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A Moreninha

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A moreninha é um dos principais romances brasileiros e seu autor, ao lado de Manuel Antonio de Almeida, José de Alencar, Machado de Assis, Aluísio Azevedo e outros (poucos) é um dos mais importantes autores da língua portuguesa. Este livro, centrado no romance entre Augusto e Carolina, é um dos pilares de nossa literatura. Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século passado. Joaquim Manuel de Macedo (1820-1881) era médico, mas jamais exerceu a profissão, tendo dedicado sua vida à literatura, à imprensa e ao teatro.

136 pages, Paperback

First published January 1, 1844

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1104 people want to read

About the author

Joaquim Manuel de Macedo

97 books20 followers
Joaquim Manuel de Macedo (June 24, 1820 — April 11, 1882) was a Brazilian novelist, medician, teacher, playwright and journalist, famous for the romance A Moreninha.

He is the patron of the 20th chair of the Brazilian Academy of Letters.

Joaquim Manuel de Macedo was born in the city of Itaboraí, in 1820, to Severino de Macedo Carvalho and Benigna Catarina da Conceição. Graduated in Medicine in 1844, he started to practice it in the inlands of Rio. In the same year, he published his romance A Moreninha. In 1849, he founded the magazine Guanabara, along with Manuel de Araújo Porto-alegre and Gonçalves Dias. In this magazine, many parts of his poem A Nebulosa were published.

Returning to Rio, he abandoned Medicine and became a teacher of History and Geography at the Colégio Pedro II. He was very linked to the Brazilian Royal Family, even becoming a tutor for Princess Isabel's children. He was also a provincial deputy and a general deputy, and a member of the Brazilian Historic and Geographic Institute.

During his last years of life, he suffered mental disturbies. Those disturbies deteriorated his health and made him die in May 11, 1882.

He was married to Maria Catarina de Abreu Sodré, the cousin of Álvares de Azevedo.

From Wikipedia

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Community Reviews

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970 (26%)
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2 stars
534 (14%)
1 star
201 (5%)
Displaying 1 - 30 of 129 reviews
Profile Image for Oziel Bispo.
537 reviews85 followers
February 22, 2019
Augusto um namorador incorrigível que troca de namorada como troca de roupa , é  convidado por seu amigo Felipe a passar um fim de semana em uma ilha onde mora sua avó, onde será comemorado o aniversário desta. Felipe comenta então  sobre suas lindas primas e sua irmã que também estariam na ilha. Augusto todo cheio de si disse que com certeza não iria se interessar por nenhuma garota da ilha. Felipe então desafia a Augusto com uma aposta; se ele se interessasse por alguma garota seria obrigado a escrever um romance contando o ocorrido.  Olhando assim parece que o livro é um tanto banal, mas meus amigos , esse livro foi uma grata surpresa. O livro é muito bom!! Os personagens são ótimos , o enredo espetacular . A prosa é pura poesia . E também tem dona Carolina, esse anjo, esse diabinho, quem poderá resistir aos seus encantos? Abaixo segue um trecho :

