What do you think?
Rate this book
Longe de Manaus
O romance da solidão portuguesa.
Depois de iniciar uma investigação sobre a morte de um homem desconhecido encontrado num apartamento dos arredores do Porto, Jaime Ramos – o detective dos anteriores livros policiais de Francisco José Viegas – é levado a percorrer caminhos que o transportam entre Portugal, o Brasil e a memória de Angola. Nesse triâgulo vivem personagens solitárias que desaparecem sem deixar rasto e cujas biografias tenta reconstruir a partir do nada, socorrendo-se apenas da sua imaginação. Esse percurso transportará o leitor da Beirute do século XIX até ao coração da Amazónia e à Manaus contemporânea, do Porto a São Paulo, de Luanda ao Rio de Janeiro e ao Amapá, da guerra de Angola e da Guiné aos apartamentos vazios onde são recolhidos cadáveres, memórias e silêncios. Há homens sem biografia nem memória, mulheres que desafiam o conformismo e a mediocridade do seu pequeno mundo, seres humanos que perderam todas as ilusões e se limitam a procurar não morrer. Este cruzamento de geografias e de tipos humanos provoca alucinações no próprio narrador, que ora escreve em português de Portugal, ora em português do Brasil, e no investigador Jaime Ramos, que é obrigado a inventar histórias de perdição para que o seu mundo tenha algum sentido. Reconstruindo a própria linguagem do romance policial, subvertendo as suas regras, escrito em tons e linguagens distintos, Longe de Manaus é o romance da solidão portuguesa, o retrato distante e desfocado de um país abandonado às suas memórias e ao seu desaparecimento.
Depois de iniciar uma investigação sobre a morte de um homem desconhecido encontrado num apartamento dos arredores do Porto, Jaime Ramos – o detective dos anteriores livros policiais de Francisco José Viegas – é levado a percorrer caminhos que o transportam entre Portugal, o Brasil e a memória de Angola. Nesse triâgulo vivem personagens solitárias que desaparecem sem deixar rasto e cujas biografias tenta reconstruir a partir do nada, socorrendo-se apenas da sua imaginação. Esse percurso transportará o leitor da Beirute do século XIX até ao coração da Amazónia e à Manaus contemporânea, do Porto a São Paulo, de Luanda ao Rio de Janeiro e ao Amapá, da guerra de Angola e da Guiné aos apartamentos vazios onde são recolhidos cadáveres, memórias e silêncios. Há homens sem biografia nem memória, mulheres que desafiam o conformismo e a mediocridade do seu pequeno mundo, seres humanos que perderam todas as ilusões e se limitam a procurar não morrer. Este cruzamento de geografias e de tipos humanos provoca alucinações no próprio narrador, que ora escreve em português de Portugal, ora em português do Brasil, e no investigador Jaime Ramos, que é obrigado a inventar histórias de perdição para que o seu mundo tenha algum sentido. Reconstruindo a própria linguagem do romance policial, subvertendo as suas regras, escrito em tons e linguagens distintos, Longe de Manaus é o romance da solidão portuguesa, o retrato distante e desfocado de um país abandonado às suas memórias e ao seu desaparecimento.
448 pages, Paperback
First published January 1, 2005
4 people are currently reading
146 people want to read
About the author
Francisco José Viegas
57 books55 followersFRANCISCO JOSÉ VIEGAS nasceu a 14 de Março de 1962 na aldeia do Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa. Licenciado em Estudos Portugueses, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Foi professor universitário, jornalista, director da Casa Fernando Pessoa, editor na Quetzal Editores e director da revista LER e Secretário de Estado da Cultura no XIX Governo Constitucional (2011-12).
Autor de diversos livros de poesia, de livros de viagem e de romances, entre os quais As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Morte no Estádio, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital,Lourenço Marques e, o mais recente, O Mar em Casablanca, publicado pela Porto Editora em 2009. Em 2005 foi distinguido com o Grande Prémio APE de Romance com o livro Longe de Manaus. Tem livros traduzidos na Alemanha, em Itália, no Brasil e em França.
Foi professor universitário, jornalista, director da Casa Fernando Pessoa, editor na Quetzal Editores e director da revista LER e Secretário de Estado da Cultura no XIX Governo Constitucional (2011-12).
Autor de diversos livros de poesia, de livros de viagem e de romances, entre os quais As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Morte no Estádio, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital,Lourenço Marques e, o mais recente, O Mar em Casablanca, publicado pela Porto Editora em 2009. Em 2005 foi distinguido com o Grande Prémio APE de Romance com o livro Longe de Manaus. Tem livros traduzidos na Alemanha, em Itália, no Brasil e em França.
