de história do Brasil.
É casado com a jornalista e psicóloga Mara Ziravello e vive desde 1988 em São Paulo.[5]
Esperei quase 2 anos para ler este livro. Achei que no calor das comemorações seria um desperdício. Agora com o distanciamento (que só eu achei necessário) posso comentar melhor e indicar o livro como um antídoto para as péssimas aulas de história que a minha geração teve na infância e adolescência.
Ao ler as páginas que fogem da linguagem técnica das pesquisas universitárias, nos deparamos com uma pesquisa séria, cheia de referências, mas num texto enxuto e claro que as transformam numa grande (e bem escrita) reportagem.
Se você gosta de história e tem curiosidade por um período que fez (para o bem e para o mal) do Brasil o que ele é hoje, sem perder o contexto de um dos períodos mais importantes da história mundial, este livro é muito bem recomendado.
The award winning author of this interesting book has done splendid research, and it reveals the unusual story of the flight of the Portuguese royal family and all the accoutrements of government to their largest colony, Brazil. In 1808, Napoleon was poised to invade Portugal and its ruler, Prince Regent Dom João (his mother, the Queen, was insane and incapable of ruling) made the decision to flee across the Atlantic to set up the capital in Rio....but no one thought to tell the citizens of Portugal, an absolute monarchy, that their country as they knew it would become an empty territory without identity
The Prince Regent had three alternatives: (1) cede to Napoleon; (2) accept a highly suspect offer from Great Britain and flee to Brazil under the protection of the powerful British navy; (3) remain in Portugal and fight Napoleon. Dom João was a weak, insecure, and fearful ruler and decided on what he thought was the best chance he had to continue to have a country to rule......set up Portugal in Brazil.
Brazil was unknown to everyone except the traders and the Portuguese officials who "managed" the country, so imagine the surprise awaiting the Portuguese court and its advisors when they landed in a backward, undeveloped country where the residents of the various areas were constantly at war with each other. The reader will be amazed (and sometimes amused) at the attempts of the Regent, during his 13 year reign, to "domesticate" Brazil into a model royal court.
I will leave the rest of the story to the reader to discover the little known facts of a very unusual time in the history of Portugal and Brazil. It is fascinante to say the least.
First, the version I read was in Portuguese, which makes sense after all because I live in Brazil and the book is about the Portuguese royal family fleeing from Napoleon's invading army. The journey was 69 days, much longer than my journey from Oregon to Brazil (32 hours with 3 connections). I was continually amazed by this book and the wild history of Brazil before independence.
One thing that I've read about since being in Brazil is Anglo cultural invasion into Brazil (both British and American). This book took it several steps back and it was interesting to see how Portugal was so much in the hands of the British. Not only did the British navy escort the Portuguese royalty to Brazil but they also evicted Napoleon's army from Portugal and set up a protectorate state while the royalty was away.
It was extremely interesting to read comparisons from America's colonies and the explicit intent of the Portuguese authorities to stifle any communication between the Brazilian colonies. It was illegal to build roads! (Not only because of concerns for communication but also because of smuggling of diamonds out of the country.)
The best though was reading about the regent prince and later king D. João VI who was timid, obese, and could never make a decision. He fled Napoleon's armies but in all likelihood would have won if he staid and fought. He was extremely religious, possibly a homosexual, and was completely afraid of thunder!
Another interesting part to the book was that much of the information about this time came from a series of preserved letters from the royal librarian, Luiz Joaquim Santos Marrocos. The king made it a priority to transfer the bulk of the Royal Library to the new continent. In the librarian's letters we get a personal account of life in Rio de Janeiro during this time, as well as an inside look into the royal court. I only wish there were more testimonies about this fascinating time in Brazil's history.
I look forward to reading 1888, the next book by the same author.
