El amante bilingüe es una sátira feroz y divertida sobre la dualidad cultural y lingüística catalana, agravada por las diferencias de clase, así como una dolorosa reflexión sobre la necesidad permanente de ser otro.
Juan Marés, un soñador que se ha hecho a sí mismo, se ve engañado y abandonado por su mujer, perteneciente a la alta burguesía catalana, y de la que está totalmente enamorado. Este abandono lo hunde en la desesperación y la indigencia, y lo convierte en un marginado solitario, un astroso músico callejero que deambula por los barrios bajos de Barcelona, hasta que concibe una delirante hacerse pasar por un charnego pintoresco y fulero llamado Faneca, para reconquistar a su ex mujer.
La falacia empieza como una broma, una aventura algo grotesca e inverosímil, pero adquiere una dinámica imprevista, y el personaje ficticio comienza a ganarle terreno al real, la máscara devora a Marés y se hace dueña de su voluntad, de su memoria y de su lengua.
El amante bilingüe fue adaptada al cine en 1992 por Vicente Aranda, con Imanol Arias en el papel de Faneca, y Ornella Mutti en el de su mujer.
Reseñ «Aquí podemos descubrir algunas de las mejores páginas de Marsé.» Joaquim Marco, El Periódico
Juan Marsé Carbó nació el 8 de enero de 1933 en Barcelona. Publica su primera novela en 1961. En 1961 se traslada a París y trabaja como ayudante de laboratorio junto a Jacques Monod. En 1965 logra el Premio Biblioteca Breve. En 1978 consiguió el Premio Planeta. Sus novelas también han ganado el premio Ciudad de Barcelona, el premio Ateneo de Sevilla, el Premio de la Crítica y el Premio Europa y Rabos de lagartija. En 1997, recibió el Premio Juan Rulfo, máximo galardón de la letras de México, y en 2008, el Premio Cervantes.
Las obras de Marsé se sitúan en Barcelona, y más en concreto el barrio de El Guinardó, donde pasó su infancia, que coincidió con la posguerra, lo que ha influenciado el modo de escribir del autor a lo largo de toda su vida. Las obras de Marsé están, pues, ambientadas en El Guinardó o en barrios barceloneses próximos a éste, y en época de postguerra o durante el franquismo; en ellas, Marsé analiza la degradación moral y social de la posguerra, las diferencias de clase, la memoria de los vencidos, los enfrentamientos entre trabajadores y burgueses universitarios y la infancia perdida, casi siempre apelando a las técnicas del realismo social, pero experimentando a veces con otros mecanismos narrativos más vanguardistas, siempre con varios grados de ironía.
Que boa surpresa. É o meu primeiro livro de Juan Marsé e que boa experiência. O Amante Bilingue é uma obra belíssima sobre as dualidades de um indivíduo e de um povo. Publicado em 1990, a trama remete para um tempo anterior, numa Barcelona dividida entre "charnegos" e catalães, em que a língua é uma marca identitária que precisa de ser afirmada. Marés, o nosso protagonista, é apaixonado pela sua ex-mulher, uma sociolinguista catalã com queda para os charnegos. Na tentativa de a reconquistar, Marés, então um pobre maltrapilho que ganha a vida a tocar acordeão nas ruas, resolve mudar de identidade. Ao mudar, são, afinal, a sua visão da vida e o modo como os outros o veem que se alteram profundamente. Quem seríamos nós, se de repente pudéssemos ser outro?
Delo koje se može čitati i tumačiti na više nivoa. Lingvistički jako izazovno. Duhovito, lucidno, dirljivo, karnevalski groteskno (s oštrom kritikom društva koja sve vreme provejava). Odlično!
