Jump to ratings and reviews
Rate this book

Saga do Lótus #2

O Pavilhão Púrpura

Rate this book
Pode uma ideia mudar o mundo?

Nova Iorque, 1929. A bolsa entra em colapso, milhares de empresas fecham, milhões de pessoas vão para o desemprego. A crise instala-se no planeta.
Salazar é o ministro das Finanças em Portugal e a forma como lida com a Grande Depressão granjeia-lhe crescentes apoios. Conta com Artur Teixeira para subir a chefe de governo, mas primeiro terá de neutralizar a ameaça fascista.
O desemprego lança o Japão no desespero. Satake Fukui vê o seu país embarcar numa grande aventura militarista, a invasão da Manchúria, na mesma altura em que tem de escolher entre a bela Harumi e a doce Ren.
Lian-hua escapa a Mao Tse-tung e vai para Peiping. É aí que a jovem chinesa e a sua família enfrentam as terríveis consequências da invasão japonesa da Manchúria.
A crise mundial convence os bolcheviques de que o capitalismo acabou. Estaline intensifica as coletivizações na União Soviética e o preço, em mortes e fome, é pago por milhões de pessoas. Incluindo Nadezhda.

O mundo à beira do abismo.

Considerado pelos portugueses o seu maior escritor, José Rodrigues dos Santos acompanha-nos numa viagem palpitante à perigosa década de 1930 na companhia de figuras históricas como Salazar e Chiang Kai-shek. O Pavilhão Púrpura traz-nos o segundo tomo da mais ambiciosa saga da literatura portuguesa contemporânea.

702 pages, Paperback

First published May 19, 2016

23 people are currently reading
686 people want to read

About the author

José Rodrigues dos Santos

61 books2,237 followers
José Rodrigues dos Santos is the bestselling novelist in Portugal. He is the author of five essays and eight novels, including Portuguese blockbusters Codex 632, which sold 192 000 copies, The Einstein Enigma, 178 000 copies, The Seventh Seal, 190 000 copies, and The Wrath of God, 176 000 copies. His overall sales are above one million books, astonishing figures considering Portugal’s tiny market.

José’s fiction is published or is about to be published in 17 languages. His novel The Wrath of God won the 2009 Porto Literary Club Award and his other novel Codex 632 was longlisted for the 2010 IMPAC Dublin Literary Award.

His first novel, The Island of Darkness, is in the process of being adapted for cinema by one of Portugal’s leading film directors, Leonel Vieira.

José is also a journalist and a university lecturer. He works for Portuguese public television, where he presents RTP’s Evening News. As a reporter he has covered wars around the globe, including Angola, East Timor, South Africa, the Israeli-Palestinian conflict, Iraq, Bosnia, Serbia, Lebanon and Georgia. He has been awarded three times by CNN for his reporting and twice by the Portuguese Press Club.

José teaches journalism at Lisbon’s New University and has a Ph. D. on war reporting.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
229 (29%)
4 stars
369 (47%)
3 stars
140 (18%)
2 stars
30 (3%)
1 star
8 (1%)
Displaying 1 - 30 of 38 reviews
Profile Image for Tempo de Ler.
729 reviews101 followers
June 8, 2016
As personagens de José Rodrigues dos Santos não conversam, discursam.

Em cada trabalho, José Rodrigues dos Santos aprofunda muito pormenorizadamente um tema central e é por esse motivo que eu começo por dizer, à laia de aviso, que se não temos interesse no tema principal de um dos seus livros, como já me aconteceu no passado, mais vale deixar que nos passe ao lado. As longas exposições teóricas já fazem parte do estilo do escritor.


Posto isto, uma vez que o conteúdo documentado nesta trilogia me interessa sobremaneira, posso dizer que gostei muito tanto de Flores de Lótus como deste O Pavilhão Púrpura. Livros que, já agora informo, devem mesmo ser lidos pela ordem de publicação. 


Neste segundo volume encontramos o capitalismo e, consequentemente, a democracia manchados pela Grande Quebra de Wall Street. Em Portugal, as medidas de Salazar impediram que a tragédia se fizesse sentir em maior extensão, mas o grande rigor orçamental deste ministro das finanças que ansiava chefiar o governo abre espaço para algum descontentamento, nomeadamente entre os militares. 


