Ana Cristina Cesar (1952-1983) has posthumously become one of Brazil's best known avant-garde poets. After her suicide in 1983, her innovative, mythic, and dreamlike poetry has greatly influenced subsequent generations of writers. At Your Feet was originally published as a poetic sequence and later became part of a longer hybrid work— sometimes prose, sometimes verse—documenting the life and mind of a forcefully active literary woman. Cesar, who also worked internationally as a journalist and translator, often found inspiration in the writings of other poets, among them Emily Dickinson, Armando Freitas Filho, and Gertrude Stein. Her innovative writing has been featured in Sun and Moon's classic anthology Nothing the Sun Could Not Explain—20 Contemporary Brazilian Poets (2000). Poet Brenda Hillman and her mother Helen Hillman (a native speaker of Portuguese) worked with Brazilian poet Sebastião Edson Macedo and translator/editor Katrina Dodson to render as faithfully as possible the intricately layered poems of this legendary writer. At Your Feet includes both the English translation and original Portuguese.
Ana Cristina César was a poet and translator from Rio de Janeiro. She came from a middle-class Protestant background and was usually known as "Ana C." She had written since childhood and developed a strong interest in English literature. She spent some time in England in 1968 and, on returning to Brazil, she became a published author of note. The 1970s and early 1980s were the peak of her poetic career. She returned to England in 1983. One of the authors she admired was Sylvia Plath. She shared some commonalities with her in temperament and fate. She died in 1983 by jumping out of a window at her parents´ apartment, in Rio de Janeiro
Sempre que leio poesia tendo a folhear o livro e ler aleatoriamente antes de iniciar a "leitura séria". Foi o que fiz na fila da biblioteca para retirá-lo, mas logo percebi que estava diante de uma poesia que me seria de difícil compreensão. Fechei o livro e só voltei a lê-lo depois de buscar algo sobre a biografia da autora. Já tinha ouvido falar na Ana Cristina pela Flip e por alguns clubes de leitura, apesar de ter achado coisas interessantes como ela ter feito parte da Geração Mimeógrafo que ajudou a situar melhor o contexto em que a obra foi escrita, ainda assim não consegui me conectar com a forma como ela escreve. A teus pés foi publicado em 1982, um ano antes do suicídio da autora. Não me incomoda a falta de métrica, rima e essas coisas, mesmo assim foi uma leitura cansativa, difícil de acompanhar o fluxo de pensamentos e introspectivo demais.
é meio Não É De Entender E Sim De Sentir, mas quando eu senti eu senti muito. as partes de prosa parecia que eu tava conversando com uma amiga querida tomando um cafezinho. um beijo anac vc teria amado o twitter
apesar de ser uma leitura difícil e que precisar ser lida, relida, trelida, a teus pés, de Ana C. é vital. descreve uma época, um movimento e uma das mentes mais provocativas e misteriosas da literatura marginal.
Que experiencia esse livro! Muito dificil falar sobre um livro de poesias pq algumas partes sempre vão chamar mais a atencão do que outras... Gostei muito de Cenas de Abril e A Teus Pés. As poesias curtas são as que mais me impactaram, são frases e palavras calcadas em uma melancolia profunda que transborda nas páginas.
Autobiografia. Não, biografia. É sempre um pouco tarde: Fiz misérias nos caminhos do conhecer. Mas hoje estou doente de tanta estupidez porque espero ardentemente que alguma coisa...divina aconteça. A poesia não - telegráfica - ocasional - me deixa sola - solta - à mercê do impossível - - do real. E mais não quer saber a outra, que sou eu, do espelho em frente. Ela instrui: deixa a saudade em repouso (em estação de águas) tomando conta desse objeto claro e sem nome. As cenas mais belas do romance o autor não soube comentar.
Acho que poesia realmente não é muito a minha praia? Gostei de ler, mas se eu disser que entendi tudo seria mentira. Leria mais só pela sensação de tensão sexual e melancolia pelo olhar feminino.
"É para você que escrevo, hipócrita Para você - sou eu que te seguro os ombros e grito verdades nos ouvidos, no último momento. Me jogo aos teus pés inteiramente grata".
chocante essa mistura de poesia com prosa e ensaio, por vezes fiquei sem saber o que diabos eu tava lendo. lembra até um pouco o que a hilda hilst faz ao misturar poesia e teatro dentro dos contos dela. curti bastante o estilo da ana cristina, tem muita personalidade, muita mesmo, apesar de ficar boiando ao ler certas coisas - mas essa é a graça.
"Estava no canto do quarto esperando o carteiro soar quando resolvi te escrever assim mesmo. Assim mesmo sem resposta, abrindo meu caderno de notasseis meses depois."