Ratings & Reviews
Friends & Following
Create a free account to discover what your friends think of this book!
Community Reviews
Displaying 1 - 14 of 14 reviews
May 22, 2017
Napokon sam ugrabila vremena da dovršim ovu divnu knjigu u odličnom prevodu Vesne Stamenković!
Bogu hvala na prevodilačkim grantovima te i ovakve divne knjige ipak ugledaju svetlost dana na srpskom jeziku... :) Dobro vođena radnja, bogat i lep jezik... odličan stil... Digitalno izdanje bi moglo biti bolje urađeno (fusnote su loše rešene) i bruka da knjiga sadrži belešku o prevodiocu (što je lepo) ali nema belešku o autoru (što je skandalozno jer je stavljena beleška o prevodiocu)... Ovo je knjiga za sladokusce, za ljubitelje dobre književnosti i portugalsko-brazilskog senzibiliteta... :)
#MustRead
Bogu hvala na prevodilačkim grantovima te i ovakve divne knjige ipak ugledaju svetlost dana na srpskom jeziku... :) Dobro vođena radnja, bogat i lep jezik... odličan stil... Digitalno izdanje bi moglo biti bolje urađeno (fusnote su loše rešene) i bruka da knjiga sadrži belešku o prevodiocu (što je lepo) ali nema belešku o autoru (što je skandalozno jer je stavljena beleška o prevodiocu)... Ovo je knjiga za sladokusce, za ljubitelje dobre književnosti i portugalsko-brazilskog senzibiliteta... :)
#MustRead
February 9, 2017
Muito boa leitura
Gosto de Jaime Ramos porque ele é uma personagem muito genuína. De tal forma que o imaginamos real. Jaime Ramos, o pequeno burguês portuense, mas que olha para o passado com saudade. Adepto do FCP vê em Cubillas um ídolo. Os seus livros respiram a norte, um norte que tanto me identifico.
Com a particularidade de ter dez capítulos escritos em Português do Brasil não é de admirar que este livro de 2009 tenha ganho o Prémio APE.
Muito bem escrito, com uma história envolvente, é difícil não gostar dos livros de Francisco José Viegas e do inspector portuense, sempre acompanhado por Isaltino.
Não são livros sanguinários, não são típicos livros policiais, mas são tão bons!!!
Opinião completa em: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2...
Gosto de Jaime Ramos porque ele é uma personagem muito genuína. De tal forma que o imaginamos real. Jaime Ramos, o pequeno burguês portuense, mas que olha para o passado com saudade. Adepto do FCP vê em Cubillas um ídolo. Os seus livros respiram a norte, um norte que tanto me identifico.
Com a particularidade de ter dez capítulos escritos em Português do Brasil não é de admirar que este livro de 2009 tenha ganho o Prémio APE.
Muito bem escrito, com uma história envolvente, é difícil não gostar dos livros de Francisco José Viegas e do inspector portuense, sempre acompanhado por Isaltino.
Não são livros sanguinários, não são típicos livros policiais, mas são tão bons!!!
Opinião completa em: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2...
Read
March 10, 2016Imao sam nekoliko loših iskustava se nekim drugim knjigama iz projketa Kereativna Evropa tako da sam sa velikom dozom skepse počeo da čitam Daleko od Manausa.
Izgleda da me je ranije iskustvo prevarilo jer se roman Daleko od Manausa ispostavio kao odličan. Površno gledano, u pitanju je klasična krimi priča. Policija nalazi beživotno telo nekog nepioznatog lika u nekom nebitnom hotelu u najbednijem delu grada Porta. I sada policijski inspektor Žaime Ramos sklon melanholiji, cinizmu i impotenciji mora da otkrije ubicu. Totalno banalni zaplet (i rasplet, btw).
Međutim tokom istrage inspekora Ramosa mi se „provozamo“ kroz čitav jedan postkolonijalni svet društva u opadanju čiji su slavni dani odavno završeni i više se nikada vratiti neće, a svi su svesni toga. Pisac nas provodi kroz Porugaliju, njihovu bivšu koloniju Brazil (Interesantno je prikazana zapravo i dalje bliska i čvrsta veza između Portugalije i ove njihove bivše kolonije. Tako prilikom istrage oni ne koriste međunarodnu pravnu pomoć kao legitiman način da dođu do dokaza već inspektor lično odlazi u Brazil da saslušava svedoke i traga za činjenicama.) kao i kroz krvavi građanski rat za nezavisnost u Angoli i Gvineji.