Este foi o primeiro livro de história que não contém uma narrativa que li e fui surpreendida por um súbito desejo de ler mais obras do gênero. Certamente 1808 é criticável; como muitos dizem, são apenas informações recolhidas, e não introduz por si algo novo ao que conhecemos da história, mas eis o ponto: nós, leigos, conhecemos? Empiricamente, posso dizer que não. Aprendi com 1808 coisas que não aprendera durante anos de escola e convivência social (afinal, inevitavelmente, relatos do passado são mencionados em conversas amigáveis ao longo da vida). Com um estilo leve e agradável, 1808 traz uma torrente de informações nos mais diversos âmbitos: aprende-se sobre os acontecimentos históricos de grande porte, porém a cultura e os costumes são também observados, suas alterações bem relatadas. Conta-se a história da transformação de uma nação, mas também das mudanças pelas quais muitos indivíduos passam; é possível ver a influência que o meio tem sobre as pessoas, que a história tem sobre o meio e por aí vai. Estão também presentes no livro um série de conjecturas, como "O que aconteceria se a família real não houvesse vindo para o Brasil?", e o próprio Laurentino diz que "e se"s não são a melhor forma de se lidar com a história, porém relata o que historiadores imaginam que poderia acontecer alternativamente, fazendo desta uma das seções mais curiosas, na minha opinião. Em resumo, é uma leitura excelente, que pode ser prazerosa para os apaixonados por história ou para os que gostam de uma fofoca do século XIX.
The story of the Portuguese royal family moving to Brazil (Rio de Janeiro) in 1808. Running from Napoleon, the royal family had no choice but to choose Brazil, its colony then, as its new home. The book speaks of the changes in the economy and society due to this fact. Changes that would paved the pathway to Brazil's independence in 1822. Eventually the royal family leaves Brazil and Dom Pedro I stays behind to command the colony. Dom Pedro declares independence from Portugal in September 7, 1822. After the independence, Brazil becomes an empire and Dom Pedro its first emperor.
Very well written book, with important information about Brazilian history. All very pleasantly put together. Not in any moment the book becomes a treatise of History. The facts are lined up, intermingled with the small personal stories of each character. Elegant and easy to read, took me only 4 day to finish the book. One more thing, this book could appeal to anyone, not necessary Brazilian or Portuguese, interested in international history.
Este foi o primeiro livro de história, sem história, que li. Não sei se me fiz entender!!
Digo de história porque relata acontecimentos históricos, sem história porque não se trata de um romance em que tudo acaba mal ou bem.
1808 é um livro bastante interessante que dá a conhecer os acontecimentos em torno da ida da corte portuguesa para o Brasil.
Aparentemente o medo das tropas de Napoleão terá sido o impulso para que tal acontecesse, mas a ideia não era nova... Será que nós portugueses ganhámos alguma coisa com isso?
D. Maria uma rainha louca, louca e bem louca, quem mais no seu perfeito juízo teria dispensado os serviços do Marquês de Pombal? O príncipe regente era um gordo medroso... Enfim, penso que vale a pena ler este livro e tentar perceber o que o povo português terá herdado destas cortes que nos antecederam...
Não quero com isto dar a parecer que não tenho orgulho em ser português, ou que tenho algo a favor ou contra a nossa monarquia, mas neste capitulo da história acho que não fomos muito felizes. Acho mesmo que foi algures por aqui que a nossa auto-estima terá começado a descer...
Este livro foi uma agradável surpresa. Tinha algum receio de me aborrecer, porque a história nunca foi o meu forte e com frequência os livros de ou sobre história assumem que o leitor tenha conhecimentos que eu normalmente não tenho, o que acaba por me exigir um esforço enorme para perceber certas passagens. Noutros casos, a escrita é aborrecida e árida, tornando-se desinteressante.
1808 não sofre de nenhum destes problemas. O leitor é levado pela mão através da história, não só de Portugal, mas da Europa, pois aquilo que se passa em Portugal, antes, durante e após a transferência da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro, é relatado em conjunto com o que se passa no resto da Europa e das Américas, uma vez que tudo está relacionado.
Apesar de não ter grandes conhecimentos de história, nunca me senti perdida nem aborrecida, e o livro parece-me muito bem fundamentado, com uma série de notas e referências bibliográficas para quem desejar saber mais. Há também um mapa, que mostra as escalas da viagem entre a Europa e o Brasil e ao qual eu teria adicionado os nomes de outras cidades e estados brasileiros que são referidos no texto - seriam úteis para os leitores não brasileiros ou que não conhecem o país, como eu. Mas não foi nada que não se resolvesse com uma pesquisa rápida.
Imagina você com fome, passa na MacDonalds e pede um BigMac. Pouco tempo depois da refeição, que acontece de forma rápida, e foi até gostosa, você sente um vazio, sente que não comeu nada substancial.
Bem, foi assim que me senti após ler esse livro. O livro é bom de se ler, digestível, escrito em estilo de reportagem. Eu o escolhi, por sentir uma deficiencia no conhecimento da propria história do meu Pais. Mas confesso que não me sinto muito mais letrado. É um livro que aborda todos os aspectos culturais, trabalhistas, arquitetonicos, antropologicos, do periodo da vinda da familia real, até a volta de D. Joao VI. Mas ainda assim, pouco é falado exatamente do que aconteceu. O livro é um apanhado de outros livros de historiadores.
