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Terrarium
BEM-VINDOS AO FUTURO E AO COLAPSO DE TODAS AS UTOPIAS POR NÓS SONHADAS.
Estamos a meio do novo milénio e a Fortaleza Europa acabou de vez. Bruxelas não é mais do que uma cratera radioactiva, as zonas costeiras foram alagadas pela subida das águas e a temperatura ambiente aqueceu até o clima ser quase tropical. Quem olhar para o alto, nos raros dias onde ainda se podem ver as estrelas, vai descobrir um anel gigantesco composto pelas carcaças das naves de exóticos migrantes.
Mas isso não é o pior. A verdade é que entre esses exóticos que nos vieram pedir guarida, existem criaturas ainda mais monstruosas que resolveram transformar o planeta num lugar de consumo: num TERRARIUM, a bem dizer…
Preparem-se para viver num mundo prestes a ser assimilado, para o bem ou para o mal, numa nova e efémera Utopia… Agora só nos resta resistir.
Estamos a meio do novo milénio e a Fortaleza Europa acabou de vez. Bruxelas não é mais do que uma cratera radioactiva, as zonas costeiras foram alagadas pela subida das águas e a temperatura ambiente aqueceu até o clima ser quase tropical. Quem olhar para o alto, nos raros dias onde ainda se podem ver as estrelas, vai descobrir um anel gigantesco composto pelas carcaças das naves de exóticos migrantes.
Mas isso não é o pior. A verdade é que entre esses exóticos que nos vieram pedir guarida, existem criaturas ainda mais monstruosas que resolveram transformar o planeta num lugar de consumo: num TERRARIUM, a bem dizer…
Preparem-se para viver num mundo prestes a ser assimilado, para o bem ou para o mal, numa nova e efémera Utopia… Agora só nos resta resistir.
568 pages, Paperback
First published January 1, 1996
6 people are currently reading
145 people want to read
About the author
João Barreiros
61 books35 followersJoão Barreiros, licenciado em filosofia e professor do ensino Secundário, nasceu a 31 de Julho de 1952, numa humilde cidade que em breve iria cair na Sombra dos grandes Antigos.
Quando se refez do choque, devorou milhares de títulos em todas as línguas a que conseguiu deitar mão, participou na feitura do Grande Ciclo do Filme de FC de 1984 patrocinado pela Cinemateca Portuguesa e Fundação Gulbenkian, escreveu dois vastos artigos para a Enciclopédia (hoje esgotada e objecto de culto para quem a conseguiu comprar).
Dirigiu duas efémeras colecções para as Editoras Gradiva (Col. Contacto) e Clássica (Col. Limites) que o público português resolveu esquecer (pior para ele), publicou um vasto romance de quase 600 páginas com a discreta ajuda de Luis Filipe Silva (de seu nome "Terrarium"), precedido por uma colectânea de contos que chegou a perturbar algumas almas mais sensíveis (O Caçador de Brinquedos e Outras Histórias).
Anos mais tarde dedicou-se à história alternativa (A Verdadeira Invasão dos Marcianos) que mereceu edição espanhola e simpáticas criticas no jornal El País.
Em 2006, a editora Livros de Areia dedicou-lhe um chapbook com a publicação de uma das suas novelas “malditas”: "Disney no Céu Entre os Dumbos".
link para fórum bang.png - 263x152 - 53.42 kb
Quando se refez do choque, devorou milhares de títulos em todas as línguas a que conseguiu deitar mão, participou na feitura do Grande Ciclo do Filme de FC de 1984 patrocinado pela Cinemateca Portuguesa e Fundação Gulbenkian, escreveu dois vastos artigos para a Enciclopédia (hoje esgotada e objecto de culto para quem a conseguiu comprar).
Dirigiu duas efémeras colecções para as Editoras Gradiva (Col. Contacto) e Clássica (Col. Limites) que o público português resolveu esquecer (pior para ele), publicou um vasto romance de quase 600 páginas com a discreta ajuda de Luis Filipe Silva (de seu nome "Terrarium"), precedido por uma colectânea de contos que chegou a perturbar algumas almas mais sensíveis (O Caçador de Brinquedos e Outras Histórias).
Anos mais tarde dedicou-se à história alternativa (A Verdadeira Invasão dos Marcianos) que mereceu edição espanhola e simpáticas criticas no jornal El País.
Em 2006, a editora Livros de Areia dedicou-lhe um chapbook com a publicação de uma das suas novelas “malditas”: "Disney no Céu Entre os Dumbos".
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Displaying 1 - 17 of 17 reviews
November 14, 2012
Terrarium - Um romance em mosaicos, é provavelmente um dos livros mais difíceis de descrever, exactamente por funcionar como um mosaico de contos e noveletas que compõem a estrutura do livro, pequenas histórias individuais que formam a obra total. É um livro de ficção científica único, escrito na língua portuguesa por dois autores, João Barreiros e Luís Filipe Silva, bastante conhecedores da matéria.
