The increasing centrality of memory to work being done across a wide range of disciplines has brought along with it vexed questions and far-reaching changes in the way knowledge is pursued. This timely collection provides a forum for demonstrating how various disciplines are addressing these concerns. Is an historian's approach to memory similar to that of theorists in media or cultural studies, or are their understandings in fact contradictory? Which methods of analysis are most appropriate in which contexts? What are the relations between individual and social memory? Why should we study memory and how can it enrich other research? What does its study bring to our understanding of subjectivity, identity and power? In addressing these knotty questions, Memory and Methodology showcases a rich and diverse range of research on memory. Leading scholars in anthropology, history, film and cultural studies address topics including places of memory; trauma, film and popular memory; memory texts; collaborative memory work and technologies of memory. This timely and interdisciplinary study represents a major contribution to our understanding of how memory is shaping contemporary academic research and of how people shape and are shaped by memory.
O livro constata que a vasta expansão do conceito de 'memória' no campo das humanidades não se fez acompanhar da reflexão acerca de um método que seria adequado ao seu estudo. Por esse motivo, Radstone na introdução assinala que provavelmente há menos em comum nas pesquisas realizadas do que se poderia pressupor a princípio.
Verifica-se que memória tem diferentes significados ao longo da história. As atrocidades das duas guerras mundias repousam entre a crise da memória do século XIX e o seu boom no Século XX. A crise mencionada teria suas raízes nos deslocamentos e rupturas derivados das revoluções que criaram obstáculos à possibilidade da transparência da memória em relação ao passado.
O mais significativo legado da crise indicada é o entendimento de que a memória não pode ser entendida como reflexão, como um registro transparente do passado. Daí, ela passar a ser compreendida como produzida ativamente, representação passível de luta e disputa.
No início da crise da memória, as escalas de equivocação estavam baseadas na tradição, no passado. Agora, isso mudou. Essas escalas estão assentadas na subjetividade, invenção, presente, representação e fabricação.
Importante: "[...] o trabalho da memória não reduz memória à ficção, ao sonho, à poesia, por exemplo. Memórias continuam a ser memórias e sua relação com experiência histórica vivida é o que constitui sua especificidade".