Jump to ratings and reviews
Rate this book

A Sucessora

Rate this book
A sucessora une prosa intimista e psicológica ao dar voz a uma protagonista feminina: Marina, uma jovem recém-casada que após uma romântica lua de mel muda-se para a mansão do marido, o milionário Roberto Steen. Ao entrar em sua nova residência, depara-se com um imponente retrato de Alice, a primeira mulher de Roberto, falecida poucos meses antes de Marina e ele se conhecerem. Alice era dona de uma personalidade exuberante e um ícone da sociedade carioca, enquanto Marina, criada na fazenda da família, sempre levou uma vida simples e distante dos costumes liberais da cidade grande. Marina é então invadida por sentimentos de insegurança e inadequação. Afinal, numa vida em que todos – involuntariamente ou nem tanto – a comparam à primeira Madame Steen, será que seu amor por Roberto resistirá ao fantasma de uma mulher tão especial?

A sucessora é um romance envolvente escrito por Carolina Nabuco, uma das primeiras mulheres brasileiras a atuar como escritora. Publicado em 1934, alcançou grande sucesso editorial, recebendo várias reedições no Brasil. Em 1941, com o Oscar de melhor filme para Rebecca, a mulher inesquecível, do diretor Alfred Hitchcock, um debate internacional teve início: o romance que inspirou o filme, da inglesa Daphne du Maurier, publicado em 1938, teria sido plágio de A sucessora. A semelhança entre os romances foi reconhecida por críticos literários da época, e não se trata de mera coincidência: antes da publicação, Carolina Nabuco enviou ao agente literário da escritora inglesa os originais de seu livro, traduzidos por ela mesma para o inglês. Nabuco, contudo, preferiu evitar conflitos judiciais.

Décadas mais tarde, a narrativa de A sucessora foi adaptada para o formato de telenovela por Manoel Carlos e exibida com sucesso pela Rede Globo entre 1978 e 1979, tendo Susana Vieira no papel de Marina.

200 pages, Paperback

First published January 1, 1934

24 people are currently reading
560 people want to read

About the author

Carolina Nabuco

11 books10 followers
Maria Carolina Nabuco de Araújo (or Carolina Nabuco) was a Brazilian writer.

Carolina Nabuco nasceu no Rio de Janeiro, em 1890. Passou a adolescência nos Estados Unidos, onde o pai, o estadista e abolicionista Joaquim Nabuco, era embaixador do Brasil. Tornou-se importante escritora já ao publicar seu primeiro livro: a biografia de seu pai, em 1928, obra que no ano seguinte receberia o Prêmio de Ensaio da Academia Brasileira de Letras.

Apesar da educação recebida no exterior, possuía um espírito altamente brasileiro. Atuou como escritora e tradutora e levou uma vida discreta. Não se casou nem teve filhos.

Além de A vida de Joaquim Nabuco e de A sucessora, é também autora, entre outros livros, de Chamas e cinzas (romance, 1947), Visão dos Estados Unidos (viagem, 1953), Santa Catarina de Sena (biografia, 1957), A vida de Virgílio de Melo Franco (biografia, 1962), Retrato dos Estados Unidos à luz da sua literatura (crítica literária, 1967), O ladrão de guarda-chuva e dez outras histórias (coletânea de contos, 1969) e Oito décadas (memórias, 1973).

Em 1978, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Quatro anos depois, em agosto de 1981, faleceu em decorrência de um ataque cardíaco, aos 91 anos, em sua casa na rua Marquês de Olinda, no Rio de Janeiro

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
58 (12%)
4 stars
168 (37%)
3 stars
178 (39%)
2 stars
39 (8%)
1 star
7 (1%)
Displaying 1 - 30 of 74 reviews
Profile Image for David.
166 reviews
October 15, 2018
First of all, I read this for the same reason most people nowadays will read it. Because of the plagiarism accusations the author made against Daphne du Maurier's Rebecca...which so happens to be one of my favourite books.
Twice I've been to Brasil and twice I tried to find the book there without success. So when I found this old edition for sale here in Portugal (AND in Portuguese), I bought it.

Secondly, if you're reading this review in the XXI century (and I'm sure you are), I'm going to assume you've read Rebecca or at least seen the movie. And that, like everybody else, your interest in this books is because of that. As such, although I won't spoil any plot points (not that there's a real plot to spoil anyway), I won't try to beat around the bush.

So here's the deal:

Yes. The book does have some similarities to "Rebecca". There's no denying that. Young girl marries rich older widowed guy and is tormented by the memory of his ex-wife.

If you want a table to see which characters are which, I actually wrote it down:
Marina - the new Mrs. de Winter (or, as some of us call her because of the Musical, "Ich")
Roberto - Maximillian de Winter
Germana - Beatrice de Winter (although here, Germana acts more like Mrs. Danvers)
Júlia (a chambermaid) - the other piece of Mrs. Danvers lacking in Germana.
António - Frank Crawley (irrelevant in the story)
Alice - Rebecca

There are also other small things in common. For example, Rebecca's Cupid statue in "A Sucessora" is a bronze statuette of a ballerina.
The House in Paissandú is a less ostentatious Manderley.

But that's pretty much it. I don't think you can say that's plagiarism just because of that. Otherwise, Lord of the Rings, Harry Potter and Star Wars were all a rip-off of each other since the premisse and the type of characters is always the same.