Osim kroz postkolonijalni Portugal pisac nas prošeta i kroz društvene slojeve, razne oblasti života i rada u današnjoj Portugaliji, kroz psihološke prikaze likova...
Ono što me je privuklo da pročitam ovu knjigu jeste i to što je autor bivši tamošnji popečitelj kulture. Zanimljiva je bila i moja misao da je to jedan razlog više da pročitam knjigu (iako o liku ne znam ništa), dok bi me činjenica da je neku knjigu napisao neki bivši ovdašnji minstar kulture naterala samo da tu knjigu zaobilazim u širokom luku (i praziluku).
Daleko od Manausa jeste veoma zanimljiva knjiga, ali bi ljudi sa hroničnim napadima „smora“ od svega i svačega ipak trebalo da je izbegavaju, ali svi drugi bi mogli da je pročitaju.
Izgleda da me je ranije iskustvo prevarilo jer se roman Daleko od Manausa ispostavio kao odličan. Površno gledano, u pitanju je klasična krimi priča. Policija nalazi beživotno telo nekog nepioznatog lika u nekom nebitnom hotelu u najbednijem delu grada Porta. I sada policijski inspektor Žaime Ramos sklon melanholiji, cinizmu i impotenciji mora da otkrije ubicu. Totalno banalni zaplet (i rasplet, btw).
Međutim tokom istrage inspekora Ramosa mi se „provozamo“ kroz čitav jedan postkolonijalni svet društva u opadanju čiji su slavni dani odavno završeni i više se nikada vratiti neće, a svi su svesni toga. Pisac nas provodi kroz Porugaliju, njihovu bivšu koloniju Brazil (Interesantno je prikazana zapravo i dalje bliska i čvrsta veza između Portugalije i ove njihove bivše kolonije. Tako prilikom istrage oni ne koriste međunarodnu pravnu pomoć kao legitiman način da dođu do dokaza već inspektor lično odlazi u Brazil da saslušava svedoke i traga za činjenicama.) kao i kroz krvavi građanski rat za nezavisnost u Angoli i Gvineji.
Osim kroz postkolonijalni Portugal pisac nas prošeta i kroz društvene slojeve, razne oblasti života i rada u današnjoj Portugaliji, kroz psihološke prikaze likova...
Ono što me je privuklo da pročitam ovu knjigu jeste i to što je autor bivši tamošnji popečitelj kulture. Zanimljiva je bila i moja misao da je to jedan razlog više da pročitam knjigu (iako o liku ne znam ništa), dok bi me činjenica da je neku knjigu napisao neki bivši ovdašnji minstar kulture naterala samo da tu knjigu zaobilazim u širokom luku (i praziluku).
Daleko od Manausa jeste veoma zanimljiva knjiga, ali bi ljudi sa hroničnim napadima „smora“ od svega i svačega ipak trebalo da je izbegavaju, ali svi drugi bi mogli da je pročitaju.
August 21, 2019
Estou a acabar de o ler pela segunda vez e continuo a não querer que acabe. Não é só um policial nem é só um romance, é muito mais do que isso e do que a soma dos dois.
É prosa deliciosa e são retratos exactos do nosso mundo. São reflexões irónicas e desencantadas combinadas com sentimentos que nos enternecem. São páginas sobre o sentido da justiça, sobre direitos humanos e sobre a sua ausência para os mais vulneráveis, sejam as “putinhas de Manaus” cujos cadáveres se amontoam na margem do grande rio, sejam as mulheres que se prostituem em casas de Leça da Palmeira (e que ou morrem cedo ou têm vergonha de ser apresentadas à família do namorado).
São descrições perfeitas de lugares que conheço, desde a ria de Aveiro ao Pátio Higienópolis, com passagens pelo Bonaparte na Foz. O nascer do dia na ria e o inverno de São Paulo. É um dos meus livros preferidos de todo o sempre. Dobrei -lhe cantos de páginas a que quero voltar mais vezes. Já li outras aventuras do Inspector Ramos e da sua Rosa, de Isaltino ou do Corsário de Cabo Verde que cresceu aqui mas passa férias no Mindelo. Também tenho saudades do Mindelo. Há livros e lugares de que nunca deixamos de ter saudades.
É prosa deliciosa e são retratos exactos do nosso mundo. São reflexões irónicas e desencantadas combinadas com sentimentos que nos enternecem. São páginas sobre o sentido da justiça, sobre direitos humanos e sobre a sua ausência para os mais vulneráveis, sejam as “putinhas de Manaus” cujos cadáveres se amontoam na margem do grande rio, sejam as mulheres que se prostituem em casas de Leça da Palmeira (e que ou morrem cedo ou têm vergonha de ser apresentadas à família do namorado).
