Platoo ja stepp

by Pepetela, Mart Tarmak (Translator)

Portugalikeelse maailma olulisima kirjandusauhinna Camõesi preemiaga pärjatud Angola kirjaniku (sünd. 1941) osalt tõsielul põhinev nukrameelne armastuslugu, taustaks sotsialismileeri lagunemine ja Aafrika riikide vabadusvõitlus. Ülikooliõpingute ajal 1960. aastate Moskvas sünnib keelatud armastus Angola tudengi ja Mongoolia kõrge parteitegelase tütre vahel. Kas armastus peab vastu, hoolimata aastakümnetepikkusest lahusolekust ja muutuvast maailmast? Kas aega jätkub?

Genres: Angola, Romance, Africa, Fiction, Portuguese Literature, African Literature

154 pages, Paperback

First published January 1, 2009

About the author

Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos is a major Angolan writer of fiction. He writes under the name Pepetela.

A white Angolan, Pepetela fought as a member of the MPLA in the long guerrilla war for Angola's independence. Much of his writing deals with Angola's political history in the 20th century. Mayombe, for example, is a novel that portrays the lives of a group of MPLA guerrillas who are involved in the anti-colonial struggle, Yaka follows the lives of members of a white settler family in the coastal town of Benguela, and A Geração da Utopia reveals the disillusionment of young Angolans during the post-independence period. Pepetela has also written about Angola's earlier history in A Gloriosa Família and Lueji, and has expanded into satire with his series of Jaime Bunda novels. His most recent works include Predadores, a scathing critique of Angola's ruling classes, O Quase Fim do Mundo, a post-apocalyptic allegory, and O Planalto e a Estepe, a look at Angola's history and connections with other former communist nations. Pepetela won the Camões Prize, the world's highest honour for Lusophone literature, in 1997. Pepetela is a Kimbundu word that means "eyelash," as does "pestana" in Portuguese. The author received this nickname during his time fighting with the MPLA.

Reviews

[Ana · Rating 4 out of 5]

Este é um livro muito bonito, uma ficção parcialmente autobiográfica, parece-me. O autor diz, no início do livro, que todas as histórias contadas são verdadeiras, embora todos os personagens sejam ficcionais. E o relato sente-se, realmente, verdadeiro. Gostei bastante de conhecer esta visão pessoal da passagem de Angola do tempo do colonialismo para a guerra, depois independência, continuando a guerra, e por fim a paz, embora com todos os problemas que persistem. Apenas tive a sensação, às vezes, de um contar um pouco apressado. Ao contrário de muitos livros que andam hoje por aí, em que histórias com pouco sumo se arrastam por centenas de páginas, resultando em enormes tijolos de onde se extrai muito pouco, neste caso pareceu-me pelo contrário, que haveria história para muito mais do que estas 190 páginas. E por isso terminei o meu primeiro livro de 2017 com pena de o ver chegar ao fim tão depressa.

[susana monteiro dias. · Rating 3 out of 5]

”Tive uma infância feliz, livre. Tive uma infância de luta por nobres ideias, persegui sonhos, vivi uma revolução empolgante. Tive um grande amor e desfrutei dele até mo impedirem. Quando a pretensa revolução desmoronou, assistindo eu a toda a espécie de oportunismos, de ambições escondidas, de traições, a esperança louca nesse amor me deu força de desejar sobreviver, diferentemente de alguns homens bons que preferiram deixar-se morrer ou mesmo cometer o suicídio. E vivi os últimos quatro anos com Sarangerel, o amor da minha vida. Não me posso queixar. Outros, morrendo aos noventa anos, viveram muito menos, sem o saberem. Foi o que lhe quis dizer quando me pegou pela última vez na mão. Mas eu já não tinha força para falar. Só os olhos. Com os meus olhos lhe disse tudo e ela percebeu. Sempre soube ler os meus olhos azuis. (...)”

Nunca tinha lido nada de Pepetela. Escolhi este livro, porque desconhecia totalmente o seu percurso e a sua obra. Fiquei encantada com a sua escrita - fluída, simples e doce. Sobretudo doce.