"A Sucessora" is a book that pretty much reflects Brasil in the 1920's. It's filled with settings that only make sense to people who know the history of Brasil. And at capturing that, it's very very good.
But the story itself isn't.

The love story between Marina and Roberto is as rushed (if not more so) than in Rebecca but unlike the unnamed protagonist of Rebecca, Marina is a completely different character. First of all, she has a family, a backstory, love interests and while she's also tormented by the memory of the departed wife of her husband, she actually acts upon that. She has a personality. She's not alone in the world, she isn't a poor girl and she comes from a family of former slavers.

And unlike Rebecca, "A Sucessora" isn't a crime mystery. It's pretty much a Brazilian telenovela and it reads like one (no surprise, of course, that it has been adapted into a telenovela in Brasil).
Also unlike Rebecca, Marina isn't really actively tormented by the spirit of Alice. The thing that torments her the most is a simple painting, which she could have asked to be removed at any time.
And whilst Júlia and Germana often compare her to Alice and criticise her for not being like her, they never do it with the same level of obsession or malice that Mrs. Danvers does.

In the end, "A Sucessora" does share common ground with "Rebecca" but "Rebecca" is still a FAR FAR superior novel. And I'm pretty sure, if one looks, this sort of story had been written before and has been rewritten since.
Profile Image for Ana.
746 reviews113 followers
November 20, 2019
Li este livro, que nem sabia que existia, por sugestão de uma amiga a um pedido meu de livros semelhantes a ”Rebecca”, de Daphne du Maurier. Fiquei ainda com mais curiosidade, depois de ela me ter falado da acusação de plágio - ao que parece fundamentada - contra a escritora inglesa.

E tal como a minha amiga, gostei muitíssimo do livro de du Maurier, e comecei ”A Sucessora” com a ideia de que talvez pudesse vir a encontrar-me perante um daqueles casos em que a cópia é melhor do que o original. Mas nada disso aconteceu. ”A Sucessora” pareceu-me superior, no que diz respeito à escrita, mais rica, com personagens mais bem caracterizados e uma descrição da época muito bem feita.

Não posso dizer que tenha gostado mais de ler este livro do que ”Rebecca”. Julgo que este último acaba por compensar a falta de riqueza da linguagem e a inferior qualidade da escrita, com o enredo mais negro e o desenlace mais inesperado. Com plágio ou sem ele, para mim, foram duas leituras muito agradáveis e ser-me-ia difícil substituir uma pela outra.
Profile Image for Ana.
Author 14 books217 followers
August 22, 2021
Como tantos outros leitores, cheguei a este livro por se ter dito que "Rebeca" poderia ser um plágio de "A Sucessora". O caso é polémico, não havendo consenso sobre a validade desta acusação. Li alguns textos e opiniões sobre o assunto com conclusões dicotómicas, pelo que decidi ler as duas obras também para poder formar a minha própria opinião. Já agora devo dizer que li primeiro "Rebeca" e que a considero uma obra formidável.

O curioso é que após ler as duas obras, também acabei dividida.
Nos primeiros momentos de leitura de "A Sucessora" os meus pensamentos foram: "Como é possível que alguém afirme não haver plágio?!" Mas com o avançar da história acabei a pensar "Ah ok...isto realmente é uma história completamente diferente, percebo perfeitamente quem é de opinião de que não houve plágio...."

Em "A Sucessora" encontrei de facto muitos elementos de construção do enredo e da narrativa comuns a "Rebeca". Foram tantos que considero mesmo demasiados para poder considerar uma coincidência (conhecendo é claro também os pormenores da história da acusação de plágio). No entanto, apesar dos elementos comuns e transversais às duas obras, o resultado final é tão diferente que me é muito difícil considerar que Daphne du Maurier plagiou de facto Carolina Nabuco.

Para mim é como se as duas autoras fossem construtoras a quem tinham sido dados os mesmos materiais de construção base, mas que enquanto Carolina Nabuco os usou para construir uma moradia de linhas simples que com o passar do tempo vai ficando cada vez mais obsoleta, Maurier construiu uma belíssima mansão com acabamentos requintados, com potencial para se valorizar com o passar do tempo.

Mas deixando agora de parte as comparações e falando apenas em "A Sucessora". Trata-se de uma história bastante simples que de vez em quando parece prometer algo mais, em capítulos que depois acabei por sentir serem completamente acessórios e escusados (que afectam negativamente até a própria estrutura do texto), por não haver continuidade ou aprofundamento dos mesmos.

"A Sucessora" é a história de Marina, uma menina mulher que sonha ser feliz, encontrar o seu próprio lugar e descobrir o seu caminho ao lado do homem que ama. Contudo, este livro acaba por passar a mensagem de que isso são apenas quimeras de juventude, sonhos de menina. Permitidos às meninas, mas não às mulheres. Pois às mulheres não é permitido terem qualquer tipo de independência ou objectivo próprio diferente daquele que a sociedade delas espera. Que ser uma verdadeira mulher é ser uma esposa extremosa ao serviço dos desejos do marido, e ser mãe é o ponto mais alto da feminilidade (sem o qual nem sequer se pode considerar ser uma verdadeira mulher!). Um vómito de mensagem na minha opinião, que mais asqueroso se torna para mim se me lembrar que o livro serviu de base a uma telenovela (e conhecendo a eficácia das novelas enquanto modeladoras do comportamento).

