Castelo de Santarém, num dia do ano de Cristo de 1359. Enquanto El-Rei D. Pedro I corre a caça pelos campos, os seus conselheiros Álvaro Pais e João Afonso Tello esperam com sombria ansiedade a chegada de dois prisioneiros, Álvaro Gonçalves e Pero Coelho, dois dos "matadores" de Inês de Castro (o terceiro, Diogo Lopes Pacheco, logrou fugir e refugiou-se em França). A esses homens havia sido solenemente prometido perdão, mas o Rei, decidido a vingar a única mulher que amou, quebrou o juramento feito, e agora eles vêm, debaixo de ferros, a caminho de Santarém. É este o ponto de partida de Inês de Portugal. Mas ao longo das suas páginas é toda a história de Pedro e Inês que João Aguiar reconstrói, abordando pela primeira vez um tema histórico posterior à Nacionalidade e fazendo-o desde logo com um dos mitos maiores da nossa consciência de Nação.
JOÃO AGUIAR nasceu em 28 de Outubro de 1943. Licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas, trabalhou nos centros de turismo de Portugal em Bruxelas e Amesterdão, regressando a Lisboa e à carreira jornalística em 1976. Foi assessor do Ministro da Qualidade de Vida, no VII Governo Constitucional (1982-83). Foi autor da reportagem Uma Incursão pelo Esoterismo Português (1983) e dos romances A Voz dos Deuses (1984), O Homem Sem Nome (1986), O Trono do Altíssimo (1988), O Canto dos Fantasmas (1990), Os Comedores de Pérolas (1992), A Hora de Sertório (1994), A Encomendação das Almas (Prémio Eça de Queiroz, 1995), O Navegador Solitário (1996), Inês de Portugal(1997), O Dragão de Fumo (1998), A Catedral Verde (2000), Diálogo das Compensadas (2002), Uma Deusa na Bruma (2003), O Sétimo Herói (2004), O Jardim das Delícias (2005), O Tigre Sentado (2008) e O Priorado do Cifrão (2008). Foi também autor de colecções infanto-juvenis, nomeadamente de O Bando dos Quatro e Sebastião e os Mundos Secretos. Faleceu a 3 de Junho de 2010.
Quizá dos de los sepulcros góticos más impresionantes del mundo son los del Rey Pedro I de Portugal y los de su amante/mujer Doña Inés de Castro. Están en el Monasterio de Alcobaça, uno de los panteones de la monarquía portuguesa.
No he tenido el placer de verlos en persona, pero el día que lo haga, conoceré la historia, la terrible historia que hay detrás de esta extraordinaria obra de arte. -Una historia de amor que trascendió la propia muerte: La del infante Pedro y la dama gallega Inés de Castro. -Una lucha contra las convenciones y la hipocresía moral de la época: Pedro era un hombre casado e Inés era soltera. -Un lucha política: En Portugal siempre ha existido el temor a una unión dinástica con Castilla, que diluyera la identidad portuguesa acabando con su independencia. En esta época este peligro era muy real ya que los casamientos recíprocos entre las casas reales portuguesa y castellana se llevaban realizando durante los últimos reinados de forma sistemática, de tal forma que todos eran primos, tíos o sobrinos y en caso de que una de las dos líneas se quedara sin descendencia legítima, la otra podría reclamar la corona vecina. Este problema se agudizó cuando Pedro perdió a su mujer "legítima", Constanza de Castilla, en el alumbramiento de su único hijo y futuro rey Fernando, negándose a contraer nuevo matrimonio, ya que la relación con Inés era irrompible. En caso de muerte de Fernando, el rey de Castilla Pedro I "El Cruel o el Justiciero", sobrino del portugués podría reclamar fácilmente el trono. -Una lucha fratricida: los hijos habidos fuera del matrimonio, por los reyes, también constituían un problema, ya que creaban una facción de poder alternativa a la línea legítima, que podía ser muy peligrosa. Pedro de Portugal tuvo 3 con Inés e intervinieron en la guerra civil que acaeció en 1383, cuando lo que tanto se temía sucedió. Fernando I de Portugal (hijo de Pedro) murió sin descendencia masculina y el rey castellano, Juan I, reclamó el trono. Todos sabemos lo que pasó en Aljubarrota. En Castilla también sabemos del peligro de los hermanastros ilegítimos, que se lo digan a " El Cruel" y a su guerra con sus medio hermanos hijos de Leonor de Guzmán, que terminó con la muerte de Pedro y el advenimiento de los Trastámara con Enrique II. En Portugal también acabó triunfando un bastardo, Juan I, Maestre de Avis e hijo también de Pedro de Portugal con otra mujer, que se impuso al rey Castellano y a los hijos que este tuvo con Inés y que acabaron haciendo fortuna