“Numa tarde chuvosa de novembro de 1975, ao regressar a casa de forma imprevista, encontrei a minha mulher na cama com outro homem. Lembro-me de que, ao abrir a porta do quarto, a primeira coisa que vi foi eu próprio a abrir a porta do quarto; ainda hoje, dez anos depois do acontecimento, quando já não sou mais do que uma sombra do que fui, de cada vez que entro desprevenido nesse quarto, o espelho do armário devolve-me pontualmente aquela trémula imagem de desolação, aquele velho fantasma que lavrou a minha ruína: um homem encharcado pela chuva no umbral da sua imediata destruição, estonteado pelos ciúmes e pela certeza de ter perdido tudo, até a autoestima”.
É assim, desta forma dramática e sentimentalista que Juan Marsé nos introduz na vida de Juan Marés (o nome da personagem não deixa de constituir um anagrama do autor), um homem pateticamente solitário vivendo de uma paixão impossível pela sua ex-mulher que o traiu com muitos homens, todos abaixo da sua posição social (tinha uma forte atração por engraxadores de sapatos, fixados nas Ramblas). Músico torturado pela recordação, Marés toca acordeão na Pla de la Seu, em frente à belíssima catedral gótica da capital da Cataluna, de onde provêm os seus recursos financeiros. Norma, a mulher, por outro lado, pertence à burguesia catalã, sociolinguista de profissão, incorre num casamento com alguém muito abaixo da sua condição social. A imprevisibilidade os uniu mas muito pouco conheciam um do outro.
Mas o desespero de Marés é pungente … sabendo que nunca reconquistaria a amada, inventa um subterfúgio criando uma nova personalidade. Neste disfarce, Juan Faneca surge como o tipo de homem que agradaria a Norma e pensa, porque não trair o próprio Juan Marsé, vagabundo, espoliado da sua vida por uma paixão inesquecível, doentia e avassaladora. Faneca é castelhano, não fala catalão e consegue, através de alguns expedientes, aproximar-se de Norma que de nada desconfia.
É o desespero, a dor, a angústia mas fundamentalmente a perda da autoestima o tema central desta narrativa. Como alguém consegue reinventar-se ao ponto de mergulhar no esquecimento, mesmo no próprio olvido a sua personalidade original, escamoteando tudo aquilo que contribuiu para a formação do ser. É uma duplicidade que se confunde na realidade ao ponto de não se saber mais quem é quem … “No seu pensamento, Marés loucamente apaixonado por Norma era um espectro cada vez mais lastimável e Norma era uma doce fatalidade” . É um amor louco daqueles que não mata mas destrói.
Foi dos livros mais interessantes que li de Juan Marsé justamente porque trata da demência da paixão, do amor, do túnel sem saída e que leva à destruição do ser. Embora, pessoalmente, não me reveja nesse tipo de fanatismos, sabemos que existem situações desse género que levam, algumas vezes, à loucura e frequentemente, à morte.
It seems that with every Juan Marsé book read, I get a greater sense of pleasure.
They are typically about everyday people of his native Barcelona. There is always some issue that arises and needs to be resolved. How they are resolved varies in each tale fall under the masterful language of Marsé.
One day Juan Marés comes home to find a Catalan shoeshine guy in his bed. His wife is getting dressed in the bathroom. Angered he throws all his shoes on the bed and demands the shoeshine clean them all. He does. And Juan’s wife Norma steps out, not saying a word and leaves him. Their short marriage is over. Juan is a wreck.
The story continues years later. Juan’s obsession to get back with Norma has driven him to the edge. He makes a living playing the accordion all around town. His friends are a street artist and a hunchback guy who sells lottery tickets. He has lost everything.
A chance encounter leads Juan to discover Norma works for an agency as a socio-linguist, working towards establishing Catalan in the region.
Hence the title of the book, the lover speaks both Catalan and Spanish. And there is a big dose of Catalan in the book too but one gets the gyst by context.
The story covers the 1950s to 1980s (the book was published in 1990) and issues of language were pervasive in this region. Wow, fastward to today and the Catalan independence leader is charged as a traitor. But I digress.
Juan, under a false name, asks Norma for some signage to be translated. She helps him over the phone and Juan is ecstatic.