Reflexo dos tempos em que a obra foi escrita, é certo. Na obra da própria Daphne Du Maurier (por exemplo, em "A Casa na Praia") também à mulher é apenas reservado um papel secundário e "fantochado", sob as ordens e os desejos do marido. Neste caso contudo achei mais "grave" por ser o foco do enredo e porque fora isso, pouco ou nada mais conseguí retirar.

Quanto a aspectos positivos, teve dois fundamentais. A certa altura do livro, fala-se sobre o carnaval do Rio e é também abordado o tema da escravidão e da religião. Curiosamente, muito pouco tempo antes de ler este livro tinha visto um filme documental sobre o carnaval com Maria Bethânia ("Fevereiros", um documentário de 2017) onde se abordava entre outros assuntos, a herança africana, a mistura entre o profano e o religioso e suas significações na celebração do carnaval. O meu desconhecimento sobre o que era um "lança-perfume" levou-me também a um artigo universitário sobre a evolução da celebração do carnaval carioca ao longo dos tempos. Tudo isto em conjunto (livro, documentário e paper) proporcionaram-me uma experiência de aprendizagem e reflexão muito positiva sobre estes temas, que à partida nem seriam muito do meu interesse.

O segundo aspecto positivo foi tê-lo lido na companhia de dois grandes leitores, cujas visões e opiniões tão distintas das minhas por vezes e por outras tão cúmplices, levaram a uma experiência de "leitura aumentada" com muita partilha e construção. Obrigada Bárbara e José.
Profile Image for Ana.
230 reviews91 followers
April 13, 2017
“Mas Marina vinha de outro meio. O Brasil dela era o velho Brasil agreste dos antepassados fazendeiros. Roberto tinha sangue estrangeiro, tinha avós dos Flandres, emigrantes de terceira classe. Os de Marina haviam sido por muitas gerações proprietários de Santa Rosa, a fazenda mais antiga do estado do Rio. (…) Através dos tempos coloniais e do Império, Santa Rosa criara na família fortunas e questões, até à Abolição que a sorvera. Agora agonizava.” (p. 7-8)

“Este era o outro Brasil, o Brasil novo, industrial, no qual nascera Roberto, e que chamava os braços da lavoura para as cidades, as fábricas e a tuberculose, mas que não produzira ainda, mesmo na capital, senão um fraco punhado de residências como esta e de fortunas como a que Roberto gastava largamente (...) no fausto que destoava dos hábitos de seus amigos e que atraía a atenção dos invejosos.” (p.8)

Marina é uma jovem de 20 anos, oriunda de uma família tradicional de fazendeiros do interior do Estado do Rio de Janeiro, desinteressada dos assuntos mundanos e que cultiva o gosto pelas coisas simples como a leitura e o contacto com a natureza. Conhece Roberto, um homem cerca de quinze anos mais velho, industrial milionário pertencente à elite burguesa do Rio e viúvo recente, quando este visita a Fazenda numa viagem de negócios. A atracção é imediata e recíproca e, contrariando os desejos da mãe de Marina, os dois acabam por se casar.

Após a lua-de-mel o casal instala-se na mansão de Roberto, onde este vivera com a sua defunta primeira esposa, Alice. Marina começa a sentir a presença da sua antecessora logo à chegada, ao deparar-se com um retrato pintado de Alice, colocado em lugar de destaque no salão, e que alguém se havia esquecido de retirar. Com o decorrer do tempo essa presença estende-se a todos os detalhes da vida doméstica e social, uma vez que Alice parece ter sido a encarnação da mulher perfeita: de beleza invulgar e um modelo de esposa e anfitriã para os padrões da elite urbana carioca (pautados pelo luxo, pelas modas e pelas frivolidades em geral).

Marina, embora consciente da sua superioridade intelectual em relação aos amigos do círculo de Roberto, sente-se fracassar nas questões mundanas e de etiqueta, que a entediam e fatigam "... nunca Marina conhecera o luxo e resistia-lhe inconscientemente." (p.8). O casamento transportou-a para uma realidade estranha na qual os “ideais de elegância pautavam-se nos usos de outras terras mais adiantadas na arte de gastar fortunas.” (p.24). Dominada pelas dúvidas e pela insegurança, Marina começa a mistificar a figura da sua antecessora como figura exemplar à qual terá de se equiparar. Sente-se na obrigação de corresponder às expectativas do círculo a que agora pertence, e enveredar por um estilo de vida discordante da sua natureza. Acaba por soçobrar numa forte crise de identidade.

A Sucessora, cuja acção se situa por volta da década de 1930, apresenta-se-nos assim como um romance de época e de costumes, com uma componente de drama psicológico ligado a questões relacionadas com a conquista da identidade e com o papel atribuído à mulher na família e na sociedade. Extrapolando as histórias individuais para um universo mais amplo, o conflito interior que Marina vive pode também ser entendido como o retrato de um Brasil em transformação no qual duas realidades se chocam: o declínio um Brasil rural, tradicional, quase feudal, e a ascensão um Brasil urbano e industrial, “amodernado” nos costumes e na economia.

