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Convivo muito bem com os cães da rua

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Unknown Binding

Published January 1, 2017

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Ricardo Aleixo

27 books12 followers
(Belo Horizonte, 1960) Poeta, músico, produtor cultural, artista plástico e editor. Autodidata, atua em diversas áreas, sobretudo nas poéticas experimentais com a voz. Faz sua estréia na poesia em 1992, com o livro Festim. Em Belo Horizonte, é curador do Festival de Arte Negra - FAN, e coordena projetos como 30 Anos da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, Tricentenário de Zumbi e a Bienal Internacional de Poesia. Faz curadoria de diversas exposições, como Sebastião Nunes: 30 Anos de Guerrilha Cultural e Estética de Provocaçam. Com Adyr Assumpção (1958) monta vários espetáculos multimeios como Jogo de Guerra - Malês, em 1990, Desconcerto Grosso - Poemas de Gregório de Matos, em 1996, e Canudos, Sertão da Bahia, 1897, em 1997. Edita a revista Roda - Arte e Cultura do Atlântico Negro, pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Seus poemas revelam forte afinidade com o movimento concretista e com a etnopoesia. Com visão crítica da realidade, Aleixo faz poesia social, mordaz, seca e irônica. Junta-se a isso seu trabalho de agitador cultural que leva a poesia à integração com outras formas de arte como o teatro, a música e a dança. [Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural]

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Profile Image for Adriana Scarpin.
1,719 reviews
January 14, 2017
Paupéria revisitada

Putas, como os deuses,
vendem quando dão.
Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção). Poetas se
gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não.
Poesia é pão (para
o espírito, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.
Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda troçam
na companhia das traças
de tal “nobre condição”).
Pastores e padres vendem
lotes no céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do No, thanks
seu refrão.
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