“O amor é um menino doidinho e malcriado que. quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia. escabuja. morde, belisca, e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgote; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho. para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole. agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.”
Profile Image for Ana Campanha.
160 reviews43 followers
June 6, 2014
The first attempt of brazilian romantic writing. Very naive in some aspects which gave it a nostalgic aura. I bought it just because it was really cheap, but I have to admit I enjoyed every minute I spent reading it!
Profile Image for Gláucia Renata.
1,305 reviews41 followers
September 18, 2014
Definitivamente, o Romantismo Brasileiro não me agrada muito, mas acho interessante ler algumas obras para conhecer os costumes da época. Nossa, quanta diferença, parece outro mundo e ainda bem que muita coisa mudou.
Moças pálidas, delicadas, virgens e de delicados pezinhos minúsculos arrebatam os corações de mancebos em saraus. Senhoras de quarenta anos para cima não tem a mínima chance, servem apenas para rezar missas.
Acusaram o pobre Lobato de racismo mas aí vai o que diz o autor J.M.Macedo: Augusto jurou que não amaria mulheres que fossem morenas, pálidas ou louras. Logo conclui que não amaria ninguém pois não havia mais classificação de tipos de mulheres além dessas três. Captaram?
Profile Image for Adriana Scarpin.
1,735 reviews
January 3, 2025
Se esse livro não fosse um exemplo perfeito de romantismo tupiniquim talvez ele não tivesse sobrevivido através dos séculos porque não é particularmente memorável, apesar da personagem título ser bem inteligente e leitora de Wollstonecraft, vulgo mini feminista.
Os tempos são outros, mas ainda era estranho uma personagem romântica ainda brincar de bonecas porque efetivamente ainda era uma criança. (NONCE)
Profile Image for Walter .
463 reviews6 followers
August 27, 2017
Divertido, dinâmico e leve, A Moreninha me pareceu uma obra capacitada para entreter tanto aos apreciadores de clássicos, como os que, assim como eu, não o são.
Sem dúvidas, o que mantém a qualidade do livro não é tanto a trama em si -que em alguns momentos faz-se chatinha e redundante - e sim a dupla de protagonistas, isto é, D. Carolina e Augusto. Os dois conseguem manter desperto ao leitor com suas conversas carregadas de ironia e esperteza.
Na minha opinião, A Moreninha não é um dos melhores clássicos brasileiros do Romantismo, mas um dos mais importantes por inúmeras questões que não mencionarei nesta breve "review", pelo que faz-se vital, tanto para os amantes da cultura pátria como para os férreos literatos das novas gerações, dar uma atenta lida na obra mais importante de Joaquim Manuel de Macedo.
Profile Image for Ocean Reid.
4 reviews
March 8, 2021
It's a portrait of it's time; specifically that of rich young white men. Even with that in mind, women are stereotypical, two dimensional, and seem to exist only to move the plot and swoon over the male characters. And most importantly, it romanticizes the pedophilic relationship between an adult man and a 14 year old girl, that's often portrayed as having childish interests and behaviors, and by any measure incapable of giving free consent to a relationship, let alone marriage.
Profile Image for Fern F.
409 reviews4 followers
March 21, 2021
A very light romance with a few twists you can see coming a mile away (but are still smartly done). Which of course makes "A Moreninha's" position as one of Brazil's first urban romances and frequent appearance on books everyone should read a little surprising. I guess it pays off to be the first. Is it a fun book to read? Yes. Does it demonstrate, almost 180 years after it was first published, that the relationships between young men and women of means haven't changed much? That too. Would it be ranked amongst the top 10 or even top 20 Brazilian novels? Nope, but that's no reason not to read it. For a quick read and for the handful of moments of truly great writing (de Macedo's description/non-description of the sarau is delightful) the few days it'll take to read "A Moreninha" are well worth it.
[Read in Portuguese]
Profile Image for Tábata Kotowiski.
224 reviews4 followers
November 20, 2023
Tentei, mas não gostei. Sei que tenho que levar em conta a época em que foi escrito, mas é difícil se identificar com um livro machista tão datado. As mulheres estão na história simplesmente para atender os homens. Elas são fúteis, só sabem falar de roupas e mal de outras mulheres (aos olhos dos homens, é claro). Augusto é um personagem raso, chato e tem zero carisma. A história toda é sem graça e previsível. Inclusive o plot twist no final.
Profile Image for Isabella Siqueira Mohallem Cellet.
53 reviews
January 4, 2025
primeiro do ano! peguei ele da minha lista de leitura do goodreads (o mais antigo nela, de 2018). eu tenho quase certeza que foi a professora de português que me recomendou kkkkkkkk gostei bastante, bem divertido e atual, surpreendentemente
Profile Image for Leila Mota.
640 reviews6 followers
October 15, 2017
Claro que não é a primeira vez que leio 'A Moreninha'. Mas como eu gosto de reler livros e tinha boas lembranças deste, me lancei à tarefa. Uma parte do encanto permanece, especialmente se levarmos em conta a época em que a história foi concebida. Mas não dá pra deixar de enxergar novos aspectos à luz dos nossos dias, e nem todos são positivos. Não sou dessas que querem revisitar ou censurar obras de arte e literatura por conterem elementos que possam chocar ou sejam "condenáveis", como, por exemplo, se quis (ou se quer) fazer com Monteiro Lobato. Ler e ver coisas diferentes permitem a reflexão e dialética. Fundamentalistas preferem o caminho da intolerância e da censura.
No caso desse texto, a primeira observação se refere ao fato de à época (o livro foi escrito em 1844) a escravidão ser uma realidade jurídica e social. Os encantadores personagens da história têm escravos. Outra prática (essa ainda existente e aberta) é a idade precoce de casamento para as mulheres: uma moça de 15 anos só fala em se casar, e a personagem principal tem 14 anos. Mas chocante mesmo para mim é a menção de casamento entre moças muito jovens (16 anos) e homens muito velhos (60 anos). Curioso é que um homem de 50 anos é considerado na própria história como 'ancião'.
Macedo é considerado um dos fundadores do romance no Brasil e o texto tem qualidade. A despeito dos preconceitos diversos, as descrições de personagens e sociedade são ilustrativas e interessantes, e realmente nos transportam no tempo. Há um quê de nostalgia na leituras (ou releitura) de romances de época, e prazer também, porque, obviamente, em se tratando de histórias românticas (no sentido de tratarem de histórias de apaixonamento), e por mais realistas que possam ser, deixarão de lado os aspectos negativos que "arruinariam" a ilusão da história de amor perfeita.
Há passagens muito engraçadas, construídas com arte, como é a análise médica forjada dos estudantes de medicina de uma personagem que tinha bebido demais.
E há passagens sensuais, que me surpreenderam um pouco, como as descrições dos corpos das mulheres e até um certo fetiche por pés (contei várias passagens em que se mencionam os "pezinhos"). Adorei.
Valeu a pena reler.
Profile Image for Alice Gallo.
1 review
December 9, 2020
Eu não tenho palavras pra expressar o quanto eu odiei esse livro. Personagens principais insuportáveis, com motivações bobas e um desenvolvimento porco. Além de tudo, a diferença de idade do casal principal me incomoda profundamente - mesmo tendo em mente a época - e torna a leitura nada aproveitável. O estilo do autor também não é muito envolvente e a história fica maçante rapidamente.
Profile Image for Flavia.
90 reviews
June 10, 2017
meu professor de literatura me convenceu a ler esse livro porque contou o plot maravilhosamente bem. gastei 17,90, numa pavorosa edição de bolso da martin claret. li com desgosto. tentei empurrar pra outra pessoa. não deu certo. vendi no sebo. é tudo muito horrível
Profile Image for Enock Ulle .
45 reviews20 followers
November 26, 2022
Um "clássico" hipervalorizado da literatura romântica brasileira. Versão literária - um dos únicos recursos da época, além do teatro - das modernas novelas de tevê.
Profile Image for Marcos Zamith.
87 reviews
October 26, 2025
A Moreninha (Joaquim de Macedo)