No universo mais geral, a História já nos mostrou qual das realidades triunfou. No universo mais restrito das histórias individuais dos personagens do romance, decidir até que ponto Marina sai vencedora e/ou derrotada é uma questão de ponto de vista . Confesso não ter gostado da opção da autora relativamente ao rumo que traçou para a protagonista e, por isso, não consigo elevar a minha apreciação para além das 3 estrelas.

Nota:
A minha curiosidade em ler este romance surgiu da polémica sobre um alegado plágio de que teria sido alvo por parte de Daphne du Maurier no seu romance Rebeca . Honestamente (e não é porque gostei muito de Rebeca), não vejo motivo para tal alegação. Existe efectivamente um elemento central que é comum - o tema da segunda esposa cuja existência é "assombrada" por uma primeira, entretanto falecida - mas é tudo. A partir daí as narrativas são construídas de modo completamente diverso, em abordagem e em estilo.
Aliás, o tema nem sequer é original em A Sucessora , tendo surgido anteriormente no romance Encarnação do também brasileiro José de Alencar. E provavelmente outros exemplos, que não conheço, existirão. Vou até mais além: A Sucessora foi adaptado à televisão sob a forma de telenovela, esta sim claramente inspirada em Rebecca
Profile Image for Rita.
906 reviews185 followers
October 26, 2022
Na década de 80 tentei por diversas vezes comprar Rebecca, mas a edição da Livros do Brasil (acho que era a única que havia, ou a única que eu conhecia) estava sempre esgotada e por isso é um dos livros que ainda hoje não tenho. Na altura consegui que uma amiga me emprestasse o dela, e li-o. Gostei tanto que acabei por ir ver o filme do Hitchcock à Cinemateca ou ao Quarteto, já não me lembro.
Há uns 2 ou 3 anos vi um excelente documentário na RTP 2 sobre a Daphne du Maurier e fiquei curiosa com toda a polémica sobre o possível plágio da autora no seu livro Rebecca.

Parti para este A Sucessora, de Carolina Nabuco, sem qualquer tipo de pré-conceito, até porque há quem diga que esta história também tem alguns pontos de contacto com Encarnação de José de Alencar publicado em 1893.
Enfim, Carolina “plagiou” Alencar e foi “plagiada” por Daphne, um verdadeiro triângulo literário.

Há muitos pontos de contacto entre A Sucessora e Rebecca, isso é inegável. Se é plágio ou não, pouco me importa.

O romance conta a história de uma jovem frágil e totalmente assarapantada com a imensa responsabilidade de substituir a primeira esposa do seu marido, sempre lembrada e amada por todos como uma mulher única e de personalidade marcante. À medida que vamos avançando na narrativa há um certo clima de “terror” psicológico que se intensifica a ponto de Marina, a protagonista, quase enlouquecer obcecada com a memória da falecida impregnada em cada assoalhada e nas recordações daqueles que com ela conviveram.
O que achei mais interessante é o retrato da época, o confronto entre duas faces do mesmo país. O Rio de Janeiro que representa a modernidade, liberdade e a alegria e a Fazenda Santa Rosa, de onde vem Marina, que representa o conservadorismo, o atraso, as crendices e as regras arcaicas.

Gostei, mas não é uma história que me tenha arrebatado. Acredito que se lesse Rebecca hoje o sentimento seria igual. Vamos lá ver o que acontece com Encarnação.
Profile Image for Fátima Linhares.
934 reviews339 followers
January 24, 2021
O que me fez querer ler este livro foi ter sabido que Carolina Nabuco acusou Daphne Du Maurier de plágio. Segundo a brasileira, a tia Daphne inspirou-se nesta Sucessora para escrever a sua obra prima, Rebecca. Só posso rir, porque este livro tem muito pouco que lembre Rebecca. Caso o plágio tenha mesmo ocorrido, só posso dizer que Rebecca é múltiplas vezes melhor, e nem sequer é dos meus livros preferidos.

A protagonista deste livro, Marina, é muito pata choca e o Roberto é um apagado. A história é muito sem sal e a tentativa de transformar a primeira mulher de Roberto, Alice, num espectro que assombra Marina e paira em todas as suas decisões é só sofrível. E o fim? Coisa mais melosa e parva!

Eu não costumo dar menos de três estrelas a um livro, só quando é mesmo mauzinho e me faz chamar mentalmente nomes às personagens, mas este não merece, de todo! Desculpa, Carolina, mas "num bai dar".

"Estás arrependida do teu casamento - acusou Roberto. - Preferirias teu primo.
Ela respondeu quase ferozmente:
- Isso não é possível que penses!
- Haverá então alguma incompatibilidade?
- Contigo? - perguntou Marina escandalizada.
- Então é com o meu modo de vida, mas dá no mesmo. Não se muda um homem de trinta e cinco anos pelo molde de uma menina de vinte. Agora entendo. Não me amas bastante para suportares os meus amigos, minha irmã, para te interessares pelos meus negócios e os meus lucros. Não aprecias o que eu posso oferecer-te. Detestas a cidade em que vivo.
- não. Isso não é exato. Não detesto o Rio, pelo contrário, mas ainda não me adaptei ao teu meio, ainda me sinto uma estranha. Sofro de não me sair bem de nada."
Profile Image for Gabrielle Cunha.
429 reviews114 followers
September 6, 2020
MA RA VI LHO SO!!!