Na união soviética, disposto a tudo para ultrapassar os países capitalistas e mostrar a superioridade do comunismo, Estaline avança com a sua 'fantasia teórica', cometendo enormes atrocidades contra o povo, obrigando-os a uma vida de miséria e servidão pior que a que levavam anteriormente. 'O comunismo viera para os libertar, mas estava a escravizá-los' - p. 91


O Japão começa a afastar-se das ideias tradicionais do xintoísmo e do confucianismo. A grande quebra nas exportações nacionais virou-os contra o capitalismo e a democracia ocidentais; encontraram salvação durante a terrível depressão económica na Manchúria, mas o nacionalismo chinês ameaça os interesses japoneses.  Em vários pontos do mundo ouve-se falar sobre higiene racial - a eugenia... E da Alemanha começam a chegar notícias de um tal senhor Hitler. 


É no meio destes acontecimentos e importantes nomes da História que se encontram as personagens que começámos a acompanhar no livro anterior. Com existências muito diferentes e experimentando o início do século de forma distinta,  Fukui, Artur, Lian-hua e Nadija têm as suas próprias lutas para travar e problemas para ultrapassar. Artur tem especial interesse por nos aproximar de Salazar, das suas ideologias, opiniões, estratégias e manipulações. 


'(...) o Artur, o Fukui, a Lian-hua e a Nadija, pessoas ordinárias que se viram em situações extraordinárias e que, pela forma como as souberam superar, se tornaram elas próprias extraordinárias.' - p. 695


Inicialmente, o ritmo lento da narrativa desiludiu-me, mas o escritor acabou por aumentar a passada, a acção e, desta forma, também o meu interesse. Claro que há sempre espaço para melhoria, a mim parece-me que José Rodrigues dos Santos tem especial dificuldade em colocar-se na pele das suas personagens, o que resulta no género de falta de emoção que não gostamos de encontrar num romance. Além disso, já o disse antes mas repito, aborrece-me a insistência do autor em querer enfiar o máximo de informação nos diálogos, fazendo assim com que as conversas me soem falsas e pouco realistas. 


Ignorando isso - estou a gostar muito desta viagem pelo conturbado século XX que me permitiu aprender sobre as tradições e filosofias do mundo oriental e assistir ao prólogo das diversas circunstâncias que viriam a mudar o mundo!
Profile Image for Ana.
596 reviews66 followers
September 2, 2016
De um modo geral gostei mais deste segundo volume do que do primeiro, talvez por já conhecer o contexto histórico e as personagens.
Os regime políticos totalitários estão instalados e acompanhamos as consequências desses regimes no dia-a-dia das quatro famílias que nos foram apresentadas em "As Flores de Lótus".
Espero com muita expectativa "O Reino do Meio" e o desfecho das vidas das quatro personagens principais.



Profile Image for Maria.
1,035 reviews112 followers
January 30, 2018
No rescaldo da Primeira Guerra Mundial, as grandes tendências ditatoriais da década de 20 começam a definir-se. No segundo livro da Trilogia do Lótus, vamos acompanhar novamente a vida de quatro personagens: Artur, Nadezhda, Lian-Hua e Satake Fukui e assim perceber o que se vai passando nos
seus países.

28 de maio de 1926 - Artur, jovem tenente, a quem Catarina ainda não conseguiu dar filhos, coube-lhe a missão de convencer Salazar a assumir a pasta das Finanças, numa altura em que a democracia estava em descrédito.

Salazar vai trazer uma política repressiva e de contenção que, apesar de estar a resultar no que diz respeito à dívida pública, gera descontentamento na maior parte da população,que começa a manifestar-se contra as políticas do ministro.


Na União Soviética Estaline sucede a Lenine e prepara-se para avançar com o comunismo puro e duro que vai incidir na coletivização das terras. Nadezhda vive numa região praticamente agrícola, cujas políticas de Estaline vão deixar a sua família completamente de rastos. É através do relato da vida da ainda criança que vamos presenciar as provações que aquela população teve de enfrentar.
A política de Estaline estava a resultar na fome dos pequenos agricultores, que eram obrigados a dar toda a produção ao exército.

"O comunismo viera para os libertar, mas estava a escravizá-los."