Li A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo, por ser matéria de Literatura do Ensino Médio, como também para incrementar meu repertório literário brasileiro. Dentre várias edições existentes, uma recomendada pela Amazon (com a indicação “professores recomendam”) é a da DCL (Difusão Cultural do Livro). Após tê-la lido, e estando no ofício de professor de Literatura, também a recomendo. A capa não me pareceu tão atrativa, como também não é desprezível. As vantagens dessa edição são: versão digital para o Kindle; uma apresentação informando dados históricos, público leitor, publicação em folhetim, uso de metalinguagem etc; e principalmente notas tanto de expressões incomuns entre leitores menos eruditos quanto de interpretação do texto literário. Assim, a razão mais forte para a recomendação de professores deve ser o auxílio que essa edição oferece ao entrave mais comum de estudantes adolescentes ao lerem obras literárias brasileiras antigas: o vocabulário. Numa edição digital com notas, esse obstáculo é mais facilmente superado.

O conflito inicial de A Moreninha se estabelece no primeiro capítulo. Quatro amigos e estudantes de medicina (Filipe, Augusto, Fabrício, Leopoldo) se reúnem para irem à casa da avó de Filipe numa ilha para uma patuscada[1]. Felipe menciona suas primas e Augusto se afirma como volúvel, inconstante, incapaz de amar três dias um mesmo objeto. Assim Filipe e Augusto fazem uma aposta sobre o apaixonamento de Augusto: se Augusto se apaixonar por tempo maior, sua pena será escrever um romance, caso contrário, Filipe o escreverá. O acordo é assinado entre os dois acordantes, Filipe e Augusto, e duas testemunhas, Fabrício e Leopoldo. No capítulo dois, Augusto recebe uma carta de Fabrício a ele. Augusto seria ultrarromântico e Fabrício, ultraclássico. Aparece outro personagem, o crioulo Tobias (descrito de modo que esquerdopatas logo condenariam o romance), que faz o papel de ajudante para Fabrício conquistar D. Joana.

Curiosamente, não é escrito o nome da ilha onde se encontra a casa da avó. A expressão constante é “na ilha de...”. Nessa casa, D. Violante, definida como “horrivelmente horrenda”, mantém uma conversa com Augusto. Essa cena, como outras, é cômica, visto que, a contragosto de Augusto, D. Violante não o deixa escapar da conversa, pedindo-lhe (a um estudante de Medicina) uma opinião médica. Finalmente, querendo vingar-se dela, disse que tinha hemorroidas, e se livrou dela.

