A figura central deste romance é Leonardo, filho enjeitado de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, criado pelos padrinhos - uma parteira e um barbeiro. O narrador, que freqüentemente interrompe a narrativa para comentar as ações das personagens, focaliza a vida agitada de Leonardo, seus casos com a mulata Vidinha, o namoro com Luisinha e seus planos para escapar das perseguições do severo major Vidigal.
Manuel Antônio de Almeida (November 17, 1831 — November 28, 1861) was a Brazilian writer, medician and teacher. He is famous for the book Memórias de um Sargento de Milícias, written under the pen name Um Brasileiro (English: A Brazilian). He is the patron of the 28th chair of the Brazilian Academy of Letters.
de Almeida was born in Rio de Janeiro, to lieutenant Antônio de Almeida and Josefina Maria de Almeida. Few things are known about his years of primary studies — although he entered at the Medicine course in 1849, graduating in 1855. Financial difficulties inspired him to dedicate himself to the literature and to the journalism. His magnum opus, Memórias de um Sargento de Milícias, was initially published in serial form during the years 1852 — 1853, in the journal Correio Mercantil.
In 1858, he became the administrator of Tipografia Nacional, where he met Joaquim Maria Machado de Assis. Trying to enter in the political career, he would go to the city of Campos dos Goytacazes, in order to start his political research; however, he died in the shipwreck of his ship, near the shores of Macaé.
Leonardo Pataca e Maria Hortaliça, se conhecem em um navio no caminho de Portugal ao Rio de Janeiro. Logo que desembarca em seu novo lar, Maria começa a sentir enjôos, e sete meses depois nasce um menino que é batizado de Leonardo.
Por motivos de desavenças familiares , Leonardo acaba sendo criado por seu padrinho , que o mima e tenta em vão fazê-lo se tornar um clérigo.Leonardo acaba se tornando um grande desocupado e vagabundo. A partir daí ele só apronta. Não coloquei muita expectativa no livro mas ele me surpreendeu.Um livro delicioso e engraçado onde aprendemos muito dos costumes da época do reinado de João vi no Brasil. Amei esse livro.
I bought this book for about a dollar in 2005 or 2006, but it looked boring, and I never attempted to read it. I finally picked it up because I was curious about Brazil. It turns out this book isn't boring at all. It's a funny and exciting piece of satire, with brilliant prose style, characters who are endearing even if they're objectively awful. The author's casual acceptance of slavery is the only disturbing part.
" - Então ele já encarrilha o padre-nosso? O compadre exasperou-se completamente; estudando uma injúria bem grande para responder, disse afinal: - Já... já... senhora intrometida com a vida alheia.... já sabe o padre-nosso, e eu faço rezar todas as noites um pelo seu defunto marido que está a essa hora dando coices no inferno!..."
Só sei que hoje em dia nós desamprendemos a xingar!!! 😂😂😂 Um dos livros mais engraçados que eu já li! Poderia ser tão famoso quanto Dom Casmurro lido também por prazer e não apenas só para vestibulares. Se tornou um dos meus favoritos da vida! A edição da Panda Books está primorosa, cheia de notas explicativas e ilustrações super engraçadas. A experiência de leitura foi incrível!
Nunca deixei de me perguntar o porquê de esta obra discutivelmente clássica estar em quase todas as listas de vestibulares do Brasil. Em primeiro lugar, diz-se que é um microcosmo da sociedade brasileira. Excuse me folks, mas o Rio de Janeiro não é, nunca foi e duvido que algum dia chegue a ser um pedaço representativo da sociedade brasileira em geral. Em segundo lugar, temos um gênero que aparece na literatura medieval espanhola, a picardia, apresentado como uma forma totalmente original. Para completar, é ridículo dizer que é um avanço do autor apresentar as camadas menos privilegiadas financeiramente, visto que Luis da Gama já fazia isso quase um século anteriormente. Enfim, vamos parar de fingir que este livreto merece seu lugar no Cânon da Literatura Brasileira! E poupar os pobres vestibulandos dessa paupérrima pseudoliteratura.