Não é, no entanto, um livro fácil de gostar. De facto, os primeiros capítulos são bastante descritivos apesar de, particularmente, corresponderem à minha parte preferida. São-nos descritos os tempos que correspondem à infância e adolescência do protagonista, épocas de descoberta em que tudo era puro, simples e em profunda harmonia.

O livro, assim nos parece à primeira vista, centra-se numa bonita história de amor, impossível e baseada em factos verídicos, que luta para resistir ao tempo (mais de 50 anos de afastamento) e a barreiras familiares.

O livro vai, a meu ver, muito mais além do que essa história de amor. A história dos protagonistas tem implícita uma crítica às relações sociais e políticas travadas entre vários países no contexto da Guerra Fria e, bem assim, ao idealismo que surgia ligado ao Comunismo e a um regime que se autoproclamava como perfeito.

Tudo ponderado, atribuo a classificação de 3,5*. Volto a dizer que fiquei surpreendida com a escrita de Pepetela. É doce e quente. Gosto da escrita dele. Faz-me lembrar uma noite quente de verão. O tema e a crítica transversal a toda a obra, confesso, não me desperta especial interesse e, por esse motivo, a leitura de alguns capítulos foi mais monótona.

[carpe librorum :)]

As primeiras 50 páginas são secantes, depois melhora. Acho que o autor se demora em pormenores que não me interessam, o que me quebra um pouco o ritmo da leitura. A história é interessante, baseada em acontecimentos verídicos, um grande choque de culturas, as deles e a minha.

[Sónia Teixeira · Rating 5 out of 5]

A escrita dele é simples, fluida e bonita.

Basta isso.

[Natacha Martins · Rating 4 out of 5]

Mais um grande livro do Pepetela. À medida que vou lendo mais livros dele, vou como que revalidando a minha opinião sobre ele. Gosto muito dos livros dele, gosto da escrita, gosto das histórias, gosto do sentido de humor e da forma divertida como vai falando de assuntos tão sérios como a guerra. O Planalto e a Estepe não foi excepção, gostei muito. Embora as histórias de amor não surjam frequentemente nos livros dele como tema central, a verdade é que ele escreve muito bem sobre o amor e, acho mesmo que este foi um dos melhores livros que já li dele.

[Inês · Rating 5 out of 5]

Estou destroçada. Não falem comigo nos próximos dias. Acuso Pepetela de me partir o coração. No entanto, como dá para perceber pela minha classificação deste livro (que digasse de passagem não faz juz à qualidade deste romance) amei cada momento desta leitura. Fico imensamente feliz de finalmente ter lido algo deste escritor e ainda mais feliz por o ter adorado. Dificilmente esquecerei esta história e estas personagens. Pelo menos sei que nas próximas horas vou andar num misto de alegria e tristeza por tudo o que aconteceu nesta obra.

[Álvaro · Rating 2 out of 5]

"Pobre é o amor que pode ser contado." William Shakespeare

O livro é deveras descritivo e sucinto para contar uma história tão complexa. O livro aborda temas como choques culturais, as contradições políticas da União Soviética, xenofobia, e o amor. Esses temas, para mim, não podem ser simplesmente descritos no romance, este é seu maior pecado: tudo foi narrado com uma escrita pouco tocante, simples; faltou a bela e antiga prosa. Talvez seja eu, mas minha opinião sincera é essa.

[Luis Galveias · Rating 4 out of 5]

Um bom livro para "conhecer mundo". Uma bonita história de amor (real) que atravessa vários tempos, vários regimes e desconstrói sonhos de juventude. O meu primeiro Pepetela. Espero ler mais!

[Fernanda · Rating 5 out of 5]

“Quando o futuro se tornou porta de pedra
Respira fundo devagar devagar
Como os grandes peixes em águas profundas.
Sê tu próprio o teu respirar”

[Cristina · Rating 4 out of 5]

Estou foi o primeiro livro do Pepetela que li e fiquei com vontade de conhecer mais. O livro segue a vida de Júlio Pereira e o amor que tem pelo seu país, Angola, e por Sarangerel. Luta por ambos com persistência, acompanhando este relato com uma boa dose de crítica social e política pelo meio. Em partes determinantes da história há alguns versos, detalhe que gostei muito.
É um livro curto, simples e bonito, acho que foi uma ótima escolha para conhecer o autor.