en Castilla. Ante este panorama, el rey Afonso IV, padre de Pedro, decidió cortar por lo sano y mandó ejecutar a la de Castro. No midieron bien lo que hacían, no valoraron el amor que sentían Pedro e Inés. Un amor que enajenó al infante que juró venganza y odio eterno a los asesinos de su amada. Un infante que se levantó contra su padre, que devastó el país y que no cejó hasta que, siendo ya rey, se tomó cumplida venganza de los principales instigadores del asesinato, de forma cruel y sangrienta y que concluyó con el reconocimiento, a título póstumo, de doña Inés como esposa y reina legítima. Detrás de todo esto está la leyenda, la locura del rey, que si exhumó a la reina y sentó su cuerpo en el trono obligando a la corte a rendirle pleitesía.......leyenda y mucha literatura hay detrás de todo esto. El libro que ha caído en mis manos tiene una prosa hermosa y poética, pero se me ha quedado corto para tan impresionante historia (apenas 150 hojas), pero me ha permitido revivir intensamente un periodo tan interesante de la historia de los reinos ibéricos, siempre enfrentados, pero en el fondo compartiendo tantas cosas. La realidad siempre supera a la ficción.....
Inês de Portugal has an object of study the mythical and nostalgic figure of Pedro I of Portugal. The intention is to show that since Fernão Lopes, a legendary figure of the king, is being built in Portuguese literature, who, through immense love and immense longing, declared Inês de Castro as queen already after she died. This fact divides and causes today, both History and Literature concerning D. Pedro's attitudes.
Inês de Portugal is a fast-paced narrative with short descriptions. Not by chance, as the book results from a script for a homonymous film that João Aguiar wrote in collaboration with a director in our square. Its main feature is the change of narrative focus from one character to another, changing the time in constant flash-back. The narrating technique in media res emphasizes the text dynamism since the story already entered with the facts well advanced—the trial of the murderers of Inês. Besides, the characters' memory images move like perfect images on a large cinema screen, showing fragments of the historical facts of that period. From the memory of the various characters about the events, the tragic story of love, Pedro and Inês recreated. Notably, in addition to drawing on other historical sources, João Aguiar openly declares the influence of Fernão Lopes on his novel, when he brought, during the time of D. Pedro's reign, Álvaro Pais as his chancellor, when, historically, the post belonged to another at that time.
Apesar de abordar uma parte da História de Portugal sobejamente conhecida, dei o benefício da dúvida. Talvez me viesse a surpreender, pensei.
A esperança de ser surpreendida, não se concretizou. Bem sei que se trata da História de Portugal, e que o autor lhe deve ser fiel. No entanto, esta não era uma crónica, mas um romance histórico. Talvez um olhar novo , para um tão conhecido assunto, pelo menos.... Contudo, também há que ter em conta que foi escrito primeiramente enquanto guião para o filme, o que também decerto terá imposto diversas restrições ao autor.
Assim, o que temos é, a história de Inês de Portugal, entre a sua morte e o ser coroada rainha, com uns flashbacks ocasionais ao tempo em que decorre o romance entre D. Pedro e Inês de Castro (que é, de facto, muito cinematográfico...).
Esta história, bem escrita, lê-se muito rapidamente e é prazenteira a sua leitura. Pena é, realmente, a história em si. Dizem que é uma grande história de amor, esta de Pedro e Inês, de um amor infinito no tempo e no espaço, da mais linda história de amor que este nosso país conheceu...
O que eu vejo é, em primeiro lugar adultério (D. Pedro era casado com D. Constança quando a "linda história de amor" começou..., em segundo lugar incesto (D. Pedro e D. Inês eram primos, e daí a proibição do seu casamento), depois loucura (de um homem habituado a ter tudo o que quer, e que perde o seu amor), perjúrio (o que D. Pedro jurou a seu pai, D.Afonso, fê-lo apenas por interesse próprio, e quando o pai morreu, faltou á promessa), traição (entregou a Castela, em troca pelos "assassinos de Inês", nobres que lhe haviam pedido refúgio) e por fim assassinato (a morte dos "responsáveis" pela sentença de morte proferida a D. Inês, quando "todo o reino a queria morta"...).
