Um dos maiores jogadores de todos os tempos, Tostão foi sempre um ponto fora da curva no esporte brasileiro. Leitor voraz, médico e professor, é um dos poucos atletas que se dedicaram a refletir sobre o futebol. Seja como comentarista ou cronista, suas observações sempre foram muito além do desempenho deste ou daquele jogador. Em Tempos vividos, sonhados e Perdidos, Tostão revê as últimas seis décadas do futebol brasileiro à luz de uma vida dedicada a pensar o esporte. Mais do que uma autobiografia, o livro é um passeio pelos temas e ideias que Tostão cultivou, e dá ao leitor um acesso único não apenas ao jogador, mas também ao espectador, ao torcedor e ao fã.
Tinha grande expectativa em relação ao livro pela história de Tostão e por saber como ele escreve bem sobre futebol e sobre a vida. No início o livro parece interessante, com as análises das táticas e das formas de jogar que foram mudando ( nem tanto) com o passar dos anos. Mas além dessas análises o livro perde o interesse ao tratar de vários outros assuntos importantes, inclusive a condição que obrigou o jogador a se aposentar com 26 anos, de maneria bastante superficial e sem criar uma ligação consistente entre estes vários assuntos. Parece mais uma junção, ou colagem de ideias e historias. Apesar disso, não me arrependo de ter lido, pelo único assunto que é tratado com maior profundidade.
Memórias e reflexões sobre o futebol e bastidores, desde seus tempos de jogador até os dias de hoje. Leitura fluida, interessante e imperdível para quem gosta de futebol.
Uma delícia de leitura. Tem a história do futebol brasileiro escrita de um ponto de vista particular, mas bastante significativo. O respeito que Tostão inspira fica maior com o tom baixo e discreto, quase tímido, com que ele faz observações agudas sobre as coisas (parece até que é mineiro!!). Poderia ter mais páginas dedicadas ao período do Cruzeiro, mas eu gostei muito do livro como um todo.
Tostão transborda calma e elegância em suas ideias e mostra como o futebol brasileiro está se tornando comum e perdendo seus encantos… triste realidade.
Na verdade minha nota é 2,8. Tostão escreve como quem escreve um caderno de notas. São muitos casos interessantes, citados superficialmente, que poderiam ter sido mais explorados . Ao invés de se concentrar neles, Tostão prefere fazer considerações, meio maçantes, sobre as variantes técnicas do futebol. Ficou faltando a parte inicial, Tostão praticamente não fala sobre sua carreira no Cruzeiro, concentrando-se na sua passagem pela seleção brasileira. Mesmo assim vale a pena ler, portanto quase bom é a nota certa para este livro.