[Rui · Rating 4 out of 5]

História de amor profunda e parcialmente adiada entre uma mongol das estepes e um angolano branco do planalto do Lubango. O enredo gira em torno da vida de Júlio que teve a oportunidade de ir estudar para a antiga URSS e experienciar em primeira mão as contradições do sistema socialista, as suas perseguições, a vigilância constante, a desumanizaçao do outro em prole de algo supostamente superior mas profundamente falso e de como este regime o apartou do grande amor da sua vida. Existem reencontros, existe muita tensão politica antes durante e após a Guerra Fria. Existem igualmente muitas emoções explícitas e outras mais veladas, mas o que mais me deixou profundamente angustiado foi estar consciente que ainda que a história tenha sido brilhantemente ficionada se baseou em evidências reais tal como é logo inicialmente advertido. Que tenha acontecido de facto. No final há um nó de revolta e injustiça que permanece e desassombros que ganham uma maior dimensão.

[Carla Luis · Rating 5 out of 5]

Um livro maravilhoso.
Uma história muito bonita, cheia de beleza e dor, um sonho dorido contado a posteriori.
Uma escrita que avança rapidamente - boa e simples, pois não se dá por ela. A narrativa e os sentimentos tomam conta de tudo. Há detalhes pequenos que vão minando tudo e alimentando a história, que pode ser simples na aparência, mas que é complexa: uma angolano branco? um internacionalismo marxista, mas até que ponto? uma luta de que classes? os paradoxos não cessam e a conta não fecha.
O primeiro Pepetela (bom) que li e fiquei curiosa com mais.
Um livro de tirar o fôlego - 4.5/5, bonito de doer.

[Mista]

As primeiras páginas não são as mais apelativas, de todo, mas as restantes acabam por compensar e muito! Adorei a leitura deste livro, através do qual pude viajar pela história de Angola e da política internacional e por um romance cativante. Adorei!

[Joana · Rating 5 out of 5]

Beautiful, beautiful story.

[Alexandre · Rating 4 out of 5]

História curtinha, mas muito bem escrita e que deu sempre vontade de continuar a ler.
Deixou-me curioso sobre outros livros do autor.
A pesquisar...

[Ana Timóteo]

Uma das mais bonitas histórias de amor que li recentemente.

Se um objetivo de leitura para este ano é ler mais literatura lusófona, O Planalto e a Estepe é uma excelente escolha. A cadência da escrita, as palavras escolhidas, as reflexões que conseguimos todos ter, mas que soam tão melhor quando é um artista a expo-las,... São estes pequenos grandes elementos que distinguem um verdadeiro escritor de uma pessoa que escreve livros.

Pepetela é um escritor. E escreve muito bonito.

P.S.: Se gostarem de Pepetela, sigam para Mia Couto, outro verdadeiro contador de histórias.

[Paulo Teixeira · Rating 4 out of 5]

(PT) Um dia, um rapaz, fugido de Angola, conhece uma rapariga em Moscovo, lugar onde se refugiou. Apaixonam-se, mas descobrem que mesmo no paraíso dos trabalhadores, e entre os companheiros das lutas de libertação, há linhas que não se devem cruzar, e se as cruzarem, existem consequências. Julio e Sarangerel vão viver toda uma vida a saber que foram feitos um para o outro, mas o resto do mundo não os deixa amar convenientemente.

"O Planalto e a Estepe" tem como base uma história real de amor entre um angolano branco, do Lubango, e uma mongol, de Ulan Bator, filha de um alto dignatário da "nomenkulatura" local, que se tornou num amor proíbido, por causa da oposição da família dela. E da maneira como é contada, mostra como as histórias de amor, por muito impossiveis que sejam, acabam sempre por acontecer, durem o tempo que durarem. Porque enquanto há vida, há esperança.

