Os Romanov foram a mais bem-sucedida dinastia dos tempos modernos. Como foi possível uma família transformar um reino débil e arruinado, devido à guerra civil, no maior império do mundo? E como deitaram tudo a perder? Esta é a história de vinte czares e czarinas, alguns tocados pelo génio, outros pela loucura, mas todos inspirados pela sagrada autocracia e ambição imperial. Esta arrebatadora narrativa revela de forma magistral a família Romanov - o seu mundo secreto de poder ilimitado, a implacável construção de um império, ensombrado por conspirações palacianas, rivalidades familiares, assassinatos, decadência e excessos sexuais, a influência dos cortesãos, aventureiros, revolucionários e poetas.
É apresentado um vasto painel de figuras desde Ivan, o Terrível, a Tolstoy, da rainha Vitória a Lenine, de Pedro, o Grande, a Catarina, a Grande, até Nicolau II e Alexandra que, apesar do seu casamento feliz, se revelaram incapazes de salvar a Rússia da Primeira Guerra Mundial e da Revolução.
Baseado numa aprofundada pesquisa de arquivos a que nunca tinha havido acesso, esta é uma obra fascinante e indispensável para conhecer a história empolgante de triunfo e de tragédia, de amor e de morte, de uma família e de um imenso país - um estudo universal do poder e um retrato essencial do império que define a Rússia atual.
Uma obra de leitura obrigatória que a Presença publica em dois volumes.
Simon Sebag Montefiore is the author of the global bestsellers 'The Romanovs' and 'Jerusalem: the Biography,' 'Stalin: the Court of the Red Tsar' and Young Stalin and the novels Sashenka and One Night in Winter and "Red Sky at Noon." His books are published in 48 languages and are worldwide bestsellers. He has won prizes in both non-fiction and fiction. He read history at Gonville and Caius College, Cambridge University, where he received his Doctorate of Philosophy (PhD). 'The Romanovs' is his latest history book. He has now completed his Moscow Trilogy of novels featuring Benya Golden and Comrade Satinov, Sashenka, Dashka and Fabiana.... and Stalin himself.
"A thrilling work of fiction. Montefiore weaves a tight, satisfying plot, delivering surprises to the last page. Stalin's chilling charisma is brilliantly realised. The novel's theme is Love: family love, youthful romance, adulterous passion. One Night in Winter is full of redemptive love and inner freedom." Evening Standard
"Gripping and cleverly plotted. Doomed love at the heart of a violent society is the heart of Montefiore's One Night in Winter... depicting the Kafkaesque labyrinth into which the victims stumble." The Sunday Times
"Compulsively involving. Our fear for the children keeps up turning the pages... We follow the passions with sympathy... The knot of events tugs at a wide range of emotions rarely experienced outside an intimate tyranny." The Times
"The novel is hugely romantic. His ease with the setting and historical characters is masterly. The book maintains a tense pace. Uniquely terrifying. Heartrending. Engrossing. " The Scotsman
“Delicately plotted and buried within a layered, elliptical narrative, One Night in Winter is also a fidgety page-turner which adroitly weaves a huge cast of characters into an arcane world.” Time Out
“A novel full of passion, conspiracy, hope, despair, suffering and redemption, it transcends boundaries of genre, being at once thriller and political drama, horror and romance. His ability to paint Stalin in such a way to make the reader quake with fire is matched by talent for creating truly heartbreaking characters: the children who find themselves at the centre of a conspiracy, the parents…. A gripping read and must surely be one of the best novels of 2013. ” NY Journal of Books
"Not just a thumpingly good read, but also essentially a story of human fragility and passions, albeit taking place under the intimidating shadow of a massive Stalinist portico." The National
"Seriously good fun... the Soviet march on Berlin, nightmarish drinking games at Stalin's countryhouse, the magnificence of the Bolshoi, interrogations, snow, sex and exile... lust adultery and romance. Eminently readable and strangely affecting." Sunday Telegraph
" "Hopelessly romantic and hopelessly moving. A mix of lovestory thriller and historical fiction.Engrossing." The Observer
“Gripping. Montefiore’s characters snare our sympathy and we follow them avidly. This intricate at times disturbing, always absorbing novel entertains and disturbs and seethes with moral complexity. Characters real+fictitious ring strikingly true.It is to a large extent Tolstoyan …..” The Australian
“Enthralling. Montefiore writes brilliantly about Love - from teenage romance to the grand passion of adultery. Readers of Sebastian Faulks and Hilary Mantel will lap this up. A historical novel that builds into a nail-biting drama … a world that resembles… Edith Wharton with the death penalty.” Novel of
Uma dinastia de 20 soberanos que reinaram na Rússia durante 304 anos -- ascenderam ao trono em 1613 e por lá permaneceram, até serem corridos em 1917, aquando da célebre revolução russa.