Um nacional com uma história muito triste por trás (o livro, escrito por uma brasileira, foi plagiado na cara dura por uma americana safada. Foi adaptado pro cinema e ganhou o Oscar de melhor filme em 1941, que quero assistir, risos) e que pelo visto não é reverenciado como deveria :(


O livro descreve a alta sociedade carioca da década de 30, que copiava tudo da Europa. Achei muito interessante ela falar sobre as marcas de roupa que eram hype na época, os costumes, as reuniões, o Carnaval.

E amei Marina, uma personagem que como a própria disse, representa o velho Brasil, casto, católico, reprimido. Foi triste acompanhar ela definhando, muito angustiante. Mas amei a história e gostei do final! ❤️
Profile Image for Maria Fernanda Gama.
273 reviews14 followers
June 8, 2021
Usually, when I read books in my native language, I tend to review them in Portuguese as well. It seems only fair and natural. This one, however, I'm making a point to write in English, so it can reach more people and perhaps afford them with a knowledge that they may not yet have: the fact that Daphne du Maurier is believed to have deliberately taken elements from this book in the writing of Rebecca.

I've read Rebecca a few years back and it was a completely wonderful, and new, experience to me. I remember savouring it little by little, making it last as long as I could while also anxious to reach the conclusion. I think, simply put, that it's a fantastic book, that deserves as much praise as it can get. When I found out about this plagiarism allegation, however, I have to say I was really saddened and that this created a shadow in my once perfect relationship to the book. Afterward, while I read Jane Eyre, I recognized here and there things that were too similar not to notice. And finally, after reading My Cousin Rachel and finding the basic structure of its plot, the very thing that makes it interesting to begin with, to be the very same of Dom Casmurro, Brazil's national literary treasure, I had convinced myself at last that du Maurier has a very serious problem regarding her writing ethics.

In this novel by Carolina Nabuco, a tale about a simple country girl who married a wealthy widower and seems to be engulfed by the living ghost of his former wife, there's a passage in which the couple is traveling through Europe, a while after they're married, and Marina (she does have a name here), the second wife, is terrified that some old acquaintance of her husband will meet them and that this person will be shocked to find out that not only did his wife, the charming and seemingly perfect Alice, has died, but also that he hasn't wasted any time in finding somebody else to take her place. She convinces herself that this is a likely possibility because "Brazil is so far away, and news travel slowly". Nos, I'm gonna take a whole lot of liberties here and try to imagine what really happened. I think that when Daphne du Maurier read this very sentence, in a manuscript her French editor showed her (he was also Carolina Nabuco's editor), she realized that if she took the elements that spoke to her heart in this little soon to be forgotten novel and transformed them into something else, maybe she could get away with it. It would take so long for news of her book to travel to Brazil that people would simply not relate the two books. She was, in some ways, wrong. This resemblance between the books was so strong that it caused Universal studios to reach Carolina in 1940 and try to get her to sign a deal affirming that the similar plots were merely a coincidence, in exchange for a huge amount of money. She declined. But nevertheless, Rebecca is a huge hit. It's a forever hit. And "A sucessora" is usually just remembered as a side note in stories about du Maurier. I'm Brazilian, and I guess I would never have even heard about it until after I read Rebecca. Isn't it ironic that in this case, the "original" was the forgotten one, and the "one that came next" is the one that gets all of the love and recognition? It's basically the reverse of what happens in both of the stories.

But I digress. And unfortunately, I have something a bit cruel to say. This book is very good. I'm giving it five stars without any second thoughts, because the writing is so elegant and original. I would recommend it to anybody. But... it's just not as good as Rebecca. Ok, so yes, Daphne du Maurier was probably a shady little thief. That's wrong, and it should be exposed. But her talent is just undeniable. She took this basic idea and gave it a twist that turned it into something so much more interesting, and complex, and new. That is, in a way, her own merit. And in the end, it deserves to be a forever hit, just as much as My Cousin Rachel doesn't deserve to be remembered that much. In fact, just to think of her trying to pass some of Machado de Assis' brilliance and genius as her own makes me wish I'd never read it.

It makes me sad to think that I just spent three paragraphs talking about Rebecca, and neglected the book I just finished. It's unfair, but it couldn't be any different. These books are tied together now, like bitter adversaries having to put up with each other every year at Christmas parties. But about this book, I think it is in many ways a more realistic and sober view of the situation. The husband loved his first wife, he truly did, but he's just not built for sadness. So he meets someone else, and he loves her too. But the differences in class and positions is just too much for young Marina to handle: she misses her former life and disdains her gigantic and luxurious home in Rio de Janeiro. She doesn't fit in well trying to occupy the place her predecessor left behind when she died. She finds her social circle pathetic to say the least, doesn't understand her former habits, and feels trapped and defeated at every turn. This is all very engaging to follow, as we root for the character to finally stand up for herself and stop trying to follow the rules that she didn't make. I do, however, think the ending is a bit too brutal in the way it suggests that having children is an advantage that some women possess over others. It must have been brutal to write, because Nabuco never had any children. It feels devastating that she should feel in any way as a lesser woman for that. Her work, despite having faced grave obstacles, has survived to this day. She lives on in a way, her legacy does.
Profile Image for Oziel Bispo.
537 reviews85 followers
December 28, 2022
Você já leu o romance "Rebecca" de Daphne du Maurier? Pois bem! Daphne é acusada de plagiar "A sucessora" neste livro.
Já tinha lido "Rebecca", e agora "A sucessora" confesso que são bem-parecidos nas tramas iniciais e diferentes nos desfechos finais, mas são muito parecidos, não pode ser coincidência. Há algo de pobre no reino da Dinamarca...

