Jump to ratings and reviews
Rate this book

Nosotros, los Caserta

Rate this book
Text: Spanish

176 pages, Paperback

First published January 1, 1992

30 people are currently reading
4296 people want to read

About the author

Aurora Venturini

22 books422 followers
Aurora Venturini was born in 1922 in La Plata, Buenos Aires, Argentina. She graduated in Philosophy and Education Sciences at the National University of La Plata. She was an adviser to the Institute of the Child's Psychology and Re-education (Instituto de Psicología y Reeducación del Menor) where she met Eva Perón who was an intimate friend and with whom she worked. In 1948, Jorge Luis Borges personally handed her the Initiation Award (Premio Iniciación) for her book El solitario. She studied Psychology at the University of Paris, city in which she self-exiled for 25 years after the Liberating Revolution. In Paris she lived in company of Violette Leduc and became a friend of Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Albert Camus, Eugène Ionesco and Juliette Gréco; in Sicily she frequented the friendship of Salvatore Quasimodo. She was married to historian Fermín Chávez. She was Philosophy professor at the Antonio Mentruyt Normal School (Escuela Normal Antonio Mentruyt) in Banfield. She translated and wrote critical essays on poets as Isidore Ducasse, Conde de Lautréamont, François Villon and Arthur Rimbaud; for the translations of the latter two authors she received the Iron Cross decoration granted by the French government. In 2007, she received the Página/12 New Novel Award for Las primas (The Cousins).

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
152 (19%)
4 stars
282 (35%)
3 stars
279 (35%)
2 stars
60 (7%)
1 star
13 (1%)
Displaying 1 - 30 of 117 reviews
Profile Image for Paula Mota.
1,666 reviews563 followers
July 18, 2025
Repito que sou uma mulher enfiada num baú de cartas, fotografias, relatórios, cartões e papéis amarelecidos.

Até dois terços desta obra, julguei que ia gostar ainda mais de “A família Caserta” do que de “As Primas”, pois embora a anteceda, apresenta uma prosa mais apurada.

Passaram as libélulas, os frutos e toda a verdura se moderou; o meu irmãozinho era quase criança, quase inseto, quase fruto, quase flor, partilharia tal fugacidade. E desse quadro edénico com duendes e manes restaria um balbucio, um zumbido, uma fragrância, um torpor.

A nível narrativo, porém, falta-lhe coesão e, mais para o final, acaba por haver um uso desmesurado do realismo mágico, que a transporta para uma dimensão quase de delírio, e uma escrita demasiado opulenta que a torna opressiva.

E fomos quatro irmãos apreciadores do cheiro das mansardas (…); da música das cordas, que podem ouvir porque brota do encordoamento que mãos transparentes dedilham, dedos com dedais de ouro; das portas cujas fechaduras bolorentas se abrem com chaves buriladas como joias; da simbiose amorosa que transforma qualquer um em amor ideal, único e perfeito. Entretínhamo-nos exercitando o corpo fora do tempo presente. Varríamos cinzas ao pé das acácias.

A retrospectiva da protagonista, Chela, inicia-se em 1925, quando tem somente quatro anos e vai a um estúdio tirar uma fotografia para uma tia-avó da linhagem dos Caserta em Itália. Em poucas cenas, percebemos que o “Cataplasma”, como é tratada em casa, não é a filha de sonho do casal Stradolini, porque, apesar de ser um génio precoce, é rebelde e anti-social, identificando-se com personagens como Charlie Chaplin, seu “irmão espiritual”, e em adolescente, lendo Rilke e Rimbaud.

A Chela não tem sentimentos pelos seus semelhantes e só gosta de animais. Neste preciso momento sabe que deve descer à “casa das gentes”, expressão que ela dá ao piso térreo. (…) De facto, esta rapariga é desagradável; faz tudo o que pode para ofender as pessoas, é suja e diz palavrões.