Para além disso o nosso rei "justiceiro", diz-se que ficou com fome de justiça pelo que aconteceu à sua Inês (eu vejo sede de vingança...) e foi um implacável executor das leis. Punindo, por exemplo, de morte o crime de adultério (curioso...deve ser porque o adultério de Reis é coisa fina, é outra coisa), e misericórdia era palavra que não conhecia.
História de amor? Mais uma vez, só se for sobre o seu poder destruidor. Para alguns momentos do prazer de Pedro e Inês, tantos tiveram as suas vidas destruídas. Mas parece que também sempre foi assim. Por amor, pela fé, pela pátria, pela justiça, e por tudo e mais alguma coisa, tanto sangue, tanto ódio, tantas vidas perdidas. A nossa história (e da humanidade em geral) está pejada de vergonhas, mas que são embelezadas em histórias épicas ou de amor, talvez porque viver com tamanho legado se tornasse demasiado pesado. Ou então para que quem ocupe o poder possa continuar a escrever nas mesmas linhas, do livro da história da humanidade, que esse sim, é o livro mais triste do mundo.
Veja aqui o meu post completo sobre este livro no blog Linked Books
The story of the love of Pedro and Inês is one of the most famous and tragic love stories in the history of Portugal. There are several books on the subject - last year, for this challenge, I read one other - and since João Aguiar is an author I have been meaning to try I couldn't resist picking this one up.
I really enjoyed how the author chooses to approach the legend. When the story begins Inês is already dead and Pedro is king! His search for her murderers has ended and he is about to sentence them. It is through the eyes of Alvaro Pais that we get to know the king and through the kings memories that we get to know his affair with Inês.
The story doesn't follow a chronological order as it goes back and forth depending on the events being related or remembered. I quite liked Pedro's description as an obsessed man and found this a very intense reading.
Sou grande fã deste autor, embora até à data só tenha lido os livros dele que se passam na época da colonização romana (e alguns volumes do Bando dos Quatro). Quando vi este livro na estação de serviço resolvi agarrá-lo e levá-lo para férias comigo. Gostei bastante, principalmente porque foi dado mais enfase à parte da intriga politica do que à historia de amor propriamente dita, o que tem mais a ver comigo. Lê-se num instante e no final tem notas explicativas para aqueles que como eu são menos versados em História de Portugal. Aconselho vivamente a todos os que querem ler uma história bem contada, interessante e dinâmica. Desaconselho a todos os que vão com expectativas dum romance assolapado.
Continuo a achar esta curta narrativa de João Aguiar a melhor tentativa de romantização da história de Pedro e Inês. A história, bem sabida de todos, é tratada de forma altamente cinematográfica (expectável, considerando que este romance começou por ser o guião de um filme), começando em 1361 e fazendo flashbacks temporais que revelam a história do amor de Pedro e Inês. Agrada-me especialmente o facto de não ter caído no ardil de retratar uma típica historieta romântica, antes retratando o amor de Pedro como um transtorno quase obsessivo e evidenciando os interesses políticos por trás desta lendária relação. De resto, o desfecho do romance com a morte dos assassinos de Inês é duma crueza impactante; esta trama quase parece um capítulo d'A Guerra dos Tronos. Uma leitura rápida e interessante, ainda que não revolucione a vida de ninguém.
Eu como adoro história eu escolhera este livro para um projecto que tive a alguns anos atrás no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa. Gostei da história e da construção das personagens, no entanto acho que faltou algo nele para o tornar ainda mais especial.
Ao percorrer a minha estante com tantos livros ainda por ler, a minha escolha recaiu sobre “Inês de Portugal”, um pequeno romance acerca da inolvidável história de amor de Pedro e Inês, escrito por João Aguiar e editado em 1997 em Portugal. Foi o primeiro livro que li do autor, que marcou o seu percurso profissional como reputado jornalista e como autor de variados romances históricos, como “O trono do Altíssimo” e “A hora de Sertório”, embora tenha escrito também livros de contos e uma obra não-ficcional.
“Inês de Portugal” é, como refere o autor nas notas finais, não um ensaio de reconstituição histórica, mas um romance acerca do casal Real que ainda hoje toca corações. Com base em factos verídicos, este pequeno livro – de pouco mais de 100 páginas – foi floreado com passagens “fictícias” para retratar de forma completa os acontecimentos históricos que tomaram lugar no reinado de D. Afonso IV e de D. Pedro I, desde o nascer da paixão de Pedro e Inês à exumação do seu corpo, passando pelos vários estágios de dor sentido por El-Rei Pedro aquando da morte da sua amada.