Terrarium, segue as aventuras e peripécias de várias personagens em locais diferentes, num espaço de tempo de cerca de dois anos, cujo desfecho é imprevisível e inesperado. Roy Baker, Clara de Sousa, Joel, Todd, Mr. Lux, Abdul, os Ixyitil, as Potestades, os kreepos, os vulpis e o Mestre Gra são algumas das personagens e espécies que interagem nesta delirante obra.
No prólogo, "O Segredo", que dá início à história, é-nos apresentado Abdul, um rapaz que se desenrasca como pode para sobreviver num mundo grotesco e injusto invadido por exóticos de várias espécies e origens.
Na Parte I, "A Arder caíram os Anjos", conhecemos Roy que trabalha numa loja que vende banda desenhada e se vê contratado por Mr. Lux, numa Londres degradada e decadente, apinhada de espécies, uma cidade putrefacta.
Na Parte II, "Somewhere, under the rainbow", Clara de Sousa é recrutada para uma missão difícil, mas ao mesmo tempo aliciante, tanto pelo valor ideológico como pela recompensa que lhe é oferecida.
Na Parte III, "A Agoniada Arte Reprimida", o volpex Ka-Lir torna-se irmão de sangue de Joel, um rapaz humano que não queria a aventura que lhe é imposta, mas para a qual é aspirado quando se depara com um crime monstruoso.
Na Parte IV, "A Madrugada dos Deuses", segue-se a continuação da aventura de Joel, mas do ponto de vista do vulpex, numa alucinante fuga com revelações interessantes.
Na Parte V, "No Coração da Luz", voltamos a encontrar Roy, dois anos após a sua extraordinária escapatória e descoberta; conhecemos Todd, um rapaz normal que faz várias descobertas perturbadoras; e ainda há um pequeno vislumbre de Clara e Joel, num momento pelo qual o leitor tanto esperava.
Há ainda a possibilidade de ler a Alternativa A: "O mundo sem homens", a Alternativa B: "O mundo sem Potestades" e a Alternativa C: "O mundo sem Ixyitil".
"Um romance monstruoso de Ficção Científica, perfeitamente assumido, pós-modernista, ciberpunk, com Inteligências Artificiais, extraterrestres, Grandes Objectos Estúpidos, visões apocalpticas do fim do mundo, e uma pitada de Metafísica." Esta descrição de João Barreiros é quase perfeita. Acrescentaria apenas: de uma imaginção evolutiva prodigiosa, inesgotável e delirante, com bastante conhecimento.
Este "mosaico" destaca sempre as revistas antigas e desaparecidas Pulp, ao longo dos vários contos, os Comics, as Amazing e Astounding Stories, as Unknown, Weird Tales e Super Science Stories, que são peças valiosíssimas, vendidas a preço de ouro. Há sempre um fã destes objectos raros e escassos, muito difíceis de adquirir, as revistas de Ficção Científica. Destaque também para a grande quantidade de tecnologia de ponta revolucionária categorizada que não deve chegar às mãos de todos (compreende-se mais tarde o porquê), numa Terra que evoluiu para a "lixeira" da Galáxia por onde toda a espécie de extraterrestes passam e vivem, onde se encontra um pouco de tudo. São mancionados várias vezes e aparecem mesmo, ícones do cinema, como é caso de Marlon Brando e Shirley Temple ou conhecidas personagens de Banda Desenhada que ganham uma espécie de vida.
Tenho de confessar e mencionar duas coisas que achei hilariantes. O Furão Filofax - de nome João - que é uma personagem com garra. E a Triste Judite, a permanente suícida que em todas as tiras semanais arranja sempre um novo meio de se matar e que está em constante depressão. É divina!
Terrarium, segue as aventuras e peripécias de várias personagens em locais diferentes, num espaço de tempo de cerca de dois anos, cujo desfecho é imprevisível e inesperado. Roy Baker, Clara de Sousa, Joel, Todd, Mr. Lux, Abdul, os Ixyitil, as Potestades, os kreepos, os vulpis e o Mestre Gra são algumas das personagens e espécies que interagem nesta delirante obra.
No prólogo, "O Segredo", que dá início à história, é-nos apresentado Abdul, um rapaz que se desenrasca como pode para sobreviver num mundo grotesco e injusto invadido por exóticos de várias espécies e origens.
Na Parte I, "A Arder caíram os Anjos", conhecemos Roy que trabalha numa loja que vende banda desenhada e se vê contratado por Mr. Lux, numa Londres degradada e decadente, apinhada de espécies, uma cidade putrefacta.
Na Parte II, "Somewhere, under the rainbow", Clara de Sousa é recrutada para uma missão difícil, mas ao mesmo tempo aliciante, tanto pelo valor ideológico como pela recompensa que lhe é oferecida.