Com uma segunda filha perfeita e um bebé a caminho, a pequena Chela, que me conquistou desde cedo, sente o desprezo e a incúria da família, isola-se no sótão e aprende a defender-se sozinha.

Desde essa tarde propus-me a ganhar todas as minhas guerras fosse como fosse, com raiva e sem remorso. Não tinha pelo que amar o próximo se o próximo me odiava: e, por ser diferente, quem seria o meu semelhante?

Admitindo em determinada altura ter algo de autista, só cria laços de afecto com pequenos animais e com o irmão mais novo, descrito como “anão imbeciloide”.

Compensávamo-nos mutuamente: eu, que nunca precisei de nada de ninguém; ele, que precisava de toda a gente e que só me teve a mim, para curar as suas pústulas, os seus achaques.

Sobredotada e parecendo “as mulheres trinca-espinhas que Modigliani pintou”, Chela termina os estudos universitários aos 20 anos, torna-se escritora e deixa a Argentina, primeiro, em direcção ao Chile e, mais tarde, rumo à Europa com uma autonomia “das que se forjam com dinheiro e desenraizamento”, em busca dos antepassados que expliquem as deficiências na sua família.

Os Caserta apareceram em toda a sua grandeza e horror: príncipes emparelhados com anãs, princesas com cabeçudos e assim soubemos que o nosso clã nasceu sem flor.
Profile Image for Dina.
646 reviews401 followers
June 10, 2022
Una perfecta historia de monstruos y familia. Con un imaginario entre macabro y surrealista que te envuelve de una manera muy curiosa.
Se parece a Mariana Enríquez.
Profile Image for Marta Silva.
301 reviews103 followers
November 16, 2024
“Agora eu mastigava ervinhas porque tinha sede. A minha barriga ardia e levantei a camisa; descobri manchas vermelhas no ventre, como se as vespas tivessem andado por lá a picar. Apercebi-me de que estava doente e uma alegria selvagem apoderou-se de mim. Eles iam finalmente dar conta de que eu existia, de que era suficientemente humana para adoecer como as outras crianças.”

De sobredotada a degenerada, é Chela que nos dá a conhecer a sua história, pautada por uma infância e adolescência dominada por um enorme sentimento de rejeição, mas recheada de um amor por aquilo que é diferente, bizarro e anormal.
Foram estas as duas partes que mais gostei, já que na fase adulta não reconheci o brilhantismo da ironia da autora, nem o grotesco e amargo das suas palavras.
Profile Image for Delfina.
107 reviews213 followers
July 14, 2020
«Lo bello es feo y lo feo es bello» gritan las brujas de Macbeth en el primer acto y Venturini pareciera acercarnos el eco de ese grito en cada una de sus novelas.
Profile Image for Lúcia Fonseca.
299 reviews54 followers
March 26, 2024
"A família Caserta" é uma obra que, explora os laços de sangue e os segredos que os envolvem a família Caserta, e a sua protagonista María Micaela Stradolini, ou Chela.

Uma das principais forças deste livro é a escrita cativante que prende o leitor e está carregada de ironia e humor negro e dilemas.

A autora aborda temas, como amor, traição, perdão e redenção. Não tem medo de explorar os aspetos sombrios das relações familiares, expondo as tensões e os conflitos que podem surgir entre aqueles que supostamente se amam.

No entanto, "A família Caserta" tem alguns pontos menos bons. Sensivelmente a meio, a história perde o folgo e a protagonista deixa de ser tão interessante. Além disso, o final pode não me deixou satisfeita, já que algumas questões ficam sem resolução clara.