Construtores imperiais por excelência, estima-se que durante o seu reinado, o Império Russo obteve um crescimento médio anual de 52 000 quilómetros quadrados. Em finais do século XIX, governavam um sexto da superfície do planeta e ainda se encontravam em expansão.
A construção imperial estava-lhes no DNA!
Conquistaram a Sibéria e a Ucrânia e tomaram de assalto Berlim e Paris. Foram eles os fautores da Rússia de Pushkin, Tolstoy, Tchaikovsky e Dostoyevsky, uma civilização de uma cultura superior e de rara beleza.
E ainda há mais:
“Os Romanov habitam um mundo de rivalidades familiares, ambições imperiais, elegância lúrida, excessos sexuais e sadismo depravado; é um mundo de estranhos obscuros que se declaram subitamente a reencarnação de monarcas mortos; de noivos envenenados; de filhos torturados até à morte pelos pais; de parricídio; de maridos assassinados pelas mulheres; de um homem santo que, depois de envenenado e baleado, aparentemente ressuscita; de barbeiros e camponeses que chegam ao poder; de coleções de gigantes e aleijados; de arremesso de anões pelo ar; de cabeças decepadas beijadas; de línguas arrancadas; de carne arrancada do corpo à chicotada; de empalamentos; de chacina de crianças; de imperatrizes ninfomaníacas obcecadas com a moda; de triângulos amorosos lésbicos, e de um imperador que escreveu a correspondência mais erótica jamais escrita por um chefe de Estado”
Numa avaliação pela rama, podemos deixar-nos ofuscar pela grandiosidade dum império construído. Porém, uma sondagem mais profunda, fará emergir muita podridão -- depravacão, degradação, sadismo, iniquidade,... são apenas uns parcos itens do vasto menu de perversões a que estes monarcas déspotas se entregam, simplesmente porque podem!... Embora tidos como grandes conquistadores e estadistas, paralelamente e talvez por isso, os Romanov não deixam de ser um testemunho do efeito corruptor do despotismo sobre o caráter humano:
“As famílias reais são sempre extraordinárias porque o poder adoça e contamina simultaneamente a química familiar tradicional: a atração e a corrupção inerentes ao poder impõem-se com frequência à lealdade e ao afeto do sangue.”
O poder corrompe a natureza humana -- um cliché com tanto de velho como de verdadeiro! 🌟🌟🌟🌟🌟
"A ascenção e queda dos Romanov, salpicada de sangue, revestida a ouro, incrustada com diamantes, marcial, luxuriosa e fatídica, continua a ser fascinante como relevante e tão humana como estratégica, e é uma crónica de pais e filhos, de megalómanos, monstros e santos"
"Descontextualizados, estes excessos parecem tão exagerados e escandalosos que os historiadores académicos mais lúdicos tendem a açucarar a verdade em nome do decoro." Simon Sebag Montefiore
Por tudo isto, caíu o véu do romantismo alimentado pela máquina de sonhos de Hollywood e os Romanov revelaram-se em toda a sua nudez numa chocante pluralidade de características atrozes. Mas também por tudo isto, foi uma leitura deveras cativante que me levou a pesquisas extra e a conversas intermináveis e deliciosas com quem sabe disto mais do que eu, e terminou com este primeiro volume repleto de post its, anotações, e metade do livro sublinhado.
Que leitura fascinante, Montefiore contou a história desta icónica família de tal maneira que parece que estamos a ler ficção. Este volume de Os Romanov faz a introdução à ascensão desta família, mostrando todos os lados da personalidade destes czares. Apesar de por vezes a história se tornar tão densa que fica difícil de acompanhar tudo, este livro é extremamente interessante e uma leitura obrigatória para todos os amantes de história. Em breve espero ler o volume seguinte.
