Esta novela es la evocación de la representación del «Hamlet» shakespeariano por artistas ambulantes y gentes de un pueblo de la meseta en la inmediata postguerra; y la evocación, por parte del narrador, de la figura de una de sus maestras, Carolina Donat, «una señorita maestra que iba a ser actriz y ha hecho de Ofelia en el teatro, y tiene además un Arlequín». Tiempos, vidas y teatro --un teatro que ya muchos piensan condenado por el cine-- se entrecruzan de forma magistral a lo largo de sus páginas. Como señala en el prefacio la profesora Carmen Bobes, «el encanto de Se llamaba Carolina es el que tienen otros textos de su autor, como Ronda de noche o Agua de noria, donde la espontaneidad es la norma, a pesar de que los motivos y la historia puedan ser terribles».
Não achava que ia gostar tanto como afinal gostei. Disseram me que a linguagem era complicada, espanhol coloquial; o comercial queixou-se das frases longas (vamos, nós portugueses estudamos Saramago, não dá para ser mais longo que isso)... Não parecia ser haver um entusiasmo generalizado pela obra, apenas mais uma de um autor que foi prémio Cervantes, mais uma que parecia nem ser das melhores. Bem, então eu quero ler a melhor. Mais do que um tributo a Shakespeare, é um tributo a alguém que parece ter sido o seu ídolo de juventude, o seu exemplo, a sua mestre de escola. O último capítulo deixa-o claro, e que grande deve ter sido aquela mulher para inspirar, décadas depois, tamanha homenagem. Aos bons professores, que moldam vidas com talento. Deviam existir mais assim.