"A família Caserta" é uma leitura intensa e que não oferece respostas fáceis. O livro é um retrato honesto e corajoso da dinâmica familiar. Apesar de alguns pontos menos positivos, a obra destaca-se pela força da narrativa e pela construção de personagens marcantes.
Profile Image for Maluquinha dos livros.
319 reviews135 followers
May 13, 2024
Gosto da escrita da autora, da forma como pega no “feio” para falar do amor. Gosto especialmente da ironia com que pincela os seus livros. No entanto, ao contrário do “As Primas”, “A Família Caserta” não me encheu as medidas. É uma história de procura, de rejeição, de diferença… da liberdade de quem se encontra.
Profile Image for Vera Sopa.
742 reviews74 followers
March 17, 2024
Aurora Venturini já é imperdível com mais este romance que leio. Não será certamente do agrado de todos mas eu adoro a narrativa despudorada e mordaz em que não há lugar para coitadinhos. Tudo muito nu e cru. Sem paliativos.

María Micaela é a primogénita feia e sobredotada não amada pela família e a narradora desta história. A intelectual que aprendeu o desdém.
"A Chela, natural e primitiva na forma, profundamente culta no conteúdo, era algo impossível de suportar. "

Fácil perceber que as vivências e a ficção se confundem e se dúvidas houvesse a nota preliminar esclarecia que Aurora não teve filhos devido ao medo de gerar seres monstruosos.

Vertiginoso romance que tem um efeito hipnótico. O leitor é arrastado num turbilhão com ambíguos sentimentos. Incrível. E tão bom.
Profile Image for Ina Groovie.
416 reviews329 followers
January 19, 2022
Intentando explicar parte de su naturaleza y constitución, Chela busca los orígenes de su carnavalesca familia. Resultado de relaciones incestuosas de antaño, descubre que algunas culpas que sentía atribuibles a su mera existencia, eran herencia de las torcidas relaciones de sus antepasados.

Este libro es barroco en su lenguaje y brutal en sus imágenes. Vanguardia absoluta y compenetración. Un lujo de novela que se acompaña de grandes momentos de risa. Pero de la que da pudor.
Profile Image for Ana Sofia Branco.
29 reviews1 follower
April 27, 2024
Excecionalmente única e originalmente provocadora. A metamorfose de uma alma.

Aurora Ventorini é inconfundível tem marca própria e isso distingue-a.

Ler as suas obras é como apreciar uma peça de arte, sabemos pelos traços da escrita, pela profundidade das suas personagens femininas que estamos perante uma criação desta escritora, sempre emocionalmente autobiográfica.

Aurora vai às profundezas das emoções, ao lado negro, ao espaço pantanoso onde se relacionam as famílias que habitam em si. Sem amor somos monstros e do amor despertamos os nossos desejos, damos asas aos delírios.

A sua escrita é como a obra de Paula Rego terrivelmente incomodativa. Ainda assim, “as Primas” inquietaram me mais.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Alex.
30 reviews22 followers
April 2, 2024
Este livro não se pousa, não acalma, fervilha. É no entanto, de uma cozedura lenta. O seu aroma paira no ar e será ele agradável? Como dita a gíria jurídica: é discutível.