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) foi um escritor brasileiro que morreu precocemente vítima de um naufrágio em Novembro de 1861, com apenas 30 anos. De Junho de 1852 a Julho de 1853 publicou, anonimamente e aos poucos, os folhetins que compõem as Memórias de um sargento de milícias, reunidos em livro em 1854 (1º volume) e 1855 (2º volume) com o pseudónimo de “Um Brasileiro”. O seu nome apareceu apenas na 3ª edição, já póstuma, em 1863. Da mesma época data ainda a peça Dois amores e a composição de versos soltos.
É a história de Leonardo, filho de emigrantes portugueses – Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça – que se conheceram num navio, e após uma pisadela e um beliscão tornaram-se amantes. Mas este relacionamento não dura muito, e Leonardo é abandonado aos cuidados do padrinho, um barbeiro, e da madrinha, uma parteira. Leonardo é um rapaz traquina, endiabrado, e grande parte da narrativa são as suas aventuras e desventuras, as suas travessuras e malandragens até se tornar sargento da companhia de granadeiros. Através da sua história ficamos também a conhecer os usos e costumes da classe baixa fluminense no século XIX.
Gostei da escrita do autor, bastante realista, rica, objectiva e divertida, mas o tema não me entusiasmou.
Um livro divertidíssimo, com uma escrita deliciosa e prazerosa, e MUITO avançada para a época. A obra-prima de Manuel Antônio de Almeida merece a fama que tem, é uma demonstração de perícia narrativa e domínio de diversos gêneros, com o do folhetim romântico do final do século 19, usando os tropos (estruturas narrativas) do período para, ao mesmo tempo que diverte o leitor, traçar um panorama bem ácido, crítico e cheio de humor da sociedade carioca daquele tempo.
Entendi porque Rui Castro, Luis Fernando Veríssimo, Rubem Braga e tantos outros citam o Manuel Antônio de Almeida como o "pai de todos nós" (como disse Rui Castro). Tá tudo lá na prosa dele, o jeito "brasileiro" (apesar da sintaxe e dos temos ainda bem portugueses) de lidar com a mistura de ficção e crônica que o Manuel inventou! Doidimais!
Recomendo ler o "Memórias de um Sargento de Milícias" e logo em seguida ler "Era No Tempo do Rei" do Rui Castro, as duas obras se encaixam perfeitamente e dará um "barato literário" maravilhoso! Experimente!
"Em certos corações o amor é assim, tudo quanto tem de terno, de dedicado, de fiel, desaparece depois de certas provas e transforma-se num incurável ódio."
Memorias de um sargento de milícias conta a historia de um anti-heroi chamado Leonardo, filho de Leonardo Pataca e Maria das Hortalicias, e que fora abandonado pelo seus pais sendo agora afilhado pelo seu compadre, um barbeiro que quer tornar Leonardo um homem de virtude e rico, ao decorrer da historia Leonardo se mete em várias confusões com vários desconhecidos e parentes e na qual o autor demonstra uma relação entre a situação dos personagens e suas ações, que os acompanham com a sociedade recém-formada pela chegada do rei no Brasil sempre demonstrando como uma séries de criticas sutis e bem humoradas, para quem gosta do Brasil como ele realmente é e quer saber principalmente a sua historia de forma bem satírica e bem divertida.
É um clássico brasileiro extremamente memorável, e eu consigo entender exatamente o porquê. A ironia presente na narrativa voltada para a sociedade e comportamento da época é bem perspicaz, e os temas Realistas presentes nesta história publicada durante a época Romântica também chamam bastante a atenção. A “malandragem brasileira”, a corrupção, as mentiras e a pobreza de quase todos os personagens devem ter chamado a atenção dos atrasados da época, que esperavam histórias idealizadas de amor da burguesia. O livro é um retrato bem interessante nesse sentido da época que retrata, e também da qual foi escrito.
A leitura em si foi muito sublime, recomendo a todos. 🥰🥰🥰🥰
Memórias de quem, se quem resguarda sob o crânio as anotações pouco de si fala?