Opinião completa em: http://marcadordelivros.blogspot.com/...
Profile Image for Sara Jesus.
1,673 reviews123 followers
June 5, 2017
" O pavilhão púrpura" é o segundo livro da trilogia de José Rodrigues dos Santos sobre regimes totalitários. Nele embarcamos para quatro diferentes países: a nossa adorada nação portuguesa, a Rússia comunista, o império ultramarino do Japão e a grande nação chinesa. Acompanhamos a jornada de Artur que se relaciona como o Doutor Salazar, a tragédia de Nadezhda que passa fome, os dilemas de Fuki que quer ser ao mesmo tempo oriental e ocidental e a coragem da nossa menina Lian hua.
Posso vos dizer que a personagem mais interessante é a jovem chinesa. Lian hua é uma pequena criança mas já possui poesia na alma. Tem um mundo dentro de si. Muito apegada as suas raízes mas disposta a aprender com os ocidentais. O seu nome significa flor de Lotus.... Pura e sábia! As conversas que tem com o seu avó no Pavilhão Púrpura são as mais belas conversas dos dois livros.

O fim nos choca. E nos faz querer logo que "O reino do meio" chegue. Como acabará esta maravilhosa trilogia? Poderá Nadezhada e Lian hua tornarem-se mulheres fortes? E Artur e Fuki se tornarão grandes líderes? "O pavilhão púrpura" já se tornou num dos meus livros de eleição!
Profile Image for Fernando Delfim.
399 reviews12 followers
June 8, 2016
Já li várias obras de JRS e, embora seja uma escrita um pouco básica e com histórias simples, os temas e a capacidade de pesquisa do autor superam os pontos menos bons. Depois de ter lido o primeiro volume desta trilogia e ter esperado longos meses pelo segundo fiquei… desapontado! O primeiro volume prometeu, e este resvala quase ao nível de uma telenovela… Os personagens com diálogos pouco credíveis, onde os bons são demasiado bonzinhos e os maus são muito maus e até são estúpidos. Faz-me lembrar aqueles filmes americanos do pós-guerra onde os alemães são todos muito estúpidos (conquistaram a Europa, mas são estúpidos…) ou mais tarde na guerra-fria onde as mulheres de leste têm todas bigode e pêlos nas pernas (ainda bem que caíu o muro…). Infelizmente não me deu o mesmo prazer que dava noutras obras dele.
Mas não deixou de ser interessante noutras vertentes, aprende-se História, histórias da História e curiosidades.
Epá, ò JRS tu consegues melhor! Ainda bem que este não foi o primeiro livro que li teu.
Se vou ler o último da trilogia? Sim, vou. Tenho esperança que melhore e fique, no mínimo, ao nível do primeiro.

“Os povos sábios ou são tristes ou são cínicos […] A nós, portugueses coube-nos ser tristes”

“Que utilidade havia numa religião centrada em Deus? Não seria mais prático centrá-la no homem, como Confúcio fizera? […] Os ocidentais pareciam ter dificuldade em compreender que podia haver uma moral que não remetesse para uma entidade divina. […] Não era afinal mais correto que as pessoas fossem honestas, não por recearem a punição divina, mas porque a sua consciência humanista, o seu civismo e o seu respeito próprio assim o impunham?”

“Rosseau, por exemplo, achava que liberdade e igualdade são compatíveis, de tal modo que a Revolução Francesa proclamou no mesmo fôlego liberdade, igualdade e fraternidade, mas colocar os dois primeiros conceitos lada a lado é um absurdo. Ou há liberdade ou há igualdade. […] a liberdade contém em si o gérmen da desigualdade. Pelo contrário, se quisermos impor a igualdade teremos de restringir a liberdade, o que significa que a igualdade contém em si o gérmen da escravidão. Portanto há que escolher, ou queremos liberdade ou queremos igualdade.”

“O poder só pode agradar aos tolos ou aos predestinados.”

“governar é desagradar”

“A visita, a conversa sem objecto nem objectivo, palavrosa, estirada, é defeito comum em Portugal a homens e mulheres. Somos um povo de conversadores inúteis”
Profile Image for Angela.
650 reviews30 followers
June 26, 2017

Uma óptima e emocionante continuação d ´ "As Flores de Lotus".