This is where things get interesting. With an eye patch and some facial effects he becomes Faneca, an old friend claiming to have information on her old husband Juan. To pull off the rise, he even takes up a room in his old neighbourhood where they both grew up. The new Faneca is fondly remembered by the aging landlady of the pensione. Juan is not fondly remembered. Enter Carmen, her 20-something granddaughter. She is blind and the Faneca becomes fond of her. The ruse is working. Maybe too well.
The Faneca passes over to Norma four notebooks about the past life of Juan. In these notebooks we learn how young Juan first learned his deceitful tricks. Norma is surprised that she knew so little of Juan when she was married to him. But attractions happen. And things happen not as expected for the old Juan; the new Faneca. Hmmm perhaps Juan got what he deserved when Norma walked out?
The ending makes me wonder if this was based on a true story, or one of those urban myths that show up in cities? Kind of like the play on Marsé’s own name, Juan Marés?
Ни хорошо, ни плохо. Роман о том, как случайная примерка потерянной соседкой цветной линзы сокрушает застой его жизни после ухода его жены, и через карнавальное переодевание Хуан Марес, альфонс и бездельник, осознал, что он уже не любит Норму, ради которой весь этот аттракцион и совершался, и нашел свою любовь, даря ее слепой девочке. Неужели его идея была, что новое обличье дает новую жизнь? Красиво, но пусто. Заинтересовала профессия социолингвист. Думается, что это очень правильная идея странам, борющимся за возрождение родных языков, учитывать социальные и психологические трудности людей, не имевших возможности изучать родной язык в детстве.
Ideal para leer durante el confinamiento, su descripción de los paisajes te transporta a las calles de Barcelona y sin riesgo de que te caiga una multa.La trama de la reconquista es menos creíble que cuando Superman se pone las gafas y nadie le reconoce pero buen cierre.Repetiría con otro libro del autor, pero no puedo comprar libros porque están las librerías cerradas, nunca te lo perdonaré Carmena.
Xa fun decindo o que me gustaba deste libro e mantéñome, a nota é máis que nada porque a primeira parte non me gustou tanto e porque, para o meu gusto, nótase demasiado que o escribiu un home (quedoume moi claro que o pantalón blanco lle quedaba moi ben e que era deseado polas mulleres). Pero acabeino xusto nun día no que necesitaba ler esta historia así que me quedo cun bo recordo do libro. Para min o máis destacable é que xa comentei, é o transcurso da vida e a onde esta te pode ir separando, e a identidad de Marés e como esta vai cambiando de tal forma que, quédome cunha frase do autor: "Durante unos segundos, no supo quién era: el suyo era un beso de nadie en tierra de nadie".
Tamén me gustou moito cando volve moitos anos despois ao barrio onde se criou e di:
"sintió, de pronto, la armonía social del entorno urbano, la emoción del regreso y la sensación de haber llegado a tiempo. Si en algún sitio le esperaban - y él sabía que durante años nadie le espero nunca en ninguna parte - era aquí"
"Numa tarde chuvosa de novembro de 1975, ao regressar a casa de forma imprevista, encontrei a minha mulher na cama com outro homem. Lembro-me de que, ao abrir a porta do quarto, a primeira coisa que vi foi eu próprio a abrir a porta do quarto; ainda hoje, dez anos depois do acontecimento, quando já não sou mais do que uma sombra do que fui, de cada vez que entro desprevenido nesse quarto, o espelho do armário devolve-me pontualmente aquela trémula imagem da desolação, aquele velho fantasma que lavrou a minha ruína: um homem encharcado pela chuva no umbral da sua imediata destruição, estonteado pelos ciúmes e pela certeza de ter perdido tudo, até a autoestima."
Creo que esta frase de T.S. Elliott, que el autor incluye al inicio de la 2nda parte, resume el mensaje del libro:
"Hay épocas en que uno siente que ha caído a pedazos y a la vez se ve a sí mismo en mitad de la carretera estudiando las piezas sueltas, preguntándose si será capaz de montarlas otra vez y qué especie de artefaco saldrá."
