Si en "El continente", primer libro de la trilogía sobre Brasil de Verissimo, hemos asistido a la fundación de Brasil como país a partir de varios personajes y épocas, en "El retrato" se introduce un giro en la historia, en esta ocasión el personaje protagonista de la novela es uno, Rodrigo Cambará, uno de los niños del Sobrado en "El continente". Tras estudiar en Río de Janeiro medicina vuelve a su hogar en Santa Fe, nos encontramos en el período de entreguerras y el consabido problema de las ideologías, representadas en varios personajes reseñables que irán apareciendo en la novela, a destacar un pintor vasco anarquista que bebe su desesperanza por los tugurios de Santa Fe mientras clama contra la iglesia, el rey o el fascismo. Rodrigo es un idealista, alguien quien, como Pierre, el personaje de “Guerra y Paz”, piensa en hacer el bien, pero la razón es sometida a veces al deseo y viceversa, y el bien se diluye en el fango de los claroscuros. Es Rodrigo un ejemplo de búsqueda de identidad, una búsqueda que sirve como metáfora de ese gigantesco país cuyo lugar en el mundo se está forjando en ese tiempo, ya no es lugar para revoluciones nacionalistas o regionales, ahora Brasil es un país y debe enfrentarse al mundo con una opinión propia que le sitúe en el mapa geopolítico, pero las buenas intenciones no van siempre de la mano cuando se trata de hacerse con una identidad propia, por bello, joven y armonioso que parezca el retrato. Escrito en 1951, "El retrato", segunda de las novelas de la trilogía "El tiempo y el viento", es un crisol de las ideologías de entreguerras, comunismo, fascismo, socialismo, anarquismo… en un estado, Río Grande del Sur, que se ha erigido como el más importante a nivel militar del Brasil. Una fascinante historia en la que el amor, el deseo, la traición o la amistad van de la mano de sus personajes hacia un final incierto. ¿Qué es al final la ideología cuando los vientos soplan cerca de las personas?
Erico Verissimo (December 17, 1905 - November 28, 1975) is an important Brazilian writer, who was born in Rio Grande do Sul. His father, Sebastião Veríssimo da Fonseca, heir of a rich family in Cruz Alta, Rio Grande do Sul, met financial ruin during his son's youth. Veríssimo worked in a pharmacy before obtaining a job at Editora Globo, a book publisher, where he translated and released works of writers like Aldous Huxley. During the Second World War, he went to the United States. This period of his life was recorded in some of his books, including: Gato Preto em Campo de Neve ("Black Cat in a Snow Field"), A Volta do Gato Preto ("The Return of the Black Cat"), and História da Literatura Brasileira ("History of Brazilian Literature"), which contains some of his lectures at UCLA. His epic O Tempo e o Vento ("The Time and the Wind'") became one of the great masterpieces of the Brazilian novel, alongside Os Sertões by Euclides da Cunha, and Grande Sertão: Veredas by Guimarães Rosa. Four of Veríssimo's works, Time and the Wind, Night, Mexico, and His Excellency, the Ambassador, were translated into the English language by Linton Lomas Barrett. He was the father of another famous writer of Rio Grande do Sul, Luis Fernando Veríssimo.
Showzera, no começo deu uma esfriada em comparação com o primeiro, mas depois que pegou foi que foi. Graças ao Rodrigo Cambará tenho agora um repertório bem mais vasto em relação a vestimentas do início do século XX como por exemplo plastrão, gorgorão, tarlatana, mitene, calça (e paletó) a fantasia (ainda um mistério), bengala de unicórnio, pincenê e etc. Tal qual o primeiro, esfregou na minha cara que eu não sei nada sobre história política do Brasil, nomes e datas etc., o que é muito que bem feito porque nem existe história política. Rodrigo Cambará é um dissimulado, pra ficar na esfera respeitosa.