A história segue as experiências da protagonista Marina, uma jovem caipira da cidadezinha de Santa Rosa, que se casa com o misterioso e carismático viúvo Roberto Stein, um empresário fabulosamente rico que vive no Rio de Janeiro dos anos 1920. Enquanto Marina tenta se acostumar com seu novo casamento e responsabilidades, ela descobre que a falecida esposa de Stein, Alice, ainda parece ter um forte controle sobre a família. Apesar da afeição do marido por ela, Marina se sente ameaçada pela presença de Alice, que se torna evidente através das obsessões de sua velha empregada e seu retrato intimidador que às vezes parece ter vida e aterroriza Marina, dia e noite.

Como diz a velha edição da editora Ediouro em relação ao livro:
"A Sucessora é uma obra de característica psicológica, com um estilo preciso, claro e dinâmico. Procura questionar o valor da mulher, de certa forma presa a um sem-número de tabus e tradicionalismos superados. O caráter feminino em conflito, a mulher dominada pelo ciúme em relação à primeira esposa do seu marido, já falecida. "Uma das esperanças de Marina, esperança reprimida, mas tenaz, era de um dia encontrar alguma falha na vida de Alice que a derrubasse do seu pedestal..."

Lembrando que Carolina Nabuco é filha do grande abolicionista Joaquim Nabuco e é uma daquelas escritoras esquecidas, joias raras ainda a serem redescobertas.
Profile Image for Tita.
2,201 reviews233 followers
January 21, 2016
Quem me conhece sabe que adorei o "Rebecca" de Daphne du Maurier e sabendo da polémica sobre o suposto plágio de du Maurier a este livro, confesso que fiquei algo curiosa para o ler. Assim, quando o vi na feira de velharias da Costa de Caparica a 1€ nem hesitei em comprar.

E afinal o que achei?
Na minha humilde opinião acho que a acusação de plágio é algo exagerada.
Sim, existem pontos em comuns entre os dois: a jovem rapariga que casa com um homem mais velho e rico, sendo para este o segundo casamento; a jovem - Marina - sente que vive à sombra da falecida mulher.
No entanto, não senti todo aquele clima de tensão e angustia que du Maurier criou em "Rebecca" em torno da "sombra" da falecida mulher, apesar das cenas em que Marina se sente "abafada" pelo retrato da primeira mulher - Alice Steen - e das opiniões de terceiros.
Também em "Rebecca" temos um segredo escondido e na parte final um acontecimento trágico, algo que não acontece em "A Sucessora".
A própria escrita não me cativou, algo descritiva, mas de uma forma que achei maçuda, em que algumas vezes a mudança entre cenas me confundiu e que me fez perder o interesse na história.
Em suma, tanta polémica e achei um livro franquinho e penso que "Rebecca" poderá ter sido inspirado n' "A Sucessora" e não plagiado.
Profile Image for Virginia Cruz.
179 reviews213 followers
October 4, 2022
Escrita primorosa! Encantada com o estilo de prosa. Porém não tem nada a ver com Rebecca. É um livro ótimo por si só q compensa a leitura, ajustadas as expectativas.
Profile Image for Dulce.
606 reviews3 followers
June 25, 2018
Marina inexperiente e jovem é a segunda esposa de Roberto, Alice a esposa falecida, uma mulher que todos adoravam, e idolatravam, é neste ambiente que Marina recém casada se encontra e tem de aprender a superar os seus medos e temores para conseguir sobreviver a uma sociedade onde todos falam de Alice e as comparações. Um livro que fala de superação luta pelo seu lugar numa casa onde por todos os cantos ainda persiste o " fantasma " da esposa falecida.
Profile Image for Amanda Bento.
Author 6 books27 followers
September 21, 2021
É um livro muitol subjetivo e simbólico, com uma perspectiva feminina do início do século passado muito firme, uma crítica a todo exagero da aristocracia que acabava de abandonar as grandes fazendas e se urbanizar na capital do Rio. Assim como todo clássico de outros tempos, tem muito preconceito racial, chega a ser complicado de ler, mas não priva a experiencia.
Profile Image for Maju Botelho.
22 reviews1 follower
July 22, 2024
Esperava livro com fantasmas e assombração e recebi problemas existenciais!

Gostei muito do livro, do jeito que ela escreve e dos temas abordados, me fez pensar bastante, principalmente no que é ser uma mulher nesse mundo (difícil em qualquer época). No mais, eu ia amar ser a terapeuta da Marina, achei ela muito interessante!

E por último, Alexa tocar jealousy jealousy de Olivia Rodrigo (pq essa é a música da Mariana e de todos nós)
Profile Image for Um mar de fogueirinhas.
2,192 reviews22 followers
November 27, 2022
As estrelas são pelo papel de Carolina Nabuco e representatividade do livro; mas ele não é ruim em absoluto! Marina é de fato uma mulher menos insípida que as páginas poderiam trazer na época que o feminismo não existia, e os comparativos com Rebecca são interessantes mas não vão tão longe, na minha opinião.
Profile Image for SilveryTongue.
423 reviews68 followers
September 10, 2021
0,3 estrellas

A Sucessora de Carolina Nabuco. Fecha de publicación 1934.