A escrita é tão rica que, de certa forma, completa o enredo e atrbui-lhe um carácter envolvente e apaixonado, retratando fielmente os obstáculos morais que perseguem Pedro e os seus conselheiros: afinal, está em causa a sua honra e o seu nome se Pedro optar por quebrar o juramento que fizera a seu pai e castigar os responsáveis pela morte da Rainha póstuma Inês de Castro.
Ao longo do livro, conhecemos a perspectiva das várias personagens e as suas motivações, o que nos permite ter uma visão muito alargada deste acontecimento trágico e a ocasionar a possibilidade de o leitor julgar os principais intervenientes da história. O livro é dotado de uma enorme simplicidade, com recuos no tempo e no espaço para que acompanhemos e compreendamos claramente todos os passos e decisões que levaram a esta tragédia, incluindo a assumpção de Inês ao destino que a esperará se mantiver o relacionamento com Pedro, o olhar atento de Álvaro Pais e João Afonso, conselheiros do Rei, neste amor proibido e o esforço de Pedro em fazer justiça a todos os níveis, o que o leva a lutar internamente entre a vontade de vingar a morte de Inês sem olhar a meios e a consequências e, pelo contrário, a mandar executar o seu mais próximo amigo depois de cometer adultério.
Uma pena. É essa a ideia com que fico deste livro, que é uma pena. A história de D. Pedro e Inês de Castro é das mais beles da História de Portugal, é um grande diamante em bruto. João Aguiar tratou de lapidá-lo, mas lapidou tanto, tanto, tanto, que do diamante inicial de 20 quilates, sobrou um diamantezinho de meio quilate. De facto, este livro resume em demasia a história dos dois amantes. Por isso mesmo, por ser um resumo do resumo, perde muito do impacto que poderia causar.
"A volte, vi guardo e provo timore. Penso che lei sia qui, tra di noi, penso che ancora la vedete. Ed è così, Pedro la vede. In sogno e nelle tenebre. Il mondo in cui vivo per davvero, è questa l'idea che gli viene in soccorso, il mondo in cui vivo è fatto solo di sogno e oscurità perchè la luce, quella, me l'hanno rubata quando l'hanno ammazzata. La mia luce veniva dai suoi occhi. Sì, Pedro la vede. Sempre".
3 stelline e mezzo per questo romanzo portoghese portato in Italia dalla fantastica "Tuga Edizioni", realtà editoriale incentrata sul contesto letterario legato alla lingua portoghese, che ho scoperto qualche anno fa passeggiando tra gli stand della fiera del libro di Napoli e che mi ha lasciato estasiata. Sono una studiosa e un'amante della cultura e letteratura di lingua portoghese (cardine infatti del mio intero percorso universitario) e quando ho scoperto lo splendido lavoro dei ragazzi di Tuga non potevo esserne più felice e questo è il primo (ma non sarà certo l'ultimo!) libro che leggo curato e tradotto da loro.
Un volume che si legge tutto d'un fiato e che mi ha reso spettatrice degli intrighi di corte del Portogallo del XIV secolo, coinvolgendomi in uno dei miti più tristi e famosi di tutta la storia lusitana. Chiunque abbia studiato un po' di cultura portoghese avrà certamente sentito parlare della bellissima Dona Inês de Castro che fece perdere la testa a Dom Pedro I, erede al trono portoghese, amore che la condusse a una tragica sorte. Ho apprezzato moltissimo la molteplicità di punti di vista presentateci da Aguiar per dare a noi lettori una visione più ampia della storia con l'obiettivo di resituirci un ritratto di Inês fatto anche di ombre, non solo di luci. L'autore infatti non si limita a mettere l'accento sulla bellezza della donna di cui molti altri autori nel corso dei secoli hanno parlato, ma ne indaga anche i desideri più profondi e quasi "proibiti", come la possibilità di diventare regina del Portogallo, quella recondita e seducente sete di potere che la rende ai nostri ancora più umana e "reale". In queste pagine Inês smette di essere una figura mitica per essere una donna in carne e ossa, con il suo sogno d'amore, le sue paure, la sua tragica e ingiusta fine. Aguiar sceglie di narrare la vicenda muovendosi su due diversi piani temporali: un oscuro presente in cui Pedro, pazzo di dolore per il barbaro assassinio di Inês voluto da suo padre Afonso IV preoccupato per le possibili pretese della Galizia sul trono portoghese (Inês era infatti galiziana e arrivata alla corte di Dom Pedro come dama di compagnia di sua moglie, la regina Costanza) progetta la sua vendetta nel nome della donna amata e un passato fatto di baci rubati, sguardi complici, progetti di vita condivisi dai due sfortunati amanti e ho trovato questo gioco di presente e passato davvero interessante. Aguiar non risparmia certo scene cruente come quella relativa alla vendetta di Pedro e struggenti come il momento in cui Inês si prostra ai piedi dell'impassibile re Afonso implorando pietà per se stessa e per i figli nati dalla sua unione d'amore con Pedro, un passo questo che spacca il cuore. La storia d'amore tragica di Dom Pedro e Dona Inês de Castro è stata raccontata in moltissimi libri (basti pensare al racconto che ne fa il grande Camões nei "Lusiades") e adattamenti cinematografici e qui Aguiar prende spunto dalla vicenda storica per costruire però un romanzo (è lui stesso a dirci che si tratta di un'opera di fiction e non di un saggio storico) che ho trovato molto interessante. Consigliato soprattutto a chi desidera avere di questa storia una visione ancora più ampia e raccontata con un ritmo incalzante che tiene sempre alta l'attenzione del lettore.
