Uma discussão imperdível. O que pode dizer um homem que fez o voto de se dedicar a Deus a outro que está plenamente convencido de Deus não existe? O que pode ouvir um crente de um ateu? O que um ateu pode aprender? São questões assim que guiaram o encontro entre o padre Fábio de Melo e o historiador Leandro Karnal e resultaram neste livro. Um debate rico e respeitoso entre um cético e um católico que oferece uma referência importante aos brasileiros crentes e não crentes. Com coragem para provocar um ao outro e humildade para aceitar os argumentos, os autores discutiram pontos fundamentais, como se o mundo é melhor ou pior sem Deus e se a religião ajuda ou atrapalha. Questionaram o quanto a fé faz falta e discutiram as esperanças, os medos e a morte no horizonte de quem crê e quem não crê. Crer ou não crer é o resultado de muitas horas de conversa entre um dos padres mais amados do país com um dos mais populares historiadores. Uma obra que irá agradar e enriquecer milhões de leitores.
Excelente debate entre dois grandes estudiosos. Debate. Não uma discussão. Algo que, muitas vezes, não sabemos fazer hoje em dia, principalmente nas redes sociais. No livro, nenhum dos dois tenta "lacrar", como é comum ver hoje no Facebook ou Twitter as pessoas tentarem fazer para ganhar a discussão ou simplesmente se vangloriar dos muitos "likes" que ganhou. Ao contrário, é possível ler um debate honesto, onde um tenta entender a maneira de pensar e ver o mundo do outro, apesar de em certos momentos parecer que ambos "tem um pé mais lá do que cá". Padre Fábio as vezes soa um católico "diferentão", não muito adepto de todas as tradições católicas, e Karnal parece, como ele mesmo diz no livro que já foi chamado, de um ateu "fake". Mas só parece, eu acho.
Eu como cético (não ateu convicto), achei bom como o livro me deu a oportunidade de entender como um religioso usa sua fé para diminuir sua angústia existencial. Algo que acredito que é comum a todos os seres humanos, e que os descrentes têm somente uma estratégia diferente de encarar essa aflição humana. Mas no fim, a ansiedade de refletir sobre a condição e propósito é parecida. Muda somente a forma de lidar com o problema.
Crer ou não crer é uma ótima leitura, para os crentes e descrentes. Pode-se aprender muito com o livro. Tanto a ser um descrente menos cínico e averso à opiniões diferentes, e talvez a ser um crente mais consciente de que fé cega e radical mais atrapalha do que ajuda. Também é uma boa oportunidade de apreciar um verdadeiro debate, e não um embate para ver quem ganha.
Gostei muito do debate muito respeitoso entre duas figuras que discordam totalmente em relação a crença. Tive uma grata surpresa ao conhecer o Pe. Fábio (só o conhecia por suas capas de galã em memes e livros), por sua humildade e gentileza e conhecimento filosófico; típico cara que, acredito eu, não deve ser muito bem visto pela Igreja. Já o Karnal foi muito católico no passado e conhece intimamente todos os rituais da igreja; conseguiu provocar boas reflexões.
Gostei e recomendo, principalmente pra quem é religioso.
Muito bom! Conheci melhor o Pe. Fabio de Melo e descobri como o mesmo é inteligente e sensato (diferente de seus colegas de ofício, diga-se de passagem) e Karnal como sempre brilhante nas suas análises, argumentações e vasta referência, um verdadeiro ídolo contemporâneo. Vale a pena a leitura, se vale!
O assunto da existência ou não de Deus já é interessantíssimo por si só, e foi abordado com dois pontos de vista diferentes à princípio, mas que se assemelham bastante nos detalhes. Uma leitura leve, cheia de referências e que recomendo para todos.
Faz refletir como ateu e como cristão. Uma abordagem que leva à tolerância através do pensamento transcendental sobre o nosso passado, presente e futuro. Recomendo
Um livro que eu não necessariamente gostaria de ler, nem estava na minha lista de livros a serem lidos aqui no Goodreads, mas pela admiração que tenho ao Leandro Karnal e toda a sua clareza ao transmitir ideias e, principalmente, história, eu resolvi dar uma chance. Além disso, o livro estava disponível aqui em casa já que minha mãe é fã do Padre Fábio de Melo. Enfim, vamos ao o que eu achei do livro.
A leitura flui com muita tranquilidade e,a despeito de algumas palavras não usuais, visto que é uma conversa entre dois grandes estudiosos com um interseção de conhecimento significativa nas suas especialidades, a curiosidade me manteve atento ao livro resultando em uma leitura relativamente rápida e focada para os meu padrões. Além de que as palavras pouco usuais me obrigaram a buscar no dicionário seus significado algumas vezes, me possibilitando um aprendizado de vocabulário que tenho buscado.
