An edition of the myth commonly known as Ištar’s Descent was first published in 1901. Since then, no complete critical edition of the text has been published. Unlike other SAACT volumes, SAACT 6 amounts to a full critical edition of the myth. In addition to the cuneiform text with transliteration and translation, there is a full critical apparatus and a scored transliteration of all known sources, and all textual variants from the known sources are included in the glossary. The title, Ištar’s Descent and Resurrection , is a reminder that Ištar’s descent to the netherworld was not a one-way trip, but that she also re-ascended to heaven. Beyond the critical edition, there is also extensive commentary that ties in the Sumerian version of the myth, Inanna’s Descent , as well as later parallels from Gnostic texts such as The Exegesis of the Soul and The Hymn of the Pearl . There are also grammatical notes for students, and the publication is rounded off with the usual sign list that accompanies SAACT volumes.
Books can be attributed to "Unknown" when the author or editor (as applicable) is not known and cannot be discovered. If at all possible, list at least one actual author or editor for a book instead of using "Unknown".
Books whose authorship is purposefully withheld should be attributed instead to Anonymous.
A deusa Ishtar decide baixar ao mundo dos mortos – o Kurnugu – onde reina sua irmã Eréshkigal, ameaçando, no caso de ser impedida, pôr abaixo as portas daquele lugar e fazer com que os mortos subam à superfície da terra, devorando e superando, em número, os vivos. Eréshkigal, à qual a visita da irmã transtorna profundamente, deter- mina ao porteiro que a faça entrar, com a condição que se cumpram os ritos da Érsetu (outro nome da terra dos mortos), o que implica que a deusa deve deixar, a cada uma das sete portas, um adereço. até que termina inteiramente nua. Eréshkigal envia-lhe então nada menos que sessenta doenças. Consequência disso é que, sobre a terra, o boi não mais cobre a vaca, o asno não emprenha mais a asna, nem o moço à moça. Entra então em ação Papsúkkal, “intendente dos grandes deuses”, o qual, alertando para as consequências da descida de Ishtar, busca e recebe o auxílio do deus Ea: ele fabrica um assinnu, isto é, um prostituto, de nome Asúshu-námir, o qual encarrega de dirigir-se ao mundo subterrâneo para trazer de volta a deusa. Mesmo que Asúshu-námir termine amaldiçoado pela rainha do Kurnugu, esta ordena a Namtar, seu intendente, que borrife Ishtar com a água da vida, o que provoca sua recuperação. Na ordem contraria de quando desceu, a deusa passa pelas sete portas, retomando, em cada uma delas, suas vestes e seus adornos. Deve, Ishtar, contudo, pagar um resgate por sua liberação, cabendo ao esposo dela moça, Dúmuzi, substitui-la na Érsetu*, voltando à superfície apenas periodicamente.
*Érsetu é o termo acádio que denomina o mundo dos mortos bem como a própria superfície da terra, em oposição ao céu (Anu). (BRANDÃO, 2019, p. 13-14)