Extraordinariamente bem escrito!A dinastia Romanov, a política,a sociedade,a vida privada... realmente um excelente trabalho que demonstra um estudo bastante completo,mas escrito de tal forma que se lê sem se dar pelo passar do tempo! Ninguém diria que se trata de um estudo histórico,mas de ficção,tal a forma (muito inteligente) como foi escrito!
São vários os czares que desfilam neste primeiro volume. Ivan, o Terrível. Pedro, o Grande. Catarina, a Grande. A ascensão de uma classe dominante na Rússia, nação imperialista e de vasto território.
O meu fascínio cresce com as reformas de Pedro e a construção de São Petersburgo, no corte com o passado e modernização da grande potência que vai do ocidente ao oriente. Os pormenores das obras e a contratação de grandes arquitectos europeus, o fascínio por anões (que também tinham o seu próprio palácio), as festas regadas até altas horas, sem aparente regras - tudo são motivos de interesse que nos prendem ao livro.
Montefiore vai contando a história Russa como se fosse um romance. São vários os traços dos Romanov que explicam a forma como vemos, mais tarde, os regimes autoritários que caracterizaram grande parte da história do século XX e porque é que falamos de um país em constante posição de ameaça e defesa. É impossível não ligarmos Lenine, Estaline ou até mesmo Putin a traços de personalidade e hábitos desta poderosa dinastia. O desejo de domínio, a resistência militante: tudo são aspectos que resultam deste autoritarismo, a vontade constante de invadir e conquistar a fronteira, vergar o inimigo.
Romanov I Catarina Primeira é talvez a personagem que mais me surpreendeu, pela ascensão meteórica que levou a cabo. Chega à corte como serva (supostamente de ascendência sueca) e conquista os amores de Pedro, com quem vem a casar em segredo. Consegue impor-se como Imperatriz Consorte a partir de 1712 e é a primeira mulher a governar a Rússia.
Pedro e Catarina, a história de um romance que levou a mãe Rússia a um patamar nunca visto, com a saída da corte de Moscovo e a construção de uma cidade imperial, à imagem do melhor que se fazia nos finais do século XVII e inícios do XVIII. O livro ganha fôlego com a descoberta das suas vidas; podemos ver como impunham o poder (pela lei da força e aniquilamento dos seus inimigos), o alargamento e defesa do território, a descrição das festas da corte, as suas intrigas, esquemas e traições.
Simon Sebag Montefiore, um descendente judeu, jornalista e especialista em história da Rússia, publica toda a história dos Romanov. Neste primeiro volume, viajamos de 1613 até 1825, acompanhando a ascensão, loucura e poder desta família. Assassinatos, esquemas da corte, controlo pela força. Tudo são temas quentes que nos deixam presos até ao fim, desejosos de chegar ao segundo volume, que tratará do declínio e da desgraça dos Czares - até ao seu desaparecimento.
*Os Romanov (1613-1825) é publicado em Portugal pela Editorial Presença
Não poderia estar mais satisfeita com esta leitura. Está brilhantemente escrito. Posso dizer que é uma não ficção mas escrita como se o fosse e isso parece-me bastante interessante e inteligente. Em português dividiram o livro em 2 volumes, sendo que a opinião é sobre o primeiro. Conta a história sobre esses "grandes malucos" que foram os Romanov. Acho que é mesmo a descrição mais simples que correta que lhes posso dar. Não são só isto ou aquilo. Foram de extrema importância na Rússia e a última dinastia de czares/imperadores e faz agora 100 anos que terminou o seu longo reinado de 3 séculos. A meu ver o autor fez uma longa pesquisa e muito detalhada. Descreve imensas situações e sabe aplicar o sentido de humor na altura certa. A bibliografia, notas e índice remissivo ocupam umas boas páginas. Recomendo a quem gosta de História e mesmo quem não ache esta família interessante pode mudar de ideias. O 2º volume já está a chegar a casa :)
If you like to know some Russian history, mode concrete, about the dinasty Romanov, then this is the right book.
It wasn’t complicated book, not so deep either and it was a interesting/easy read about this family, it tells you what they achieved culturally, socially, politically and economically in Russia. The book also shows some pages of pictures (paintings) of members of the family, some of their work/personal residences and people connected to them.
I can tell you this, it was a badass and some point, wierd family, yet...it really did make an impact to the Russian people over the years, in their lifestyle.