Bem, se você assim como eu, quiser ler e aprender um pouco sobre a história do brasil, leia este livro. Porém, não espere nada muito profundo. (Mas com certeza vai ser melhor que seu professor da escola)
Apesar de estar ligado à história, Laurentino Gomes não é historiador ou biografo. Ele é jornalista. Por isso, talvez, posso dizer que este livro tem uma linguagem e uma compreensão dinâmica.
Com muito bom humor, podemos visualizar as diferenças históricas do texto, estamos habituados a receber as informações da fonte oficial, que nem sempre é a mais precisa e real. Assim a visão que temos da família real e principalmente de D. João é outra.
Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:
My favorite part about this book was that neither historical accuracy and narrative interest were sacrificed. The author tells an incredibly well-sourced and well-researched story, full of primary as well as scholarly sources. The tone of the book is not academic, and I just found it to be a really fun read. As someone who studied mostly medieval and early modern history, my knowledge gets pretty vague after that point -- I had no idea that the events described in this book had happened. I learned a lot and really enjoyed reading this book.
Uma forma deliciosa de ler e aprender sobre a historia do Brasil. Eu desconhecia muito a respeito do conteudo que li nesse livro e outras situacoes eu conhecia o conteudo, mas nao tinha ideia da dimensao do impacto da Coroa Portuguesa durante o fim do Brasil colonial. Leitura primorosa.
(PT) O primeiro livro de uma triologia sobre como o Brasil foi formado. Este é um livro de História escrito por um jornalista, e de uma certa forma, poderá eriçar cabelos aos que trabalham nas academias, nas universidades, pela linguagem usada. Mas foi a maneira que o autor usou para explicar como o Brasil é um acaso da História, como o Brasil moderno aconteceu por causa de um bando de heróis improváveis, pois D. João VI conseguiu o impossível: driblar Napoleão Bonaparte.
Os relatos parecem inverosímeis, mas em muitos aspectos, são verdadeiros. E como, de uma certa maneira, por causa do favor que devia aos ingleses, transformou uma colónia adormecida - mas rica - e um local onde só se fazia atividades extrativas - e onde era proibido construir estradas (!), num local dinâmico e que abriu caminho para uma improvável independência, em apenas uma geração.
Para os que acham a Academia uma chatice, recomenda-se a sua leitura, mas apenas como um ponto de partida e não como ponto de chegada. O próprio autor recomenda ao leitor que a partir daqui, leia mais sobre o assunto e tire as suas conclusões. Haverá quem diga que haja um anti-portuguesismo, ou que a escravatura era um espinho do qual ninguém se decidiu ou dedicou em combater ou abolir. Contudo, as ideias que temos hoje garantidas eram coisas muito radicais há dois séculos.
De resto, na minha opinião pessoal, é um bom ponto de partida, não de chegada. E quando puderem, leiam "1822" e "1889".
(EN) The first of a triology about the formation of modern Brail, from a sleepy colony to the independence. And how an inprobable bunch of caracters - a fearful and coward king (John VI), a mad queen (Mary I) and a vengeful princess (Carlota Joaquina) - fooled Napoleon Bonaparte and, with the help of the Royal Navy, reached Brazil and fufilled the old idea of an Atlantic Empire.
Some of the accounts may felt untrue, but they were. And, because of the british demand for the opening of the brazilian ports to the british ships, gave not only goods, but also ideas and books, culture and knowledge.
This is not a scholar book - it was written by a journalist - but is a introduction to a fascinating period of time. Of how, in less than a century, a colony harbours a court, becomes independent as the only tropical empire in the world and ends it up as a republic. That how a place, that started to hae an industry, was too dependent of slaery.
It's a good starting point. After this, I recomend the reading of their follow ups, "1822" and "1889".
Enjoyable and educational read, highly recommend to Portuguese-speakers eager to learn more about the lusophone world and to all History enthusiasts in general :)
I learned a lot about Brazil's colonial and Portugal's colonizer history. Although I was familiar with the broad strokes of events and figures, it was very interesting to read more about the details of the life of the Portuguese monarchy and the early (recorded) days of the Brazilian colony. I had only learned about this in elementary school, and it was healthy and important to revisit this as a young adult. It was astounding to see the monarchy's blatant prejudice against the Brazilian people in general, not to mention blatant racism towards the Africans they enslaved. However, reviewing those events is an unfortunate but much-needed reminder of how these events are part of our Brazilian history. Gomes' writing is very conversational and intimate -- it invites the reader to engage with the History. This sort of history-feature writing reminded me a lot of the work I did in my "History and Writing" class, which made me appreciate his research and writing much more.