No capítulo sete, Augusto conta à senhora D. Ana, a avó de Filipe, sobre sua história numa bela praia do Rio de Janeiro, quando tinha trezes anos, e conheceu uma menina que ainda não tinha oito anos. Em seguida vão a uma choupana onde cada um recebe um objeto do pai da família que estava doente. Augusto conta os motivos (cômicos) por que não namorou outras meninas. D. Ana, no capítulo nove, conta a Augusto uma história das lágrimas de amor, antes da descoberta da Terra de Santa Cruz pelos portugueses: o casal indígena Ahy e Aoitin. Aoitin era um índio guerreiro, descansava na gruta. Ahy o admirava, mas ele não a reconhecia. Ela chora e canta uma balada. Suas lágrimas caem sobre Aotin, que se apaixona por ela. Ainda que os personagens indígenas não sejam os protagonistas da narrativa-moldura, mas sim de uma narrativa interna, observa-se o tratamento embelezador da relação entre os dois personagens indígenas.

Outra cena cômica é quando Augusto precisa se esconder embaixo da cama para que as meninas não o percebam. Além de escutar suas confidências, Augusto vê a perna de D. Clementina mostrando-se até o joelho. Levando em conta a diferença de vestimentas entre o século 19 e o 21, estima-se que sua sensibilidade à visão das pernas de D. Clementina seja maior que a de um adolescente hoje. Augusto gradativamente se sente encantado por Carolina. Declara-se para meninas – os nomes Quinquina e Clementina soam engraçados – que se vingam contra Augusto através de um bilhete anônimo.

Na gruta, Carolina faria revelações a Augusto sobre “sua mulher” (na praia quando criança), sobre as meninas que o rejeitaram. Carolina e Augusto se tornam a “bela mestra” e o “aprendiz”. Em outra cena cômica, Carolina se sente extremamente enciumada quando vê o lenço que Augusto trouxe, mas o problema se resolveu ao esclarecer que pagou a uma idosa bordar o lenço.

Augusto declarou seu amor a Carolina. O pai de Augusto o trancou no quarto e D. Carolina padecia. No rochedo da ilha, Carolina reconheceu Augusto. O pai de Augusto e a D. Ana também estavam na ilha. Augusto quer se casar com Carolina. Pela esmeralda e camafeu que tinham, compreenderam o juramento de infância. Joaquim de Macedo utiliza o termo “breve”[2], que pode significar “escapulário”. Assim, parece mais aceitável que signifique no romance um objeto como um colar. Finalmente, o perdedor da aposta, Augusto, tem seu romance escrito, “A Moreninha”.

A Moreninha (1844) é um marco da 1ª fase do Romantismo. O foco narrativo é sobre relações interpessoais, sentimentos, em vez de realidade sociopolítica. O sentimento amor é exaltado: é força-motriz nos protagonistas, é idealizado “platonicamente”, é puro pela origem nos tempos ingênuos. A partir do reconhecimento mútuo do par, no capítulo “A Esmeralda e o Camafeu”, existe a concretização de um destino feliz do casal apesar dos obstáculos no meio-tempo. A história não contém depravações, um ponto positivo. Seria bobinha por outro lado. O humor sem dúvida eleva a qualidade do romance, tornando-o mais atrativo a um público maior que o feminino burguês de sua época. Sem dúvida, há expressões no romance que adolescentes hoje interpretariam segundo uma ótica sexualizada (ou com “mente poluída”) e humorística. À parte o tratamento sentimentalista e idealizador do narrador, a trama em si é verossímil.

Penso que haja os leitores que avaliam mal o romance pela ausência de engajamento com causas sociais, como se pode esperar num contraste entre realistas e românticos. De fato, não observamos um engajamento do autor para que o romance seja um meio de uma revolução socialista – uma expectativa comum hoje.

Historicamente, O Filho do Pescador (1843), de Teixeira e Sousa, foi publicado antes de A Moreninha (1844), porém este romance teve maior êxito, por isso é considerado o primeiro romance romântico brasileiro. De acordo com Heron de Alencar, “Sua obra [de Teixeira e Sousa] não alcançou, em nenhuma oportunidade, o mesmo nível daqueles que ao seu lado se alinham, mas tem o não pequeno mérito de ser a primeira obra de romancista no Brasil.”[3]

Citando Antônio Cândido, explica a perda de prestígio do romance macediano na crítica literária.

