'Um cineasta só merece esse nome a partir do momento em que sabe o que está fazendo', essa frase de Claude Chabrol traduz perfeitamente a intenção do autor ao escrever o livro. Com o intuito de fornecer um bom suporte teórico aos cineastas, teatrólogos e estudantes de cinema, Aumont expõe, de maneira bastante didática, as reflexões de grandes cineastas (como Hitchcock e Glauber Rocha) a respeito de seu ofício, caminhando no sentido inverso das teorias do cinema atuais - vai da prática para a teoria. Dessa forma, espera-se que o cinema seja visto como a representação da mistura de diversas técnicas, adquiridas ao longo dos anos pelos grandes mestres do cinema, e não apenas como uma arte de entretenimento.
Jacques Aumont est un critique et universitaire français. Il a enseigné à l'université Sorbonne Nouvelle - Paris 3, à l'École des hautes études en sciences sociales et à l'École nationale supérieure des beaux-arts.
Este livro estava entre as leituras indicadas das estantes da Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina. Resolvi pegar ele emprestado porque queria saber o que Jacques Aumont definia como cineasta para entender um pouco a teoria dos auteurs. Mas ele pouco fala sobre isso, dedicando apenas uma seção para esta definição. O livro todo se dedica a não apenas tentar desvendar as marcas estilísticas dos cineastas (quase todos europeus, com poucas exceções, como Glauber Rocha, representando o Brasil), como das teorias que alguns desses homens realizadores de cinema desenvolveram com a sua prática como diretores e assinadores de todo um trabalho conjunto que é a produção fílmica. Assim, Aumont, grande estudioso da imagem (estática ou em movimento) lança questionamentos sobre a autoria de um filme, se cinema é arte, sobre a rede de produção do cinema e sobre o ensino da direção cinematográfica por estes cineastas.
"En el momento de cerrar esta investigación y darle su título definitivo, tengo mis dudas: ¿la teoría de los cineastas? ¿Las teorías de los cineastas? (e incluso: ¿la teoría del cineasta?). Cada una de estas expresiones es particularmente cierta, pero sólo parcialmente. Decir <> equivale a plantear una teoría unificada de la que cada discurso no sería en el fondo más que una variante, lo cual también resulta bastante optimista".
El título quedó como "Las teorías de los cineastas" y se convirtió en un maravilloso compendio de las diferentes elucubraciones que varios cineastas notables hicieron en torno a su obra y al oficio de hacer cine, dándole una coherencia que gira en torno a diferentes ejes temáticos y expresivos, siempre con un lenguaje preciso y accesible.