São descrições perfeitas de lugares que conheço, desde a ria de Aveiro ao Pátio Higienópolis, com passagens pelo Bonaparte na Foz. O nascer do dia na ria e o inverno de São Paulo. É um dos meus livros preferidos de todo o sempre. Dobrei -lhe cantos de páginas a que quero voltar mais vezes. Já li outras aventuras do Inspector Ramos e da sua Rosa, de Isaltino ou do Corsário de Cabo Verde que cresceu aqui mas passa férias no Mindelo. Também tenho saudades do Mindelo. Há livros e lugares de que nunca deixamos de ter saudades.
February 21, 2015
É um livro tão denso em palavras que muitas vezes me perdi. Como policial não me prendeu como já aconteceu com outros, mas gostei de ser levada a África e ao Brasil, onde parte da narrativa se passa...e das personagens.
May 2, 2017
I have read this book, a serbian translation and it is indeed a great novel. Author makes a crime story in a very unusual way and that is the reason why I loved it so much
March 26, 2020
Indecisa tra le due stelle e le tre.
Intanto mi ritrovo a fare un appello alle case editrici su come considerare introduzioni e postfazioni (o note introduttive e finali che dir si voglia). In questo caso c’è una nota finale che spiega quello che ci si trova di fronte nella trama del romanzo. Ovvero che (SPOILER) Viegas raramente dà ai suoi gialli una soluzione compiuta come in questo caso e che il fatto che il colpevole non si veda consegnato alla giustizia sia una cosa normale nella sua produzione. Oltre a ciò (personalmente, non leggo i gialli per vedere le manette ai polsi del colpevole) ci sono una serie di considerazioni che a me sarebbero state utili prima della lettura del romanzo.
Intanto perché questo è un giallo che proprio non sta nei termini canonici di come ci si aspetterebbe un giallo.
Epperò - lo so, non si dice - penso di esserci arrivata: è un giallo portoghese che si svolge in parte in luoghi tropicali.
Ecco perché la prima parte è più lenta del possesso palla del Boavista Fc degli anni ’70 (mia considerazione personale).
Lenta e piena di salti temporali e locali: l’azione si sposa dal Portogallo al Brasile, da San Paolo a Manaus e Rio, da Capo Verde all’Angola con qualche sprazzo pure di Guinea. Mancavano Macao, Sao Tomé e il Mozambico poi eravamo quasi al completo.
È un’indagine arzigogolata e stramba quella che Jaime Ramos (che è tifoso del Porto e di Teofilo Cubillas, giusto per finirla con le citazioni calcistiche - anzi no, si parla anche del San Paolo nel romanzo) si trova ad affrontare.
Sempre che di indagine si possa parlare.
«(…) Ma ci sono liste di militari che arrivarono in Portogallo più tardi, altri prima. In che periodo è tornato lui, esattamente? In che anno, in che giorno? Ed è venuto da solo?»
«Capo, lei sta scrivendo un romanzo, è questa la verità.»
«Nessuno scrive un romanzo su Manaus. Non lo leggerebbe nessuno.»
Jaime Ramos ha di fronte un’indagine complicata, che affonda le radici nel passato coloniale fatto di guerre e uomini che hanno fatto fortuna al fronte nelle ex colonie, creandosi altre vite, altri legami, altre identità.
Tuttavia, il cadavere di Alvaro Severiano Furtado oltre che un enigma è anche una realissima traccia dell’esistenza umana di quest’uomo sul quale si sa poco e nulla.
Tocca a Ramos e all’aiutante Isaltino de Jesus (dei nomi favolosi questi personaggi, tutti quanti) cercare di tirare le fila della vicenda, ricostruendo la storia: dove non ci sono prove e documenti, dovrà arrivare la capacità di narratore della vita dell’ispettore, che quando qualcosa manca inizia a immaginare la vita delle persone come se fossero romanzi, per riempire i vuoti e i salti di quello che non si sa.
Alla fine non posso dire che la lettura non sia stata molto piacevole.
Ma che fatica stare dietro al ritmo ora lentissimo, ora velocissimo, per non parlare di quanto sia complicata in sé la vicenda (non posso dire altro sennò spoilero). Insomma, migliora andando avanti con le pagine, non è straordinario ma si può leggere, l’inizio può risultare scoraggiante. Il finale, se siete fan dei gialli classici, può risultare spiazzante o deludente.