“o romancista fluminense pertence àquela categoria de escritor cuja obra literária se preocupa menos com a mensagem do que com a capacidade receptiva do leitor, e por isso os seus romances, satisfazendo às necessidades e ao gosto do público, não poderiam deixar de ter, como tiveram, uma rápida e extensa aceitação. Dessa consideração se deve inferir que, modificados o gosto e as necessidades da massa de leitores, o romance macediano passaria a perder prestígio, até o ponto de não ser mais aceito, precário que ele se mostra de qualidades capazes de despertar interesse permanente.

E isso foi, na realidade, o que sucedeu. Tendo alcançado rápida ascensão desde o aparecimento de A moreninha, a curva do prestígio literário de Macedo manteve-se nessa média durante muito tempo, e foi depois caindo de modo sensível e acentuado. A morte veio encontrar quase no olvido, e com certeza na indiferença do público, o homem que fora a figura central das reuniões elegantes ou literárias do seu tempo, o mais popular e festejado dos escritores de então. A crítica, mesmo antes do seu falecimento, já lhe vinha sendo menos favorável do que nos primeiros tempos.”[4]

Este excerto mostra a variação que ocorre na crítica de uma obra literária por parte do público (leitores e críticos). Em 1975-1976, a telenovela brasileira A Moreninha[5] fez sucesso. Hoje, em 2025, encontramos reviews díspares, com avaliações simultâneas de 1 a 5 estrelinhas. Isso parece indicar que no nosso século (com uma taxa de alfabetização maior que no século 19, portanto com um público leitor maior) ainda há no público leitor um segmento semelhante em gosto ao do público inicial de A Moreninha, ainda que com variedade de classes sociais, ao mesmo tempo que há os leitores que o avaliam mal à semelhança da crítica literária ao romance de Macedo conforme citado. O fenômeno interessante é que coexistem desde as opiniões negativas até as positivas.

[1] Patuscada: https://dicionario.priberam.org/patuscada
[2] Breve: https://dicionario.priberam.org/breve
[3] COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. v. 3, p. 242.
[4] Idem. p. 245-246.
[5] https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Moreninha_(telenovela_de_1975)
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Andrei.
487 reviews8 followers
November 26, 2021
Four bohemian students talk about women and love disappointments. Augusto is eternally enamored but inconstant in love. Challenged by Felipe in a bet, he may or may not write a book depending on whether he falls in love for more than a couple of days—the maximum time he allows himself to fall in love. Its publication in 1844 marked the beginning of the typically Brazilian Romantic style in Brazilian literature.
The novel depicted the habits and organization of a society growing in Rio de Janeiro in the 19th century. In Chapter XVIII, it is narrated the curious grotto tales (Chapters VII and VIII), in which the scream of a girl who fell in love but was rejected was changed into the grotto's fountain. One of the novel's key themes was the idealization of pure love, which was born in childhood and endures despite the passage of time.
When confronted by Carolina's cunning in Chapter XVIII, Augusto was disconcerted by so many revelations about his amorous inconsistencies—a hilarious moment. By the way, the last three chapters were the best and most engrossing of the novel, except for Chapter XVIII, which was notably hilarious. When I read negative reviews about this book, I think that some readers have failed to read the novel, considering the historical context in which it was written. The language used by the author is simple and popular, and the novel is set in three and a half weeks. The happy ending made the novel a reference to when it was originally published and is still read today.
Profile Image for Priscila.
8 reviews
February 20, 2021
4/5

Honestamente, não esperava gostar tanto desse livro como gostei. Os diálogos dos personagens são muito legais: as tiradas e provocações de Carolina têm classe e sagacidade; as réplicas e tréplicas de Augusto, super elaboradas e românticas... Me deu uma certa vibe de "Orgulho e Preconceito". Como se fosse o primo distante que você tem que comprimir os olhos para notar uma certa semelhança, mas parece hahaha.
Tive um pouco de dificuldade em pegar o ritmo e entusiasmo pelo livro, no início, porque a linguagem e as expressões eram um tanto rebuscadas, difíceis de entender e bastante frequentes. Mas quando entrei no ritmo dele, me via empolgada e pegando ele o tempo todo. Foi difícil não acabar ele todo numa semana só, mas a isso eu culpo o EAD.