Joan Marés se recupero al tomar una perspectiva objetiva de si mismo tanto que se llegó a "convertir" o inventarse otra identidad, la de su amigo de la infancia Faneca. Se podría decir que Marés es un hombre debil o cobarde que se dejó llevar por el amor/obsesión con una mujer y que solo con volverse loco logró olvidarla. Sin embargo, a través de su transformación Fanequesilla renació y pudo seguir con su vida...cada quién hace lo que puede con lo que tiene.
LA TRANSFORMACION(!):
p. 79.
De repente, por alguna extraña razón, Marés fue consciente de lo miserable e irreal que se había vuelto su vida. De la desesperación y la soledad que se agazapaban detrás de su mascarada y detrás del osito blanco...Llegó hasta ella y, cogiéndola firmemente por las caderas, encajó sus ingles en las nalgas respingonas y duras. Al mismo tiempo, mordisqueó la nuca dulce y floja, como de algodón. La señora Griselda dejó escapar un suspiro y mordió una oreja del osito blanco, abrazándolo con más fuerza. Marés la tumbó sobre la cama juntamente con el oso y rodaron los tres sobre la colcha celeste, en la que, ahora, él observó manchas de vino. Y entonces se abandonó feliz y confiado a esa apariencia, a esa ficción murciana y apasionada que estaba representando con peluca rizada y parche negro en el ojo, a ese personaje de trapo con rellenos de algodón y tan artificioso como el oso de peluche, aunque por sus venas, al menos en este momento, corriera fuego de verdad...
Por que é que ainda não escrevi nada sobre «O Amante Bilingue», de Juan Marsé. Porque ultimamente me tenho sentido com menos capacidade para transmitir o que cada livro me provoca e, ainda, porque este livro mexeu demasiado comigo. Não é a obra-prima que esperava mas, e esta foi mesmo uma experiência muito pessoal, conseguiu arrebatar-me de tal forma que o tinha de pousar ao fim de poucas páginas. Porque a esquizofrenia e bipolaridade da personagem principal - duas palavras que nunca são usadas - estão de tal forma latentes em todas as descrições, atitudes e pensamentos do protagonista, que me roubaram o ar e angustiaram bem mais do que umas simples letras impressas em folha de papel deveriam ter a capacidade de fazer.
Fez-me pensar em Carlos Ruiz Záfon, muito pelos traços que Barcelona trazem ao romance, e leva-me a crer que este será mais um dos escritores que, a espaço de tempo, vou querer revisitar. Não é a obra-prima que pensava, apenas porque o final não teve a apoteose que, já na recta final, me passou pela cabeça que seria possível. Ainda assim, aconselho vivamente, ciente de que nem todos sufocam com as doenças da mente como eu. A descobrir.
Me recuerda mucho a los libros de Juan José Millás. Tiene ese toque y esa locura típica de los personajes que protagonizan sus historias.
Es una historia que se lee de un tirón, con gracia y simpatía. Juan Marés, abandonado por su mujer, decide recuperarla disfrazado de un chamego fulero y pintoresco llamado Funeca. Desea ser algo que no es. Desea ser el hombre típico que le gusta a su mujer (murciano, agitanado, morenazo). Cuando consigue lo que se propone se da cuenta de que no valía tanto la pena y de repente sabe lo que quiere para el resto de sus días. Si queréis saberlo, tendréis que leer esta historia tan simpática.
"-Ouvir, pelo menos, o som da sua voz - insistiu Marés. - Ainda que seja pelo telefone, de uma cabine nojenta. Que mais posso fazer? - Essa voz está a comer-te os miolos. Acabas por te matar. - É que eu não sei viver em mim, camarada. Nunca soube." "Estás perdido de todo, Marés, digo-lhe eu, este amor louco vai-te matar. Mas ele nem me liga. Põe-me desesperado, zenhora Norma. E porquê essa loucura tão grande?, interrogo-me eu? Há no mundo alguma mulher que mereça tanto amor? Amor louco, o pior, o mais infernal, complicado e chato dos amores."