Na Parte III, "A Agoniada Arte Reprimida", o volpex Ka-Lir torna-se irmão de sangue de Joel, um rapaz humano que não queria a aventura que lhe é imposta, mas para a qual é aspirado quando se depara com um crime monstruoso.
Na Parte IV, "A Madrugada dos Deuses", segue-se a continuação da aventura de Joel, mas do ponto de vista do vulpex, numa alucinante fuga com revelações interessantes.
Na Parte V, "No Coração da Luz", voltamos a encontrar Roy, dois anos após a sua extraordinária escapatória e descoberta; conhecemos Todd, um rapaz normal que faz várias descobertas perturbadoras; e ainda há um pequeno vislumbre de Clara e Joel, num momento pelo qual o leitor tanto esperava.
Há ainda a possibilidade de ler a Alternativa A: "O mundo sem homens", a Alternativa B: "O mundo sem Potestades" e a Alternativa C: "O mundo sem Ixyitil".
"Um romance monstruoso de Ficção Científica, perfeitamente assumido, pós-modernista, ciberpunk, com Inteligências Artificiais, extraterrestres, Grandes Objectos Estúpidos, visões apocalpticas do fim do mundo, e uma pitada de Metafísica." Esta descrição de João Barreiros é quase perfeita. Acrescentaria apenas: de uma imaginção evolutiva prodigiosa, inesgotável e delirante, com bastante conhecimento.
Este "mosaico" destaca sempre as revistas antigas e desaparecidas Pulp, ao longo dos vários contos, os Comics, as Amazing e Astounding Stories, as Unknown, Weird Tales e Super Science Stories, que são peças valiosíssimas, vendidas a preço de ouro. Há sempre um fã destes objectos raros e escassos, muito difíceis de adquirir, as revistas de Ficção Científica. Destaque também para a grande quantidade de tecnologia de ponta revolucionária categorizada que não deve chegar às mãos de todos (compreende-se mais tarde o porquê), numa Terra que evoluiu para a "lixeira" da Galáxia por onde toda a espécie de extraterrestes passam e vivem, onde se encontra um pouco de tudo. São mancionados várias vezes e aparecem mesmo, ícones do cinema, como é caso de Marlon Brando e Shirley Temple ou conhecidas personagens de Banda Desenhada que ganham uma espécie de vida.
Tenho de confessar e mencionar duas coisas que achei hilariantes. O Furão Filofax - de nome João - que é uma personagem com garra. E a Triste Judite, a permanente suícida que em todas as tiras semanais arranja sempre um novo meio de se matar e que está em constante depressão. É divina!
November 20, 2017
O romance em mosaicos de João Barreiros e Luís Filipe Silva, rotulado como o melhor livro português de Ficção Científica, é um exemplo claro de que temos escritores nacionais de qualidade elevada, subestimados pelo seu próprio mercado. Rico em vocabulário, extremamente visual e com um ritmo invulgarmente veloz para um tomo deste tamanho, Terrarium deixou de ser um tesouro de alfarrabista. Não li a versão original, mas esta edição da Saída de Emergência é um verdadeiro tesouro no mercado. Quase 600 páginas e três semanas depois, chego ao fim deste livro maravilhoso.
Imprescindível a quem gostar de FC, Terrarium apresenta-nos dois escritores com estilos distintos que conseguiram encaixar na perfeição. O que não seria tarefa fácil. João Barreiros é um escritor único, dono de um estilo inconfundível, enérgico, mordaz, usando o humor como motor e o ridículo como artifício. Luís Filipe Silva é senhor de uma prosa mais temperada, assaz competente, mas sem margem para dúvidas bem mais calma que a do seu companheiro de escrita. Aqui e ali, é possível distinguir na perfeição qual deles escreveu o quê. Quem emerge na leitura, porém, acaba por ver essas paredes diluídas no entrosamento geral da obra. Se, porventura, só um deles tivesse escrito Terrarium, o resultado não teria sido tão bom. Quando um agitou as águas, o outro moderou-as. O casamento resultou na perfeição.
A história é digna de uma graphic novel. Quando lia o livro, pensei mais do que uma vez que Terrarium merecia também uma versão em quadradinhos (e quanto gostei que o livro terminasse com uma pequena BD dedicada à Triste Judite), mas desde logo verifiquei que a magia de ler Terrarium está também na sua escrita. O vocabulário é riquíssimo e a escrita nunca perdeu o ritmo. Deliciei-me com os personagens, de Roy Bakker à Triste Judite, passando pela Clara de Sousa e o seu furão. E maravilhei-me também com as referências a nomes do cinema, da literatura, às pulps – que têm um significado imenso dentro da história. Terrarium é muito mais do que a batalha campal e a história cheia de sumo e protagonistas que Silva e Barreiros nos ofereceram. A magia de Terrarium passa muito pelo imaginário construído que nos remete aos “Flash Gordon da nossa infância”, pela ironia constante e pela desconstrução de clichés e de heróis tradicionais.