Este não é um livro sobre o personagem principal - bem, ao menos foi esta a minha impressão. Não. Este é um livro sobre aquilo que torna única a existência de quem protagoniza a obra: os outros e os desencontros que a vida, num reclamar atencioso, traça sobre os ombros dos que numa mesma linha temporal têm a sorte de compartilhar do destino.
É na sagacidade dos feitos alheios (especialmente dos mal-feitos) que o texto desta obra encontra morada. A narrativa bem-humorada; as cenas imagéticas, esteticamente bem construídas; a linguagem rebuscada, mas despretenciosa; a denúncia da corrupção típica do racional bípede egoísta que o é o homem… tudo isso, junto, faz cair em chuva densa, sobre os olhos do leitor, um livro espetacular.
Aqui reside algo que vale a pena ser lido, não por ensinar-nos qualquer coisa, e sim por bem entreter aos curiosos, dando-lhes, num mergulho em qualidade, uma boa história.
Como é bom resgatar o orgulho nacional e poder deleitar-se nas páginas desta pérola. E o melhor, está em domínio público. É interessantíssimo porque trata-se de uma boa literatura "universal", seus personagens e a sua trama é intrincada e transcende em muito o espaço e o tempo. Podemos ver como a alma humana é mesmo perene, e em dadas circunstâncias só poderemos reagir de certa forma, isso seria o que se chama de caráter, algo já estudado a fundo muito antes de Freud e da ciência da psicologia.
É notável a influência do Realismo/Naturalismo, e a influência do meio nas pessoas. Realismo aliás que vem de fora, da França. Aliás como tudo no Brasil quando o assunto é cultura, temos que nos 'inspirar profundamente' em algo que vem de fora, seja no cinema, pintura ou literatura. Mas isso não tira o mérito da obra, jóia da literatura universal.
quis ler agora adulto para ver se era tão desinteressante quanto eu tinha achado 12 anos atrás e definitivamente não é.
acho sempre muito gostoso pegar esses livros de 1800 e alguma coisa e, além de ter acesso à parte de resgate histórico, achar e saborear o humor desses autores.
tirei duas estrelas porque senti que a história não tem muito rumo, provavelmente por ter sido escrita em folhetins, formato que eu acho que realmente teria levado a um maior aproveitamento da obra.
MEU DEUS Q LIVRO HORROROSO, uma historia q n tem nada de milícias, um romance falho do Sec XIV q no ultimo capitulo da tudo certo e mds q coisa horrorosa
Memórias de Um Sargento de Milícias é talvez das primeiras incursões do malandro e da malandragem (cariocas, naturalmente) na literatura brasileira. Em uma época onde o romantismo e a visão idealizada da nação, tal qual em O Guarani, efervescia, surge uma crônica de costumes satírica. Diz o prefácio do meu livro, e aí me falta gabarito pra descrer da tese original do cabra, que o livro tem um pano de fundo político muito claro. Publicado em capítulos na Pacotilha, versão bem humorada do Correio Mercantil, o livro seria na realidade uma crítica liberal aos conservadores, expondo a época de Dom João como uma época de figuras toscas e corruptas, como bem exemplificada pelo simpático Leonardo Pataca. Pataca é um meirinho (oficial de justiça), classe essa que gozava de bastante poder na época. Ele é o pai do protagonista, também Leonardo, e vive se enrolando por amor, sendo inclusive preso na casa duma cigana (rituais eram proibidos na época). Desde tempos imemoriais, as forças policiais do país fiscalizam a fé alheia, cês vejam. Ele acaba expulsando o filho de casa em meio aos seus problemas conjugais (sua mulher trai ele) e Leonardo vai morar com o padrinho, um barbeiro, homem de bem que põe muita fé nele e por acaso desviou uma soma gigantesca de grana pra si. Todo mundo é meio malandro bandido, meio espertinho, e apesar das falas de época, tem um quê de Rio de Janeiro ali já. E o livro é de fato engraçado, coisa que sempre surpreende dada a idade. Como o livro era publicado semanalmente, os capítulos geralmente acabavam sendo histórias pequenas e isoladas, pra fisgar o leitor mas não afastar completamente quem não acompanhava frequentemente. E nessas historietas se desenvolve uma gama de personagens, a velha rica viciada em processos judiciais, o major Vidigal, temor dos malandros e que literalmente recruta bandidos como punição, e alguns membros próximos à corte. Isso tudo se encaixa, diz a tese supracitada, em um pano de fundo no qual as origens dos vícios da sociedade brasileira vem desde a época de Dom João, e que portanto expõe as teses conservadoras como furadas. É maneirinho, mas não sei se tenho muito mais pra dizer.
