Não sei se ria ou se chore.”, “Aquilo é real?”, “Há por ali muito pouco de ficcional, não há?” ou “Aquilo aconteceu mesmo?” foram algumas das reacções a estes episódios de banda desenhada do primeiro volume do Conversas com os Putos que me ficaram na memória. Um colega dos meus tempos da escola secundária, por volta da década de 80 do século passado, ao ler algumas destas tiras disse-me. “Nós na altura também éramos assim.” Pooooois… Sim e não. Há diferenças. Nós quando andávamos na escola não passávamos 24 horas por dia agarrados a um ecrã portátil. OK, está bem, ainda não existiam. Mas há mais diferenças. Quando falhávamos alguma resposta por incapacidade de processamento ou por ignorância tínhamos vergonha. Hoje, por exemplo, não é raro depararmo-nos com miúdos do secundário que não sabem quanto é 18 a dividir por 3. E o problema não é o não se lembrarem da papagaiada da tabuada. É pior. Não sabem como lá chegar. E a coisa não fica por aí. Nem tentam lá chegar, nem se preocupam e ainda se riem enquanto pegam no telefone esperto e fazem a conta (18 a dividir por 3, repito) na calculadora.
De nome completo Álvaro José Teixeira Santos, nasceu na Parede em agosto de 1970.
As atividades profissionais deste autor estendem-se pela ilustração, arquitetura, banda desenhada, cartoon, publicidade, formação profissional e ensino.
Licenciado em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa em 1993, tem vindo, desde essa data, a trabalhar como artista gráfico freelancer e como Arquiteto.
Publicou no Diário de Notícias, semanário SE7E, nas revistas EGO, Selecções BD, Rua Sésamo, jornal MundoUniversitário, jornal Ponto e BD Jornal.
Na área da Banda Desenhada as suas edições de maior sucesso são: Sexo, Mentiras e Fotocópias, Balcão Trauma (2 Vols.) e No Presépio..., este com argumento de José Pinto Carneiro e contemplado no Amadora BD 2014 com o prémio Melhor Álbum de Tiras de Humor.
Foi contemplado com vários prémios em concursos nas áreas do cartoon e da banda desenhada.