São apenas quatro, mas os manifestos de Almada Negreiros constituem peças-chave para a Vanguarda nos anos 10 do século XX. São textos de grande intensidade, que participam de um momento revolucionário nas artes em Portugal e no mundo. A colecção Almada Breve reúne uma série de antologias da obra literária de José de Almada Negreiros. Organizada por géneros, apresenta em sequência cronológica textos decisivos do autor, anotados, com uma introdução que os contextualiza, e incluindo os desenhos ou arte gráfica das publicações originais, elementos imprescindíveis para a leitura dos escritos de que fazem parte.
Escritor e artista plástico, José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893. Foi um dos fundadores da revista Orpheu(1915), veículo de introdução do modernismo em Portugal, onde conviveu de perto com Fernando Pessoa. Além da literatura e da pintura a óleo, Almada desenvolveu ainda composições coreográficas para ballet. Trabalhou em tapeçaria, gravura, pintura mural, caricatura, mosaico, azulejo e vitral.
Faleceu a 15 de Junho de 1970 no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa, no mesmo quarto onde morrera seu amigo Fernando Pessoa.
As duas orientações de busca e criação de Almada Negreiros foram a beleza e a sabedoria. Para ele "a beleza não podia ser ignorante e idiota tal como a sabedoria não podia ser feia e triste" (Freitas, 1985). Almada Negreiros foi um pintor-pensador. Foi praticante de uma arte elaborada que pressupõe uma aprendizagem que não se esgota nas escolas de arte; bem pelo contrário, uma aprendizagem que implica um percurso introspectivo e universal.
Vulto cimeiro da vida cultural portuguesa durante quase meio século, contribuiu mais que ninguém para a criação, prestígio e triunfo do modernismo artístico em Portugal.
Interessant per conèixer el pensament d'Almada Negreiros, però no m'ha semblat tan original —en relació a la resta de futurismes— ni tan apassionant com a "A Cena do Ódio".
O Futurismo não precisa do passado para nada; é até pernicioso olhar para trás. Exagerado quanto baste, mas... e porque não? Já se viu que olhar para o passado não tem dado grandes resultados. Mas ... sem passado não nos tornaremos apátridas? O passado mostra-nos que já conseguimos construir um futuro.