Jump to ratings and reviews
Rate this book

Amor, sexualidade, feminilidade

Rate this book
O presente volume reúne textos de Freud que abordam algumas das ideias mais controversas da psicanálise – tais como a hipótese da bissexualidade originária, os complexos de Édipo e de castração, a sexualidade infantil, o primado do falo e a inveja do pênis. Completam a coletânea uma dezena de cartas de Freud sobre a bissexualidade inerente ao ser humano e uma comovente carta em resposta a uma anônima mãe americana preocupada com a homossexualidade de seu filho. Não por acaso, alguns desses textos causaram escândalo, e nunca deixaram de fazê-lo. Por um lado, a moral sexual civilizada, o establishment científico e certos valores da família burguesa ficaram fortemente incomodados e até mesmo ofendidos pelas ideias psicanalíticas acerca da sexualidade infantil, da disposição bissexual inerente ao ser humano ou pela clivagem entre posição anatômica e posição sexual; por outro lado, outros viram justamente o contrário: a continuação de uma lógica binária da sexualidade, o prolongamento do patriarcado ou a hipóstase do falocentrismo. Essa polarização da recepção mostra, por si só, a complexidade das posições freudianas, que exige uma leitura cuidadosa e sutil. Tal leitura é favorecida, nesta edição, pelo acréscimo de alentadas notas editoriais que contextualizam cada texto, de uma introdução histórica abrangente e de um posfácio de Maria Rita Kehl sobre “Freud e as mulheres”.

382 pages, Paperback

Published June 1, 2018

11 people are currently reading
63 people want to read

About the author

Sigmund Freud

4,420 books8,472 followers
Dr. Sigismund Freud (later changed to Sigmund) was a neurologist and the founder of psychoanalysis, who created an entirely new approach to the understanding of the human personality. He is regarded as one of the most influential—and controversial—minds of the 20th century.

In 1873, Freud began to study medicine at the University of Vienna. After graduating, he worked at the Vienna General Hospital. He collaborated with Josef Breuer in treating hysteria by the recall of painful experiences under hypnosis. In 1885, Freud went to Paris as a student of the neurologist Jean Charcot. On his return to Vienna the following year, Freud set up in private practice, specialising in nervous and brain disorders. The same year he married Martha Bernays, with whom he had six children.

Freud developed the theory that humans have an unconscious in which sexual and aggressive impulses are in perpetual conflict for supremacy with the defences against them. In 1897, he began an intensive analysis of himself. In 1900, his major work 'The Interpretation of Dreams' was published in which Freud analysed dreams in terms of unconscious desires and experiences.

In 1902, Freud was appointed Professor of Neuropathology at the University of Vienna, a post he held until 1938. Although the medical establishment disagreed with many of his theories, a group of pupils and followers began to gather around Freud. In 1910, the International Psychoanalytic Association was founded with Carl Jung, a close associate of Freud's, as the president. Jung later broke with Freud and developed his own theories.

After World War One, Freud spent less time in clinical observation and concentrated on the application of his theories to history, art, literature and anthropology. In 1923, he published 'The Ego and the Id', which suggested a new structural model of the mind, divided into the 'id, the 'ego' and the 'superego'.

In 1933, the Nazis publicly burnt a number of Freud's books. In 1938, shortly after the Nazis annexed Austria, Freud left Vienna for London with his wife and daughter Anna.

Freud had been diagnosed with cancer of the jaw in 1923, and underwent more than 30 operations. He died of cancer on 23 September 1939.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
22 (68%)
4 stars
8 (25%)
3 stars
1 (3%)
2 stars
1 (3%)
1 star
0 (0%)
Displaying 1 - 5 of 5 reviews
Profile Image for Eduarda.
22 reviews1 follower
July 18, 2025
(18/07/24) 2 estrelas
Logando a leitura de Sobre tipos libidinais (1931), Sobre a sexualidade feminina (1931) e A Feminilidade (1933).