Coisas que me incomodaram: menções preconceituosas racistas (apesar de poucas) e a diferença de idade entre Augusto e Carolina (e entre os outros jovens frequentadores da casa de D. Ana).
Profile Image for Dusty.
811 reviews242 followers
February 4, 2013
There are lots of ridiculous things that happen in A moreninha, or The Little Dark Girl, which is considered by many to be Brazil's first major novel. Eight- and thirteen-year-old children fall into eternal love, a dying poor man makes uncanny prophesies, an Indian girl wears away a rock with her tears, and a trip to Grandma's house turns into a battle of sexes. The dark-haired heroine, Carolina, who is also Brazil, is idealized, of course, but so is the male protagonist, medical student Augusto. The book is pretty cheesy, even for a nineteenth century love farce, but it's also very likeable. Recommended -- if you can read Portuguese.
Profile Image for Bruna Queiroz.
15 reviews
October 13, 2024
Ótimo representante do Romantismo
É uma excelente leitura pra um jovem que busca entender o Romantismo, as características do movimento podem ser bem observadas ao longo da trama, que é curtíssima. Como leitura pra entretenimento, a mim não tem tanto apelo. A parte do romance começa da metade pro final do livro, até então a história narrava situações irônicas e cômicas as quais achei até bem divertidas. O mistério do passado de Augusto foi irritantemente óbvio. A parte amorosa é rápida, quase que como pra fazer jus ao imediatismo de um apaixonado. A escrita é riquíssima de referências e a leitura flui bem demais - sobretudo pra um livro escrito no século XIX.
Profile Image for Luisa.
12 reviews5 followers
November 8, 2015
Amostra clara do por quê de eu detestar o romantismo brasileiro. Tudo idealizado, com personagens simplório e história chata, previsível, sem sequer uma menção a caráter (além de, claro, não trair a esposinha de quando o protagonista tinha 8 anos)ou desenvolvimento dos personagens. A escrita, mesmo para a época, não foi grande coisa. falas pouco realistas e descrição de detalhes desnecessários enquanto partes irrefutavelmente importantes para a trama são esquecidos e jamais são descritos. Péssimo livro, pena que fui forçada a ler esse vômito de açúcar e palavras por uma nota.
Profile Image for Bella Swan.
30 reviews
December 8, 2021
Nota final: 4,5

Tirando a diferença de idade do casal, que realmente me incomodou, fiquei apaixonada pela história. Contagiante, uma tentação! Em uma certa parte do livro, perdi um pouco o foco e acabei demorando alguns dias, mas não torna o livro menos incrível!

Alguns detalhes me incomodam, por serem, infelizmente, coisas da época... Como a idade, algumas falas com teor preconceituoso e etc.

Além disso, os personagens muitas vezes são imaturos, trazendo essa inocência que o livro tanto anseia. O critério sendo do leitor julgar isso bom ou ruim. 🤷‍♀️


Resumo: romance puro!
4 reviews3 followers
May 16, 2025
Jane Austin meets Tropical Love Island

This was a surprisingly good read. I hadn’t heard about A Moreninha as a classic before but now I wish I had! It’s basically a party on a tropical island in Rio during the 1840s with all the young people trying to pair up and the older crowd melding. (It does center around one couple mostly) But it’s legitimately funny and heart stirring!
We have Jane Austin/regency era flares, manners, and protocol (how to speak to someone at the opera etc) but then also island legends and tropical flowers! It was surprising how funny it was too.
Profile Image for gabrieLê.
31 reviews4 followers
December 22, 2020
Eu precisei colocar como "obrigação" ler literatura brasileira, percebi que não estava lendo quase nada do Brasil. Enfim, foi uma leitura divertida e leve de um modo geral, talvez maçante em alguns aspectos. Mas, de qualquer maneira, foi incrível perceber que jovens e pessoas mais velhas não estão tão diferentes se comparados há 300 anos, algumas coisas nunca mudam. Valeu muito a pena ler, indico a leitura!

3,5🌟
Profile Image for Ana Dantas.
Author 12 books10 followers
June 23, 2025
Esse livro é fruto de seu tempo, mas também é um daqueles atestados de que a linguagem dos apaixonados é mais ou menos a mesma ao longo do tempo e do espaço. As situações em que o Augusto se mete são absolutamente hilárias, depois de superada a barreira de linguagem do texto de 1844.
Profile Image for Sheilox.
8 reviews
April 18, 2021
Eu não gosto de ler sobre amorzinho. É um porre!
Profile Image for christie.
181 reviews2 followers
June 4, 2021
não esperava nada demais e não recebi nada demais.
Displaying 1 - 30 of 129 reviews

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