Ele termina, nós fechamos a contracapa mas a viagem a que nos levou atormenta-nos. A protagonista Chela apresenta-se como sobredotada, alheia a criar empatia e afinidade com qualquer ser humano que respire. Totalmente desprovida de amor no sentido inverso pois não é acarinhada pelos seus pais. Uma ausência de amor bilateral. A única ligação que cria é com um dos irmãos, com os animais e ao seu sotão, palco de refúgios e divagações.
Venturini leva-nos pela mão aos recônditos pensamentos de Chela, desprovidos não só de laços afetivos mas de uma consciência de realidade e atrevo-me a dizer, de responsabilidade, pela situação financeira privilegiada que lhe permite fazer o que “lhe dá na real gana”. Inconsequente e sádica, crua e grosseira. Inteligente e intensa nas suas atitudes e fugaz nas suas interações.
Procura dentro de si e pelo mundo respostas sobre o histórico da sua família mas mais que isso, sobre si mesma. Um rodopio de vicissitudes que durante a leitura me remeteram para a estrondosa capa. Mais do que ao sotão da familía Caserta acedemos ao refúgio de uma personalidade ímpar, como Venturini já nos habituou.
Fica aquém do romance As Primas , escrito depois deste. Porém, não deixo de recomendar a sua leitura.
De expectativas moderadas mas acima de tudo de mente livre é a minha sugestão para que Chela passe a fazer parte do vosso imaginário, também.
Profile Image for Mariana Osorio Schlögl.
230 reviews2 followers
October 6, 2024
3.5
Uma rapariga, que se faz mulher, problemática, sobredotada, traumatizada, rica, mal-amada e maldosa, narra esta saga – a saga da sua vida. Começamos na Argentina dos anos 20, vamos a Paris e a Itália e voltamos várias vezes à Argentina. Um livro em que não se gosta de nenhuma personagem e em que a estória é um conjunto de acontecimentos vividos pela narradora, mas com um fio condutor.
Diria ser uma estória sobre rejeição – uma filha rejeitada que rejeita o mundo à sua volta.
A escrita de Aurora é diferente. Ela tem uma voz diferente e única e o seu pensamento flui de uma maneira que certamente muito poucas pessoas conseguirão seguir sem se sentirem confusas. Mas é uma confusão divertida, suja, direta e em que o feio e deformado se transforma em belo.
Percebo que este livro e esta voz não seja para todos, e sinceramente nem sei bem se é para mim. Aconteceu tudo muito rápido, como se a narradora estivesse com pressa para contar tudo, sem se preocupar com os sentimentos do leitor.
Profile Image for Telma Castro.
132 reviews6 followers
April 23, 2024
4,5⭐
"Ele era um homem comum; eu a sua louca apaixonada. Casal sem par. Parelha impossível. Naquele tempo, eu percorria o seu extenso território adorado tal como um cego percorre um texto em braille, sem deixar recanto intocado, procurando a origem, a veia, o poro infinitesimal que forçaria o êxtase total e irrepetível. Já não queria estar só, não queria ser o animal solitário de La Angelina, preferia ser uma fera apaixonada e cega à procura dos olhos do amor para poder ver."

Bem ao jeito de As Primas, em A Família Caserta, Venturini, volta a dar vida a seres intensos, bizarros, isentos de afectos, vaticinados pelo exílio. Aqui a nossa protagonista é Chela, que pertence a um ambiente heráldico de La Plata. Incompreendida pela família, que se envergonha da sua diferença, Chela, vive em cativeiro no sótão, procurando consolo em Rilke e Rimbaud, para anestesiar a dor causada pela hostilidade do mundo neurotípico. Vasculha a sua árvore genealógica, à procura das suas raízes, numa tentativa de se encontrar e de ser amada.

Venturini brinda-nos com uma linguagem pueril e lasciva, por vezes, nonsense. Um discurso na primeira pessoa, impuro, denso, que macula. Carregado de geniais metáforas, escrito para inquietar os sentidos.
Profile Image for Carol (ojos_de_plenilunio).
34 reviews5 followers
December 10, 2024
Este libro es la definición de sopor e incomprensión. Casi me provoca un bloqueo lector. Le doy dos estrellas, siendo generosa, porque en el comienzo hizo que mantuviera ligeramente el interés, pero luego la cosa se fue de madre y se convirtió en un sinsentido. Y lo peor de todo es que no me importaba en absoluto lo que ocurría. Lectura difícil además, porque la autora se empeña en hacer alarde de su cultura y léxico rebuscado. Sin embargo lo único que me provocaba es que en muchas ocasiones no entendiera ni lo que estaba leyendo. Quizá soy yo que soy demasiado tonta...no se...🤷🏻‍♀️
Profile Image for avrilconuve.
184 reviews128 followers
February 6, 2022
Los libros de Venturini me queman en las manos.