Não é, porém, um livro para todos. Bem, para já, é um livro enorme e com letras pequenas. E os termos. Ah… os termos. Quem lê João Barreiros já tem de estar precavido para a chuva de termos técnicos, científicos e futuristas que se confundem numa amálgama provavelmente ininteligível para os virgens na matéria. Provavelmente ininteligível, mas ainda assim apaixonante. Todos os fãs de FC têm de ler Terrarium. E se são novatos nisto, é para investigar, conhecer, mastigar e deglutinar todas as informações que lhes são oferecidas.
As revelações sobre Mr. Lux, as Potestades e os IXytil pareceram-me permanentes, umas por cima das outras, como se o que um diz, o outro desdiz, até que as peças encaixem e cheguemos ao final apoteótico. Tudo o que supostamente seria o contexto inicial – quem é quem neste Universo enxameado de espécies – acaba por tornar-se a grande interrogação do livro. Somos atirados para o centro da ação com ela em movimento, e os autores espicaçam o leitor ao negar-nos a informação, fazendo finca-pé e gritando-nos aos ouvidos que, quem quiser compreender alguma coisa da história, tem de ler até ao fim. Pouco a pouco, todas as peças são disponibilizadas para que completemos o puzzle.
Estamos perante um romance em mosaicos, mosaicos esses que são pequenos contos com histórias isoladas que podem ser lidos em separado, mas quando avançamos para o coração da narrativa, elas complementam-se, respostas são fornecidas e a leitura de tudo o que ficou para trás é essencial para compreender o todo. Quando terminei a leitura, forcei-me a reler o Prólogo, e informações que me tinham entrado por um olho e saído pelo outro fizeram muito sentido. Terrarium não é somente um livro para ler. É para ler e reler. E tem um bónus: a edição é lindíssima.
http://noticiasdezallar.wordpress.com
Imprescindível a quem gostar de FC, Terrarium apresenta-nos dois escritores com estilos distintos que conseguiram encaixar na perfeição. O que não seria tarefa fácil. João Barreiros é um escritor único, dono de um estilo inconfundível, enérgico, mordaz, usando o humor como motor e o ridículo como artifício. Luís Filipe Silva é senhor de uma prosa mais temperada, assaz competente, mas sem margem para dúvidas bem mais calma que a do seu companheiro de escrita. Aqui e ali, é possível distinguir na perfeição qual deles escreveu o quê. Quem emerge na leitura, porém, acaba por ver essas paredes diluídas no entrosamento geral da obra. Se, porventura, só um deles tivesse escrito Terrarium, o resultado não teria sido tão bom. Quando um agitou as águas, o outro moderou-as. O casamento resultou na perfeição.
A história é digna de uma graphic novel. Quando lia o livro, pensei mais do que uma vez que Terrarium merecia também uma versão em quadradinhos (e quanto gostei que o livro terminasse com uma pequena BD dedicada à Triste Judite), mas desde logo verifiquei que a magia de ler Terrarium está também na sua escrita. O vocabulário é riquíssimo e a escrita nunca perdeu o ritmo. Deliciei-me com os personagens, de Roy Bakker à Triste Judite, passando pela Clara de Sousa e o seu furão. E maravilhei-me também com as referências a nomes do cinema, da literatura, às pulps – que têm um significado imenso dentro da história. Terrarium é muito mais do que a batalha campal e a história cheia de sumo e protagonistas que Silva e Barreiros nos ofereceram. A magia de Terrarium passa muito pelo imaginário construído que nos remete aos “Flash Gordon da nossa infância”, pela ironia constante e pela desconstrução de clichés e de heróis tradicionais.
Não é, porém, um livro para todos. Bem, para já, é um livro enorme e com letras pequenas. E os termos. Ah… os termos. Quem lê João Barreiros já tem de estar precavido para a chuva de termos técnicos, científicos e futuristas que se confundem numa amálgama provavelmente ininteligível para os virgens na matéria. Provavelmente ininteligível, mas ainda assim apaixonante. Todos os fãs de FC têm de ler Terrarium. E se são novatos nisto, é para investigar, conhecer, mastigar e deglutinar todas as informações que lhes são oferecidas.
As revelações sobre Mr. Lux, as Potestades e os IXytil pareceram-me permanentes, umas por cima das outras, como se o que um diz, o outro desdiz, até que as peças encaixem e cheguemos ao final apoteótico. Tudo o que supostamente seria o contexto inicial – quem é quem neste Universo enxameado de espécies – acaba por tornar-se a grande interrogação do livro. Somos atirados para o centro da ação com ela em movimento, e os autores espicaçam o leitor ao negar-nos a informação, fazendo finca-pé e gritando-nos aos ouvidos que, quem quiser compreender alguma coisa da história, tem de ler até ao fim. Pouco a pouco, todas as peças são disponibilizadas para que completemos o puzzle.