A todo momento ambos autores se provocam e chegam a concordâncias e discordâncias sem qualquer tentativa necessariamente de "converter o outro", o que coloca o leitor numa posição muito confortável, com possibilidades para absorver novas ideias. Claro que o leitor em si deve ter uma cabeça aberta para assimilar o que está sendo falado ali. Achei um exercício muito interessante de aprendizagem.
O ponto alto do livro com certeza é a maneira que eles tratam a religião como um todo, ambos, por mais incrível que pareça, são humanistas. Humanistas com peculiaridades, umas pitadas de transcendência aqui e imanência (uma palavra que aprendi neste livro inclusive) ali, mas, sempre, conscientes das limitações humanas ao longo do passado e do presente.
Vale ressaltar que o Pe. Fábio de Melo não aparenta ser um "padre típico" dentro do catolicismo. Como o próprio Leandro Karnal afirma algumas vezes, ele parece seguir a sua própria religião, o "Fabianismo", um tipo de cristianismo personalizado, o que eu achei, pessoalmente, muito interessante. Um padre humano, com grande percepção das contradições do cristianismo ao longo de sua história. Ele não coloca Deus como um servo de si, pedindo coisas por exemplo, e sim, como alguém que guia a sua vida sem que ele, o padre, seja capaz de interferir, apenas aceitar (com suas complicação também, eu diria. Mas q não vêm ao caso). Uma visão interessante comparada com o "Deus mercador" que muitos líderes religiosos usam para negociar "perdões" e cobrar dinheiro para que a igreja siga adiante. Uma fé bem sensata, eu diria.
Leandro Karnal tem um papel maior de guia neste livro do que de protagonista necessariamente, este fica com Fábio de Melo, porém, não tira o prazer da leitura, porque quando Karnal fala, poucas palavras já dizem o suficiente.
"A razão não conhece tudo, mas atribui o desconhecido ao caminho que falta percorrer, e não ao absoluto." p. 47, Leandro Karnal afirmando o quanto a razão permite que continuemos seguindo adiante, é uma bela passagem do livro.
Abaixo algumas citações do Padre Fábio de Melo:
"A adesão [a uma religião] que não contempla o conhecimento é um campo fértil para a ignorância religiosa." p.52
"Seria ilusão pensar que as pessoas são mais éticas porque são religiosas." p.66
Nesses trechos acima, o Pe. Fábio de Melo expressa muito o que já pensei e tantas outras pessoas que se afastaram da religião pensam, mas não deixa de mostrar que ele, mesmo sendo Padre, é diferente. Quando critica a falta de curiosidade das pessoas que aderem a religiões ele deixa claro que a busca pelo conhecimento não é só complementar, mas fundamental para qualquer pessoa, seja ela religiosa ou não.
"O ser humano nem sempre é exigente com aquilo a que adere." p.52
Em suma, esse está longe de ser um livro religioso. Ele atiça a curiosidade quanto a história de religiões que, por mais que algumas pessoas ignorem, faz parte direta da história da humanidade e permeia nosso cotidiano a todo momento. E embora não responda diretamente as grandes questões que nomeiam os capítulos, o livro nos dá um certo direcionamento para seguirmos cada um buscando respostas para essas dúvidas, muitas vezes existenciais.
P.S.: Uma coisa q fica muito clara nesse livro é a importância do aprofundamento do saber para garantir o autoconhecimento. Estudar história, filosofia e sociologia é a regra, qualquer religiosidade, espiritualidade ou ateísmo que ignore isso perde a coerência de um caminho para o autoconhecimento, que é o que todos devem buscar.
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Apesar de estar lendo 4 livros em paralelo, este livro tinha uma proposta muito legal (uma conversa entre um ateu e padre? Não tem como não ser interessante) e tive que adicioná-lo como a minha quinta leitura. Acabei terminando-o em 3 dias. Confesso que tinha preconceito contra padre cantores, pois não parecem que são sérios. Mas pelo padre Fábio de Melo ainda tinha uma simpatia, por causa dos Snapchats dele (sério, são divertidos demais). Esse preconceito (pelo menos com o padre Fábio de Melo) diminuiu graças à esta leitura. Já tinha visto alguns vídeos do Karnal e este foi o primeiro livro. Ele é simplesmente genial! Recomendo para os religiosos e ateus. A ideia do livro não é converter ninguém, mas entender o que o outro lado pensa e respeitar. -- Leandro Karnal: "Você procura a consolação de Deus ou o Deus da consolação?" Padre Fábio:Não me deseje mais secura espiritual do que já tenho, nobre ateu" --- Padre Fábio: "Nunca é muito repetir meu carinho: A quem não tem Deus, que tenha, pelo menos, Aristóteles!" Leandro Karnal: "Amém!"