To read Ana Cristina Cesar is better to know her biography first. A little chaotic group of texts and poems ordered by her personal experience. Nothing invites the reader to come in. The Ana's world is distant from the readers.
terminei! o que tenho a dizer sobre esse livro: me conectei enormemente com a parte “a teus pés”, poesia originalíssima, cheia de sentimento, de vida, de ritmo. deixo aqui uma parte:
“te pego lá na esquina, na palpitação da jugular, com soro de verdade e meia, bem na veia, e cimento armado para o primeiro andar”
em relação a “cenas de abril”, “correspondência completa” e “luvas de pelica”, não me senti tão conectada, fluxo de consciência bem nonsense, cubista - que eu adorei em alguns momentos, têm algumas frases soltas que achei geniais, mas na maior parte do tempo só me senti a parte da obra, não conseguia entrar nela e participar emocionalmente. o sentimento: ler várias palavras soltas, aleatórias.
então, minha nota para “a teus pés”: 5. para o resto: 3.
de qualquer forma, adorei ter esse contato com a obra da ana cristina césar, mulher importantíssima para a literatura brasileira. adorei que foi incluído um pouco da história de sua vida, essa edição é de altíssima qualidade, ótima coletânea de obras.
Cheguei da faculdade com vontade ler poesia. Peguei o primeiro livro da estante. Por algum motivo senti que devia ler em voz alta, recitar os poemas mesmo. No caso desse livro os poemas estão muito mais próximos da prosa do que do formato convencional, o que tornaria a ideia muito mais árdua. De qualquer forma, li tudo em voz alta, apenas com uma pausa para o jantar. Foi uma experiência carnal como olhar no espelho e ver um reflexo familiar o suficiente para saber que sou eu mas ao mesmo tempo um reflexo estranho que levanta a questão: quem sou eu?
“Fico tentando te mandar um pedacinho de onde estou mas fica faltando sempre” ah, Ana! Sinto que agora somos amigas. Sinto muito por não estar mais aqui conosco, você teria adorado os absurdos que vivemos hoje. Acho que, se te conheço bem, você teria adorado envelhecer. Se entendi 30% do seu livro foi muito, mas por algum motivo sempre continuava voltando para ele (na esperança de entender?).
Gosto da maneira indireta da autora de expor seus sentimentos e eventos de sua vida. Ela se expõe de forma que uma única leitura não é suficiente para compreender seus textos inteiramente. O estilo é bem livre, subjetivo e cheio de referências.
esse tá comigo desde que eu me mudei, porque meu irmão disse que era o livro que ele mais gostou de ler. ainda não entendi como ele gostou de ler isso.
fazia tempo que não me sentia tão burrinho lendo alguma coisa. não é exatamente poesia, nem prosa. não tem métrica, nem rima. tem horas que não dá pra enxergar sentido algum, como se ela tivesse escrito palavras aleatórias. muito introspectivo, muito literário.
gostei muito de muitas partes e outras só não me bateram tanto. é nítido na escrita da ana c. a sagacidade e a criação de imagens achei tudo vivíssimo, alguns poemas e trechos mais extensos pareciam que falavam de alguma situação muito específica que já vivi ou descreviam um conjunto de frames que eu encarei mesclados com sentimento era realmente uma operação de câmera
Da serie so li porque esta na lista dos obrigatórios da unicamp, horrível eu já odeio poesia por achar algo pomposo e pura enrolação ele livro consegue piorar o que já é ruim definitivamente poesia moderna é uma porcaria
Em geral, uma poesia que busca um lirismo de certo modo superficial, mas que possui uma experiência formal bastante interessante. O grande valor destes poemetos de A. C. César é esta experiência: o que é verso e prosa está confuso e a barreira entre os dois se desfaz, o estranhamento é colocado de maneira muito precisa. Dito isto, a poesia me parece um pouco infantil, alternando boas e profundas passagens com clichês bastante piegas. Além disso, senti um pouco falta de um diálogo com a tradição, fato que considero constituir uma boa literatura de alguma maneira. Vale a pena mencionar que as melhores poesias me parecem ser aquelas que buscam explorar o universo feminino em vários níveis diferentes (talvez o melhor da obra). Afora isto, há beleza no lirismo dos poemas epistolares de César, estabelecendo um experimento temático-formal muito interessante na lírica. Apesar de seus problemas, recomendaria a obra para se conhecer uma lírica experimental diferente de língua portuguesa:
tive muita dificuldade no começo do livro, mas passou depois de ver alguns vídeos sobre a obra.
eu estava me divertindo com a escrita da autora - inclusive encontrei citações que pretendo sem dúvidas colocar na minha parede de post-its -, entretanto, como qualquer leitura obrigatória: estava bom demais pra ser verdade. eu cheguei em "luvas de pelica" e me arrastei até o final.
"O tempo fecha. Sou fiel aos acontecimentos biográficos. Mais do que fiel, oh, tão presa! Esses mosquitos que não largam! Minhas saudades ensurdecidas por cigarras! O que faço aqui no campo declamando aos metros versos longos e sentidos? Ah que estou sentida e portuguesa, e agora não sou mais, veja, não sou mais severa e ríspida: agora sou profissional."
Reflete a autora, provavelmente com precisão, e esquece do leitor. Interessante de qualquer forma. E interessante que ela publicou antes do suicídio... o livro poderia ser uma coleção póstuma, pensei que o último texto corroraborava pra isso.
Tem uns momentos de muita beleza muito singelos perdidos em tanta confusão.
Apesar de ter toda uma profundidade, lirismo, não me identifiquei com esse livro da Ana Cristina Cesar. Sei da baita importância que essa obra tem para a literatura brasileira na área da poesia, mas acho que ele não me tocou simplesmente porque talvez porque eu não seja a leitora-alvo de sua obra.