"Non c’è volto come il suo. Non c’è sguardo così profondo né sorriso così dolce, al contempo allegro e addolorato. Non c’è oro come quello dei suoi capelli. Non c’è anima come la sua. Non c’è donna che lei si possa comparare in tutti i regni d’Europa, né nelle terre dei Mori né certamente nei lontani i domini dell’imperatore d’oriente questo io lo so con una certezza così salda che lo posso giurare sulla mia salvezza. E mi appartiene, come io le appartengo, e farò di lei un giorno mia moglie davanti a Dio e agli uomini, mia sposa e Regina, e insieme staremo, come ora lo siamo, ma senza paure né cautele e i vescovi dovranno baciare la mano e i popoli, quando lei passerà, si dovranno inginocchiare e benedirla e chiamarla signora e nostra madre. Non c’è al mondo amore come questo. Alfonso, non c’è stato né ci sarà al mondo amore come questo…"
Há anos que não lia um livro na minha língua materna e não foi ao acaso que escolhi este, um livro que se lê como se fosse uma peça de teatro (sei que é uma adaptação do guião) sobre a historia de Pedro e Inês, um dos mitos da história portuguesa. A escrita de João Gil transportou me para esse tempo revoltoso e conturbado, de moralidades e mentiras. Recomendo!
Um excelente retrato da nossa história, agraciado pela imaginação do autor...pois afinal de contas, jamais existiu amor tal, como o de Inês e Pedro, El-Rei de Portugal!!!
Um livro pequeno, que nota-se perfeitamente ser um roteiro cinematográfico. Poucos estados de alma e descrições sumárias. Narrativa avança em grande velocidade. Uso e abuso do discurso direto livre, em que não se utilizam travessões, apenas vírgulas, para as falas das personagens.
Para quem espera a narração da história trágica de amor de Pedro e Inês, não a vai contrar aqui. este livro desiludiu-me bastante. Deu-me um retrato cru de D.Pedro, não que a história não o obrigasse, porque dados os acontecimentos, creio que ele foi cru, vingativo e cruel. João Aguiar não me conseguiu agarrar a esta narrativa, nem tão pouco às personagens.
