No final do século 19, a Itália possuía ambições expansionistas e voltava a sua atenção para a África, mais precisamente para a Etiópia. Com a assinatura do tratado de Wuchale, as duas nações pretendiam iniciar uma próspera colaboração entre si. No entanto, interesses escusos ansiavam para que a situação se revertesse e uma guerra eclodisse na região. É em meio a esse cenário que o jovem Ugo Pastore e seu pai se veem envolvidos em alguns dos momentos mais decisivos da História. Seus caminhos os levam a participar ativamente deste complicado e fatídico período da expansão colonialista da Itália. Para complicar, o surgimento de um homem sagrado arrebanhando uma legião de soldados e seguidores por todo o território da Etiópia pode levar a um desfecho sangrento. Ele usa uma máscara prateada e é um elemento imprevisível no já efervescente cenário da região. (Volto Nascosto 1 a 4)
UHUU! Que quadrinho legal! Ele tem muitos elementos que eu prezo em um quadrinho de aventura: o senso de maravilha mento, o clima com atmosfera, personagens bem construídos, mistério e coadjuvantes muito interessantes. Realmente essa minha guinada para os fumetti (bons) tem sido muito recompensadora para mim. Face Oculta é um bom exemplo. Uma coisa boa de Face Oculta é que ele é uma minissérie da Bonelli, com apenas 14 edições originais. Aqui no Brasil, essas edições foram distribuídas em 3 volumes grandões e que podem ser encontrados nas livrarias país afora. Então é um bom motivo para começar a leitura dos fumetti para quem não está acostumado. Face Oculta se refere a um líder de um exército de homens livres na Eritreia, uma dos países mais selvagens do mundo atual e um dos menos conhecidos. A história se passa no século XIX em meio ao imperialismo italiano no local, que era sua colônia na época. O protagonista, Ugo, se torna um exímio atirador porque tem um problema na pálpebra esquerda e vai se envolver com o Face Oculta. De volta à Itália, se torna amigo do capitão De Cesare que também irá se encontrar com o Face Oculta. Ugo precisará cuidar da amante de De Cesare, por quem nutre uma paixão enquanto o amigo vai à guerra. Não sei, mas me parece muito um livro do romantismo brasileiro, com a exceção de que é bom. Hahaha. Mentira. Com a exceção de que temos elementos fantásticos, de guerra e maravilhamento envolvidos. Leiam, leiam, leiam!
Manfredi é sem dúvida um dos melhores autores da Bonnelli. Desta vez traz uma história de um período sobre o qual tenho pouquíssimo conhecimento: o colonialismo italiano na Etiópia no final do século XIX. Essa edição é um compilado de vários volumes italianos, cada volume original na verdade funciona como um capítulo de uma grande história que vai se desenvolver nessa "maxisérie". A trama capturou bem a minha atenção e não tem usado muitos clichês, não tenho idéia do que deve ocorrer nos próximos volumes.