Noites florentinas, de 1836, um dos raros textos em prosa do poeta Heinrich Heine (1797-1856), expoente do romantismo alemão. Nesse curto romance, Heine transportou para a prosa a delicadeza de sua poesia, misturando lirismo a mordacidade e ironia. O livro começa com a chegada de Maximilian à casa de uma mulher enferma, Maria. Durante duas noites, ele irá distraí-la, contando algumas de suas histórias. Nada sabemos sobre as relações anteriores entre os dois, mas o autor desenha um sutil e ambíguo jogo de sedução enquanto se desenrolam as lembranças de Maximilian – que promete abrir seu coração à interlocutora.
As narrativas de Maximilian se encadeiam como várias histórias dentro de uma. Elas transitam entre personagens da ópera, obras de arte, a paixão de Maximilian por estátuas e mulheres mortas, além de considerações espirituosas sobre os franceses, ingleses e alemães.
Ao longo do texto, Heine encontra ocasião para visitar as camadas mais profundas do romantismo – a temática byroniana destacada pelo tradutor Marcelo Backes em seu posfácio. A presença da morte é insistente, a natureza se configura misteriosa e fantasmagórica, o fazer artístico tem dimensões sobrenaturais e até diabólicas. Embora o enredo se inicie com um mote semelhante ao das Mil e uma noites, a vigília da ouvinte falha, e o sono se mistura nebulosamente com a realidade. Além disso, as experiências amorosas de Maximilian se assemelham a uma busca pelo sublime, que nunca se completa.
Christian Johann Heinrich Heine was one of the most significant German poets of the 19th century. He was also a journalist, essayist, and literary critic. He is best known outside Germany for his early lyric poetry, which was set to music in the form of Lieder (art songs) by composers such as Robert Schumann and Franz Schubert. Heine's later verse and prose is distinguished by its satirical wit and irony. His radical political views led to many of his works being banned by German authorities. Heine spent the last 25 years of his life as an expatriate in Paris.
This book is amazing. It is about the conversation between a man and a sick woman spanning two nights. The man tells the story of his life in vivid and imaginary prose. I really recommend it. It is somewhat autobiographical on Heines own life.
Ich finde dieses Buch hervorragend. Das Buch handelt über die Unterhaltung zwischen einem Mann und einer kranken Frau in Florenz. Der Mann erzählt der Frau Geschichten aus seinem Leben und schmückt diese mit einer wundarbar lebendigen Sprache aus. Ich finde, dass es sich hier um einen Höhepunkt seines Schreibens handelt. Es scheint eine Art episodische Biographie seines Lebens zu sein.
Poderia escrever muito sobre este livro de Heine, desde suas opções narrativas, sua quase completa ausência de enredo, sua ironia formidável.
Mas vou apenas reproduzir o seguinte trecho, que nem integra a novela, mas foi recuperado no posfácio, e, acredito, dará ao seu futuro leitor uma ideia do que esperar desse autor. De minha parte, elegi-a uma de minhas frases (períodos) favoritas:
"Eu tenho uma mentalidade pacífica. Meus desejos são: uma cabana modesta, telhado de palha, uma boa cama, boa comida, leite e manteiga; em frente à janela, flores; em frente à porta, algumas belas árvores. E, se o bom Deus quiser me fazer completamente feliz, me permitirá a alegria de ver seis ou sete de meus inimigos nelas pendurados. De coração comovido eu haverei, antes de suas mortes, de perdoar todas as iniquidades que em vida me infligiram – sim, temos de perdoar nossos inimigos, jamais antes, porém, de eles serem enforcados."
This is a Serbian thin compilation of just 3 of Heine's short stories. The translation sucks, and you can feel it even if you don't have a clue about how it is in the original language as me. Out of 3 selected stories, only the first one made a deep impression on me. It is the story Florentine Nights, and that really is the best what romantic prose has to offer - it is very retrospective, gloomy, passionate, impressionistic I guess, mystical and all that. Really a good story. But the other 2 were not interesting to me, they seemd just like unorganized notes of random impressions. Maybe the translation managed to ruin them. I don't know.
Lúgubre ao mesmo tempo que bem-humorado, essa narrativa de Heine oferece uma ótima leitura graças a seu narrador, Maximilian.
As historietas que Maximilian conta a Maria, essa dama em leito de morte, são curiosas e imagéticas. O ponto alto está nas descrições e comentários do narrador sobre os ingleses, alemães, franceses e italianos. É um prato cheio para uma ironia sagaz.
Dou 4 estrelas porque achei que a história termina de forma um tanto abrupta. Mesmo assim, foi uma leitura prazerosa que me instigou a vasculhar mais a obra de Heine.
En esa obsesión del protagonista por las estatuas me parece que se prefigura un poco del decadentismo que imperará a finales del siglo XIX. El romanticismo de Heine es el útlimo canto del cisne de este movimiento, y con ello vemos como el movimiento va cayendo en un desencanto que se refleja muy bien por el protagonista de esta historia.
As imagens oníricas, a perversa atração por damas de mármore e jovens no além-mundo dão o fio condutor das aventuras e excentricidades do personagem. O texto é prazeroso, um típico representante do romantismo com algum humor e irreverência.