Estamos perante um romance em mosaicos, mosaicos esses que são pequenos contos com histórias isoladas que podem ser lidos em separado, mas quando avançamos para o coração da narrativa, elas complementam-se, respostas são fornecidas e a leitura de tudo o que ficou para trás é essencial para compreender o todo. Quando terminei a leitura, forcei-me a reler o Prólogo, e informações que me tinham entrado por um olho e saído pelo outro fizeram muito sentido. Terrarium não é somente um livro para ler. É para ler e reler. E tem um bónus: a edição é lindíssima.
http://noticiasdezallar.wordpress.com
Read
October 5, 2017Olá leitores. Finalmente trazemos a opinião deste "Terrarium"! Pois é, passou exactamente um mês e dois dias desde que iniciámos a leitura e não estava fácil de a acabar. Porquê? Contamos-vos já de seguida.
Antes de mais, queremos esclarecer que este livro se trata de uma reedição/republicação, bem, o que lhe quiserem chamar, do "Terrarium" de 1996 lançado pelos autores e editado, na altura, pela editora Caminho.
Devemos dizer que não conhecíamos o livro, na verdade, em 1996 estávamos a dar os primeiros passos na escola primária, pelo que ainda nem escrever e ler como deve ser sabíamos. Mas é verdade, poderíamos já ter tido contacto com esta história, ou visto este livro por aí algures, mas não, isso nunca aconteceu. Também deixamos a nota: andámos à procura dele e parece que está esgotado, e contam os autores no final do livro que as edições restantes arderam...
Dissemos, inicialmente, que foi uma leitura demorada e que estava difícil de sair esta opinião, o que é pura verdade. Em primeiro lugar, porque estamos diante de um livro de ficção científica, género que não estamos habituados a ler e, só por isso, dificultou logo a leitura.
Podem estar a questionar-vos se isso é, logo à partida, fundamento para dificultar uma leitura, visto que já lemos vários géneros e estilos. A essa pergunta teremos de responder afirmativamente, mas explicando que, a leitura se tornou difícil devido à própria complexidade da história e da escrita dos autores. Ou seja, não estamos diante uma ficção científica "ligeira", isso já encontrámos em alguns livros e não nos ofereceu grande dificuldade.
Agora, quanto a este "Terrarium", estamos diante ficção científica hard. Pura e dura. Como é explicado no prefácio, escrito por Gerson Lodi-Ribeiro, autor brasileiro de ficção científica, "(...) indiscutivelmente os dois melhores autores portugueses de ficção científica hard, lograram pintar com mestria um quadro terrível e apavorantemente verossímil de um futuro não muito distante (...)". Foi isso mesmo que sentimos. Que estávamos a ler os melhores.
Foi uma leitura difícil pois, como dissemos, não estamos por dentro do mundo da ficção científica. Mas foi devido a este livro começámos a pesquisar e a entrar em alguns grupos e começámos a descobrir todo um mundo novo.
O que dificultou a nossa leitura, além do tema, foi a linguagem tão própria da ficção científica e a imaginação a ela ligada. Se a maioria dos livros que lemos são fruto da imaginação dos autores (com mais ou menos pesquisa), este livro vai muito para além disso. Estamos diante de todo um mundo totalmente concebido pelos autores (pensamos nós, mas poderão ter influências de outras histórias), perdoem-nos, um mundo não, um universo. E isso fascina-nos.
Deparámo-nos ainda com um planeta Terra completamente diferente, onde habitam espécies extraterrestres em plena comunhão com os Humanos, onde há forças que não conseguimos perceber e onde o poder e a hierarquia são exercidos de formas que nos ultrapassam. Claro que a história de fundo é mais complexa e prende-se com conflitos gerados por alguns personagens, o que só percebemos à medida que vamos avançando.
É um livro escrito através de várias perspectivas, de vários personagens, mas que no fim se juntam. Lá está, uma história em mosaicos.
Continuação e classificação: http://livrosdevidro.wixsite.com/livr...
Antes de mais, queremos esclarecer que este livro se trata de uma reedição/republicação, bem, o que lhe quiserem chamar, do "Terrarium" de 1996 lançado pelos autores e editado, na altura, pela editora Caminho.
Devemos dizer que não conhecíamos o livro, na verdade, em 1996 estávamos a dar os primeiros passos na escola primária, pelo que ainda nem escrever e ler como deve ser sabíamos. Mas é verdade, poderíamos já ter tido contacto com esta história, ou visto este livro por aí algures, mas não, isso nunca aconteceu. Também deixamos a nota: andámos à procura dele e parece que está esgotado, e contam os autores no final do livro que as edições restantes arderam...
Dissemos, inicialmente, que foi uma leitura demorada e que estava difícil de sair esta opinião, o que é pura verdade. Em primeiro lugar, porque estamos diante de um livro de ficção científica, género que não estamos habituados a ler e, só por isso, dificultou logo a leitura.