Intanto mi ritrovo a fare un appello alle case editrici su come considerare introduzioni e postfazioni (o note introduttive e finali che dir si voglia). In questo caso c’è una nota finale che spiega quello che ci si trova di fronte nella trama del romanzo. Ovvero che (SPOILER) Viegas raramente dà ai suoi gialli una soluzione compiuta come in questo caso e che il fatto che il colpevole non si veda consegnato alla giustizia sia una cosa normale nella sua produzione. Oltre a ciò (personalmente, non leggo i gialli per vedere le manette ai polsi del colpevole) ci sono una serie di considerazioni che a me sarebbero state utili prima della lettura del romanzo.
Intanto perché questo è un giallo che proprio non sta nei termini canonici di come ci si aspetterebbe un giallo.
Epperò - lo so, non si dice - penso di esserci arrivata: è un giallo portoghese che si svolge in parte in luoghi tropicali.
Ecco perché la prima parte è più lenta del possesso palla del Boavista Fc degli anni ’70 (mia considerazione personale).
Lenta e piena di salti temporali e locali: l’azione si sposa dal Portogallo al Brasile, da San Paolo a Manaus e Rio, da Capo Verde all’Angola con qualche sprazzo pure di Guinea. Mancavano Macao, Sao Tomé e il Mozambico poi eravamo quasi al completo.
È un’indagine arzigogolata e stramba quella che Jaime Ramos (che è tifoso del Porto e di Teofilo Cubillas, giusto per finirla con le citazioni calcistiche - anzi no, si parla anche del San Paolo nel romanzo) si trova ad affrontare.
Sempre che di indagine si possa parlare.
«(…) Ma ci sono liste di militari che arrivarono in Portogallo più tardi, altri prima. In che periodo è tornato lui, esattamente? In che anno, in che giorno? Ed è venuto da solo?»
«Capo, lei sta scrivendo un romanzo, è questa la verità.»
«Nessuno scrive un romanzo su Manaus. Non lo leggerebbe nessuno.»
Jaime Ramos ha di fronte un’indagine complicata, che affonda le radici nel passato coloniale fatto di guerre e uomini che hanno fatto fortuna al fronte nelle ex colonie, creandosi altre vite, altri legami, altre identità.
Tuttavia, il cadavere di Alvaro Severiano Furtado oltre che un enigma è anche una realissima traccia dell’esistenza umana di quest’uomo sul quale si sa poco e nulla.
Tocca a Ramos e all’aiutante Isaltino de Jesus (dei nomi favolosi questi personaggi, tutti quanti) cercare di tirare le fila della vicenda, ricostruendo la storia: dove non ci sono prove e documenti, dovrà arrivare la capacità di narratore della vita dell’ispettore, che quando qualcosa manca inizia a immaginare la vita delle persone come se fossero romanzi, per riempire i vuoti e i salti di quello che non si sa.
Alla fine non posso dire che la lettura non sia stata molto piacevole.
Ma che fatica stare dietro al ritmo ora lentissimo, ora velocissimo, per non parlare di quanto sia complicata in sé la vicenda (non posso dire altro sennò spoilero). Insomma, migliora andando avanti con le pagine, non è straordinario ma si può leggere, l’inizio può risultare scoraggiante. Il finale, se siete fan dei gialli classici, può risultare spiazzante o deludente.
June 9, 2021
Gostei do livro. Achei os personagens bem construídos e coerentes.
As várias culturas que se entrecruzam, tendo em comum a língua portuguesa.
Apesar de nunca ter estado em Manaus consegui transportar-me até lá. Sentir o calor e a humidade.
Personagens solitárias, mas que transportam o mundo dentro delas.
As várias culturas que se entrecruzam, tendo em comum a língua portuguesa.
Apesar de nunca ter estado em Manaus consegui transportar-me até lá. Sentir o calor e a humidade.
Personagens solitárias, mas que transportam o mundo dentro delas.
December 5, 2022
Romance policial e histórico. Boa leitura descomprometida. Interessante para aprender um pouco das ex-colônias portuguesas.
January 2, 2024
Não gostei do final, ou melhor, a falta de um final. Fiquei com a sensação que estava inacabado.
October 27, 2020
Como o próprio autor define este livro “Um romance policial, como se sabe, tem as suas regras. Este não tem”, no entanto é com prazer que se segue as aventuras em Manaus do personagem principal Jaime Ramos detetive que surge em outros romances do Francisco José Viegas.
February 3, 2010
Um bom policial, inteligente, que ensina muita coisa interessante.
April 10, 2011
This entire review has been hidden because of spoilers.
Displaying 1 - 14 of 14 reviews