Depois de um longo tempo relendo O Continente, o primeiro volume de O Tempo e O Vento, peguei sua continuação com curiosidade. Eu queria saber como encararia esse "reencontro" com Dr. Rodrigo Cambará, o grande protagonista dessa parte da história, e como seria rever a relação dele com o retrato ao qual o título se refere. A história deste volume se estende por um período de aproximadamente cinco anos, desde 1910 até o início da Primeira Guerra Mundial, com Rodrigo voltando a Santa Fé após se formar da faculdade, fazendo incursões na vida política da cidade e começando a trabalhar como médico. Rodrigo, entretanto, é cheio de contradições. Embora se diga defensor da democracia, pratica atos autoritários em nome da própria vontade; embora pense que ser mulherengo prejudica sua reputação como médico, não consegue ficar longe das mulheres; embora queira reduzir a miséria da periferia da cidade, tem horror às pessoas pobres; e, quando uma tragédia acontece ou uma pessoa querida morre, toma o protagonismo da situação, se emocionando mais com discursos que faz a respeito do acontecido do que com a perda em si. Todas essas facetas de Rodrigo são muito bem construídas, se mostrando em inúmeros momentos ao longo da história. Mas se eu simpatizava com ele no início, fui passando a me irritar cada vez mais com seus pensamentos e atitudes. À medida que o tempo passa, Rodrigo se mostra cada vez mais vaidoso, egocêntrico, mesquinho e mimado. O rapaz bonito e ingênuo do Retrato se torna um homem bem diferente do que a aparência sugere, o que é um paralelo interessantíssimo de se fazer com "O Retrato de Dorian Gray", que li ano passado. Embora a história deste segundo volume seja bem interessante no início, vai se tornando muito arrastada a partir de certo ponto, com uma imensa repetição de encontros e jantares com amigos no Sobrado, em que ouvimos as mais entediantes conversas sobre política - por mais que sejam importantes para a narrativa no sentido de mostrar as diferentes forças ideológicas que conviviam no país naquela época e que estão presentes no microcosmo da pequena cidade de Santa Fé. Quando cheguei ao fim do livro, eu torcia para que essas reuniões fossem substituídas por mais uma guerra em que todos os amigos de Rodrigo morressem. Reler este segundo volume foi mais desafiador do que reler o primeiro, e foi até com certo alívio que me deparei com o breve ponto de vista de Floriano, filho mais velho de Rodrigo, já adulto, iniciando o tom do terceiro volume. De forma geral, foi uma leitura boa, porém bastante cansativa.
Depois de ter sido completamente transformado por O Continente, conhecida primeira parte de O Tempo e o Vento, eu estava ansioso demais para ler O Retrato e continuar a saga da família Terra Cambará, o que infelizmente só foi possível agora, dois anos depois de terminado o primeiro livro. Inocentemente, eu desconhecia que este livro é de um gênero literário diferente do primeiro, que é um romance épico sobre a história do Rio Grande do Sul. O Retrato é um romance psicológico, focado apenas na vida do doutor Rodrigo Terra Cambará, bisneto do capitão Rodrigo Cambará. No começo do livro isso foi meio estranho para mim, já que gostei tanto do estilo do primeiro, mas no final a ótima, maravilhosa escrita de Érico Verissimo prevaleceu e provou que independente do gênero ele consegue fazer um romance fantástico. Até 3/4 dos livro eu estava achando o ritmo um pouco lento, mas tudo se justificou no clímax, que acontece rapidamente e explode como uma bomba na cara do leitor, botando o jovem Rodrigo — idealista, apaixonado, bem criado, e sem nunca ter se confrontado com uma decisão difícil na vida — de frente com um problema enorme, criado por ele mesmo, e que abala sua frágil e fraca consciência. A maneira como Verissimo escreve o conflito é sublime pra dizer o mínimo. Depois de toda a ambientação e conhecimento da personagem Rodrigo que o leitor experiencia, o efeito criado pela crise psicológica é acachapante. O livro se