"É preciso que haja mal para que o bem mostre a sua pureza." BUDA

Profile Image for Rui.
184 reviews10 followers
June 15, 2016
Fantástico. Maravilhosa a continuação da história destas quatro personagens que nos levam numa viagem pelo, para nós vago, Século XX. Parabéns, para o autor, por nos deixar sonhar. Venha o terceiro Tomo.
3 reviews
August 13, 2022
Mais um livro que nos transporta para outra época, da perspectiva de quatro personagens que moram em quatro sítios diferentes do mundo. Gostei mais do primeiro livro desta saga, acho que neste segundo algumas partes da história são um pouco esquecidas.
Profile Image for Margarida.
461 reviews43 followers
July 6, 2016
Este volume, tal como o anterior, peca pela falta de desenvolvimento das personagens e excesso de diálogos que parecem discursos. As personagens de repente encontram-se a dialogar sobre política ou os acontecimentos da época, como se estivessem a dissertar num espaço académico. Ninguém no seu dia-a-dia tem diálogos destes, o que retira componente humana às personagens.
O narrador, cuja história só nos é apresentada no início e final de cada volume, esse sim aparece-nos frágil e humano, magoado com as histórias que tem de contar e dominado pelo receio da vida não lhe permitir terminar a história que começou a narrar.
Mas já sabemos que a história continua no próximo volume: "O Reino do Meio".
Profile Image for Kamilla.
695 reviews
May 7, 2018
I only struggled through this book out of obligation. I've read the first book in the trilogy, so now I wanted to know what happened to the four people around the world, I got invested in their stories. But boy oh boy, it was a struggle. The writing style is as dry as ever, it's monotone and it bored me to death. I constantly fell asleep while reading - usually after around 3-5 pages. Hence the duration it took to finish it. I even skip-read paragraphs, pages, just to move along, trying to find bits that interested me. Which was the lives of the four people. I also found the thoughts on superiority of races, of segregation, of blatant racism hard to read. It touched me, deeply upset me, and had to put the book down many times to get over what I was reading.
Such a shame about the dry writing style, it could be such a thought provoking book, a book that promotes conversation about issues that continue to plague us even today. I think more people should read about issues such as these to start conversations, discussions, but only the most dedicated of fans of J. R. will finish this book (and this trilogy). And unfortunately, fans of J. R. are the ones that least need book like these to jolt their thinking processes.
All in all, the thought provoking aspects of the book appeals, the continuity of the characters' lives appeals, but the dry writing style makes it and extremely difficult read.
Only one more to go. Thank God.
Profile Image for Ana.
268 reviews
February 18, 2024
Alguma repetição desnecessária de alguns conceitos, mas no geral aprendi varios factos históricos
47 reviews
August 22, 2025
O segundo livro desta trilogia ... que me deixa ansiosa pela continuação.
O escritor usa os diálogos para nos "ensinar" factos verídicos.
Se esperam romance ... não encontram nos livros de José Rodrigues Dos Santos. Ele é um historiador que utliza os seus "romances" para contar a história.
Nessa trilogia viajamos para a Russia, China, Japão e Portugal ...no início do século XX ...
Estou adorando tudo o que aprendo nos livros dele.
Profile Image for Cátia Santos.
30 reviews
July 8, 2024
Altos e baixos... Quando se pensa que nada mais pode acontecer, somos surpreendidos com um salto no abismo
22 reviews
August 25, 2018
I love the fact that the author is thorough in his research and analysis of the subjects, I just wish he sometimes could introduce them in a less exhaustive way...
Profile Image for Jimmy Osorio.
40 reviews2 followers
June 9, 2016
Neste último romance de JRS, tenho que confessar que não me entusiasmou como o primeiro livro desta saga.
JRS continua igual a si mesmo, fazendo o trabalho de casa todo a nível histórico, expondo-o com grande brilhantismo, mas que o torna em várias partes da obra, lenta e enfadonha.

Mas lê-se muito bem e o tema é de veras interessante; a queda de Wall Street, o capitalismo, fascismo, o capitalismo, nacional-sindicalista, e as atrocidades que todas estas políticas extremas levam a cometer.

Continua a ser um livro com um nível de história muito bom, gostei muito de acompanhar todas as peripécias de Portugal e o Novo Estado aos olhos de Artur, com destaque para a inteligência emocional e política de António Oliveira Salazar.
O descontentamento de certas elites, e às pressões internas para servir a clientela.
As semelhanças daquele período, da política à actual é brutal. Por vezes, perdia a noção do tempo.

