Uma história das instituições monetárias do Brasil, um retrospecto de nossos excessos - cujas expressões mais flagrantes são os zeros na moeda Em 1933, na maior parte do mundo, o dinheiro perdeu seus vínculos com a natureza, e de moedas de ouro, prata e outros metais tornou-se apenas uma convenção uma criatura da lei. Desde então a humanidade busca controlar os poderes que essa inovação liberou. A experiência monetária brasileira pode não ter paralelo no mundo, seja pelo difícil relacionamento de nossa moeda com as de outros países, pelo tumultuado processo de constituição de um banco central com plenas funções ou ainda pela longa, intensa e complexa convivência com a inflação. Tudo é superlativo nesse trajeto, em que o Brasil teve oito padrões monetários, cinco congelamentos, confiscos pequenos e grandes, crises sem limite, euforias idem e batalhas épicas para ordenar a moeda nacional e evitar abusos fiscais e financeiros, bem como para estabilizar o seu poder de compra. Gustavo Franco, um dos mentores do Plano Real e ex-presidente do Banco Central, tem grande autoridade para contar essa história. Ele analisa, em nove capítulos, a experiência inflacionária; a lei monetária; os mistérios da regulamentação do câmbio; os processos de criação e captura do Banco Central; a produção da hiperinflação; os planos econômicos heterodoxos; o Plano Real; a evolução institucional cumulativa; e o problema da taxa de juros. Todos acontecimentos de grande atualidade, pois as dúvidas que governam essa história continuam muito vivas. Como se estivéssemos presos há décadas em um mesmo enredo, às vésperas de uma f&
É um livro bem difícil, longo, denso. É um estudo, com viés bastante acadêmico, mas é muito, muito rico em informação. Basicamente cobre toda a história monetária brasileira desde a república, comentando lei por lei, decreto por decreto que influenciaram a moeda brasileira.
É muito bacana pra entender como funciona o dinheiro, como foi a mudança do padrão ouro para a moeda fiduciária e como se formaram as boas práticas no sentido monetário. O livro tem mais de 700 páginas das quais pouco mais de 50 são apenas referências.
É muito interessante para entender como funciona o processo legislativo. O conceito, a execução, a interferência política e os desdobramentos judiciais.
Este sem dúvidas é um dos melhores livros de política monetária que já li, o autor é extremamente detalhista nos 3 períodos de tempo que o livro aborda
Um livro que ficou cheio de marcas porque não saiu de perto do seu dono. Porque seu dono não conseguia parar de ler. Chuva, viagem, café, um pouco de tudo o coitado do livro passou. Um dos três melhores do ano. Sabe aqueles livros que vc diz "ahhh caramba" não tinha ideia que era assim. Aprendi demais sobre nossa moeda, sobre a demorada criação do nosso Banco Central (19 anos), detalhes dos planos econômicos e diversos outros aspectos sobre finanças públicas. Esse livro desenvolveu em mim um "norte" de estudos em economia, baseado na governança da moeda e das finanças públicas. Aprendi muito. 745 páginas em letras miúdas, com vocabulário "rebuscado" em algumas partes, justificado pelo nível intelectual do autor, todavia, com nível de detalhamento que me colocou num outro patamar em termos de entendimento dos aspectos ligados à moeda e as leis que a regem. Crédito direcionado e suas consequências agora são de pleno domínio, assim como entendimento sobre os depósitos compulsórios e sua destinação. O BACEN no passado como banco de crédito (incrível). CMN com mais de 20 membros. Nós somos o país da jabuticaba mesmo. Enquanto acharmos isso divertido e viável ficaremos na infância do desenvolvimento econômico. Um dia espero ter o autógrafo do autor nesse meu "amiguinho". Esse livro vai ter um lugar muito especial na pequena biblioteca.