Os textos reunidos neste livro foram escritos ao longo de uns dez anos ou talvez mais.
Em sua maioria, sem pretensão alguma de mostrar a alguém. Foi a partir do surgimento da expressão “não pise no meu vazio”, que chegou repentinamente para a autora em 2017, que nasceu a vontade e uma misteriosa urgência de publicá-los em formato livro.
Dividido em três partes – do que preenche, do que esvazia e do que preenche e esvazia ao mesmo tempo –, Não pise no meu vazio, da psicanalista e escritora best-seller Ana Suy, fala fundamentalmente sobre o amor, e, também, sobre os demais sentimentos que o coadunam. “É um livro sobre excessos, sobre faltas, sobre o vaivém da vida, sobre o amor, o ódio e a dor.
As poesias de Ana Suy nos fazem caminhar pelas avenidas, ruas, becos, ladeiras abaixo e acima, da infinidade de afetos que atravessam a cidadela da alma humana”, conforme a psicanalista e professora de Psicanálise Rita Manso.
Psicanalista, escritora, professora, psicóloga graduada e pós-graduada pela Pucpr. Doutora em pesquisa e clínica em psicanálise pela Uerj. Mestre em Psicologia Clínica pela Ufpr.
Autora do best seller "A gente mira no amor e acerta na solidão", publicado no Brasil, em Portugal, Argentina, Colômbia e Uruguai pela editora Planeta.
Autora também de “Não pise no meu vazio”, “As cabanas que o amor faz em nós”, “A corda que sai do útero” (editora Planeta) e “Amor, desejo e psicanálise” (editora Juruá).
Coautora do livro "Infamiliar: o que faz família hoje?" (editora Agalma)
Idealizadora e coordenadora dos estudos “Lendo Freud hoje” e “Clube de palavras”.
"não consigo sair desse estado sozinha. às vezes dura alguns segundos, às vezes algumas semanas. é como um transe, que não deixa nenhuma marca e por isso me faz duvidar de que realmente aconteceu. só saio disso quando alguém deixa a realidade tão intolerável que sou agressivamente convocada a interagir com ela. e aí tenho que me responsabilizar pelo tempo em que estive ausente de mim, o que me desgasta demasiadamente."
Gosto bastante da Ana Suy, dos conteúdos que ela costuma trazer na sua página do Instagram e a leitura do Amarelinho (A gente mira no amor e acerta na solidão) foi uma que me agradou muito. Com certeza é preciso dar os devidos créditos à fluidez dos textos desse livro, terminei a leitura dele em cerca de 3 horas. Porém, achei os textos muito parecidos entre si (em alguns momentos pareciam até continuações do anterior). Por vezes também continham muitos clichês, que não me pegaram tanto. Claro que o livro contém várias passagens lindas, como é de se esperar de uma pessoa com a sensibilidade e capacidade de escrita da Ana, mas achei um pouco monotemático, infelizmente.
Ana Suy é uma psicanalista que admiro e sempre acompanho. Este livro fala de amores e vazios, e é uma expressão pessoal da sua profunda sensibilidade. Me vi algumas vezes no seu texto.
“... Meu corpo não tem fronteiras e só quer sentir com o seu corpo. O toque se faz insuficiente, quero me fundir a você, quero que meu corpo coincida com o seu para que eu possa descansar a minha existência. Silêncio..., está ouvindo? É a minha intuição me dando bronca. Minha intuição manda que eu me cale. Ela disse que já estamos fundidos. Aliás, você não. Eu estou fodida.”
“... o silêncio é infinito, o dizer é tão limitado... Digo silêncios para dizer coisas opostas ao mesmo tempo sem me contradizer. Quando digo palavras minhas ambiguidades ficam escancaradas.”
“Será possível te esquecer vestindo a mesma pele com a qual eu te amei? Não posso continuar vivendo sem te amar nem habitando a mesma casa - que foi inteira tocada por você. Por isso sei, se quero esquecer um amor, é preciso trocar de pele.”
“Desamar é como nunca ter amado. Depois que o meu amor passa, na verdade eu nunca amei. Ou o amor está vivo ou nunca existiu. Por isso o amor é eterno.”
tosco. li esse livro porque estava disponível no kindle unlimited e já tinha lido A gente mira no amor e acerta na solidão da mesma autora e havia gostado muito. entretanto, esse livro foi uma tortura para ler. talvez seja o momento da minha vida, que é completamente diferente de quando li a outra obra, mas Não pise no meu vazio foi raso, repetitivo e cansativo. parecia que uma menina de 15 anos que acabou de terminar com seu primeiro namorado escroto mas que ela acreditava ser o amor da sua vida estava escrevendo a fim de superá-lo. realmente não recomendo para pessoas que não estão sofrendo MUITO por amor, talvez nem recomende pra quem esteja mas esse é o único cenário que consigo enxergar alguem lendo isso e não odiando completamente.