One of the last chapters really stood out and resonated with me. Lately, because of my writing and reflection about cross-cultural identity and belonging, I have thought a lot about what makes individuals belong or identify with a specific country and nationality. Is it the arbitrary circumstances outlined by the State? Is it a shared, relational experience, defined by different people and places? Is it both? And with these intrigues, towards the end of the book, the author notes that Brazil is what is today -- a continental Latin American country with a notable political role in the region -- because of the Portuguese monarchy's presence and efforts to maintain the territory unified. Historians describe then King D. João VI as "the true founder of the Brazilian nationality." This attribution/interpretation is two-fold: not only did he strive to maintain the colony as a single unit, but he also started a new political class to lead in the construction and establishment of a new country in the making.
I had a History teacher in middle school who always reminded us that "there are no ifs in history." This ending was just interesting for me in understanding more of the century-long historic impacts on what makes our Brazilian identity the way we perceive it to be.
A primeira coisa a dizer acerca deste livro é que não foi escrito por um historiador, mas por um jornalista. A segunda é que não gostei, mas dou duas estrelas porque para quem não sabe quase nada do tema, até se aprende algumas coisas. Razões para não ter gostado: 1) grandes partes do texto são simplesmente transcrições do que alguns historiadores já escreveram, o que me fez pensar que devia era estar a ler os livros deles. Uma crítica que foca isso está aqui. 2) o autor não tenta ser imparcial na sua análise da época e das personagens. São comuns os juízos de valor, de acordo com a nossa sociedade actual, de acontecimentos de 200 anos atrás. E acerca das personagens, por exemplo D. João VI, a imagem que se constrói dele é bastante má. Percebo que o o autor só copia o que outros já escreveram, mas até me senti obrigado a pesquisar para ver se não haveria outras informações mais abonatórias acerca dele. E que até existem, o que mostra que o autor faz o possível por passar só a mensagem que pretende divulgar. 3) especialmente no início, mas na verdade por todo o livro, as menções a Portugal são orientadas para denegrir. Exemplos disso: - "Portugal era um dos países mais atrasados da Europa (...)" - "(...) pequeno e desportegido Portugal" - "(...) sem o Brasil, Portugal não seria nada" - "(...) Portugal não passava de um país pequeno e sem recursos" E estes só nas primeiras 40 páginas. Há critícas ao livro que focam este aspecto da lusofobia. 4) há algumas repetições no texto. Informação que foi abordada em capítulos passados volta a ser discutida depois como se fosse a primeira vez que aparece.
No final, fica a sensação de um livro que tenta simplesmente fazer um retrato populista e sensacionalista dos acontecimentos, com a diferença de ser escrito de uma forma jornalística e não historiadora. Penso que pode ser um ponto de partida para descobrir mais sabendo de antemão que, para pessoas que se interessam a sério por história, este livro não é para eles.
Given my limited knowledge of Portuguese, I don't know the equivalents of "hubbub" and "hillbillies" in that language, but these and other colloquial expressions enhance this translation. Thank you Andrew Nevins. The book depicts the royal family as inelegant in appearance; Portugal's King Joao VI is described as overweight, filthy, greasy, obese, with a dead look in his eyes. Yet he was beloved by the Brazilian populace. Also, without his presence in this colony in the early 19th Century, Brazil would not likely today exist as a unified whole. Because many in the home country thought it unfitting for a king to be ruling from a colony, the king, under pressure, returned to his country of origin (Portugal proper) in 1821. Soon after, in 1822, Brazil became an independent nation, ruled by King Joao's son.
The Author sent me this book to review the new version --- thank goodness it is the new English version. I expect it will be a GOOD ONE at that. The subtitle - How a Weak Prince, A Mad Queen, And The British Navy Tricked Napoleon And Changed The New World. This is an Advance Reading Copy and won't be on sale till Sepember of this year according to the Author, Laurentino Gomes, that's what the front cover says anyway. I better get busy.
November01 NOTE --- The above cover pic was the wrong edition. I Read the New English version that I think came out in september. I just wrote the correct Review for the Inglish version. I need to drink more Apple Cider.