Podem estar a questionar-vos se isso é, logo à partida, fundamento para dificultar uma leitura, visto que já lemos vários géneros e estilos. A essa pergunta teremos de responder afirmativamente, mas explicando que, a leitura se tornou difícil devido à própria complexidade da história e da escrita dos autores. Ou seja, não estamos diante uma ficção científica "ligeira", isso já encontrámos em alguns livros e não nos ofereceu grande dificuldade.
Agora, quanto a este "Terrarium", estamos diante ficção científica hard. Pura e dura. Como é explicado no prefácio, escrito por Gerson Lodi-Ribeiro, autor brasileiro de ficção científica, "(...) indiscutivelmente os dois melhores autores portugueses de ficção científica hard, lograram pintar com mestria um quadro terrível e apavorantemente verossímil de um futuro não muito distante (...)". Foi isso mesmo que sentimos. Que estávamos a ler os melhores.
Foi uma leitura difícil pois, como dissemos, não estamos por dentro do mundo da ficção científica. Mas foi devido a este livro começámos a pesquisar e a entrar em alguns grupos e começámos a descobrir todo um mundo novo.
O que dificultou a nossa leitura, além do tema, foi a linguagem tão própria da ficção científica e a imaginação a ela ligada. Se a maioria dos livros que lemos são fruto da imaginação dos autores (com mais ou menos pesquisa), este livro vai muito para além disso. Estamos diante de todo um mundo totalmente concebido pelos autores (pensamos nós, mas poderão ter influências de outras histórias), perdoem-nos, um mundo não, um universo. E isso fascina-nos.
Deparámo-nos ainda com um planeta Terra completamente diferente, onde habitam espécies extraterrestres em plena comunhão com os Humanos, onde há forças que não conseguimos perceber e onde o poder e a hierarquia são exercidos de formas que nos ultrapassam. Claro que a história de fundo é mais complexa e prende-se com conflitos gerados por alguns personagens, o que só percebemos à medida que vamos avançando.
É um livro escrito através de várias perspectivas, de vários personagens, mas que no fim se juntam. Lá está, uma história em mosaicos.
Continuação e classificação: http://livrosdevidro.wixsite.com/livr...
July 12, 2017
Uma daquelas pérolas quase perdidas para sempre, ainda bem que a Saída de Emergência a decidiu republicar.
Só é pena ser(digo eu) espécime único de ficção cientifica escrito em Português.
Estamos na Terra, num futuro algo próximo. De um momento para o outro centenas de espécies extraterrestres, são forçadas ao exílio na Terra, pelas todo poderosas Potestades. Este evento vai alterar pare sempre a vida na Terra. Por um lado todas a naves são agrupadas num enorme anel a volta da Terra, pelo outro a Terra vê-se palco das brincadeiras de criaturas bastante poderosas e com um total desrespeito pela vida.
A maneira de como o livro esta organizado é bastante peculiar e faz-me lembrar o Cloud Atlas do David Mitchell.
O livro esta dividido em 6 partes(Prologo mais 5 capítulos), cada uma destas partes pode funcionar como um conto, e quando se juntam todos os contos, ficamos com esta maravilhosa historia.
Só é pena ser(digo eu) espécime único de ficção cientifica escrito em Português.
Estamos na Terra, num futuro algo próximo. De um momento para o outro centenas de espécies extraterrestres, são forçadas ao exílio na Terra, pelas todo poderosas Potestades. Este evento vai alterar pare sempre a vida na Terra. Por um lado todas a naves são agrupadas num enorme anel a volta da Terra, pelo outro a Terra vê-se palco das brincadeiras de criaturas bastante poderosas e com um total desrespeito pela vida.
A maneira de como o livro esta organizado é bastante peculiar e faz-me lembrar o Cloud Atlas do David Mitchell.
O livro esta dividido em 6 partes(Prologo mais 5 capítulos), cada uma destas partes pode funcionar como um conto, e quando se juntam todos os contos, ficamos com esta maravilhosa historia.
September 6, 2022
Épico e Genial!
(Só tenho pena de não ter lido a primeira versão)
(Só tenho pena de não ter lido a primeira versão)
August 16, 2017
Have mixed feelings about this book.
It's quite long, often confusing in it's plotline due to an excess of characters. It's probably because it wasn't conceived as a single narrative, feels more like an addendum of ideas and vaguely linked narratives without a core rewrite to make it more cohesive.
The world and the characters are pretty interesting and inventive. The writing style is alright, easy to read despite a lot of made up words and things. Sometimes the descriptions are a bit too forcebly convoluted. Strongly contrasting with casual expressions used in the dialogs. It makes it more funny but it also destroys the believability of the world and some of the situations. AIs won't ever communicate using those kind of phrases, just to point an example.
Although there are a lot of nice ideas and imaginative work put into it, there are also quite some scenes where the clichès and references to sci-fi pop culture go overboard. They are forced into the storyline for the authors nostalgia sake and often ruin the scenes instead of doing any sort of bridge with the more commonly known (it's my wild guess that that's why the authors decided to abuse them in the storyline so much). So it kind of works, but it kind of doesn't. If you don't take it too seriously i guess it's fine and you'll just enjoy the ludicrousness of the situations, but when you try to fit them all in the context of the main plotline they end up feeling more like noise that was randomly thrown in for lack of better ideas.