passa no período da República Velha, e Verissimo descreve a situação política do Rio Grande do Sul nesta época brilhantemente. Como ele próprio diz pela boca do coronel Jairo Bittencourt, Santa Fé é um microcosmo do Rio Grande. Os diálogos no geral são ótimos, especialmente os sobre política. Um coronel catarinense positivista, um capitão sergipano nietzschiano, gaúchos castilhistas e maragatos, o francófilo liberal Rodrigo, e, o melhor de todos, o pintor anarquista Don Pepe, fisicamente saído de uma tela de El Greco, como ele se descreve. Em relação à primeira parte, O Retrato perde um pouco na participação das mulheres, que foram fundamentais em O Continente. Fora a grande Mária Valéria, que tem papel principal na governança da casa do Cambará, os interesses amorosos de Rodrigo, Flora e Toni, são muito apagadas em termos de diálogo na trama. Contudo, isso é tão aparente que parece até intencional por parte de Verissimo, a fim de refletir a maneira como Rodrigo realmente as vê: meros meios para focalizar seus desejos amorosos, desprovidas, na visão dele, de quaisquer interesses. Falando nele, que tremendo personagem. Achei Rodrigo interessantíssimo e muito bem construído. Especialmente por causa de suas inúmeras falhas, é que Rodrigo é tão bom personagem, suas crises frequentemente bobas, e seu egoísmo aparecendo nos momentos críticos, apesar de sua tentativa de se pintar altruísta (o que ele as vezes também o é, mostrando as contradições de um ser humano), são totalmente críveis. O Retrato é um romance que mostra um Rio Grande do Sul tentando se modernizar, incorporando filosofias, arte, e tecnologias como o gramofone, o automóvel e o cinema àquela velha estrutura de oligarquia rural pampeana. O modo de vida gaúcho ainda sobrevive por Licurgo e Toríbio, o pai e o irmão de Rodrigo, mas já mostra sinais que está ficando para trás e dando lugar aos tipos como Rodrigo, apesar deste ainda se fascinar e e se ver nessa figura mística e antiga que o gaúcho, cujas gírias e cuja visão de mundo ainda são muito presentes na vida do Estado (pare quem é do interior como eu, essas inserções gaudérias no livro são uma delícia de ler). Adorei o livro, e quero demais a ler a parte final da saga dos Terra-Cambará! PS: é bom demais o livro iniciar acompanhando uma figura que é onipresente na cidade pequena: o fofoqueiro.
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À medida que lia “O Continente” algumas vezes me peguei pensando se haveria história suficiente para os próximos livros, já que havia sobrado apenas duas gerações da família Terra-Cambará a serem comentadas.
Obviamente subestimei a capacidade de Érico Veríssimo.
Se o primeiro livro é um grande épico familiar - que lembra “Cem Anos de Solidão”, “Os Buddenbrook” e outros clássicos - “O Retrato” é um livro mais psicológico, com uma das mais incríveis construções de personagem que eu vi.
Aqui, o foco está no Dr. Rodrigo Terra Cambará e, mais especificamente, entre os anos de 1909, quando ele retorna à Santa Fé formado em Medicina, e 1925 (além de alguns capítulos passados em 1945, vistos pela ótica de outros personagens).
Um homem que aceitava tratar as pessoas de graça, mas que tinha nojo dos pobres. Que amava a esposa e sabia da importância do casamento, mas que não “conseguia” se negar ao adultério. Amável, generoso e, ao mesmo tempo, egoísta e vaidoso, capaz de transformar qualquer assunto em algo sobre si mesmo, inclusive o enterro de alguém próximo. Detestável e identificável na mesma medida.
Acompanhamos também os avanços da modernidade naquela região, a chegada dos automóveis, da energia elétrica, as questões políticas em discussão no Brasil, os impactos da Primeira Guerra. Confesso que, embora o panorama histórico seja interessante, existem MUITOS diálogos político filosóficos neste livro que me cansaram e me fizeram empacar na leitura algumas vezes.
Apesar de menos interessante que “O Continente”, “O Retrato” é um livro magistral. Ansiosa pelo último capítulo da saga.