"Há algo de extremamente sedutor no silêncio. Talvez seja simplesmente a ausência de qualquer coisa. Tal como uma folha em branco contém em si todos os desenhos do mundo, tal como um pedaço de barro contém em si todas as esculturas do mundo, o silêncio carrega consigo todas as palavras do mundo. O silêncio é infinito, o dizer é tão limitado... Digo silêncios para dizer coisas opostas ao mesmo tempo sem me contradizer. Quando digo palavras minhas ambiguidades ficam escancaradas. Preciso me proteger de mim."
terminando o primeiro livro do ano com um vazio e um quentinho no coração e no corpo que chamo de casa. obrigada ana suy por se fazer presente mesmo sem nem saber da minha existência. sua palavra me toca, me encanta, me emociona, me angustia e me agonia. animada pelos próximos
eu já tinha lido textos teóricos da Ana Suy. Há alguns dias percebi que este livro estava disponível no kindle unlimited e baixei despretensiosamente para ler antes de dormir. Que surpresa. Que surpresa que as palavras dela ressoaram tanto em mim. Diziam tanto sobre mim. E sobre temáticas que eu me envolvo sempre na hora da escrita. Eu me via ali em tantos trechos, que se tivesse lido em livro físico estaria todo completamente anotado, sublinhado, estrelado. Ana Suy consegue passar com simplicidade temáticas complexas. Consegue falar sobre a complexidade do amor e como essa simples palavra se ramifica para tantos lados. É uma das minhas temáticas guia, é algo que eu escrevo escrevo escrevo justamente por ser difícil nomear e significar. Sinto que foi uma leitura muito pessoal (não são todas?) e senti diversas vezes que ela poderia muito bem ter acessado meus escritos e partido de muitas coisas que eu já senti e refleti. Ela poderia estar escrevendo para mim, sobre mim. Mas não, era eu que apenas pegava as palavras dela e transformava em palavras minhas, como um diálogo.
Uma coletânea de textos bastante repetitivos que trazem uma visão de amor extremamente complicada e perigosa. Embora a autora pareça ter ciência disso em algum nível e haja rompantes de lucidez ao longo da obra, em sua maior parte o amor é retratado como fusão entre duas pessoas, como entrega completa, como uma obsessão que beira o doentio. O estilo da escrita também não me agradou muito, parecendo muitas vezes mais preocupado em encontrar uma frase de efeito do que em ser algo de fato profundo e reflexivo. Apesar de haver trechos interessantes, ninguém vai perder nada se não ler.
Gostei muito do primeiro "A gente mira no amor e acerta na solidão", acho simples e elaborado, gostoso e calmo de passar as horas.
Neste, vários textinhos um tanto repetitivos e bobos — tem alguma complexidade escondida e algumas boas páginas, mas não foi suficiente. A própria autora diz que a última parte, a mais recente, é melhor... só que demora a chegar.
Incerta sobre como me sinto sobre este livro e como avaliá-lo. Eu sei que eu realmente gostei sobre os textos que falam sobre a própria escrita. Não quero dizer que não gostei somente pela agonia que estes textos me causaram, mas acho difícil ignorar o fato de que a falta de identificação com muitos deles, pelo menos momentaneamente, interferem na minha percepção. Mas tudo bem ter uma variedade de sentimentos sobre uma leitura no final das contas.
Amei o A gente mira no amor e acerta na solidão, mas os textos aqui realmente não conseguiram me cativar da mesma forma. Alguns são interessantes, mas vários outros parecem esboços de algo que poderia ser mais.
“Preciso de um pedaço meu que não tenha bússola nem nome e que me permita que ainda que eu morra de amores ou de desamores por este homem, ainda assim esse pedaço meu, que ficou de fora de tudo isso, sobreviva.”
ana tem uma sensibilidade muito linda e discorre nesse livro de forma poética e fluida sobre amores, perdas e vazios. me vi em sua escrita por diversos momentos, mas achei a leitura meio repetitiva às vezes. de modo geral, livro bonito!