Curiosa novela que se inicia com um fulgurante e irónico relato de uma traição: ela leva outros para a cama e troca de vida. E que culmina com outra traição: 14 anos mais tarde ele, ainda depressivo, troca de personalidade/personagem para se reaproximar da amada, traindo-a no percurso de vida.
Juan Marsé ets un sexy i MEMEO, molt interessant el tema de les duplicitats intertwined amb la identitat catalana i xarnega. No tan bo com la Bíblia que és ultimas tardes.
El amor y la pasión que nos mueve siempre a cometer locuras hacen que nuestro personaje principal se disfrace para recuperar el amor de su vida, la mujer que perdió hace 10 años. Pero en ese camino se describirá a sí mismo como una nueva persona, porque ¿qué hay mejor que el amor propio para olvidarte de aquel amor perdido y hasta de ti mismo? Esta pésimamente escrita y es un poquito tediosa. Por tanto 2 estrellas.
Esperaba algo mejor. A pesar de que el protagonista está medio loco y se hace pasar por un mendigo buscavidas andaluz para reconquistar, o más bien refollarse, a su rica exmujer (porque a la señora le va el rollo cateto sucio), no es un libro que enganche. Se lee sin más.
Tiene partes en catalán que no he entendido. Algunas palabras se podían deducir, otras no, pero el libro no me estaba gustando tanto como para pararme a buscar párrafos enteros en el diccionario.
No recomendable para andaluces acomplejados. Muchos mendigos son andaluces, están mu agradecíos a Cataluña por haberlos acogío y hablan azí, zeñora, usté m'ha entendío. Tampoco e' que haya mucho perzonaje, azín que no hay por qué ofenderze.
Admito que Marsé me dio MUCHAS ganas de estudiar catalán. Lo leí para mi curso de Española y sin duda fue uno de los libros que más disfruté del AÑO. Fue un terrible estrenazo con este autor, no lo conocía y empecé a lo grande, quiero leer más de él (si es que tiene más obras, sinceramente desconozco).
Es increíble como nuestro protagonista es consumido por ese persona que se va creando hasta desaparecer. Es como leer El club de la pelea o Dr. Jekyll y Mr. Hyde. No sé cómo explicarlo... ¡me encantó!
Si no lo leyeron, léanlo, van a pasar un muy buen rato. ¿Y lo mejor de todo esto? ¡SE LEE EN UNA TARDE! Así de corto y atrapante es.
Terrible novela. Además de poner la cuestión lingüística catalana sobre la mesa - de forma lúcida pero desenfadada- contiene altas dosis de humor ( fino y grueso). Me descojoné varias veces mientras lo leía. Ese loco vestido de torero, que cubre su cara con un antifaz mientras toca sardanas con su acordeón frente a la Sagrada Familia, va a ocupar para siempre un lugar en mi imaginada Barcelona literaria.
Se sintió inesperadamente reconfortado, conformado a la propia falacia y al artificio electrónico y musical que manejaba, mientras una mano invisible palmeaba amistosamente su espalda, animándole: Si te conviertes en otro sin dejar de ser tú, ya nunca te sentirás solo.
Termino el año 2023 de lecturas con Marsé, una apuesta segura para mí, de esos autores a los que siempre vuelvo y de los que aún me quedan novelas e historias por descubrir. Marsé es de esos escritores que me llenan de nostalgia y que me transportan directamente a Barcelona (pero no a la Barcelona de los grandes hitos turísticos, sino a la Barcelona de los barrios, del pasado obrero y pobre, de los sin patria ni bandera). Esa Barcelona además que siempre que voy intento recorrer por si encuentro algún eco del pasado.