4.8 Sei que grande parte dos leitores dessa trilogia vão preferir O Continente a O Retrato, e sinceramente, entendo que O Continente tenha personagens muito mais interessantes, assim como passagens mais marcantes; no entanto, acompanhar Rodrigo Cambará em seus intermináveis serões no Sobrado foi bem mais instigante pra mim. Não sei se porque li esse volume em bem menos tempo que o primeiro, me fazendo ter mais apego aos personagens por estarem sempre frescos na memória, ou então por conta de acompanharmos bem menos figuras nesse livro, o que fornece o tempo necessário pra criar esse apego. Não sei. Apenas digo que, apesar de ser um canalha, Rodrigo é um dos personagens mais bem escritos da história, descrito de uma maneira tão tridimensional que com certeza poderia ter de fato existido no Rio Grande, se é que não existiu. É impossível amar Rodrigo Cambará, mas também impossível odiá-lo. Em contraponto, só é possível amar essa obra.
Fiquei um pouco triste de me despedir de alguns personagens do primeiro livro, mas com o tempo fui me apegando (ou detestando) a esses novos personagens. Essa história já se passa no século XX, então há bastante discrepância entre os dois livros, foi um salto temporal significativo. Rodrigo é um personagem extremamente complexo. Amoroso, infiel, caridoso, vaidoso, ganancioso. Parece que, de certa forma, tudo oq ele faz é pra conseguir reconhecimento dos outros. Seguindo os passos dos outros cambarás (com exceção de Bolívar), ele também trai a esposa. Veríssimo retrata bem a forma como o remorso ocupa a sua mente após as traições. porém no fundo, o seu real medo é apenas o de ser descoberto e perder o seu prestígio, a culpa não é pelo fato em si. Licurgo continua sendo um insuportável, mas tá mais tolerável nesse livro. Maria Valéria perdeu um pouco do brilho pra mim. Esse livro aborda mais a política do que o primeiro, contendo muitos diálogos que discutem esse aspecto, além de filosofia e sociologia. Isso me lembrou a escrita de Tolstói. Acho que não foi tão marcante como o primeiro livro, mas não há nenhum defeito em específico a ser pontuado, então ainda merece 5 estrelas.
Quando criança, havia começado a ler o retrato mas não terminei. Por algum motivo, parei no segundo volume acho, possivelmente porque os temas estavam adultos demais para minha cabeça na época. Foi muito bom ler agora até o fim, entendendo com mais profundidade os temas tratados, e também agora entendendo todos os excertos em francês.
Achei O Retrato um pouco mais pesado e ao mesmo tempo mais interessante de ler do que O Continente, pois pinta um retrato psicológico mais aprofundado dos personagens, com os quais é frequentemente fácil de se irritar. Expõe lucidamente a degradação moral do doutor Rodrigo, personagem incorrigível, que ora enternece por sua grande humanidade ora enfurece por… hã, mesma razão? 😅
Escrevo esta resenha enquanto já estou lendo a sequência O Arquipélago, na qual acredito que o autor coloca um pouco mais de seus pensamentos e reflexões sobre a vida. Essa série inteira é « une belle fresque de l’humain » !
Erico Verissimo sabe cativar o leitor. Toda vez que pegava O Retrato, lia mais páginas do que pretendia, mesmo essa parte não sendo tão boa quanto O Continente, início da saga O Tempo e o Vento.
O Retrato começa em 1945, quando um doente Rodrigo Cambará volta para Santa Fé por conta do fim do Estado Novo, mostrando como cada pessoa da cidade tem uma visão diferente do médico. Em seguida, a narrativa volta para os anos 1910 para acompanhar a vida de Rodrigo recém-formado em Medicina.
Ao longo de 570 páginas, conhecemos esse personagem muito bem construído e contraditório. Rodrigo se opõe ao mandonismo dos coronéis locais, mas também é autoritário para conseguir o quer quer. Diz que usará a medicina para o bem dos pobres, mas os despreza. Sua vontade é fazer seu nome como honrado pai de família, mas é infiel à esposa.