Apesar da quase exaustiva pormenorização dos factos e da preocupação obsessiva na citação das fontes, tenho alguma dificuldade em considerar esta livro uma obra de investigação e análise histórica na perspectiva "convencional" que se manifesta nos grandes "manuais" que estudei nos tempos da minha licenciatura, todavia quer porque o autor sabe "contar", quer porque a temática me interessa particularmente devorei este primeiro volume e já iniciei o seguinte. A não perder. Valido completamente a opinião de Antony Beevor quando diz que os factos narrados fazem com que a "Guerra dos Tronos" pareça um conto infantil. Fica-me a sensação que a tradução é "pobrezinha". É pena.
Muito interessante mas sinto que a história dos Romanov seria interessante de qualquer maneira que fosse contada. Afinal, eu já passei boas horas de entretenimento simplesmente a ler a wikipedia acerca desta familia. Em relação a este livro específico, às vezes tornava-se um pouco seca, infelizmente!
Quem lê este primeiro volume não consegue ficar sem ler o segundo volume sobre a ascensão e queda de uma das famílias mais marcantes da história da humanidade. Com o rigo a que o autor já nos habituou, conseguimos viajar à Rússia dos séculos XVII, XVIII e inícios de XIX!
For ages, I’ve been curious about the Romanov dynasty. However, I have never found any books that would capture my attention in a way that wouldn’t make me bored after the first chapters. Learning about a country’s history (which is basically what the whole Romanov dynasty is) is difficult, there are a lot of areas that are covered and not always we feel like reading such a dense book. In recent years, I’ve become more obsessed with Nicholas II story and, particularly Anastasia, so I wanted to find an historical book that would enable me to know more about their stories (my History professor passed the obsession to me).
Luckily, I found these books (this one and the second volume) and it was one of my most rewarding purchases for me. This book goes from a little bit before the establishment of the Romanov dynasty up until Alexander I – covering around two hundred years of Russian history. I was a big admirer of Peter, the Great, and Catherine, the Great. I was right to be so. They both had such a remarkable reign and, whether we agree with their attitudes or not, they were both charming and fearless.
It is through these books that we found out why Russia is the way it is today. A lot of Russians behaviours, lifestyle and way of thinking come from its roots. The first volume is portrayed as the “Glory Days” as the second volume is portrayed as “The Downfall”. It is through the first volume of these pair of books that the reader is able to understand why the last reigns were unsuccessful in a way that ruined any chance of the dynasty continuing longer than beyond Nicholas II. From reforms to monarchs’ behaviour, the “downfall” of the dynasty was coming. Thankfully, these books present you with facts – historical facts that will disgust and delight you as the reader goes through the pages.
The way Simon Sebag Montefiore writes the book is very engaging. More often than not, I found myself wanting to read more without putting the book down. He also added pictures of the most important things/people he figured would be important for the reader to know and I loved seeing the pictures and paintings of other times. I’m not a big fan of economic and financial areas, however, Simon Sebag Montefiore made it more interesting to learn about it – I still hate it, though. Basically, Montefiore’s writing and display of such historical facts is of the most engaging and compelling I’ve had the pleasure to read.
The only reason why I don’t give it 5 stars is exactly because of the amount of economy and financial issues are portrayed in the books which lead me to not be so eager to read sometimes. It wasn’t because of Montefiore’s writing or structure – it was probably the only reason I actually got through it – but because, even though it was extremely necessary for the reader to understand the financial and economic impacts, policies, reforms and ideas that were being made and thought at the time, it was the area I hated most.
It is an amazing book that deserves more hype that it gets.
O primeiro volume é um grande trabalho de investigação do autor. Sem espinhas!
Conseguir escrever um texto fluído num enredo gigantesco que nos arrasta em nomes com imensas sílabas será sempre uma tarefa ingrata e (quase) utópica.
Apesar da passagem por Pedro e Catarina, destaco neste primeiro volume o papel de Alexandre na vitória da Europa contra Bonaparte.
Finalmente, uma análise completa da dinastia russa mais famosa. Estes livros são de fácil leitura, embora as páginas sejam muitas. Sem se perder em pormenores supérfluos, e não deixando de comparar com os regimes russos dos séculos XX e XXI, o autor consegue manter o interesse do início ao fim, sempre bem humorado e lúcido.