Da tarde ou madrugada? A hora favorita pra escrever? O tempo que levou pra montar o livro? Os 3 menos 15 anos na estrada de onde surgiram estes textos? Os ponteiros do relógio apontando juntos, braço estendido à adiante? Eduardo de Souza Caxa diverte-nos, emociona-nos, obriga-nos a pensar, com este seu primeiro livro, 3 e 15, uma coletânea de crónicas, pequenos contos, reflexões e poesia.
Inteligente, divertido, mordaz, intrigante, profundo, emocionante... o primeiro livro de Eduardo de Souza Caxa, 3 e 15, envolve poesia, com crónicas, com reflexões e memórias, e deixa-nos positivamente com fome de mais.
Eduardo de Sousa Caxa, de quem me orgulho de ser amigo, é um homem bom. Mas não é apenas um homem bom, é também bom, muito bom mesmo, na forma como escreve, da qual já tinha uma amostra nos textos que publica nos seus blogs, numa linguagem muito dele, e na qual emprega termos que são a sua marca como por exemplo o célebre "supimpa". Neste seu primeiro livro (espero que haja mais), o Eduardo "desnuda-se" e dá-nos um retrato intimo não só dele próprio, mas também da forma como vê o (seu) mundo, nos mais variados aspectos. É extremamente gratificante, por exemplo, ver como ele caracteriza os seus relacionamentos, principalmente os passados, o entusiasmo e a homenagem a quem amou e continua a amar...isso mesmo ajuda a defini-lo como um homem bom. É pois um livro de crónicas sobre os mais variados assuntos, todos com muito interesse e com uma habilidade de escrita absolutamente deliciosa. Se me é permitido nomear uma das crónicas, marcou-me muito aquela em que se refere ao seu Pai.
Poemas, crónicas, impressões, entradas de blogs, apontamentos, ficções. É impossível conter a descrição deste livro nos formatos habituais. É confessional, claro, pessoal e íntimo, mas o olhar distanciado do autor sobre si próprio e a sua circunstância, transformam estes textos numa espécie de 'com a verdade me enganas'. Ou então o contrário disso: acrescentar camadas, ocultar referências, descontextualizar, para de certa maneira tornar estes textos mais verdadeiros e essenciais. A escrita é sempre brilhante, criativa e imaginativa, e correctíssima, mesmo quando nos desafia com o desvio à gramática. O tom é quase sempre um pouco provocatório, mas nunca insolente ou arrogante. Antes pelo contrário, o olhar do autor é benevolente, e quando é mais afiado e acutilante, é a si próprio que se dirige. O humor faz parte do ADN destes textos, mas não é a graça, a piada; é o humor de quem sabe que para serem levadas a sério, as coisas (a vida, o mundo...) não podem ser levadas demasiado a sério.
Trata-se de um conjunto de texto que primam por dois elementos difíceis de encontrar hoje e dia, nesses tempos de tanta polarização de tudo: bom humor e bom senso. É fazendo o bom uso de ambos que o autor desenvolve textos ágeis, interessantes e que sem que queiramos, acabam por nos atingir, pois nos colocam a pensar. Não somente a pensar, mas também a refletir.
E-book obtido grátis na Amazon. Uma coleção interessante de textos e poemas bastante curtos sobre situações pelas quais a pessoa que escreveu passou, com muito mais conteúdo sobre emoções e sentimentos do que qualquer coisa que demande muito do raciocínio lógico de quem lê.
O livro é uma reunião de vários textos do autor, alguns parecem relatos pessoais e outros parecem aquelas histórias que a gente já ouviu de alguém. Tem uns que são umas viagens muito loucas, mas da para se aventurar e se distrair um pouco. Assumo que esperava mais do livro, mas o que eu li me entreteu. Gostei!