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
---------------------------------------------------------------------------
(29/06/25) 3 estrelas
Logando a leitura de Organização Genital Infantil (1923), O Declínio do Complexo de Édipo (1924) e Algumas Consequências Psíquicas da Distinção Anatômica Entre os Sexos (1925).

Três estrelas pq Freud sempre é massa né, as hipotetizações e os movimentos do raciocínio dele sempre abrem espaço pra muita coisa, sempre são ambivalentes politicamente (uma amiga chamou Freud de feminista as avessas) e sempre abrem espaço pra dúvida do que está sendo escrito.

Mas aí é foda kkkkkk impossível não ver aqui como o raciocínio é guiado por preconceitos de gênero. Esses textos dos anos 20 sempre me parecem aqueles que o Freud mais insiste nas suas ideias mais fracas e mais abandona as suas ideias/caminhos abertos mais interessantes. Acredito que muito pelo compromisso com suas bases fisicalistas, as quais muitos lacanianos tentam apagar (a própria edição da autêntica é repleta de psitas disso).

Algumas considerações a mais:

Esses três textos, por mais que não abandonem a ideia de bissexualidade constitutiva, parecem sugerir algo do tipo. Não que a bissexualidade não esteja ali, mas vi vários indícios de que ela passaria a ser secundária em relação à Édipo. Não estou 100% certa disso (parece difícil não vê-la na exposição do Édipo masculino no texto de 24, mas o mesmo texto dê os caminhos para pensá-la como posterior), seria necessário um estudo mais aprofundado.

As fórmulas da sexuação do Lacan (e principalmente, como certos lacanianos se utilizam delas) parecem herdar diversas pré-concepções sobre gênero que encontramos nesses textos do Freud, ainda que nelas se abandone completamente o fundo anatômico freudiano (mas né, porque chamá-las de masculino e feminino? Lacan já tinha críticado tanto coisa do Freud aquela altura...)

Segue viva minha hipótese de que vários desenvolvimentos freudianos da década de 20 buscam, indiretamente, dar conta do problemão que sua hipótese sobre a pulsão de morte impôs. Principalmente via complexos de Édipo, de castração e sobre a organização genital e fase fálica. Ainda sim, apenas uma hipótese pra ficar cozinhando...
Profile Image for yasmim .
129 reviews2 followers
October 14, 2021
Do meu próprio ponto de vista de mulher, não concordo com tudo que Freud diz nesses textos, mas é impossível negar o quão genial ele foi. Nos pontos sobre "o tabu da virgindade" e a importância da educação sexual para crianças, posso afirmar que Freud foi necessário e que várias pessoas deveriam prestar atenção no que ele tem a dizer. O posfácio do livro também é extremamente bem escrito.
Profile Image for Bárbara.
43 reviews1 follower
August 2, 2020
Textos clássicos e muito citados de teoria psicanalítica sob rigoroso processo tradutivo e didáticas notas explicativas. Edição cuidadosa, com prefácio e posfácio riquíssimos, integrante de uma das melhores coleções brasileiras das obras de Freud em circulação. Adorei lê-la com minhas alunas.
Profile Image for Elielton Castro.
128 reviews1 follower
January 31, 2024
É incrível como Freud consegue ser um paradoxo: um homem de seu tempo, mas também um homem muito a frente de seu tempo. As muitas críticas feitas à psicanálise caem por terra quando iluminadas pelos textos em si, e não por elaborações feitas por terceiros acerca do pensamento freudiano. Somente um paradoxo como ele poderia proferir: "Só existe uma libido, que está a serviço tanto da função sexual masculina quando da feminina. A ela própria não podemos atribuir nenhum sexo [...]."
Além do mais, tenho que assinar embaixo do que é dito no posfácio: "Os textos freudianos, além daquilo que revelam a partir da experiência clínica do autor, possuem ritmo, energia, pulsação.". Embora não se considere poeta (ou melhor, um "Dichter")  Freud definitavemente escreve como um, e isso se reflete na captura de seus leitores mais atentos.
Displaying 1 - 5 of 5 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.