Ao ler este livro, confesso que a história tocou-me, até porque vivi uma situação semelhante. E a frase de Shakespeare, "Pobre é o Amor que pode ser Contado", mostra que os melhores são aqueles que não tem explicação e que resistem a todos os testes do tempo. Para mim, é tocante.

[Helena Braga · Rating 3 out of 5]

Adoro Pepetela. Esta é uma história de amor impossível, de duas nacionalidades numa nação estrangeira, que não podiam ser felizes, mas mesmo assim tentaram, com quantas forças tinham. Anos mais tarde, quando a vida já tinha passado, mas o amor não, resolver que o amor merecia ser avivado, pois esquecido nunca tinha sido. Amor pode continuar, mesmo que a vida resolva acabar. Assim aconteceu, Júlio morre, tendo o destino descuidos e más intensões aos amantes.

[Helena Santos · Rating 4 out of 5]

Em menos de 200 páginas este livro fala das várias esferas de influência da URSS dos anos 60 até agora através da vida de um angolano branco. Consegue falar de ideologia política, racismo, religião, amor e multicultaridade sem nunca parecer forçado e com alguma graça.
Pepetela era um autor que já queria ler há algum tempo, e ao acabar de ler este livro fico com a certeza de que vou ler muitos mais.

[Sara Bôto · Rating 4 out of 5]

Este foi o meu primeiro Pepetela e fiquei muito surpreendida, tanto pela intensidade da história, como pela qualidade da escrita. Saber um pouco mais sobre Angola, sobre a sua História e sobre as cicatrizes que nós lá deixámos, só nos faz bem!

Para mais detalhes, vejam o meu vídeo de opinião:
https://youtu.be/Zy2LN0ES-cY

[Flavia · Rating 3 out of 5]

Bonito, simples, escrita fácil e doce, de rápida assimilação. Sem grandes sobressaltos. Uma literatura agradável e diferente, mais que não seja pelos maneirismos do português angolano. Não recomendaria a compra, mas se cruzar o seu caminho, não considero tempo perdido de leitura.

[léo · Rating 4 out of 5]

Uma história profunda escrita de uma forma leve. Impressionante como o autor traz poesia a tudo e de uma forma tão única.
Não me encantou a ponto de devorar o livro, mas com certeza uma história a ser vivida pela leitura!

[ana · Rating 4 out of 5]

Linda história de amor, vivida entre dois jovens provenientes de mundos e núcleos familiares opostos, e que as circunstâncias da História e da vontade dos homens, ou de um homem, tentou separar.
Meu primeiro livro de Pepetela cuja escrita me cativou e maravilhou.

[Gisela Adriano · Rating 4 out of 5]

Pepetela é sem dúvida um dos grandes contadores de estórias. Não há como não ler assim quase sem respirar, mesmo tratando-se de uma história de amor do estilo Julieta e Romeu, das quais, admito, não sou a maior fã.

[Teresinha Lourenço · Rating 5 out of 5]

Um livro com uma leitura simples, fluida. Uma história leve que envolve romance e pontos históricos importantes. O "plot twist" final foi maravilhoso, um misto agridoce 😜
Recomendo!
Fiquei curiosa com mais obras do Pepeleta.

[Diogo · Rating 4 out of 5]

Leitura fácil. Uma boa forma de ter contexto sobre o funcionamento do comunismo e a sua relação com os países africanos.

[Eduardo Junqueira · Rating 4 out of 5]

Gostei mas n chega aos pés de Mayombe

[Geert · Rating 3 out of 5]

So far, it is easy to read, but far from exceptional. Maybe because it's dated? It probably reflects the atmosphere of the time, and the Russian influence correctly, but I've read (and experienced) this before. So far, he's just meeting the Mongolian girl for the first time, so it may get better

[Lys Silva · Rating 2 out of 5]

*2,5

[Ruth · Rating 3 out of 5]

In the begging it was really boring but as you keep reading the story you really learn a lot not only is there romance but there’s also history and philosophy mixed in such a beautiful way .