Esta novela es muy barcelonesa también, muy Marsé. Siempre está presente su estilo tan cuidado y perfecto como para que leerle no solo sea un placer sino una clase magistral de escritura. Siempre he dicho que todo escritor que quiera serlo de verdad debe leer a Marsé y dejarse llevar por su manera de narrar única y perfectamente equilibrada y pulida. La dualidad entre lo catalán y lo charnego que tan marcado se muestra en esta novela quizá hoy se vería hasta con malos ojos y sin embargo creo que es algo maravilloso en esta novela. Sin embargo, creo que hay una parte a la que Marsé pudo haber sacado más jugo y rédito en esta historia y que se me ha quedado corta, porque el mejor Marsé solo aparece en unos pocos capítulos coincidentes con el pasado del protagonistas, con su infancia en esos barrios altos populares de Barcelona y en su sempiterna calle de Verdi. Aún así, a Marsé hay que leerle siempre.
Um livro que nos fala da solidão, da dependência do outro, da obsessão pelo outro, um percurso traçado para o ridículo, o absurdo e a degradação. Começou por ser uma leitura agradável e divertida, mas terminou numa transformação grotesca (e patética, talvez) do personagem principal, tornando-se cansativo. A degradante falta de auto-estima do personagem leva-o a criar um outro personagem, leva-o a ter que ser outro para ser apreciado, para ser alguém. No fundo, num percurso levado ao exagero, o autor parece querer mostrar-nos como todos, de forma mais ou menos acentuada, mais ou menos dissimulada, nos moldamos a um personagem fictício, na busca dessa validação, desse "amor" e reconhecimento. Felizmente, sinto-me cada vez mais afastado desse caminho.
¡Maravilloso Juan Marsé! Que gran descubrimiento. No sabía que había un escritor español del siglo XX, que yo desconocía y que dominaba tan magistralmente las palabras y sus combinaciones. Me gusta además la ironía y la ternura en sus personajes. ¿Cómo nadie me lo había recomendado? Creo que voy a seguir con alguno más.
Al principio tenía mis reservas hacia este libro, pero, según fueron sucediéndose los capítulos, la metamorfosis de Marés en Faneca consiguió engancharme y sorprenderme gratamente. El personaje de Carmen está muy bien utilizado, metaforizando la ceguera en que se hunde Marés.
Marsé es Marsé y siempre será Marsé. Segunda lectura de El amante bilingüe y primera vez que que creo recordar que me había gustado más la primera. Y sé porqué... Porque cuando lo leí por primera vez no había llenado mi corazón de Rabos de Lagartija y ahora sí. Que Marsé es Marsé nadie lo duda. Es sutil, sencillo, palpable, real y verdad. Y aquí se desdobla en una obra que casi parece inconclusa. Nuevamente lo he disfrutado, aunque tenga en mi memoria otro Marsé :)
Es ridícula, frenética y lastimera. Esperpéntica. Está construida con ingenio y la verosimilitud sale bien librada, a pesar de que la anécdota es delirante. Esperaba un desenlace trágico, devastador, y me equivoqué: no hay final feliz (eso no hubiera tenido lógica) sino un panorama tan triste como apaciguado. Tal vez porque la pérdida se instala desde la primera página.
Las notas al margen de mi libro:
1. Me encantaron los párrafos con el discurso encimado, porque retratan el desorden festivo y el desconcierto y el ser más de una cosa irremediablemente, como el protagonista de la novela (que, les platico, se llama Joan Marés pero termina llamándose de otra forma). Un ejemplo:
"[...] el pianista le cede el sitio a mi madre y ella da un traspié y se cae arrastrando una silla. Se parte de la risa. La ayudan a levantarse y entonces una de las vicetiples ataca melancólicamente la canción Perfidia. Mujer, si puedes tú con Dios hablar, pregúntale si yo alguna vez te he dejado de adorar. Mi madre se enternece aún más y busca al Mago Fu-Ching con la mirada. Y el mar, espejo de mi corazón, las veces que te he visto llorar…"
2. Joan Marés es un músico callejero, casi un mendigo. Y, cuando sale a tocar el acordeón en las esquinas de Barcelona, se cuelga del cuello unos letreros que dan testimonio de la pérdida de la dignidad, de la inconsciencia de sí mismo. A veces provocan risa de tan deprimentes.