Escrito antes de la famosa “Las primas”, esta novela ya introduce muchos de los motivos venturinianos. Una manera particular de retratar -y de honrar- a los seres grotescos y monstruosos, exiliados y marginados, que nacen de estructuras familiares siempre violentas, rotas, profanadas o podridas. Una forma de entender la belleza en la fealdad, la ternura y fragilidad en seres dañados por el desprecio.

La protagonista de esta historia, Chela Stradolini, recuerda a Yuna. En su rebeldía, su lucidez y su temprana inteligencia. Niñas destacadas en familias que no las entienden, que las maltratan y humillan. Chela, una niña que sólo habla con los bichos, por considerarse ella misma uno de ellos, y que se refugia en Rimbaud o Rilke, para habitar un mundo hostil.

«No tenía por qué amar al prójimo si el prójimo me detestaba, pero por ser diferente, ¿quién era mi semejante?». Una cita de Chela que me llevó directamente a los tormentos de la criatura de Frankenstein, de Mary Shelley

También hay un aire a su magnífico cuento “Las Vélez”, aunque es un libro menos lírico que “El marido de mi madrastra”. Para mí, donde la prosa de Venturini se acerca más a la poesía.

Como confiesa Claudia Piñeiro en el prólogo de esta novela, quizás sólo nos quede declararnos pertenecientes a la cofradía de admiradores de Aurora Venturini, e insistirle a quién aún falte, que la lea, que se sume.
Profile Image for Jesica Sabrina Canto.
Author 27 books397 followers
August 9, 2022
Al principio me costo engancharme el personaje y su historia, luego esa conexión se produjo, pero hacia el final ya dejó de interesarme nuevamente. Tiene la forma de una autobiografía, pero a mi parecer ciertos hechos no quedan del todo claros. Además, los personajes secundarios se perdieron en mi mente de lectora, avanzada la novela aparecía un nombre que ya había sido mencionado antes pero no lograba recordar quien era, cual era el vinculo con la protagonista, ello lo considero un error de falta de reposición del autor.
Por otro lado, el modo en que esta contado resulta una elaboración poética que es consistente con la formación cultural de la narradora, pero por momentos, especialmente al inicio del libro, hace muy densa la lectura.
Profile Image for Carol Rocatí.
31 reviews27 followers
December 31, 2022
Creo que he querido que me gustara más de lo que lo ha hecho realmente.
Todo el tiempo sentía que bregaba con el texto más que lo leía, y mi interés por lo que contaba ha fluctuado entre algún breve chispazo de curiosidad por el imaginario bizarro que aflora en algunos capítulos hasta la lectura en diagonal de otros que me dejaban confusa y me desconectaban de la historia.
Profile Image for Carmen.
87 reviews68 followers
January 29, 2022
Una historia tierna y asquerosa. No me puede gustar más.
Profile Image for Lesereien.
257 reviews23 followers
February 5, 2024
"Ich beschloss, das Leben zu leben, sonst nichts."

Chela ist ein rebellisches Kind, von den eigenen Eltern ungeliebt und von sich selbst als komisch und chaplinesk bezeichnet. Man nennt sie Ferkel, Teufel, Bestie und Monster, begegnet ihr mit Lieblosigkeit und Abscheu.

Sie steht im Schatten ihrer puppenhaften Schwester, denkt sich Krankheiten aus, um bemerkt zu werden und versucht schon als kleines Kind sich selbst umzubringen.

Letztlich muss sie früh lernen, sich von den Menschen zu distanzieren. Sie zieht sich zurück, verbringt ihre Zeit mit Tieren und in der Natur, liest und schreibt und nimmt die Welt auf ganz eigene Art und Weise wahr.

"Warum sollte ich meinen Nächsten lieben, wenn mein Nächster mich verabscheute, und da ich anders war, wer konnte mein Ebenbild sein?"

"Wir, die Familie Caserta" ist kein Buch, das sich beim Lesenden beliebt machen möchte. Es ist durch seine hochbegabte, autistische und sich oft in die eigene Fantasie flüchtende Protagonistin eigenwillig.