The main plotline was good but there are quite a few side stories that make no substantial contribution to the plot, like the Pastor or Todd sub-plots. These side stories aren't bad in themselves, they help understand the world a little better and are well written, but they feel like the book would be much easier to read without them. Perhaps the chapters could have been structured a bit better in that regard.
The alternative endings are nice idea, but not really well explored imho.
Found 3 typographic/gramatical errors, which in a 20 year anniversary re-edition is a very sad thing to find.
It's quite long, often confusing in it's plotline due to an excess of characters. It's probably because it wasn't conceived as a single narrative, feels more like an addendum of ideas and vaguely linked narratives without a core rewrite to make it more cohesive.
The world and the characters are pretty interesting and inventive. The writing style is alright, easy to read despite a lot of made up words and things. Sometimes the descriptions are a bit too forcebly convoluted. Strongly contrasting with casual expressions used in the dialogs. It makes it more funny but it also destroys the believability of the world and some of the situations. AIs won't ever communicate using those kind of phrases, just to point an example.
Although there are a lot of nice ideas and imaginative work put into it, there are also quite some scenes where the clichès and references to sci-fi pop culture go overboard. They are forced into the storyline for the authors nostalgia sake and often ruin the scenes instead of doing any sort of bridge with the more commonly known (it's my wild guess that that's why the authors decided to abuse them in the storyline so much). So it kind of works, but it kind of doesn't. If you don't take it too seriously i guess it's fine and you'll just enjoy the ludicrousness of the situations, but when you try to fit them all in the context of the main plotline they end up feeling more like noise that was randomly thrown in for lack of better ideas.
The main plotline was good but there are quite a few side stories that make no substantial contribution to the plot, like the Pastor or Todd sub-plots. These side stories aren't bad in themselves, they help understand the world a little better and are well written, but they feel like the book would be much easier to read without them. Perhaps the chapters could have been structured a bit better in that regard.
The alternative endings are nice idea, but not really well explored imho.
Found 3 typographic/gramatical errors, which in a 20 year anniversary re-edition is a very sad thing to find.
June 15, 2022
Five years ago, I was listening to a radio talk show. The guests were two Portuguese sci-fi authors which immediately caught my attention. I had no knowledge about the existence of Portuguese sci-fi books so that was the moment when "Terrarium" entered my mind for the first time.
Fast forward to two years ago, during a visit to a book fair, "Terrarium" was suddenly there on a stand, in front of my eyes, "asking" to be taken home. I couldn't say no.
Reading it was not always easy. Although I appreciated the humor throughout the pages, there are parts where I felt there were many unnecessary details. But, in the end, I feel this was an interesting experience and not lost time at all.
Fast forward to two years ago, during a visit to a book fair, "Terrarium" was suddenly there on a stand, in front of my eyes, "asking" to be taken home. I couldn't say no.
Reading it was not always easy. Although I appreciated the humor throughout the pages, there are parts where I felt there were many unnecessary details. But, in the end, I feel this was an interesting experience and not lost time at all.
July 29, 2022
Um trabalho verdadeiramente original e ainda sub-valorizado, com uma escrita fluída, eloquente e vívida, que peca um pouco pela estrutura algo caótica, uma falta de propósito maior pela qual o leitor possa torcer ao longo das narrativas (e um início de livro particularmente caótico), e (gosto pessoal) pelo excesso de anglofilia e respectivo centrismo, em particular anglicismos que a história não justifique (como justificado pelas secções com personagens de facto anglófonas).
Um livro que é tanto um produto do que se fazia no mundo de ficção científica na época, como bem à frente do seu tempo para os consumidores de literatura do país onde foi escrito.
Um livro que é tanto um produto do que se fazia no mundo de ficção científica na época, como bem à frente do seu tempo para os consumidores de literatura do país onde foi escrito.
September 11, 2022
Um dos romances mais inventivos, multifacetados e bem escritos da história da ficção científica em língua portuguesa. Pode ser entendido como um “fix-up” de contos entrelaçados ou como um mosaico de histórias que apresentam um cenário multifacetado.
Barreiros e Silva são mestres contadores de histórias e, nesse livro, estão no auge. Nem dá para perceber exatamente quando um começa e o outro termina.
Mergulhem de cabeça nessa obra indispensável.
Barreiros e Silva são mestres contadores de histórias e, nesse livro, estão no auge. Nem dá para perceber exatamente quando um começa e o outro termina.
Mergulhem de cabeça nessa obra indispensável.
August 30, 2023
Este meta artefacto de Grau 3+ requer um leitor muito dedicado. Têm alturas de grande talento e detalhes altamente imaginátivos, mas depois muito dele, na primeira metade pelo menos, faz uso constante da referência a outros trabalhos de ficção.