Para mim o melhor(pior) momento que destaco do livro é a parte final de Nadija, naquela madrugada..... :(

Venha o terceiro (Reino do Meio) e que seja um pouco mais animado do que este, que teve um ritmo bem mais lento do que o anterior.

Profile Image for Luh.
66 reviews
December 28, 2022
Eu não consigo mesmo parar de ler, isto sim é uma obra prima.
É um livro repleto de acontecimentos históricos fascinantes e um toque de ficção excepcional. Quatro famílias, quatro história diferentes, quatro regiões, mas todos num só sentido, viver a vida e sobreviver. Estamos a falar de conflitos que ocorreram e que marcaram a vida de todos os europeus, asiáticos e americanos, mas acima de tudo que nos faz pensar, atualmente, sobre o que temos de fazer. Estamos a viver num tempo de guerra, crise e instabilidade e este livro mostra as dificuldades de várias pessoas que podem passar a ser as nossas daqui a uns tempos. Temos de aprender com o passado para viver o presente e mudar o futuro para melhor.
Com isto, e apesar da história que o livro contém, adorei a forma como o autor encaixa momentos de amor no meio de uma crise, momentos de tragédia num ambiente tão alegre e claro a forma como descreveu temas bastante pesados como a violação de menores pelos parentes, separações, traição, guerras entre estas familiares e políticas, fugas, escravatura, fome, culturas distintas e a sua aceitação pelo mundo... São tudo temas importantes é que dão vida a uma história com quatro histórias que traz a leitura um toque especial, pois ou estamos contentes, ou cai uma mera lágrima ou então derramamos uma quantidade absurda delas.
Acho que é necessário entendermos bastante, também, da história do narrador e entender que se este não estivesse prestes a morrer nunca saberíamos que o Artur se aproximou da política e de Salazar, que Lia-Hua, a menina de olhos azuis regressaria a casa e choraria por um menino europeu cujos pais tem nojo dos "amarelos". Sem ele nunca saberíamos da vida dura que os russos passaram, graças ao comunismo e o quão difícil foi viver num país caótico e claro a história de um japonês que defende que as culturas devem de ser aceites por todos e que não tem mal em copiar um pouco os outros e continuar a ser japonês. Sem este homem com cancro que narra a história de quatro famílias nao saberíamos o quão difícil foi viver naquele tempo, sobreviver as mãos dos tiranos.

Quero ainda acrescentar que ao abordar estes temas todos e esta história toda que foi uma realidade triste, foi uma ideia muito inteligente por parte do autor, porque apesar de mostrar que o passado foi duro, conseguimos ver que, nós humanos não aprendemos com ele e em pleno século XXI há famílias que estão a passar pelo mesmo que estas quatro.

Aconselho vivamente a leitura. Leiam por ordem, porque valerá a pena.


"há tragédias que não deviam poder acontecer nos, a nós ou às pessoas que amamos. Ou, convenhamos, a quaisquer outras. Mas se porventura acontecem, pois as coisas são o que são e não necessariamente o que queremos que sejam, devíamos ao menos ter o direito de as esquecer. Se delas não nos lembrarmos é como se não tivessem sucedido. Aliás, não sucederam mesmo, pois o nosso passado é a nossa memória e o que a nossa memoria não guarda nunca ocorre ainda que tenha ocorrido, se é que me faço entender"

" Não vou continuar a escrever.
Compreenda, por favor. Sinto-me exausto porque descrever a violação de Nadija me esgotou emocionalmente, mas também, ou talvez sobretudo, por uma razão que quem leu o livro anterior ou o prólogo deste decerto não desconhece. A minha doença"

"Irão eles vencer o grande exam da vida? Só o saberemos se soubermos como acaba está história. Ou talvez ela nao acabe, pois as histórias só conhecem finais conclusivos nos romances e na imaginação dos seus autores. As histórias da vida real são de outra natureza e apenas acabam com a morte de quem as vive. Talvez seja mais correto dizer que só conheceremos o destino dos meus quatro amigos se soubermos como continuam as suas vidas no lento e inexorável caminho que os levará à China. Darei pois a esse terceiro livro o nome que os chineses dão ao seu país O REINO DO MEIO"




