A história, passada entre os anos 1930 e 1958, gira à volta de três personagens. A principal é um rapaz judeu, que descobre o ódio, o desalento, a ternura e o amor à vida. As personagens à volta dele representam todas as pessoas que passaram por uma das maiores injustiças de todos os tempos. Cristina Norton sentiu também que tinha o dever de escrever e denunciar o que por vergonha as mulheres que haviam sido obrigadas a prostituir-se nos campos de concentração não ousavam contar.
CRISTINA KACE NORTON nasceu a 28 de Fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina. Reside há mais de 30 anos em Portugal e optou pela nacionalidade portuguesa. Fez vários cursos de línguas e literatura. Está publicada no Brasil e no Chile. A sua obra engloba a poesia, o romance e o conto, da qual destacamos os livros O Afinador de Pianos, O Lázaro do Porto, Os Mecanismos da Escrita Criativa, O Segredo da Bastarda, O Barco de Chocolate – contos infantis, Prémio Adolfo Simões Müller, 2002; em 2.ª edição, com ilustrações de Danuta Wojciechowska – A Casa do Sal e agora O Guardião de Livros. Trabalha, desde 1998, em oficinas de escrita criativa dando, com o seu método, cursos de formação a professores, organizados pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, pela Fundação Calouste Gulbenkian e por outras instituições.
Por muitos livros que leia sobre o tema do Holocausto, fico sempre chocada, tal foi a dimensão da barbárie humana a que a Europa assistiu nesta época negra da História… No entanto, “O Rapaz e o Pombo” trouxe-me alguns dados novos que desconhecia totalmente e, só por isso, já valeu muito a pena lê-lo. Primeiro não fazia ideia que os impactos directos do Holocausto não se tinha circunscrito à Europa, havendo apoiantes e militares dispostos a lutar pela causa provenientes até da América do Sul, depois nunca tinha lido sobre as mulheres usadas como prostitutas nos campos de concentração. Fiquei igualmente chocada com as pessoas que, por terem algo de diferente, foram feitas cobaias para experiências científicas.
Um livro simpático sobre o Holocausto que nos conta uma narrativa ficcionada de uma criança e a sua família na 2ª Guerra mas também inúmeros factos sobre as deslocações e migrações dos judeus. Não me prendeu...
Leiam esta obra. Não foi aquela que mais me preencheu sobre o tema. Mas isso é secundário. Conheçam o rapaz do pombo, a sua família (dos quais nunca sabemos o nome), judeus, homens, mulheres e crianças como tantos de nós. Conheçam a sua história, aprendam com ela.
O livro tem uma escrita simples e é de fácil leitura sendo, a maior parte do tempo, narrado pela voz de um menino judeu que conta a história pela qual a sua família e as pessoas com as quais se cruza passaram. A sua família tinha uma vida desafogada, por assim dizer. O seu pai era um médico respeitado e a sua mãe era enfermeira. Não obstante as suas profissões e os feitos que realizaram ao longo da sua vida, eram judeus e, no regime hitleriano, passaram a ser tratados como tal.
A narrativa decorre entre 1930 a 1058 e passa por diversos países e diversos continentes. Cruza várias personagens e várias histórias. A meu ver, demasiadas. Uma das coisas que não gostei, tem a ver com o facto de ter sentido uma falta de ligação entre os diversos capítulos e as diferentes personagens.
Não sendo eu uma pessoa que já tenha lido muito sobre o tema, senti que a autora quis abordar vários factos ocorridos, fazendo-o de forma muito subtil e, por vezes, pouco estruturada. Fala por exemplo, do Dr. Mengele e dos seus experimentos. Efectivamente, este é um assunto sobre o qual gostaria de saber mais mas, não foi com este livro que essa minha vontade ficou satisfeita.
Não obstante as coisas que não apreciei, não deixa de ser um bom livro. Recorda-nos factos da nossa história que continua a ser difícil de acreditar que ocorreram sendo também muito difíceis de narrar. Factos que nos avivam a memória relativamente à má índole e crueldade que o ser humano pode ter para com os da sua própria espécie. Fala-nos de discriminação, crueldade e tortura. De factos que não podem ser abordados de ânimo leve. Fala de deixar de ter a nossa própria identidade para, devido às nossas crenças religiosas, sermos marcados e tratados como objectos.
An inovating way to tell heartbreaking stories. The way that only a few characters are named is smart. The characters that aren't named represent all the victims of this horror. Totally recomend it
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Livros sobre o holocausto são um grande amor para mim.... Apesar de serem todos parecidos é um tema que sem dúvida me fascina. Comprei este livro porque estava a 50% no continente, não conhecia a história e nunca tinha lido a sinopse, contudo obviamente olhei para a capa e para o preço e tive logo a certeza que ele iria comigo para casa. O Rapaz e o Pombo conta a história de um menino judeu que foi, tal como muitos outros, apanhado e levado para um campo de concentração. Ler isto contado por uma criança tem um impacto maior do que qualquer livro que conte a história de um adulto. Para mim o melhor do livro é a história de uma outra personagem, a Rute, uma vizinha do rapaz do pombo, que é também levada e cujo "trabalho" no campo de concentração é a prostituição. Sem dúvida esta é uma história chocante que conta todas as atrocidades que eram cometidas nestas mulheres escolhidas para doar o seu corpo. O livro conta ainda a história das personagens depois de saírem do campo de concentração, as sequelas com que ficam. A grande falha do livro é o seu final que ficamos tipo "então acaba assim, wtf?", contudo vale a pena ler, é chocante mas é uma leitura obrigatória para os amantes deste tema.
I had never read this Author and I just LOVED this book about the Holocaust and the lives of those who managed to survive, namely by going to Latin America.... Very realistic without ever being crude, the book has great characters and a certain poetic strike... Quite worth reading and I am curious about the Author's other books...