"El sentimiento de culpa. La comparación con Alicia. Esas eran obsesiones como las que ya conociera. el influjo del retrato es el que no tenía precedente. Ninguna obsesión envolviose. nunca en tal terror. Ninguna tuvo la realidad de esa presencia enervante que le henchía la casa y encontraba, y encontraba expresión en el retrato; la realidad de esa enemistad intangible, de esa clara transmisión de recados; de esa vida de una muerta que, a veces, le daba la impresión de que ella, Marina, era la sombra, tal real era Alicia".


Mi interés por este libro es debido a las acusaciones de plagio que hizo la autora contra Rebecca de Daphne du Maurier.


Un poco de historia

La propia Carolina Nabuco se refirió al episodio en sus memorias, de título Ocho décadas. Dice allí que, poco después de publicarla, había traducido su novela al inglés, con la esperanza de que fuese editada en Estados Unidos. Para ello, la mandó a un agente literario de Nueva York, quien a su vez la envió a su socio británico. Ninguno de los dos logró encontrar editorial para La Sucesora, que sin embargo fue leída por Víctor Gollancz, el editor de Daphne du Maurier, autora que por aquellas mismas fechas atravesaba una crisis creativa que le impedía avanzar en la escritura de Rebeca. Pero de pronto, voilá!, tras un largo período de estancamiento, pudo completar su obra maestra en apenas cuatro meses.
Diario El Universal, marzo 2020.


Tienen ciertas similitudes? Mi respuesta es sí. Una muchacha casada con un rico viudo, el cual estuvo casado en primeras nupcias con una destacada y hermosa mujer de sociedad. El recuerdo de esta mujer obsesiona a la sucesora de tal forma (en este caso con un retrato) que incluso raya la manía.

A pesar que "A Sucessora" tiene similitudes y puntos en común con "Rebecca, esta sigue siendo una novela superior en todos los sentidos.


Disfrute la lectura de "A Sucessora" sin dejar de pensar en la posibilidad en la cual esta novela llegara a las manos de Daphne Du Maurier y que gracias a su inspiración tenemos una de las más destacadas novelas del siglo XX.
Profile Image for Mari Amaral.
164 reviews1 follower
April 4, 2022
The successor, Rebecca and Incarnation...what do they have in common? The plot and polemic. Is not uncommon to see histories about a young girl who marries a rich widower, nothing new here. “The Successor” (1934) has been out of print since 1996 and was published by Editora Instante in 2018, which gave visibility to Carolina’s work and the controversy that surrounds it, allowing us to make our own conclusion.

The book tells the story of Marina who falls in love with a rich widower, Roberto Steen, and moves in with him to his mansion in Rio de Janeiro. However, what was supposed to be a fairy tale turns into a nightmare, as the presence of the first wife, Alice, is almost physical. Alice is everywhere, in the house, in her friends and even in her husband's thoughts...

The book was highly praised, but only became better known with the publication, and film adaptation (Hitchcock, 1940), of Rebecca (1938) by the English writer Daphne Du Maurier. I need to point out that even today Rebecca is the subject of speculation, because in addition to the plot being very similar to "The successor", there are some similarities in the two stories and many coincidences that involve the publication of the book. It is possible that Daphne had access to The Successor because of Victor Gollancz, her editor. It was Victor who received and rejected Carolina's book, who dreamed of seeing her book published abroad.

Victor and Daphne denied plagiarism, but the lawsuit came in 1941, but not by Carolina's hand. Edwina MacDonald published Blind Windows in 1927, which tells the story of Wilda, who marries a wealthy widower but does not fit into New Orleans society. According to Edwina's heirs, there were 46 parallels between the two publications and still no plagiarism was confirmed. Daphne's son claims his mother came up with this idea due to her jealousy of her husband's first fiancée.

“Incarnation”, by the brazilian writer José de Alencar (1893) has a similar plot and it is unlikely that Daphne has read it, but it is possible that Carolina did. Whether it was plagiarism or not, we may never know for sure, since we have no proof, only convictions.
Profile Image for Maitê.
764 reviews
November 7, 2024
A escolha da leitura partiu da grande questão sobre se ocorreu um plágio ou não por parte da Daphne Du Maurier. Não é algo que consigo responder, mas me surpreendeu a leitura de Nabuco, e sua delicadeza em retratar uma posição feminina ainda tão frequente, a mulher que não consegue ocupar aquele lugar imaginário, demando por outros. Precisa construir o seu próprio caminho.
Profile Image for anne.
104 reviews7 followers
July 16, 2023
Eu gostei, mas não amei. E queria ter amado. Acho que criei expectativas demais acerca do tom e da atmosfera da história, esperava algo mais sombrio, por assim dizer...
Profile Image for Ana.
Author 2 books138 followers
October 25, 2022
4.5*