A beautifully description of the true romance of Inês and Pedro. The style and scenes are touching and extremely intense in it's sensitive choice of words. Amazing. I loved it
O primeiro livro de João Aguiar que li foi A Voz dos Deuses (para quem ainda não leu, trata-se de uma história sobre um companheiro de Viriato chamado Tôngio e que se passa durante as guerras que opuseram lusitanos a romanos no século II a.C., na Península Ibérica). Para dizer a verdade, não gostei assim muito desse livro, ainda para mais porque já tinha ouvido alguns elogios ao autor e até tinha uma certa curiosidade em lê-lo. Ora bem, se não tinha percebido os elogios com A Voz dos Deuses, percebi-os com este Inês de Portugal. Verdade seja dita que aquele livro foi o primeiro romance do escritor, pelo que talvez não seja representativo de toda a sua restante obra. E de facto, assim penso, pois ao contrário daquele, adorei ler este livro. Muito bem escrito, muito bem arquitectado, eu arriscaria dizer que este foi um dos melhores livros que li em 2008. Nos últimos tempos li dois livros que tratavam o mesmo assunto que este, mas nenhum dos dois me deixou preso até ao final para saber como iria tudo acabar. Digamos que a história de Inês e Pedro é sobejamente conhecida e que, por isso, pode deixar pouco espaço à inovação. Mas aqui isso não acontece, pois a forma como a história é narrada (Inês já está morta e apenas tomamos contacto com ela através de analepses que nos transportam ao passado) permite uma visão nova de toda a história e até mesmo das personagens. Veja-se o caso de Pedro que, como é habitual, é aqui abordado de forma bastante dramática e amargurada. Contudo, vai-se um bocadinho mais longe, na sua sede de justiça (ou será melhor dizer 'vingança'?). Mais do que justiceiro, ele é cruel e isso deve-se ao facto de lhe terem tirado a mulher que mais amava em vida. E Inês? O cálculo político também aqui está sempre presente, mas como não nos deixarmos enternecer por tal figura, mero peão num jogo de xadrez de alcance muito mais difícil de explicar, porque muito mais vasto que isso, do que a simples ambição de ser rainha?
Mais um bom livrinho perdido na estante há anos à espera da sua vez! Inês de Portugal conta-nos a história de amor de D. Pedro e D. Inês de Castro. Começa com a chegada dos seus assassinos à Portugal, acorrentados e mandados vir pelo rei D. Pedro para serem castigados pelo seu crime. Termina com a coroação e legitimação de D. Inês como rainha de Portugal, já depois de morta. Pelo meio o autor tráz-nos vários flashbacks da vida do casal de apaixonados. Gostei que estivesse escrito "à antiga", com termos utilizados na época.
Romance histórico sobre o mais mítico amor imortal da história e da literatura portuguesas: Pedro e Inês. Gostei especialmente do uso do vocabulário e da estruturação das frases de forma tão elegante que nos transporta no tempo sem dificultar a leitura. São ainda muito belas as descrições do amor pela justiça de Pedro. Também Inês é uma personagem rica e com vida interior. Excelente leitura!
Enjoyable 1 afternoon read describing the forbidden romance between D. Pedro I and Inês de Castro. I especially enjoyed the way the author went back and forth in time to describe the most important moments of the narrative.
Light read that will teach a bit of Portuguese history.
Lyrical and vengeful. We love a classic Portuguese tale of a guy who horrifically executes two men behind the murder of his mistress who actually probably wasn’t that suitable for him as heir to the throne
Um livro que tem por base o roteiro do filme Inês de Portugal lançado no ano de 1997. O livro está dividido em três partes e narra a história de Pedro e Inês de Castro embora a maioria da acção decorra após a morte desta. Não obstante surgem algumas mudanças temporais narrando factos que ocorreram quando está ainda era viva. Na minha opinião, é um livro um pouco maçudo e não acrescenta grande coisa. Tem expressões tipicamente usadas em tempos idos o que, por vezes, dificulta a leitura e faz com que esta não seja muito fluída. Para além disso, de uma história de amor tão bela e forte como a de D. Pedro e D. Inês, o que o livro vem a destacar é o carácter amargurado de Pedro e a sua sede de justiça.
uma bonita e diferente abordagem à conhecida e trágica história de d. pedro e d. inês. a narrativa começa num ponto pouco usual, no qual inês já se encontra morta, e acompanha d. pedro, já rei, na sentença dos assassinos da sua amada.
é pelos olhos de alvaro pais que conhecemos o rei. é pelas memórias do rei que conhecemos a rua relação com inês.
a escrita nem sempre é fácil de acompanhar, saltando para a frente e para trás no tempo, consoante os eventos que se desenrolam e as memórias que evocam.
O pior livro que alguma vez li, é horrível e odiei-o. Já li romances históricos bem melhores do que este, custou a ler. Mas por vezes até o lia mais rapidamente só para o terminar, só que quase comi algumas palavras ahah. É um livro que fala de uma história linda e trágica de amor, mas que ao lê-lo foi uma grande banhada e uma completa desilusão. E a linguagem não era muito fácil, mas isso era o menos.
Por trás da talvez maior história de amor da nossa História estavam pessoas que não eram inocentes: Inês poderia ter como ambição ser Rainha de Portugal e, até talvez, de Castela? Uma visão diferente, e não tão romântica como a habitual, que permite ver Pedro e Inês como pessoas como qualquer outra, para além de dar a conhecer pormenores da História de Portugal.