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Meio Homem Metade Baleia

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Uma das mais interessantes revelações da literatura portuguesa contemporânea. Com o primeiro livro venceu o Prémio Literário INCM/Vasco Graça Moura.
Uma desconstrução dos lugares confortáveis do Ocidente, Meio homem metade baleia é uma narrativa notável que convida a uma poderosa e necessária reflexão.
Num mundo em que a desumanização parece irreversível, um muro divide os homens.
Jonas e a sua jovem filha Aliss são conduzidos ao longo do imenso muro por um homem chamado Servantes.

360 pages, Paperback

First published January 1, 2019

44 people want to read

About the author

José Gardeazabal

17 books10 followers
José Gardeazabal nasceu em Lisboa.
O seu livro de poesia, história do século vinte, foi distinguido com o Prémio INCM/Vasco Graça Moura.
O seu primeiro romance, Meio Homem Metade Baleia, foi finalista do Prémio Oceanos, e com A Melhor Máquina Viva, seu segundo romance, considerado um dos melhores livros de 2020 pelos jornais Expresso e Público, foi finalista dos prémios Fernando Namora, Correntes d'Escritas e da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 2021, publicou os romances Quarentena - Uma História de Amor, finalista do Prémio Oceanos em 2022, e Quarenta e Três, assim como o volume de poesia Viver Feliz Lá Fora e, em 2022, sai Quando éramos peixes, o segundo volume da Trilogia dos Pares.
A mãe e o crocodilo, que conta a história de Vladimir e do seu crocodilo, Benito, é o seu quinto romance. Em 2023, publicou o seu primeiro livro infantojuvenil, Aquele Natal Inteiro e Limpo, com ilustrações de Susana Matos, sobre uma família portuguesa e o seu Natal ‘revolucionário’, uma narrativa sensível e plena de respeito pelo nosso passado e pelas figuras mais velhas que o mantêm vivo.

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Displaying 1 - 6 of 6 reviews
Profile Image for Manuel Alberto Vieira.
Author 67 books180 followers
Read
September 27, 2018
Não tenho por hábito avaliar um livro que considero valer menos de três estrelas. É um princípio meu, certamente refém de uma moral (sempre questionável), mas que não quebrarei. Direi apenas que as expectativas com que parti para o livro, alimentadas por opiniões que considero, desabaram com estrépito. Este volume tem todos os ingredientes que agradam a uma certa corrente da literatura - nomeadamente, o pacto assumido com a literariedade e seus atributos. A meu ver (estou na corrente oposta) um livro nunca deve dizer de caras: sou literatura. O livro deve fazer-se enquanto tal sem trazer o conceito debaixo do braço ou ostentá-lo a cada passo.
Profile Image for Rui Filipe.
17 reviews2 followers
July 19, 2018
Podia ser menos desconexo, mas é engraçado, um bocado à la Gonçalo Tavares.
Profile Image for David.
10 reviews2 followers
June 6, 2023
O cérebro do autor deve ser uma festa. Não pára por um segundo, penso eu, e ele deve ter tentado pôr isso neste livro, digo eu. É uma coleção de pensamentos bonitos, estranhos, marcada por uma catrefada de analogias, metáforas, jogos de palavras e frases poeticas profundas.

Mas é completamente desconexo, difícil de ler, confuso, sem fio condutor, sem arco no desenvolvimento das personagens, sem enredo, só um rol de pensamentos e diálogos caóticos. Fiquei feliz por acabar o livro, mas custou. Normalmente os livros vêem-me à cabeça durante o dia, pelo menos enquanto figuram na minha mesa de cabeceira, mas não foi o caso. Não sei se me marcou de maneira alguma. As sequências poéticas e interessantes são rapidamente arrebatadas pelas seguintes, e o autor não dá tempo, na minha opinião, para que as palavras ganhem sentido e as ideias significado.