Really easy to read book, full of interesting facts on royal family's journey to Brazil in 1808. As a foreigner, I was surprised a lot to know all this information about Portugal and Brazil in XIXth century. If you have intermediate lever of portuguese, you will read it at ease.
1808 foi lançado no já distante ano de 2007. Mesmo assim, continua como uma leitura das mais úteis para quem pretenda entender o que é o Brasil. Para começo de conversa, Brasil não havia muito quando a família real chega por aqui, fugida das tropas napoleônicas que haviam chegado a Portugal. Havia, nas Américas um conjunto mais ou menos separado de colônias portuguesas espalhadas ao longo de uma vasta extensão do centro-leste da América do Sul. Fugidos, os portugueses que aqui chegaram eram governados por um príncipe-regente não muito preparado ou disposto a governar. Mesmo assim, foi ele o último monarca absoluto de Portugal. Sua vinda para cá implicou em resultados diversos e ambíguos. De um lado, deu unidade às terras da América portuguesa, que no início de 1822 se tornou independente como um só país. Ao mesmo tempo, ofereceu a essa nova unidade territorial alguns elementos de instituições de governo que teriam importância lá no futuro. De outro lado, a vinda para cá acabou por significar a própria do Brasil, bem como, de algum modo, a transformação de Portugal, que após a volta de D. João, se tornou um reino muito diferente em relação àquele que ele havia abandono em 1807, ainda mais que os portugueses haviam passado pela terrível experiência – muito bem narrada aqui – da invasão e guerra napoleônica. Importante, ainda, é que custou caríssimo – como bem ressalta – a vinda da família real. O preço pago ao ingleses resultou em uma posição comercial favorável na América portuguesa e a falência de Portugal. Enfim, o livro é muito bom. Vale muito a pena e nos ajuda a conhecer o que é o Brasil, haja vista que nossa vida como nação independente começa em 1816, quando o país foi elevado à condição de Reino Unido ao lado de Portugal e Algarves. Leitura altamente recomendada, ainda mais que os 200 anos da nossa separação de Portugal se aproximam.
Finalmente estou consumindo essa trilogia que, pelo que eu me lembre, teve sua relevância na época que foi lançada. E foi um auê (para não usar hype) merecido. O livro consegue contar como o Brasil ganhou seu status de Capital do Império por simplesmente existir no momento certo (o que parece muito a realidade de pessoas que ganham seus status até hoje). Tudo de uma maneira muito leve e com uma boa dose de sarcasmo.
E isso é uma coisa que gosto muito em livros de história. Mais ou menos com o que foi feito em Humanos: Uma breve história de como f*demos com tudo, do Tom Phillips, o livro foca muito em absurdos (alguns mais engraçados que outros) e tira esse véu do glamour que as esferas monárquicas possuem. Cá entre nós, era impossível se pensar que toda uma corte viesse do friozinho da Europa para um país tropical sem passar alguns bons perrengues.
Uma ressalva que tenho foi a narração do Paulo Betti na versão do audiobook que ouvi esse livro; se por um lado o ator tem uma dicção incrível e uma eloquência invejável, sempre que havia um nome internacional para ser pronunciado (principalmente os franceses), surgia uma afetação desnecessária que desviava o foco do assunto abordado.
Leia se você também é nerd de história do Brasil e, principalmente, se quer entender as bases da nossa sociedade e porque algumas coisas terríveis são como são.
A história do Brasil contada de uma maneira descontraída, mas com profundidade e uma pesquisa rigorosa. Aborda vários pontos de vista dos acontecimentos de 1808. Os registros e informações mais chocantes são à respeito da escravidão... a conta precisa ser paga e equalizada para que sigamos, apesar que não há como contabilizá-la. Infelizmente fica bem claro de onde vem a desorganização, corrupção e facilidades instaladas no governo brasileiro... A cada vez que leio algo histórico percebo que nenhuma revolução ou acontecimento é capaz de mudar o rumo do sistema... só se mudam os personagens, é o bicho homem.
Laurentino Gomes no prefácio: Perguntei a Carla Camurati por que ela retratou a família real de forma tão caricata no filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil.
Laurentino Gomes no resto do livro: Bom, a família real portuguesa era completamente RIDÍCULA, um verdadeiro absurdo kkkk pelo amor de deus!!!
O livro traz informações interessantes e contadas com uma linguagem bem agradável. Porém é mais relevante para quem conhece pouco a história do período.
Great book about the move from Portugal to Brazil by the Royal family in 1808. The references are really amazing the author writes very well. Very interesting book.