PEDIGÜEÑO CHARNEGO SIN TRABAJO OFRECIENDO EN CATALUNYA UN TRISTE ESPECTÁCULO TERCERMUNDISTA FAVOR DE AYUDAR
MÚSICO EN EL PARO REUMÁTICO Y MURCIANO ABANDONADO POR SU MUJER
3. Para planteamientos tristes, la representación tragicómica por forma de vida. Vivir como si la vida no fuera propia porque, en cierto sentido, está dejando de serlo. Hablar con uno mismo creyendo que se es el otro, o viceversa. Como en espejos que contienen otros espejos, hasta el infinito. Y, en medio de un monólogo alucinante y dialogado, Joan Marés “sonrió a la nada o al futuro, como si le hicieran una foto”. De locos. De quién te dijo que yo era yo.
4. Por si fuera poco, nunca le falta el vino, come lo que quiere (o al menos no pasa hambres), puede comprar ropa y zapatos, pero es un indigente moral que, si tuviera el valor, se regodearía en ello. Joan Marés ocupa un departamento del Walden 7 y asegura: “Vivo en un sueño que se cae a pedazos.”
5. La historia trata de un limosnero esquizofrénico que se disfraza y se pone postizos en las cejas y las patillas. Y tiene un rostro más o menos desfigurado. Pero incluye un pasaje en que Marés, todavía niño, es agraviado por un catalancito aristócrata. Entonces no causa disgusto, no es ridículo ni indigno, pero triste sí. Tristísimo. Una reivindicación curiosa. El pasaje sobre la niñez de este personaje no podría terminar sino en desolación.
6. La descripción de la ciega, una personaje también sumamente triste pero que, en medio del mierdero, pasa por tabla de salvación: “En la ceniza húmeda de sus ojos anidaba una risueña dulzura, y en los aledaños de la boca pálida y entreabierta, esa ansiedad de los ciegos: como si bebiera luz con la boca y no con los ojos.”
7. La novela menciona varias veces el sintagma “luz intermitente”. Hace rato que terminé de leerla, sentí bonito. Ahora que leo esto antes de postearlo, siento ganas de encerrarme a llorar en el baño.
La historia de una obsesión por un amor que no es correspondido y las consecuencias que puede traer el abandono de sí mismo: la pérdida de la dignidad y casi hasta la misma cordura por una causa perdida que no valía la pena. Una psicosis inventada, pesadilla irracional y enfermiza que a veces se confunde enmascarada con el sentimiento del amor con fines autodestructivos, como la adicción a las drogas, o a cualquier otro vicio. “¿Hay en el mundo alguna mujer (hombre) que merezca tanto amor? Amor loco, el peor, el más infernal retorcido y puñetero de los amores?" No existe.
El amante bilingüe es una lectura entretenida enmarcada por el tema de la dualidad, la nostalgia de ser otro y la fuerza de una pasión desenfrenada. La dualidad está presente en el bilingüismo de los personajes y en el desdoblamiento de personalidad de Marés, quien tiene que crear una nueva realidad para su propia salvación. Al reinventarse obtiene no sólo una remedio para su obsesión sino que finalmente puede dejar atrás el fracaso y aceptar muy a pesar de sí mismo las posibilidades que le puede deparar el futuro. La novela también describe los problemas sociales y culturales de la burguesía y los menos afortunados (limosneros) y la identidad catalana. Los recuerdos de una triste infancia que conduce a un presente inclusive menos halagüeño justifica ese deseo de querer ser otro. Con los disfraces y las máscaras el personaje logra alterar su apariencia y engañar a algunos. Sin embargo, el embuste a largo plazo puede llegar a destruir su propia identidad si no acepta la mano que le dio a jugar el destino. La pasión desenfrenada es la droga que lo mantiene vivo y que puede ser la causa de su propia destrucción. La prosa de Juan Marsé denuncia injusticias y realidades desgarradoras que cautivan al lector.