Vou esperar pelo próximo que está mesmo aqui ao meu lado! Sei que 2023 vai começar bem!!☺️🥰
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Ricardo Trindade |.
452 reviews39 followers
January 9, 2023
A trilogia lançada através do primeiro volume intitulado por As Flores de Lótus ganhou novo alento através de O Pavilhão Púrpura, a continuação da história que cruza continentes para relatar a vida de quatro pessoas, o português Artur, a chinesa Lian-Hua, o japonês Fukui e a russa Nadezhda! Se tinha gostado da primeira parte, da segunda então nem se fala!
Com um trabalho de casa bem feito, José Rodrigues dos Santos reconta factos históricos ao mesmo tempo que as suas personagens de ficção vão passando pelos problemas da primeira metade do século XX. Em As Flores de Lótus o lançamento destes quatro heróis da vida comum é feito e agarra o leitor ao mesmo tempo que nos vamos deixando levar pelo espírito de aprendizagem rigorosa do que foi acontecendo na época. Mas neste segundo volume desta fantástica trilogia a qualidade aumenta, ficando o leitor ainda com maiores perspectivas sobre o que está para surgir pelas páginas seguintes.
O que terá Artur em comum com Salazar para os seus destinos se voltarem a cruzar com grande ênfase? Será que o jovem militar é uma das chaves do responsável das Finanças do país para seguir em frente e conseguir atingir alguns dos patamares que foi alcançando ao longo do tempo em que esteve no poder? Neste segundo volume os feitos do português começam devagar mas ao longo do desenrolar do romance, Artur vai ganhando destaque devido a todas as mudanças que vão acontecendo no país.
E Liah-Hua após o rapto conseguirá voltar a estar com a sua família e seguir em frente numa vida familiar pacata pela China ou tudo mudou ou irá mudar na vida desta jovem ocidental?
Fukui era em As Flores de Lótus a personagem que mais se destacou na minha leitura, no entanto o japonês foi perdendo força neste segundo romance e passou um pouco despercebido, embora tenha os seus pontos chave que irão ser desenvolvidos no final, assim o espero!
A grande surpresa deste romance são as grandes reviravoltas que a vida de Nadezhda vai dando em tão pouco espaço de tempo! A fugir de um país recheado de obrigações partidárias e ditadura, a família da jovem russa acaba por deixar tudo o que tinha e que vai sendo retirado para abraçar uma nova vida onde o passado pesa até que começam a encontrar estabilidade. Isto quando o inimigo de Nadezhda parece estar mais perto do que se julgava, fazendo um final surpreendente mas que de certo modo poderá ser previsto pelo leitor ao longo de uns capítulos anteriores ao final! Uma tragédia contada de forma crua pelo autor acaba por dar o mote para o que está para surgir na continuação desta trilogia, deixando o leitor em suspenso e bastante curioso com as voltas que tudo poderá dar daqui para a frente na vida de Nadezhda!
Esta é uma das melhores obras do autor que tem neste segmento literário um dos seus melhores trabalhos! Com quatro personagens centrais que ainda não se cruzaram mas que acredito que o conhecimento os faça circularem pelas mesmas vias em breve, José Rodrigues dos Santos parece estar em As Flores de Lótus e O Pavilhão Púrpura como peixe na água, fazendo o leitor ficar com grande apetite pela chegada de O Reino do Meio. Os amores, a História, a política, a família, a incerteza,... Tudo acontece nesta trilogia que parece não deixar nada acontecer em vão, existindo explicação e um bom fundamento para o que acontece agora surpreender no futuro.
Um bom romance de ficção com envolvência com factos e personagens históricas que conquista desde o início! Que chegue então O Reino do Meio para saber como todas as vidas que fui conhecendo ao longo desta leitura se irão desenvolver!
July 6, 2021
2o volume da trilogia do Lótus que dá continuidade à história das vidas de Artur (Portugal), Lian-hua (China), Fukui (Japão) e Nadija (Rússia). Desta feita decorrem os anos entre as duas grandes guerras e explicam-se os acontecimentos e crenças que antecedem a 2GG.
Quanto ao livro, achei-o mais enfadonho que o primeiro, com diálogos longuíssimos entre as personagens, sendo nesses diálogos que ficamos a conhecer factos históricos importantes. A questão não está aqui, até porque são estes enquadramentos históricos que me interessam mais nestes livros. O problema está na constante repetição de ideias e até de frases, para não falar na impossibilidade de existem diálogos assim, o que torna a leitura às vezes penosa. Se não fossem estas repetições, o livro não teria 700 páginas, mas teria metade. Não vou conseguir parar por aqui porque quero saber o que acontece aos personagens desta história (ou histórias, porque ainda não se vislumbrou a ligação entre eles neste volume). Espero que o 3o volume seja menos repetitivo, no entanto, a avaliar pelo tamanho do livro, acho que não vou ter sorte. Vamos ver.
Profile Image for Teresa.
12 reviews3 followers
August 4, 2024
O Pavilhão Púrpura superou todas as minhas expectativas após a leitura de As Flores de Lótus.
A trilogia de Lótus não se limita a um curso de historia sobre os marcos políticos do sec XX. O autor José Rodrigues dos Santos dá vida a este percurso da historia, fazendo percorrer pela pele do leitor o arrepio da origem e evolução de três brilhantes personagens contadas na primeira mão por uma quarta.
Reviver a vida delas foi, para mim, viver um período no qual nunca fiz parte enquanto ser.