Umas das minhas primeiras memórias de prazer na infância era depois da catequese aos domingos, quando todos partiam... sentar com uma freirinha do Bom Pastor que tocava violão para mim e para meu irmão. Seu nome era Cosma e as músicas eram todas de Pe. Zezinho (cantar suas músicas é motivo de alegria até hoje). As epifanias daqueles domingos continuam e ajudam a enfrentar o ardor das questões humanas de hoje.
Este livro de Pe. Fábio de Melo e Leandro Karnal me fez recordar desses momentos com muita nostalgia, e ao mesmo tempo traz reflexões belíssimas. Eles não demonstram nenhuma dificuldade de identificar suas crenças e descrenças, assumem com humanidade aquilo que creem e defendem com elegância aquilo que descreem.
Para mim a Fé é me colocar no meu eixo existencial, me trazendo a possibilidade de alcançar a liberdade interior, uma liberdade para escolher minhas verdades pessoais e me levar ao centro do meu ser, da minha identidade. Uma liberdade que repercute em minhas escolhas, firmando-me na posse do ser que sou.
“Crer ou não crer” é para os crentes e descrentes, ambos podem aprender muito com esse livro. Tanto a ser um descrente menos cínico e avesso à opiniões diferentes, e talvez a ser um crente mais consciente de que a fé também cega, mata e rouba. Aqui está uma excelente oportunidade para apreciar um verdadeiro debate, e não um embate para ver quem ganha. Recomendo a leitura!
An blunt conversation between an atheist historian and a Catholic priest
What can a man who has taken a vow to dedicate himself to God say to another who is fully convinced God does not exist? What can a believer hear from an atheist? What can an atheist learn? These are questions that guided the meeting between Father Fábio de Melo and historian Leandro Karnal and resulted in this book. A rich and respectful debate between a skeptic and a Catholic that offers an important reference to Brazilian believers and non-believers. With the courage to provoke each other and the humility to accept arguments, the authors discussed fundamental points, such as whether the world is better or worse without God and whether religion helps or hinders. They questioned how much faith is lacking and discussed the hopes, fears and death in the horizon of those who believe and those who do not believe. To believe or not to believe is the result of many hours of conversation between one of the most beloved priests in the country and one of the most popular historians. A work that will please and enrich millions of readers. Extracted from https://www.planetadelivros.com.br/li...
Neste livro, o padre Fábio de Melo e o historiador Leandro Karnal dialogam sobre a fé e a razão em tempos de crise e incerteza. Com diferentes pontos de vista, eles debatem sobre temas como Deus, religião, esperança, medo e morte, buscando compreender o que leva as pessoas a crerem ou não em algo maior. O livro é um convite à reflexão sobre o sentido da vida e o papel da espiritualidade na sociedade contemporânea.
Minha opinião sobre o livro:
Li o livro Crer ou não crer com a expectativa de encontrar um debate profundo e esclarecedor entre dois intelectuais renomados sobre um tema tão importante. No entanto, achei o livro razoável, mas não ótimo. O livro é bem escrito e tem alguns momentos interessantes, mas não me surpreendeu nem me convenceu de nada. Achei que faltou profundidade e originalidade nas argumentações, e que os autores se limitaram a repetir suas opiniões pessoais sem confrontá-las de forma mais crítica. O livro é uma leitura agradável, mas não me pareceu muito relevante ou transformador.
O debate em forma de diálogo respeitoso é sempre enriquecedor, tanto para os debatedores, quanto para aqueles que assistem/leem o debate! Não há vencedores, há argumentos muito bem fundamentados de ambos os lados, que nos convidam à reflexão profunda. Eu creio em Deus, mas como deixa claro o querido padre Fábio, não nesse Deus que troca favores, mas no Deus amoroso e misericordioso, que me ajuda a alcançar a graça, desde que eu faça por onde alcançá-la. Só crer não é garantia de se alcançar a salvação. Fé sem ação é fé morta.
