Um livro de leitura obrigatória para todos aqueles que querem conhecer melhor o que subjaz ao estado actual do Serviço Nacional de Saúde. A obra vai muito além das condenações em praça pública, cujas sentenças passam sempre por decepar lideranças políticas e aprofundar a falta de estratégia com lenta sangria do, constitucionalmente inscrito, "direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover". António Arnaut e João Semedo fazem o diagnóstico, com contextualização história, política, económica e social, apresentando terapias para salvar esta conquista da democracia que se ergue como o farol do estado social em Portugal. O SNS não pode ser reduzido a escombros, onde se empilham as actividades pouco rentáveis para o sector privado, enquanto se faz avolumar o seu papel financeiro de porquinho mealheiro desses mesmos privados. Haja coragem para o defender de derivas ideológicas e ganancias corporativistas.