Zudem ist Aurora Venturinis Sprache besonders und zu Beginn gewöhnungsbedürftig, weil sie scheinbar ausschweift, sich auf vermeintliche Abwege traut und letztlich doch nur das wiederzugeben versucht, was in und um Chela passiert.

Es ist sowieso Chelas Persönlichkeit, von der der Roman lebt. Ihr Ausgestoßensein und ihre Distanz zur Welt erschaffen eine ungewöhnliche, aber gerade deshalb auch faszinierende Perspektive. Zum Beispiel sagt sie sich immer wieder Gedichte von Rimbaud auf, die ihr Halt geben und in denen sich ihre eigenen Erfahrungen widerspiegeln. Nähe findet sie auch in Figuren wie ihrem Bruder, der geistig beeinträchtigt ist und ebenfalls von der Familie ausgestoßen wird sowie in ihrer Großtante, die genau wie sie der Liebe zu einem Mann nachhängt und ihr die körperliche Liebe schenkt, nach der sich Chela sehnt. Gemeinsam mit ihnen oder auch ganz alleine zieht sich Chela auf Dachböden und in Türme zurück, sie thront regelrecht über der Welt, in ihrem ganz eigenen Reich.

Zugegebenermaßen hatte die Geschichte auch einige Schwachstellen für mich, war nicht durchgehend fesselnd, besonders im zweiten Teil. Aber weil ich immer dafür bin, neue AutorInnen zu entdecken, sich in ganz neue literarische Welten und Figuren reinzulesen und auch neuen Schreibstilen eine Chance zu geben, fallen diese Schwächen für mich nicht ins Gewicht. Für alle LeserInnen, die offen sind für Neues, deshalb eine Empfehlung!
Profile Image for Pieri.
125 reviews12 followers
January 6, 2025
Es una pena que Aurora no haya tenido el reconocimiento que merecía en su momento, pero qué hermoso es poder disfrutarla ahora. Su pluma es un mimo al alma. Esta es la historia de Chela, una incomprendida que se lleva la vida por delante. Cautivadora y dulce para el lector, un monstruo para los personajes. Chela nos cuenta sus andanzas en un mundo donde no encaja, un viaje de autodescubrimiento, hasta que se encuentra con su tía abuela, otra de su especie. Tengo entendido que el libro tiene un toque de ficción y un toque de autobiografía, lo cual me hizo encariñarme aún más con la autora. El 2025 recién empieza, pero ya puedo anticipar que fue una de mis lecturas favoritas del año.
Profile Image for Carolina.
162 reviews40 followers
May 25, 2020
La vida excéntrica de Chela. Fotos, informes, recuerdos comienzan a reconstruir su historia. Una niña superdotada y el castigo de ser mujer en esa época (década del 20). Pudo abrirse paso y empoderarse desde muy joven. Viajes, literatura, política, escritura, familiares raros.
Una novela inquietante con personajes inolvidables.
Profile Image for Malu RC.
114 reviews
September 10, 2022
Me costó engancharme al principio, después le agarré un poco más de interés. Está bueno pero prefiero las otras novelas de Aurora.
Profile Image for Cristina.
423 reviews307 followers
Read
March 11, 2023
Abandonado.

Cargante en este momento.

Quizá más adelante.

Profile Image for Francisco del Amo.
138 reviews7 followers
December 27, 2025
Definitivamente un descubrimiento Aurora!
Me encantaba el libro hasta que se exilia/raja por culpa de Luis.
Su periplo europeo no es muy trascendente hasta que se queda a vivir con su Angelina, otra Caserta.
Profile Image for Daniela  libroscomoalas.
422 reviews1 follower
May 17, 2025
No me convencio. No le encontré el rumbo. Y tampoco me encariñe con los personajes. Para pasar el rato.
Profile Image for Matheus Soares.
12 reviews
October 12, 2024
Aurora Venturini começa “Nós, os Caserta” com o pé na porta. Os dois primeiros capítulos do livro são uma imersão mordaz na infância de Chella, menina superdotada que nasce em berço aristocrático argentino, mas que, pela cor da pele e hábitos insubmissos, acaba sendo desprezada pela própria família. Ainda nos primeiros anos de vida, com uma astúcia singular, a garota percebe o peso dessa rejeição dos pais, que ostentam as raízes europeias (e racistas) como símbolo de relevância social.