Ao mesmo tempo que gostei desse livro, sinto que faltou algo. O formato da escrita por meio de diálogo entre os autores deixou tudo bem natural, parecendo uma conversa de bar mesmo, no início achei isto genial, mas ao final já estava achando um pouco maçante. A impressão que tive é que esse livro poderia ser praticamente uma transcrição de palestra entre os dois, pois notei muito mais um apelo a histórias pessoais do que propriamente a uma reflexão filosófica sobre o posicionamento da crença ou não.
isso é uma conversa e não um debate, o que é melhor. não há competição de ideias. ambos com muitas referências e que chegam a mesma conclusão: é tudo sobre a humanidade. não conhecia nenhum dos dois além da superficialidade e terminei nutrindo admiração por ambos. me identifiquei fortemente com karnal, não só por fazer parte do seu lado (risos), mas pelo enfoque que ele deu à sensibilidade artística que o causa transcendência e admiração pelos signos. quando essa maricona fala just in case = muito eu.
Esse é um dos melhores livros que eu já li! Como teóloga, eu encontrei neste livro um discurso respeitoso entre dois lados opostos, em que ambos foram capazes de expressar o significado da sua crença , da fé, do crer ou não crer de uma maneira clara e fácil de entender. Usando ótimas referencias acadêmicas e também algumas experiencias pessoas, ambos os autores foram capazes de concordar e discordar sobre vários assuntos, sem ferir a crença um do outro em momento algum.
Bom livro, com muitas reflexões importantes e muito respeito de ambas as partes. Senti apenas que faltou um pouco mais de questionamentos incisivos de ambos os lados. Um “confronto” de ideias mais direto em pontos-chave da fé e do ateísmo. Mas é um bom livro. As reflexões que os autores trouxeram são bem pertinentes.
Um diálogo respeitoso e dentro do possível bem fundamentado. Um diálogo de camaradas, uma leitura bem tranquila, com uma linguagem bem acessível. Mesmo discordando em alguns pontos, apreciei a leitura em um sentido de ampliação em relação a entender melhor o outro, em seus medos e inseguranças, suas fragilidades e a respeitar.
Uma boa narrativa, nos faz refletir sobre diversos aspectos da religião cristã como: fé, vida após a morte, espiritualidade, Deus, entre tantos outros. A obra nos convida a repensar o "eu" em comunhão com o sagrado, na beleza presente em cada dia vivido e em como a experiência de vida com Deus nos proporciona momentos inesquecíveis nessa desafiadora jornada chamada vida.
Nossa que livro bom de ler! Durante a leitura, parecia que eu estava ao lado do Padre Fábio de Melo e do Leandro Karnal, apenas ouvindo o que eles conversavam.
E quantos ensinamentos! Em nenhum momento eles tentam "converter" um ao outro, é apenas uma conversa, mas que conversa.
Adorei a leitura, o assunto é apaixonante e tanto o padre Fábio quanto o Karnal são especialistas em estimular que busquemos resposta para um assunto tão polêmico: CRER ou não CRER. Debate maduro entre os protagonistas que tem profundo conhecimento sobre o assunto.
Muito boa conversa, com respeito mutuo entre um Ateu e um Católico. Ambos homens com uma enormidade de conhecimentos, integridade e humildade, para se respeitarem. Bom livro que mostra que nem todo Ateu é ignorante e deve sim ser respeitado.
Quando duas pessoas inteligentes se juntam para discutir as suas diferenças, com respeito e abertura à diferença, só pode surgir um livro assim. Gostei muito, embora ainda me tenha ficado uma pequenina crença de que ambos poderiam ter ido mais longe na defesa dos seus pontos de vista.
Esses dois grandes intelectuais debatem sobre temas que muitos religiosos e ateus não conseguiriam debater respeitosamente por terem ideias completamente diferente. Uma aula de tolerância e religião, para você analisar alguns pontos principais e decidir se crer ou não crer.
An interesting and respectful dialogue between a catholic priest and an atheist scholar about their beliefs and worldviews. An insightful and provocative book that helps the reader to understand and respect different visions of the world.
O livro traz boas reflexões, embora eu considere o formato (diálogo) um pouco cansativo.
Em alguns momentos, achei que ambos poderiam aprofundar seus argumentos diante de algumas provocações, mas não o fizeram. Creio que poderia ser feito sem prejudicar o debate respeitoso.
Sobre este livro, faço minhas as palavras do Pe Fábio: “Quem dera nós tivéssemos mais debates que não pretendessem desqualificar a razão alheia, mas conhecê-la. A diferença como um ponto de encontro, não de divisão”.
O que mais falta no ser humano moderno tem nesse livro: debate, onde os dois lados sabem do que estão falando, respeitam a opinião do outro e crescem com os pensamentos diferentes dos deles.
Karnal e Pe. Fábio juntos? É óbvio que não poderia ser diferente. Livro delicioso com leitura rápida e tema extremamente relevante. Leitura recomendadíssima. Li em versão Kindle.