Em nova edição totalmente revisada e atualizada pelo autor, que é professor titular de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo, a Cultrix volta a apresentar ao público universitário esta obra por ele consagrada, desde que veio a lume em 1970, como a melhor no seu gênero.
Dividida em oito partes, respectivamente dedicadas à condição colonial, ao Barroco, à Arcádia e Ilustração, ao Romantismo, ao Pré-Modernismo e Modernismo e as tendências contemporâneas, a História Concisa da Literatura Brasileira dá, de cada um desses momentos, uma apreciação de suas tendências diferenciais, estudando a seguir os seus autores principais, acerca dos quais proporciona ao leitor dados de ordem bibliográfica além de uma avaliação critica. É obra que se recomenda sobretudo à atenção de professores e estudantes de Literatura Brasileira, quer em nível de graduação quer de pós-graduação.
Bosi usa a classificação tradicional dos períodos (as inevitáveis caixinhas) e de forma geral mantém o cânon, na linha de Sílvio Romero, José Veríssimo (que ele cita bastante) e outros. A novidade é a crítica que ele faz a partir de critérios estéticos e principalmente ideológicos.
O julgamento estético, influenciado pelo método de Croce, valoriza o aspecto intuitivo sobre o lógico/formal na acepção do literário. A análise ideológica, seguindo o método de Gramsci, indica o elemento de resistência que circunda um autor e sua produção, dentro do seu contexto histórico. O valor de uma obra estaria relacionado tanto com sua retórica e estilo, quanto com o elemento ideológico, ou engajamento.
O livro não se sente velho, apesar dos mais de cinquenta anos desde o primeiro lançamento e essa forma de avaliação crítica estético-ideológica (às vezes polêmica) é um atrativo à parte. Excelente para quem quer ir além da enciclopédia, mas como o próprio título deixa entrever, não é uma investigação exaustiva de nenhuma escola ou autor e fica mais concisa conforme se adentra no romantismo, no modernismo e nas tendências contemporâneas.
Ótimo livro para quem quer ter, a priori, um conhecimento mais profundo da literatura nacional (desde o que já pode ser considerado proto-brasileiro no período colonial às contemporaneidades do período de escrita do livro, no final do século passado), e, inevitavelmente, mais técnico.
Foge e quebra algumas simplificações das aulas do ensino médio e dos livros didáticos para adolescentes, e é talvez esse o maior mérito do livro para mim. Ansioso já para uma releitura com mais cabedal.
Bom, é o primeiro livro de literatura desse jeito que leio, então não sei nem com o que comparar. Eu entendi e pude discutir sobre os temas que ele exemplifica, mas várias vezes fiquei perdida. O autor pode se alongar muito nós exemplos, trazendo outros autores e obras sem resumir ou explicar o motivo, o que achei complicado.
É o tipo de livro que você termina de ler e sente que deveria começar a ler mais uma vez para ver se entende e lembra mais, mas você está tão cansado e instigado que quer ir para o próximo
Livro de lista
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