A presente antologia reúne, por ordem cronológica, os poemas assinados por Álvaro de Campos ou a ele atribuídos, cujo texto se encontra fixado. Nas poesias aqui escolhidas não se incluem aquelas cuja atribuição a Álvaro de Campos suscita dúvidas, poesias inacabadas e poesias escritas em língua inglesa. Optámos por situar as poesias não datadas tendo por base os intervalos estabelecidos por Teresa Rita Lopes nos seus estudos pessoanos. Assim, as poesias sem data apresentam-se por ordem alfabética, intercaladas na ordem cronológica, respeitando deste modo a sequência temporal.
Álvaro de Campos was born in Tavira on October 15th 1890 at 1.30 pm. He had a normal high school education; and was later sent to Scotland to study Engineering, first mechanical, then naval. A holiday trip to the East resulted in the Opiário. An uncle from the Beiras region of Portugal, who was a priest, taught him Latin. Vaguely Jewish-Portuguese, pale olive skin, straight hair, usually side parted, wore a monocle.
In his letter, source for this text, to Adolfo Casais Monteiro, dated Janeiro 13th 1935, Fernando Pessoa writes on the birth of heteronomy as Campos, "when I felt a sudden impulse to write and didn’t know what of", he then adds "suddenly and moving in opposite direction to Ricardo Reis, a different character impetuously emerged. In a flash, at the typewriter, free of interruption or revision, Alvaro Campos' Triumphal Ode was born — the Ode of this name and the man of the man he was."
A little further he clarifies: "When Orpheu was published, I needed something, at the last minute, to achieve the number of pages. Sá-Carneiro therefore suggested I wrote and "old" poem by Álvaro de Campos written before meeting Caeiro and being influenced by him. I therefore wrote Opiário, where I tried to apply all of Alvaro de Campos’ latent tendencies by which he would later come to be known for, but omitting any trace of contact from his master Caeiro. It was one of the hardest poems I have ever written, due to the double effort of depersonalization that I had to develop. But, oh well, I think it came out alright, a budding Álvaro…"
《parte-se em mim qualquer coisa. o vermelho anoiteceu. senti demais para poder continuar a sentir. esgotou-se-me a alma, ficou só um eco dentro de mim.》
Sendo Fernando Pessoa dos meus autores favoritos, quis aproveitar para ler mais de cada heterónimo e entre os livros que comprei, está incluída esta antologia.
Do que li, além das escrituras mais conhecidas de Álvaro de Campos, poucos mais poemas são interessantes. Há 5 ou 6 que gostei, tirando isso não tem nada por aí além.
P.s. Acabei por perceber que Álvaro de Campos não é dos meus heterónimos favoritos (fiquei um pouco decepcionada).
Fernando Pessoa sempre será meu autor favorito. Essa antologia reúne todos os textos comprovadamente atribuídos ao pseudônimo Álvaro de Campos. Uma obra completa incrível, indispensável para os fãs do autor e amantes da poesia portuguesa. Recomendo.