Eu vim a não pise no meu vazio buscando um a gente mira no amor e acerta na solidão. Os livros são extremamente diferentes. Não é um problema mas eu tinha as expectativas erradas. Npnmv é uma coleção de poemas e crônicas da Ana Suy refletindo sobre relacionamentos. Acredito que o último livro de crônicas ou pequenas historietas que terminei foi Clarice Lispector na adolescência. Claramente não é um gênero que me interesso.
Dado isso, o livro trás reflexões interessantes que valeriam ser digeridas escrevendo sobre como elas nos atravessam. Não o fiz.
1,5⭐️ "Há algo de extremamente sedutor no silêncio. Talvez seja simplesmente a ausência de qualquer coisa. Tal como uma folha em branco contém em si todos os desenhos do mundo, tal como um pedaço de barro contém em si todas as esculturas do mundo, o silêncio carrega consigo todas as palavras do mundo. O silêncio é infinito, o dizer é tão limitado... Digo silêncios para dizer coisas opostas ao mesmo tempo sem me contradizer. Quando digo palavras minhas ambiguidades ficam escancaradas. Preciso me proteger de mim."
Em alguns textos tem umas duas frases bonitas mas a profundidade é de um pires, em outros tive a impressão que os textos foram escritos "de trás pra frente": primeiro a conclusão antes do desenvolvimento do pensamento. Isso faz sentido se não tinha o objetivo de ser publicado, se era só pra escrever. Esses textos são prosa fantasiada de poesia de um jeito muito do mequetrefe. Teve uns desses textos que eu terminava e chegava a revirar os olhos de tão ruim e besta que era tudo. O livro do vazio é um subtítulo bastante apropriado.
Os escritos da Ana Suy são incríveis, eu amo como ela nos conecta com a Psicanálise de forma tão suave e carinhosa. Confesso que achei alguns textos muito repetitivos, seguidamente repetitivos (apesar da importância que tem a repetição na psicanálise rs), e por isso em determinado momento ficou bem cansativo e monótono de ler. Mas ainda sim, foi uma rica e profunda experiência. Me reconectei com os meus descaminhos com a escrita e comigo.
Um livro lindo, com poemas e pequenos textos sensíveis e delicados sobre o amor, sobre o vazio, sobre o desejo. Dividido em 3 partes, numa lógica do que preenche, do que esvazia e do que preenche e esvazia ao mesmo tempo. Já começa com um estrondo: “Um buraco que está sempre tampado ainda seria um buraco?”
Dou 4 estrelas porque tiveram irmãs que falaram comigo de maneira que eu não esperava, que me explicaram e expuseram minha vulnerabilidade de forma crua. Eu amei muito, embora o finalzinho tenha sido meio maçante pra mim. Ana Suy, a mulher que você é!
esse livro foi meu diário durante esses dias, carrega agora minhas confidências e passagens tão mas tão pessoais que eu não tive coragem de compartilhar por aqui. acho que não foi 5 ⭐️ porque eu esperava outra abordagem, mas sem comentários.
"Não Pise no Meu Vazio" de Ana Suy é uma coletânea de textos que reflete uma jornada emocional profunda e íntima, escrita ao longo de mais de uma década. Dividido em três partes – do que preenche, do que esvazia e do que preenche e esvazia ao mesmo tempo – o livro explora temas universais como amor, dor, ódio e os excessos e faltas que permeiam a vida. A autora, que também é psicanalista, traz à tona uma linguagem poética e acessível que ressoa com as experiências humanas, permitindo ao leitor mergulhar em suas reflexões sobre os sentimentos que nos definem.
Pessoalmente, não sei se estou carente, mas marquei várias frases e me conectei com diversos poemas e lições da autora, que eu já havia lido anteriormente. Essa conexão torna a leitura ainda mais significativa, pois as palavras de Suy têm a capacidade de tocar o coração e provocar reflexões profundas. A forma como ela aborda a complexidade dos afetos é envolvente e sincera, fazendo com que cada página seja uma nova descoberta.
Embora alguns textos possam parecer mais introspectivos ou densos, a riqueza das emoções expressas compensa qualquer dificuldade inicial. "Não Pise no Meu Vazio" é um convite para explorar as nuances da alma humana e entender melhor os sentimentos que nos atravessam. Por essas razões, atribuo quatro estrelas ao livro, reconhecendo sua habilidade em tocar o leitor e oferecer lições valiosas sobre o amor e a vida. É uma leitura que certamente deixará marcas duradouras na mente e no coração de quem se permitir entrar nesse universo.