O problema é que a narrativa começa a perder força à medida que a história avança. Sempre mantendo o exercício de memória, a narradora vai fragmentando as lembranças em pequenos capítulos que criam uma jornada que, embora coesa, é dispersa com personagens que aparecem e somem sem muita importância. A errância da trajetória de Chella não é o problema. Pelo contrário, mostra seu desejo constante de se distanciar de todo tipo de relação afetuosa após a infância traumática. E junto a esse perfil psicológico complexo da personagem, a escrita inteligente e interessante da escritora argentina são elementos positivos que seguram a leitura.

Na última parte do livro, quando encontra a sua tia-avó na Sicília, a narradora começa a bombardear o leitor com referências históricas europeias que, por um lado, mostram o orgulho da personagem à sua genealogia, mas, por outro, parece servir apenas a ela. E o que tanto desprezávamos nos seus familiares, passa ser repetido pela própria Chella, a nova baluarte da linha hereditária dos Caserta. Nessa reta final, ansiei pelo desfecho, que de nada diferente trouxe. Ainda assim, "Nós, os Caserta" é um bom livro pelas frases geniais da Aurora e pela construção de uma personagem que, pelo menos no início, é única e interessante.
Profile Image for Cristian.
37 reviews5 followers
July 20, 2020
El mundo literario de Aurora Venturini gira en torno a lo que nace, se deforma y se pudre, lo que no se cuenta por vergüenza, a todo aquello que las familias siempre han callado e intentado ocultar: descendientes deformes con retrasos mentales y dificultades para adaptarse a la vida en sociedad.

Micaela, la protagonista, se lamenta en las primeras páginas donde nos cuenta la historia de su vida: “Para colmo de mis males, yo no era bonita”, y se sabe no amada ni apreciada. No puede competir con su hermana menor y se gana el odio de su propia madre al contagiarle rubéola mientras está embarazada

Chela es desplazada de la escena familiar y termina viviendo en el desván de la vieja quinta en La Plata.

“Y no dicen nada de mí y es peor que si gritaran odiosa,rebelde, apestosa”.

Siendo adulta, Chela se embarca/la embarcan en un viaje a Europa donde descubrirá un pasado enlazado con el presente y el futuro de los Caserta.

“Cada uno lleva dentro de sí mismo como un pequeño cementerio de los seres amados. Allí duermen años y años sin que nada vaya a perturbarlos. Pero llega un día que vuelve a abrirse la tumba y salen los muertos…”
Profile Image for Meagan Shay.
279 reviews3 followers
January 8, 2025
The novel opens with the main character, Chela, growing up with an unruly and unloving childhood on her Buenos Aires country estate in 1925. She takes solace in her disabled brother, an owl, and a turtle as her only companions. As she ages, she journeys across South America and Europe and back again, but the real journey takes place in her, as she lives in a world of the mind, finding new ways the world can entertain her, a feat much harder for a woman than a man. A self-proclaimed, genius, The trials and pitfalls of our narcissistic, sadistic, upper-class main character represent the downfall of the ruling class and their last grasp for power and incestuous purity in a 20th century dominated by the power of the people. First written in Spanish in 1992, this newly English-translated novel remains relevant through its themes of power struggles, the will of the individual, and an intriguing look into the mysteries of ancient druids and the occult.

VERDICT Recommended for readers of fantabulism and historical fiction with a literary lens. A rapidly paced novel with a main character facing a crumbling worldview, who dances on the ashes she burns in her wake.
Displaying 1 - 30 of 117 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.