Talvez seja eu que não consigo acompanhar, ou o livro não é o meu estilo. Mas não recomendaria a ninguém, porque acho que ninguém que conheço fosse gostar ou sequer passar das primeiras páginas.
Profile Image for António.
204 reviews3 followers
December 7, 2022
A viagem de um pai, uma filha e um guia ao longo de um muro para levar água (e/ou electricidade?) a pessoas necessitadas serve de mote para uma série de reflexões algo desconexas sobre a humanidade, a civilização ou a maturidade, entre outros. Se as ideias e pensamentos têm muitas vezes interesse e suscitam reflexão, a falta de um enredo propriamente dito, de acontecimentos e de conexão entre as anotações tira peso ao livro, quedando a sensação de termos um esboço de ideias das quais se poderiam aproveitar algumas para serem encaixadas numa história.
Profile Image for Joaquim Margarido.
299 reviews39 followers
April 19, 2019
“Os inocentes não se organizam tão bem como os culpados. Inocentes, organizem-se! Não têm nada a perder a não ser a vossa inocência! Isto tudo não passa de uma simplificação, a inocência e a culpa estão misturadas. A inocência tira a máscara e por baixo está a inocência. A culpa tira a máscara e por baixo está a inocência!”


O cabelo solto de uma mulher que ainda não o é, um motorista que conduz vagarosamente um carro ao longo dum muro que parece não mais ter fim ou a busca da palavra “pai” num dicionário, abrem as páginas deste livro, introduzindo as suas principais personagens. Não é nelas, porém, que a atenção do leitor fatalmente recai, antes nesse muro que cava diferenças e nos vem dizer que a única arquitectura que um país rico partilha com um país pobre é uma parede. Um muro que tolhe e que oprime. Que separa o presente do futuro. Um muro alto e um deserto que se estende a perder de vista aos seus pés e as bombas que o sobrevoam em ambos os sentidos. E a gente que morre todos os dias por causa dessas bombas.

Com “Meio Homem, Metade Baleia”, José Gardeazabal oferece-nos uma reflexão intensa e amarga sobre os tempos que correm, cada vez mais muros a cortarem paisagens deitadas e sobrepostas, cada vez mais linhas a fazerem história com a geografia. Entre a ficção e o ensaio, o autor ironiza com as movimentações tácticas no xadrez político global, aqui a “paz” reduzida a uma pancadinha seca de bondade, a um tiro no escuro, ali a palavra “europa” sintetizando uma frase longínqua cujo significado aumenta com a distância à medida que se aproxima da verdade dos pobres.

Na sua escrita poderosa, Gardeazabal explora o duplo significado das palavras para melhor vincar a hipocrisia do homem (a palavra “muda” tanto pode ter a ver com deslocação como com silêncio, a cada um a sua verdade). Ele mostra-nos como, de um e de outro lado do muro, se passeiam a abastança e a fome, o apego e o ódio, a vida e a morte. Como se lavam consciências na generosidade organizada, com missões humanitárias baseadas em argumentos técnicos e orçamentos sólidos e viagens intercontinentais. Como, com toda a naturalidade, trocam de posição, de sentido, de valor, as faces duma mesma moeda. Como o gigante dos mares pode ser, afinal, um punho fechado que, com fúria e raiva, fende e agita as águas estagnadas.
Profile Image for Tensy Gesteira estevez.
543 reviews59 followers
January 30, 2020
José Gardeazabal escribe maravillosamente, y lo que más llama la atención es la capacidad del autor para contraponer unos espacios cómodos frente a otros áridos e inhumanos, pero siempre desde las incógnitas. Esta lucha de clases le sirve para poner de relieve la cruda realidad del mundo que habitamos, en donde Occidente maneja los hilos de todos los seres humanos, a costa de quien sea y de lo que sea.

Un libro marcado por las reflexiones, que leí muy lentamente y que subrayé muchísimo. Reconozco que me encantó la forma en la que el autor nos lanza impactos y nos lleva a su terreno, por cierto, muy apegado a la filosofía. Porque Medio hombre mitad ballena destaca por su originalidad en el tratamiento de los temas, y por el reto que nos plantea como lectores. ¿Seremos capaces de sobrevivir? Al igual que los tres protagonistas, nosotros nos sentiremos abandonados unas veces, y con ánimos otras, y en esa dualidad es donde se genera el recorrido vital.

Reseña completa aquí: https://lecturafilia.com/2019/10/21/m...
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