A maravilhosa arte da pintura tibetana é parte da doutrina budista. Seus temas poderosos são inspiração para imagens interiores nas quais o praticante de meditação se concentra com o objetivo de se unir a essas qualidades, em geral positivas, e alcançar a libertação. A prática da meditação a partir de imagens inicia-se com as representações básicas das doze pranchas coloridas que acompanham o livro, e que o contemporâneo pintor de Thangkas, Nick Dudka, elaborou artisticamente segundo diretrizes tradicionais. Todas têm algo em comum: são claras, intensas e dotadas de uma força de expressão infinita. Os textos de Sylvia Luetjohann nos ensinam a deslindar a linguagem das imagens, a reconhecer os segredos do budismo e aprender a viver com sabedoria e compaixão.
Um bom livro introdutório à respeito da arte sacra tibetana, já que algumas estruturas e conceitos básicos das pinturas são explicados. Tenho pouco contato com o Budismo Tibetano, então foi difícil acompanhar algumas ideias e conceitos citados (superficialmente) neste livro curto. Queria mais profundidade pra ver melhor o que precisava ser visto nas obras, sabendo, claro, que trata-se de um assunto inesgotável em conhecimento. O livro trata um pouco das práticas e dos mantras ligados às visualizações, mas, para mim, ficou pouco claro o funcionamento específico de cada meditação. Fora essas questões, o aspecto filosófico desta leitura me trouxe reflexões muito apropriadas pros meus estudos espirituais, e volto a observar como as várias doutrinas se encontram em diversos pontos.