Gostei do livro, na medida em que faz uma crítica ao ultra-romantismo e mostra a formação da sociedade brasileira. A história é bem narrada e estruturada; mas não foi nenhuma leitura edificante, não está entre os meus nacionais favoritos.
Livro bem divertido. A amizade do autor com Machado, me enviesou e em vários momentos achei Leonardo quase um eco narrativo de Bentinho. Há algumas nuances entre este e Dom Casmurro que achei bem interessantes (ou piração da minha cabeça).
O autor que me perdoe (mesmo já não estando em condição de perdoar, rs), mas esse livro para mim foi um fiasco. Como se interessar por um livro em que a história não lhe parece nem um pouco interessante? E que, para completar, por volta dos seus 20%, tem um ritmo tão veloz quanto o de uma tartaruga?
Li este livro e nesta edição pois a encontrei sem custo na seção de e-books da Amazon. Para quem tiver interesse de ler a obra, pode ser que uma edição melhor, daquelas que trazem informações a mais sobre vocabulário, costumes da época, dentre outras coisas, ajude para que se mantenha na leitura.
Em tempo: acreditava que, por ter sido escrito no auge do romantismo, se tratasse uma obra pertencente a este movimento. Mas, com uma leve pesquisa descobri que, na verdade, se trata de uma obra realista. Peço desculpas a quem dei a informação errada.
Esse livro é DIVERTIDÍSSIMO! É por demais compreensível que não se tenham apadrinhado dele muito os estudantes por causa de sua linguagem demasiado floreada, mas os acontecimentos da obra são deveras interessantes e cômicos. Esse é o único livro do autor, um clássico da literatura brasileira e eu achei uma leitura tranquila e mais que simpática. Se compararmos com outros livros que caem no vestibular como 😒 Cartas Chilenas 😒 esse livro é maravilhoso e muito mais compreensível. O protagonista é uma peste desde criança e não se corrige até o final, fiquei traumatizada com o nome Leonardo depois haha. Indico MUITO! Deu saudades das aulas de literatura do colégio...
Retrato da sociedade carioca do inicio da segunda metade século XIX todo representado através da ótica de um romance Picaresco. Não é um oceano de originalidade (talvez por ser destinado a uma leitura de entretenimento), além de seguir a risca as características clássicas desta linguagem de romance. Os méritos do livro se reservam à sua contundência (gerada graças ao primeiro formato de publicação da obra, o folhetim), ao realismo das pessoas e da urbanidade onde se passa (mesmo carregado de estereótipos) e ao cinismo em relação aos valores morais vigentes.
provavelmente superestimando, mas boas memórias afetivas com relação a este livro e o ônibus 07 e um quarto com uma pequena mesa mais que resistente, dada a aparência frágil, e uma cadeira desconfortável que herdou [ou se apossou de] toda a fragilidade da mesa. Livros de época trazem alguns costumes instigantes, de alguma forma
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Respeito o autor e o fato de o livro ser um clássico da literatura brasileira, mas simplesmente não é pra mim. A escrita é divertidinha e tudo mais, mas o enredo não me interessou. Aliás, não curti o ritmo: começou jogando um monte de informação, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e depois ficou mais lento e sem sal.
li correndo, mas é um clássico bem tranquilo e fácil de ler. da pra rir um pouco acho que não sou culta o suficiente pra apreciar da maneira correta enfim é muito bom e revolucionário