Esse uso quase constante de outros trabalhos que inspiraram os autores enfraquece o livro pois existem muitas threads, e cruzam-se muitos fios. Por vezes menos é mais, e contra mim falo.
Esse uso quase constante de outros trabalhos que inspiraram os autores enfraquece o livro pois existem muitas threads, e cruzam-se muitos fios. Por vezes menos é mais, e contra mim falo.
September 28, 2024
4,5 estrelas.
Se conhecerem já a escrita de João Barreiros, então sabem o que a casa gasta, mesmo com a presença do autor Luís Filipe, a escrita não engana, e as hecatombes mantém-se presentes. Muito bem escrito, existem algumas coisas que não aprecio pessoalmente mas mesmo sendo aos mosaicos, tudo junta-se num final épico com finais alternativos.
Se conhecerem já a escrita de João Barreiros, então sabem o que a casa gasta, mesmo com a presença do autor Luís Filipe, a escrita não engana, e as hecatombes mantém-se presentes. Muito bem escrito, existem algumas coisas que não aprecio pessoalmente mas mesmo sendo aos mosaicos, tudo junta-se num final épico com finais alternativos.
August 12, 2021
Pouco a dizer sobre a qualidade da obra Terrarium - adorei, amei!
Excelente história. Que saudades tinha de ler boa ficção científica portuguesa.
(lida a versão editada pela Caminho; na lista de leitura a edição pela Saída de Emergência)
Excelente história. Que saudades tinha de ler boa ficção científica portuguesa.
(lida a versão editada pela Caminho; na lista de leitura a edição pela Saída de Emergência)
July 3, 2022
Absolutamente a melhor ficção científica que li ate hoje.
December 29, 2020
Não tenho muito que dizer de este livro. Acho que é do melhor que eu legim de ficcão científica na minha vida.
March 29, 2020
Terrarium - an isolated land where terrestrial life animals are kept in captivity!
So this book surprised me in many ways, first of all it's very unpredictable and almost every character is either unreliable or very clueless about the unreliableness of the others.
The story is amazing and it throws curveball after curveball after curveball, you'll never know what to expect and when you think you're starting to, curveball again.
The book's subtitle is "A novel in mosaics" and that is sure delivered, you follow the characters in their personal adventures, simingly disconnected from each other and you'll only start to see the bigger picture, what the mosaics look like together, way into the story. I really like this way of storytelling, however, it was unfortunate when I'd start to grow attached to one of the characters and then would have to wait a bunch of chapters to see them again ("A Song of Ice and Fire" does that too, although in a different manner). Nevertheless, most of the characters were superbly designed and developed and I loved following them all.
It's a Portuguese Sci-fi book by Portuguese authors and I'm stoked that we have such good literature in my country!
The only down part for me is that being a very very complex plot to follow (if you're not confused at some points, I think you're reading it wrong), which means that this is a book that cannot be enjoyed to the fullest by reading only once or even, possibly, twice, and for that I cannot give it 5 starts.
4.5⭐
So this book surprised me in many ways, first of all it's very unpredictable and almost every character is either unreliable or very clueless about the unreliableness of the others.
The story is amazing and it throws curveball after curveball after curveball, you'll never know what to expect and when you think you're starting to, curveball again.
The book's subtitle is "A novel in mosaics" and that is sure delivered, you follow the characters in their personal adventures, simingly disconnected from each other and you'll only start to see the bigger picture, what the mosaics look like together, way into the story. I really like this way of storytelling, however, it was unfortunate when I'd start to grow attached to one of the characters and then would have to wait a bunch of chapters to see them again ("A Song of Ice and Fire" does that too, although in a different manner). Nevertheless, most of the characters were superbly designed and developed and I loved following them all.
It's a Portuguese Sci-fi book by Portuguese authors and I'm stoked that we have such good literature in my country!
The only down part for me is that being a very very complex plot to follow (if you're not confused at some points, I think you're reading it wrong), which means that this is a book that cannot be enjoyed to the fullest by reading only once or even, possibly, twice, and for that I cannot give it 5 starts.
4.5⭐
June 13, 2020
Terrarium is a Sci-Fi novel written on the 90's which has been later reedited on a Redux Version. A rarity in the Portuguese language writing, this follows the same steps on the greats of Anglo-Saxon SciFi literature. Set in a world and time completely alien of our own, the narrative of the novel is created by chapters, which seem to be disconnected but have common references or characters which connect everything on the final one, hence the description of this being a mosaic/tiles novel.
A nod to the great classics without feeling as a copy, a terrific read for all SciFi fans
A nod to the great classics without feeling as a copy, a terrific read for all SciFi fans
Read
March 11, 2023Uma adenda para quem leu, talvez um acepipe para os restantes:
https://www.goodreads.com/author_blog...
https://www.goodreads.com/author_blog...
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