"Vivo en un sueño que se cae a pedazos." Este libro es el retrato brillante de una mente desequilibrada. Además, nos muestra cómo, a través de la multiplicidad de personalidades, el protagonista es un hombre complejo y completo, puesto que logra transmitir tanta repugnancia como empatía al lector atento (al menos a mí me ha ido ganando con su sensibilidad, más evidente según avanza la historia).
Este libro era tarea para mi asignatura, La diversidad del español en el mundo, el otoño pasado. Hay que decir que la tarea era apta porque este libro muestra el estilo lingüístico de un charnego (un hombre que es de Andalucía pero vive en Cataluña). Era difícil de leer, no solo porque soy hablante extranjero del español, pero eso era una gran fuente de mis luchas. La ortografía imita el estilo de hablar; por ejemplo, "uzté" en vez de "usted." Pero tambien, la jerga era extraña y, a veces, rara para mí. Aprendía muchas palabras y expresiones nuevas, como "catalanufo." También, me ayudaba mucho de entender la manera real que los españoles hablan, con muchos diminutivos, por ejemplo. Sin embargo, lo más difícil eran las partes escritas en catalán. Aunque es muy parecido al castellano, no es el mismo. Estoy una poquita desilusionada porque el párrafo final está completamente escrito en catalán...
Sobre el plot, entonces... Al primero, pensaba que "el amante bilingüe" era el amante con quien Marés descubre Norma al primero. El habla castellano y catalán. Pero ahora creo que es Marés porque el habla dos idiomas de dos personajes diferentes: el andaluz como Marés y el murciano como Faneca. Aunque el idea es interesante, no me gusta este plot porque Marés/Faneca es la encarnación del ex loco y celoso. Me da mucha pena que mienta a Norma y la seduce al fin. No entiendo el fin, pero no importa. El objeto de leer este libro era aprender vocabulario y, sobre todo, absorbar la manera de hablar de los hablantes nativos de diferentes partes de España.
Comedia divertidísima que enfoca la vista en un hombre, Juan Marés (anagrama del autor) que sufre una indifelidad por parte de su mujer, Norma, con un charnego murciano que limpiabotas. Esta pareja catalana años más tarde se encuentran en situaciones muy dispares, mientras que Norma está colocada como funcionaria en la Xeneralitat y se encarga de asuntos lingüísticos, el protagonista se encuentra en la calles tocando el acordeón y viviendo en el piso donde antes residía la pareja, gracias a la condescendencia de Norma por no dejarlo en la calle. Su obsesión es enfermiza, llamándola en cabinas de teléfono a su servicio para escuchar su voz haciéndose pasar por otra persona, hasta que una vez a la vecina se le cae una lentilla verde y se la prueba, surgiendo la idea de llevar una doble identidad charnega y semiandaluza, como el individuo que fue objeto de la infidelidad llevada a cabo por su mujer. Novela breve pero adictiva, con momentos miserables del protagonista que te lleva a empatizar y sentir pena, teniendo muy presente los códigos del loco amor tan cultivado ya en la Literatura.
Mientras estaba leyendo la novela no me gustaba demasiado, aunque es verdad que al final ha mejorado mi opinión. El humor del personaje principal parece en algunos momentos querer imitar al de Eduardo Mendoza con su detective-vagabundo, pero sin conseguirlo. Es verdad que tiene algunos momentos muy logrados, como la descripción de la mujer del protagonista, o los carteles que se cuelga al cuello el protagonista cuando pide limosna, pero en general no creo que consiga el efecto cómico que persigue el autor. Tampoco me acaba de convencer en la literatura el exceso de simbolismo, pero en este caso más que un defecto de la novela es una cuestión de gustos personales. Me gusta más la prosa descriptiva y realista, que la prosa que intenta ser poética. Sí que me ha gustado el final de la novela, con su 'ajuste de cuentas' al nacionalismo que se cree superior. Parece que antes del 'procés' ya estaba todo inventado. No le pongo mayor puntuación porque el autor tiene mejores novelas, como Últimas tardes con Teresa, o La oscura historia de la tía Montse.