In this sinuous meditation on passion, youth and guilt, a man looks back over twenty years to his relationship with his first love, Valeria, and its tragic climax..
They both had tickets to Nirvana in 1993, the only gig the band ever played in Brazil. But he was on military service and failed to join her. She was there with his best friend instead. Consumed by insecurities and tricks of memory, he continues to feel, two decades later, that one fateful night has defined his entire adult life.
Entwining this most personal story with seminal events of the 1990s, A Poison Apple circles around and back to some of the biggest questions: what is a life worth? What does it mean to really commit to living? And can we ever break free of the past?
Successor to his prizewinning Diary of the Fall, this is a beautiful and haunting novel that shows Michel Laub at his mesmeric best.
Michel Laub was born in Porto Alegre, in 1973, and lives in São Paulo. He is a writer and journalist, he was editor-in-chief of Bravo magazine and coordinator of publications and internet at Instituto Moreira Salles. Today he is a columnist for Folha de S.Paulo, in addition to collaborating with several publishers and vehicles. He published six novels, all published by Companhia das Letras: Música Anterior (2001), Longe da água (2004), O segundo tempo (2006), O gato diz adeus (2009), Diário da queda (2011, with rights sold to the cinema)) and A maçã envenenada (2013). His books have been released in 12 countries and 9 languages. He is one of the members of the edition The best young Brazilian writers, of the English magazine Granta. He received the JQ - Winagte (England, 2015), Transfuge (France, 2014), Jabuti (second place, 2014), Copa de Literatura Brasileira (2013), Bravo Prime (2011), Bienal de Brasília (2012) and Erico Verissimo awards (2001), in addition to being a finalist in the Correntes de Escrita (Portugal, 2014), São Paulo de Literatura (2012 e 2014), Portugal Telecom (2005, 2007 e 2012) e Zaffari&Bourbon (2005 and 2011) awards.
Cada vez que leio o Laub eu me faço a pergunta de como ele foi capaz de fazer tanto com tão pouco. Cada vez que me faço a pergunta o livro me responde tragicômico, como numa esquete dos irmãos Cohen: "Por favor, aceite o mistério".
[english below] Diário da Queda está lá, com posição assegurada na minha lista de livros prediletos desde que topei com ele em meios do ano passado. Não era de se espantar que uma outra leitura da obra de Michel Laub rendesse grande expectativa, e tê-la frustrada é uma sensação muito desagradável. Não que seja propriamente ruim, mas Maçã Envenenada não tem nem a ternura nem a brutalidade de seu predecessor ao olhar para o microcosmo de um coração e uma mente masculina. Por alguma razão, Diário me lembrava aquele clipe do Wax em que vemos um homem em chamas correr desesperado, filmado em câmera lenta até desaparecer numa curva como nunca tivesse sido. Já Maçã não me lembra nada em particular. A trama do jovem confrontado com amor, dor, morte, crime e castigo é escrita de forma competente, mas quase nada envolvente, nada marcante, nada como um homem em chamas. Espero ter melhores momentos com o Laub. // Since Diary of the Fall is ranked up there in my favorites, it was not surprising that another reading of Michel Laub's work would provide great expectation; and to have it frustrated is a very unpleasant sensation. Not that it's bad, but A Poisoned Apple has neither the tenderness nor the brutality of its predecessor when looking at the microcosm of a male heart and mind. For some reason, Diary reminded me of that Wax clip in which we see a burning man running desperately, filmed in slow motion until disappearing into a curve like it was nothing. Worst, Apple does not remind me of anything in particular. The plot of the young man confronted with love, pain, death, crime and punishment is written in a competent manner, but it has almost nothing involving, nothing remarkable, nothing like a man on fire. I hope to have better times with Laub.
Falar de temas como os ritos de passagem da adolescência e a relação com a mortalidade são duas coisas que me empolgam bastante, e talvez tenha sido por esses temas que quis ler "A Maçã Envenenada". Gostei muito dos paralelos entre a morte do Kurt Cobain com a de uma pessoa que escolheu sobreviver mesmo estando em uma situação muito precária, mas ao longo da narrativa - talvez pela forma superficial e repetitiva da abordagem - esse paralelo foi perdendo força, e até mesmo quando o autor tenta ressignificar isso mais pro final do livro, não é o suficiente. Foi uma leitura bem massa, e com certeza quero ler mais do Michel Laub, mas acabou ficando bem na média.
Gostei muito de "Diário da Queda", então fui tentar o novo. É bem inferior. Bom aqui e ali, mas também meio forçado. Laub tenta encaixar triângulo de plástico em círculo, como criança pequena com aquele brinquedo. E pra quê aquelas últimas páginas? O livro ficaria bem melhor com umas vinte a menos.