Vídeo de Opinião em: https://youtu.be/LU8r3jg06GI

Que agradável surpresa! Entrei neste livro sem expetativas, mas surpreendeu-me imenso pela positiva. Mas sem dúvida que não é uma leitura que vai agradar a toda a gente. Curiosa agora para ler a Rebecca.
Profile Image for Fernão Galvão.
24 reviews
June 28, 2024
I thought this was a ghost story – was totally mistaken and found a great book, nevertheless.
It’s charming how gently the author developed such an intense character.
Marina’s obsessiveness is not due to shallow reasons. Despite the jealousy that corrodes her, it’s not all because of a portrait, a house or lack of self-confidence. It’s also about the quick transformation of Brazil and about the coexistence of both aristocratic and industrial elements. Between a lucid analysis of her time, Carolina Nabuco criticized both elements (aristocratic and industrial) through how a woman is portrayed in them. She also hit on some other themes, but I thought that was the main one.
Among it all, she was able to create such an incredible character and develop her successfully, fluidly and naturally.
One example is the chapter with the nationalism Marina feels in the train station. The exposition of a social reflection followed a very introspective and personal moment. Though, it was everything harmonical and suitable for the narrative and for de development of the protagonist.
On the other hand, I’m not sure what I think about the ending. It made sense, but maybe it wasn’t what I was waiting for. I was expecting a final disgrace, but it all turned well. It was perfectly built, this is not a negative critic, but I was expecting something else.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Isabela Paro.
31 reviews2 followers
September 12, 2021
muito gostoso revisitar o Brasil de outrora, mas sinto que faltou algo na história...
Profile Image for Catarina | cat literary world.
635 reviews
August 18, 2023
2.5 ⭐️

A obra “Rebecca”, de Daphne du Maurier (o meu livro favorito da vida!) esteve envolta em polémica de ter sido alegadamente plagiada a partir de “A sucessora”, de Carolina Nabuco, o que despertou desde logo o meu interesse para a sua leitura.

Uma vez que o meu interesse para a leitura de “A sucessora”‘advém da polémica gerada com “Rebecca”, é inevitável não comparar as duas obras. A ideia base é semelhante: um viúvo rico contrai segundo matrimónio com uma rapariga bastante mais jovem que ele que, ao mudar-se para a sua casa, tem de viver na sombra da primeira mulher. No entanto, as semelhanças terminam aqui. As personagens e a atmosfera dos dois livros são bastante diferentes, não só por se passarem em locais diferentes (com “A sucessora” a ter lugar no Brasil e “Rebecca” a ter Inglaterra como pano de fundo), mas também pela própria linha narrativa.

“Rebecca” traz-nos o melhor do romance gótico, com uma atmosfera misteriosa construída desde o início, à qual se alia a casa - Manderley - como personagem da obra. A narradora, nova mulher de Maxim de Winter, é jovem, inexperiente e sem família. Está completamente dependente do marido e do amor que este lhe devota. A presença de Rebecca é sentida em cada página e os receios da narradora bastante válidos. A atitude de Maxim altera-se, conforme esteja longe de casa ou próximo desta, o que faz todo o sentido dado o final. A narrativa encaminha-se para um clímax que conduz a um final espantoso e imprevisível. Já em “A sucessora”, Marina é uma jovem que opta por casar com Roberto quando tinha outras opções à sua disposição. Em face de problemas, tem sempre a casa da mãe em que se refugiar, tem um círculo íntimo que a rodeia independente do casamento, não é uma mulher sozinha a enfrentar o mundo. A presença de Alice não é tão notória na narrativa, apenas na forma de um quadro um pouco a lembrar “O retrato de Dorian Gray”. O fio condutor não é claro nem se foca somente na comparação das duas mulheres. O livro tem alguns episódios mais separados da narrativa principal (como seja o romance de Marina e Miguel), que tiram o foco ao que deveria ser o fio condutor, fazendo perder o interesse do leitor. Arrisco-me a dizer que, fora a impressão de Marina de ser comparada com Alice, na realidade essa comparação não existe.

Entre os dois livros, “Rebecca” é, sem sombra de dúvidas, uma narrativa superior: mais misteriosa e encaminhada para o final imprevisível, por comparação com “A sucessora”, com menos foco, é mais um conjunto de acontecimentos, alguns com pouca ligação entre eles.
Profile Image for Patrícia Balan.
3 reviews
February 11, 2021
Marina is eighteen and she broke her engagement with a childhood friend to marry the charming and rich Roberto Stein. Everybody knows that he was married to Alice Stein, the most influential socialite in Rio de Janeiro. Roberto said he was not born to be sad for too long and, only a year after his wife's death he purposed to Marina - on the third day after they met for the first time. Marina moved from her bucolical farm to the city of Rio de Janeiro (which was the capital of Brazil in the early XX century) and was thrown immediately to the sophisticated social life of Rio. She never feels at home in the Paissandu Manor because every aspect in the house is a copy of the French culture rich Brazilians adored. Nothing about the house is tropical, from the furniture to the architecture to the culinary! To make things worse Alice's picture, even if it is moved to a secondary room, is still the main attention of everyone in the mansion, specially Marina. Alice's taste and routine is in everything. Roberto is constantly encouraging Marina to adapt, but she is too insecure to see Alice as the epitome of perfection.

The similarities between Rebecca and A Sucessora are obvious, but these are very different books. While Rebecca is a thriller, A Sucessora is about finding your own identity when confronted with an ideal. Finding value in being Brazilian when everything about France is considered norm around the high society and, for Marina, finding why her husband chose her after being married to the most perfect woman in the world. For Marina there are no surprising revelations about Alice. She has to cope with her insecurities herself, without twists in the plot and even without a villain.
Displaying 1 - 30 of 74 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.