Se nos dias de hoje a máfia italiana não parece contar com o mesmo tipo de poder que a tornou lendária em filmes e livros, durante praticamente todo o século XX essa entidade misteriosa comandou um império do crime. Um dos principais nomes da ascensão da máfia moderna foi também um dos homens que a derrubou. Tommaso Buscetta foi o delator mais infame da Cosa Nostra, condenando centenas de mafiosos à prisão. Preso duas vezes no Brasil e torturado pela ditadura militar, Buscetta foi também um dos responsáveis por incluir o Brasil na rota internacional do crime. Nesta reportagem explosiva de Leandro Demori, narrada em ritmo de thriller, documentos até agora inéditos revelam um dos capítulos mais tenebrosos da máfia e da história recente do Brasil.
Nasceu em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, em 1981. Com formação na PUCRS e na Associazione di Giornalismo Investigativo de Roma, é um dos diretores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Foi o responsável por levar ao Brasil a plataforma Medium, a qual liderou por quase três anos. É editor-assistente da redação digital da revista piauí.
Embora o autor saiba do que está falando (isso se comprova pela quantidade de nomes, fatos e dados listados em sua pesquisa), o livro não empolga. Em momentos, fica cansativo e confuso - seja pela prosa muitas vezes truncada do autor ou por se referir a personagens de maneiras diferentes. Essa segunda é uma escolha constante e fica complicado seguir a narrativa jornalística entre os vários nomes, sobrenomes, apelidos e povoados de origem utilizados para fazer referência aos mafiosos listados. Uma pena. Esperava mais de um autor gabaritado como Demori.
O livro como trabalho investigativo e a narrativa são boas. O que mais dificulta o acompanhamento da trama é o uso aleatório de nome, sobrenome e apelido que o autor intercala ao se referir aos personagens