Há escritores que surpreendem com a justaposição de eventos que escolhem para nos revelar a trama de um romance. Com isso mostram sua maneira de pensar, como retêm o que veem, a essência do que os preocupa. Formam uma colcha de retalhos que os leva à sabedoria, à lição do que observaram. Fora do Brasil, Julian Barnes é um escritor que seduz com similaridades que descobre em coisas aparentemente assimétricas. Este tipo de narrativa faz parte do charme da prata da casa, o escritor brasileiro Michel Laub. Seguir paralelos que não apresentam conexão imediata é um dos prazeres de seus livros e de "A maçã envenenada".
Narrado na primeira pessoa, o personagem, jornalista de quarenta anos, procura respostas, para entender o motivo do suicídio de sua primeira namorada, Valéria. Oscilando entre dois eventos que, justapostos, o intrigam: o suicídio do músico Kurt Cobain e a entrevista de Immaculée Ilibagiza, sobrevivente do genocídio de Ruanda ele transita entre essas duas forças cujo ponto em comum é a preservação ou não da própria vida. Há, de um lado, um cantor, compositor, músico de sucesso, admirado no mundo inteiro, ídolo de uma geração, que despreza a vida e se suicida. De outro está a jovem africana, desconhecida e pobre, feita heroína pelas circunstâncias, porque preza a vida a ponto de sobreviver nas piores condições imagináveis, por um longo tempo. É no equilíbrio entre essas duas forças que o jornalista encontra o caminho da ponderação sobre eventos e sentimentos.
Fragmentos da letra Drain me, de Kurt Cobain, são usadas, para titular duas partes da narrativa. ‘A não ser que seja sobre mim’ [I don’t care what you think unless it is about me], apropriada para descrever a narcisista Valéria, e ‘Que sorte ter encontrado você’, ironicamente, aplicável ao nosso narrador [One baby to another says: I’m lucky I’ve met you]. Enquanto o título A maçã envenenada continua a referência à letra da música de Kurt Cobain, é usado em contraposição, [You’ve taught me everything without a poison apple]; pois o suicídio de Valéria é de fato verdadeira maçã envenenada para o homem maduro que revive a juventude, em busca do significado do suicídio de Valéria.
Ainda que estas referências sejam óbvias, a mim, a procura do protagonista e sua conclusão sobre o que é o suicídio, o que significou o suicídio de Valéria e o efeito que tem sobre os que estão à volta de quem o comete, lembrou duas conhecidas frases do escritor Patrick Ness “Nós somos as escolhas que fazemos” do livro The Knife of Never Letting Go e “Dizer que você não teve escolha é omitir sua responsabilidade”, do livro Monsters of Men.
Este é o terceiro livro de Laub que leio. Ainda que seja parte de uma trilogia pode ser lido separadamente. Com ele termino o grupo. Para mim, dos três, o livro imperdível é Diário da Queda, que me encantou e comoveu. É o mais emotivo dos três, revelando, com genuína delicadeza, a fragilidade do narrador. Depois, a Maçã envenenada, que trabalha o texto de uma forma mais intelectual, com emoções menos explícitas e por fim O tribunal da quinta-feira, cuja óbvia dor psicológica do personagem principal é transmitida com ironia e distanciamento. De qualquer jeito, recomendo a leitura dos três livros em qualquer ordem que você queira colocá-los.
Unfussy engaging prose takes us into the reflections of the narrator. In 1994 the Rwandan genocide took place, Kurt Cobain committed suicide and the narrator lost his first girlfriend, Valéria. we the reader join him in his emotional telling twenty years later of the impact these had in moulding his life. A short novel with a lot to ponder.
Achei horrível. Monótono, cansativo, repetitivo e chato. Tive que fazer esforço para ler 7 páginas por dia. O mais agoniante foi o fato de que a cada 20 linhas o narrador mencionava Kurt Cobain. A única coisa que gostei foi a pequena relação trágica com o genocídio de Ruanda. Sinceramente, só recomendo a quem curte Nirvana (e eu não sou este tipo de pessoa - nada contra).
Gostei muito. Dou três estrelas apenas para diferenciar do Segundo tempo e do Tribunal dos quais gostei mais. Não porque o livro não seja bom, mas o tema não me tocou tanto - pessoalmente - quanto os outros dois. Mas a trama é muito bem urdida, naquele quebra-cabeças típico do Laub. Alguns trechos teria escrito diferente, mas isso não desmerece o livro. E vale dizer que a capa é ótima.
Acho que adquiri uma certa consciência da técnica por trás do estilo do Laub e isso me tirou um pouco do texto, que acho que fica raso, mas acabei de ler então ainda não sei dizer por que acho isso. De toda forma, muito sofisticado, dá muita inveja de alguém que tem um controle tão grande sobre o próprio estilo.
It was fast-paced and written in an interestingly circular style that I enjoyed. Ultimately, I don’t think it had much to say about suicide and mental health, the ostensible goal. I did learn about Kurt Cobain, though!