Este livro é indubitavelmente um romance sem par, sobretudo para aqueles que não compreendem história na sua mera narrativa.

Estou ansiosa por ler o Reino do Meio e, desta forma, descobrir o desfecho destas maravilhosas personagens!
Profile Image for Joana Simões.
109 reviews
November 13, 2017
This book is the second one of the trilogy of the Lotus.
It follows 4 people: Artur, a portuguese military, Lian-Hua, a chinese girl, Fukiu, a japoneses young man and Nadezda, a russian girl.
It sets in the beginning of 1930 with the crash of the stock exchange and the rise of dictatorships in Europe and communism in Russia and in China.
It tells the story of these 4 characters and the story of the world.
13 reviews
January 31, 2021
Há que reconhecer o bom trabalho de investigação. Eu gosto do tema e gosto do contexto histórico.
No entanto este livro podia ter metade do tamanho, dei por mim a certa altura a saltar partes descritivas. A ideia se seguir diferentes famílias no período histórico que é, é apelativa, mas as interações são na maior parte vazias e para isso mais valia ter mantido as coisas simples e não perder tanto tempo em descrições que me parecem tantas vezes irrelevantes
5 reviews
January 16, 2019
It is a very interesting book, better understood if you manage to read its precedent "As Flores de Lótus". The contents may be shocking, but also very relatable, as it narrates the lives of 4 people fictionally involved in major historical events.
The writing is captivating and the style is easy to follow even though the stories shift from one character to another each chapter.
6 reviews
August 1, 2023
The best book of the trilogy by far.
It amazingly shows the horrors of living in the Soviety Union before and during the WW2 and the passion of Yang Bang to find is daughter while also showing the civil war that China faced.
This book marks the tragic begging of two strong women who will need to do any and everything to stay alive.
Profile Image for Rute.
60 reviews1 follower
April 3, 2018
Os yang guizi (ocidentais) passam o tempo a criar coisas e a correr de um lado para o outro e andam sempre tão ocupados e preocupados que não chegam a fruir a vida. Nós (os orientais) não somos tão inquietos e ocupamo-nos antes em saborear a existência porque ela é tudo o que alguma vez teremos
Profile Image for Homero Couto.
7 reviews
May 10, 2020
Romance histórico, com uma descrição muito fiel da ascensão de Salazar e do Estado Novo em Portugal, da implementação do comunismo na União Soviética e da sociedade chinesa e japonesa na mesma época. Não desilude.
21 reviews
June 20, 2019
The plot is getting more catching every page. To be read slowly and let every situation "soak" into your soul.
Profile Image for Isabel Lobo.
86 reviews62 followers
May 11, 2021
Acho que o José Rodrigues dos Santos admira um bocadinho de mais Salazar...
8 reviews
April 3, 2024
Excelente como o livro 1 desta trilogia.
Muito esclarecedor e detalhado de uma realidade terrível na primeira metade do século XX.
Displaying 1 - 30 of 38 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.