Por mais que os personagens do livro deem um bom panorama do Rio Grande do Sul nos anos 1910, o enredo não empolga tanto quanto O Continente. Muitas vezes, dá a impressão que o autor perdeu a mão nas discussões entre os personagens-tipos como militar positiva Jairo Bittencourt e o nietzschiano Rubim. Por outro lado, Don Pepe (pintor do retrato que dá título ao livro) e Toríbio são personagens inesquecíveis. É a habilidade de Verissimo que transforma essa história em um livro muito bom.
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“ Creo en los grandes principios de la Anarquía, la Federación y el Colectivismo: creo en la Revolución social que ha de redimir a la Humanidad de todos los que la degra dan y envilecen. Amen! -Amém! - repetiu Bio. Vamos pra pensão. - E tu, Don Rodrigo, en qué crees? En el Diós Todopoderoso, creador del cielo y de la tierra, en la Santa Madre Iglesia Católica Apostólica Romana? - E por que não? Mas intimamente tinha uma convicção que não ousava formular em voz alta: "Eu creio em mim mesmo. Deus que me perdoe, mas eu creio é no doutor Rodrigo Terra Cambará"." (p. 183).
“- É bom aprenderes a não confiar muito em mulheres. São todas iguais. Rodrigo olhava para a água, pensando em Flora. - Não, Bio, há mulheres decentes. Nós é que somos uns porcos. Era-lhe agradável assumir aquela atitude de autorrecriminação. - Não digas asneiras. Vamos cair n'água. - Escuta, a Ondina te disse alguma coisa a meu respeito? - Não. O bom é que ela nunca fala. - E tu sabes que o Quincas também anda com ela? - Só o Quincas? O Antero também. - O negro Antero! - O negro Antero. É pra aprenderes, rapaz. E tu pensavas que eras o único, queridinho, o preferido! Para disfarçar seu embaraço, Rodrigo começou a assobiar. Depois soltou fundo suspiro e refletiu filosoficamente: "Pelo menos agora estou livre de todo o remorso, isento de qualquer responsabilidade"." (P. 200).
O primeiro volume leva 2 estrelas porque NADA, N-A-D-A, acontece. Rodrigo sai daqui pra ali, conversando ou brigando com alguém sem fundamento.
Já o segundo volume, leva 1 estrela porque me deu um verdadeiro ÓDIO o repeteco gigantesco de Rodrigo se achando -> Rodrigo fazendo uma promessa pra si mesmo (vou ajudar tal pessoa, vou aplicar tal dinheiro, não vou mais me meter em política, não vou mais trair minha esposa) -> 2 páginas depois, Rodrigo quebrando essa promessa e dando uma desculpa mais esfarrapada que tudo -> Rodrigo sentindo pena de si mesmo (juro).
Os últimos 10% do livro trouxeram uma ÓTIMA análise do fascismo/autoritarismo (umas partes dignas do atual PR, btw) e o papel que tiveram na 2ªGM, então aumentei 1 estrela na média por isso hehe O comuninha xingando o pai em praça pública foi TUDO pra mim!!! eu ri demais com o irmão dele horrorizado e ele jogando a verdade na cara dele!!!
Todos os personagens são extremamente chatos, tirando a icônica Maria Valéria (só podia ser uma Terra) e o engraçadíssimo Don Pepe.
"Criam-se legalmente as dificuldades para depois se venderem clandestinamente as facilidades."
"(...) ninguém pode viver com plenitude e profundidade sem incorrer no ridículo (coisa, aliás, tão relativa e discutível), sem cometer excessos ou ver-se a cada passo frente a frente com o absurdo."
"Sim, o amor tinha sempre algo de grotesco para quem o examinava de fora, a frio."
"Não era possível catalogar os sentimentos, metendo-os em escaninhos numerados. O coração humano era um poço de mistérios e contradições."
"Um homem tem que sair de seu comodismo de quiser fazer alguma coisa pela humanidade."
Comparando com o primeiro volume, esse perde um pouco a intensidade; mas de forma alguma a qualidade. Rodrigo Cambará II é um personagem tão complexo e tão bem construído que sinto como se o conhecesse e soubesse exatamente quais atitudes são típicas de sua personalidade.