Santos Dumont é conhecido no Brasil como o pai da aviação, porém, apesar de toda a sua fama, poucos sabem que esse herói nacional deu testemunho em livro de sua vida e de suas aventuras pioneiras pelos céus.
Com a reedição de O que eu vi, o que nós veremos, última obra publicada em vida por Santos Dumont, em 1918,esta edição traz ao público leitor um texto de prosa solta e elegante, em que o autor narra e comenta seus feitos e ideias, abordando questões diversas sobre a conquista dos ares e o posterior desenvolvimento da aviação, quer no mundo, que no Brasil.
O livro é permeado de fotos históricas e antecedido por uma introdução de Henrique Lins de Barros, o principal especialista na vida e na obra de Santos Dumont. Segundo Barros, O que eu vi, o que nós veremos é “um pequeno grande livro”, que nos permite conhecer aspectos da personalidade do inventor difíceis de se conhecer de outra forma, mostrando um homem “generoso com os outros, mas orgulhoso de si”, que “sabe da importância do que fez.”
O livro reúne dois textos de Alberto Santos-Dumont, publicados originalmente em 1918. “O que eu vi” descreve o processo de criação e testes de seus aeróstatos e aeroplanos. É um relato bastante autobiográfico, na qual o inventor discorre sobre a sua formação, revela seus ideais, fala de sua inspiração (Julio Verne) e comenta sobre a disputa com os irmãos Wright (e sua visão de ciência). É, também, um testemunho de época — da transição do século XIX para o XX e que viu mudanças sociais drásticas em virtude das inovações tecnológicas — no Brasil e na Europa.
Em “O que nós veremos”, Santos-Dumont realiza uma série de previsões assombrosas sobre o futuro da aviação — aplicações comerciais e usos militares — e as suas consequências sociais. Mais que tudo, é a exposição de sua convicção na comunicação, na redução das distâncias, na união dos povos.
Originally published in 1904 (one year after the Wright brothers' first heavier-than-air powered flights at Kitty Hawk), this memoir of one of the early pioneers of powered lighter-than-air flight is an interesting account of the development of airships in the late 1800s and early 1900s. The opening chapters about the author's earlier experiences with balloons and his early airship designs are fascinating and full of a spirit of adventure, but the later chapters start to bog down a bit in technical detail.
Cresci com a lenda de que Santos Dumont havia cometido suicídio por causa do uso de sua invenção na guerra. Nesta autobiografia, ele comenta ter aceitado convite de militares franceses para discutir o uso bélico do seu nº 9, o pequeno dirigível com que ele famosamente atravessou a Champs Elysées e o estacionou em sua casa, na esquina da rua Washington, para tomar um café e depois levantar voo novamente.
Narrativa saborosa de um ícone de quem The Times, de Londres, em edição contemporânea, disse que, dali a 100 anos, de todos os vivos, talvez apenas Santos Dumont ainda seria lembrado.
What a fascinating character! Alberto Santos-Dumont was an eccentric, courageous and independent thinker and innovator who, at the beginning of the 20th century developed flying air ships that were self-propelled. Born and raised in Brazil (where he is a national hero), he moved to Paris and was welcomed with open arms during the period of that wonderful city's heyday. When art and creativity and whimsy and eccentricity was openly and warmly embraced by its citizens. This diminutive Brazilian with his increasingly complex hydrogen-fueled air ships would be trotted out every so often and Parisians would surround it as he took to the skies, often with disastrous results, which he blew off as just part of the creative process (imagine, dangling high in a tree after your craft collapsed and making notes to yourself about what went wrong instead of merely sitting there screaming "Aaaah!")
The age is fascinating as it is - filled with colorful characters who believed in a future where humankind lived and moved about in the sky much as they did on the open sea. Believing in the possibility that we've limited ourselves and literally the sky's the limit. Santos-Dumont is such an interesting, colorful character that I'm working on my next novel of historical fiction built around this fascinating historical figure. Heads up!
Esta pequena obra divide-se em duas partes. Na primeira ("o que vi") ele basicamente resume o seu primeiro livro (Meus Balões), porém traz mais detalhes relacionados ao 14 Bis. Na segunda parte ("o que nós veremos") é bem interessante ver os prognósticos que ele fez sobre o futuro da aviação no pós-guerra. Mas é triste ver com os seus compatriotas não eram interessados em seus conselhos sobre a aviação brasileira, que na época estava atrás do Chile e da Argentina. Ao contrário do que fazia o EUA com os irmãos Wright, por exemplo.
Highly entertaining account of the adventures of one of the foremost pioneers of flight, Alberto Santos-Dumont, which covers almost all of his years flying balloons and dirigibles (airships). The technical descriptions are accessible, the flight stories often wild, and Santos-Dumont's attitude a perfect example of the buoyant spirit of progress of the times.