Organizada pelos poetas Fabiano Calixto e Natália Agra, reúne o simbólico número de 69 poetas brasileiros em atividade que, em algum momento de suas trajetórias, tocaram a temática erótico/pornô. Da antolorgia fazem parte os seguintes poetas: Adelaide do Julinho, Ademir Assunção, Alberto Lins Caldas, Ana Elisa Ribeiro, Ana Estaregui, Ana Kiffer, Ana Martins Marques, Arnaldo Antunes, Assionara Souza, Bruno Brum, Carla Diacov, Catarina Lins, CavaloDADA, Cláudia Sehbe, Dimitri BR, Diogo Cardoso, Douglas Diegues, Eduardo Sterzi, Fabio Weintraub, Fabrício Corsaletti, Francesca Cricelli, Gabriel Felipe Jacomel, Glauco Mattoso, Gregório Duvivier, Guilherme Gontijo Flores, Guilherme Zarvos, Italo Diblasi, Jean Albuquerque, Jeanne Callegari, Jô Saulo, Josely Vianna Baptista, Josoaldo Lima Rêgo, Júlia de Carvalho Hansen, Julia Klien, Jussara Salazar, Leda Cartum, Leonardo Gandolfi, Leoni, Luciano Ramos Mendes, Luiza Romão, Magno Almeida, Maíra Mendes Galvão, Marcelo Ariel, Marcos Siscar, Marília Floôr Kosby, Marília Garcia, Masé Lemos, Mauro Santa Cecília, Micheliny Verunschk, Mônica de Aquino, Natalia Barros, Nicolas Behr, Nilton Resende, Nina Rizzi, Pedro Tostes, Rafael Iotti, Regina Azevedo, Ricardo Domeneck, Richard Plácido, Rita Barros, Sérgio Mello, Simone Brantes, Sofia Mariutti, Thiago Mattos, Thiago Ponce de Moraes, Veronica Stigger, Victor Hugo Turezo, Waldo Motta e Zhô Bertholini.
É muito difícil haver uma coesão de qualidade numa antologia com dezenas de poetas, ainda mais variando os temas entre o pornográfico, o obsceno e o erótico, mas este livro não só consegue isso como também preenche uma lacuna que é justamente reunir o fescenino contemporâneo em um só livro, algo que a editoração brasileira estava precisando. Passei os últimos anos tendo a literatura obscena como meu objeto de estudo acadêmico e esse livro chega num momento mais do que necessário para o fechamento da minha pesquisa e não poderia estar mais feliz pela escolha precisa de poemas e autores. O único porém que encontrei nesse livro diz respeito à editoração, ele é apresentado em ordem alfabética pelos nomes dos autores, mas estes só constam num índice ao final do livro e não com nomes em seus respectivos poemas, o que deixa a leitura um tanto confusa, claro que alguns poemas eu já conhecia e por isso sabia quem era o autor, ou até mesmo os que não conhecia, mas reconheci o estilo do poeta, mas mesmo assim é meio incoveniente não ter o nome do autor junto ao poema. E, como usual, escolho o poema que mais me saltou aos olhos dentro do livro todo:
Salmo de Marcelo Ariel
Faz de mim uma gota de porra descendo por tua bunda até se misturar com teu cheiro com o doce cheiro do seu cu doce e amargo Põe minha língua como um selo , como um selo no teu grelo Pois forte como a Morte é o teu desejo, divino que guia as estocadas dos meus dardos de fogo; chama sobre chama… Que Águas antediluvianas não conseguem extinguir ardor sobre furor mais forte que a eternidade dos mortos. Sagrada é minha flecha de fogo, entrando e saindo da tua cona