Quem não conhece bem Rani pode até achar que ela é uma adolescente comum, que mora em uma cidade do interior, acorda cedo para frequentar o ensino médio, e toca em uma banda de punk death metal com sua melhor amiga, Marina.
Só que sua vida começa a se distanciar totalmente da normalidade quando, um dia, ao ir para a escola, ela resolve cortar caminho pelo cemitério, onde vê um garoto estranhamente bonito, vestido com roupas coloridas e tênis fluorescente, que a olha de uma maneira intrigante. Mais tarde, para sua surpresa, ela descobre que Pietro é aluno novo em sua classe. Dias depois, ele revela a Rani que faz parte de uma turma de excluídos, chamados Animais de Festa, uma facção de jovens (e nem tão jovens) seres sobrenaturais. E mais: que ela deve se juntar a eles, já que é uma xamã adormecida que precisa de treinamento imediato, pois está sob a mira de Aiba, um xamã poderoso que se alimenta da força vital de seus semelhantes.
Cética mas curiosa, de repente ela se vê mergulhada em uma aventura com seus novos e estranhos amigos para encontrar o Sino da Divisão, o único artefato mágico capaz de derrotar o destrutivo e cruel Aiba.
É autor de A batalha do Acampamonstro e O serviço de entregas monstruosas, livro vencedor do CCXP Awards e do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2022 e finalista do Prêmio Jabuti 2022, entre outros.
Seus romances estão publicados em mais de 13 países.
é um livro infanto-juvenil muito gostosinho, numa pegada Percy Jackson e todas aquelas séries de fantasia que faziam sucesso nos anos 2010! muito bom humor, referências e personagens legais!
eu gostei demais da protagonista e leria facilmente mais coisas com ela. gosto da forma como ela, apesar de ser uma adolescente, entende a condição dela e faz o que é preciso, sempre com um sorriso e piadas RIDÍCULAS que me arrancavam GARGALHADAS!!!!
única "crítica" que faço pro livro é quanto à ~brasilidade. pra um livro que se passa numa cidadezinha do interior, achei tudo muito "estadunidense". quanto às referências musicais da Rani, eu entendo, pq adolescente é CHATO, mas a construção da cidade em si me é muito estranha. como, por exemplo, competições de bandas de rock, postos de gasolina no meio do nada e etc. pode ser que existam cidades assim aqui no Brasil, mas essa não é minha realidade e me lembra muito mais os filmes que eu assistia quando era mais novo
no mais, o livro é divertidíssimo e eu recomendo muito pra todes! <3
O livro é uma mistureba doida de um monte de coisa legal. Não tem medo de colar um monte de referência (não só a músicas, bandas, livros e filmes, mas até mesmo a alguns memes -- ainda que sempre de um jeito que o leitor não precise conhecer estes para gostar da leitura), nem de primar pelo politicamente correto (sério, dá pra listar um montão de momentos em que se podia usar um ou outro tropo do gênero infantojuvenil rapidinho e o Jim vai lá e se recusa a ir pelo caminho mais percorrido). Quando você lê um livro pensando o tempo todo "eu quero TER esse livro e reler com canetinhas coloridas pra grifar partes legais e anotar referências que quero pesquisar", acho que pode ser considerada uma boa leitura.
Um dos momentos favoritos: a tragédia grega (lembrou-me de Two Boys Kissing).
The Graveyard Girl and The Fluorescent Adolescent. <3
Apesar de tudo, eu gostei dos dilemas de vida de adolescente de Rani (uma menina negra!!) misturando-se aos seus dilemas de xamã e, principalmente, da sua amizade com Marina e com os Animais de Festa. Querendo ou não, as referências todas acabam deixando o leitor curioso - seja para saber mais sobre kaijus ou sobre autores clássicos, Dom Pedro e dinossauros. No final das contas, muita coisa ficou em aberto, e dá pra imaginar mil continuações para Rani e o Sino da Divisão.
Eu gostei muito desse livro, a escrita do Jim é maravilhosa, super indico para quem gosta de histórias que envolvam o sobrenatural, tem xamãs, vampiros e lobisomens e quotes maravilhosos que nos fazem refletir sobre a vida e a existência.
Rani e o Sino da Divisão tem um dos textos mais deliciosos da literatura nacional, em qualquer gênero. Jim Anotsu tem enorme talento para escolher palavras, montar parágrafos e capítulos, um ouvido apuradíssimo para empregar um ritmo quase hipnótico à narrativa, bom manejo do suspense, criatividade no worldbuilding e cuidado na pesquisa. Infelizmente, o livro não é perfeito. Tive problemas para acreditar nos personagens. Tudo bem que Rani, seu amigos, parentes e adversários estão envolvidos em situações estranhas, num mundo fantástico. Mas, mesmo numa ficção delirante, o leitor quer acompanhar personagens que causem nele algum sentimento, alguma sensação, seja admiração, raiva, medo, repulsa e por aí vai. E tudo isso é consequência dos conflitos da trama, do choque entre os objetivos dos personagens, como indivíduos ou grupos. Bons conflitos geram uma forte conexão com os personagens, seja para amá-los ou odiá-los. Portanto, em Rani..., senti a ausência de conflitos mais exigentes, que tirassem os personagens da zona de conforto. Mesmo numa trama sobre o fim do mundo. O conflito central, o embate entre a heroína-mor, Rani, e o vilão-mor, Aiba, carece de liga, não convence. É algo parecido com a relação Harry Potter/Voldemort. Mas, no caso da obra de Rowling, o peso para Harry e também para Voldemort de buscar cada um seu objetivo é enorme. Falta esse peso nos principais conflitos em Rani..., levando o leitor a não se importar muito com o destino dos personagens. A todo instante, o drama parece que vai "partir" os personagens ao meio, mas acaba aliviando a tensão. Então tudo volta praticamente ao ponto de origem, sem grandes transformações. Para não ser injusto com a construção de personagens do livro, o melhor deles de fato é Rani, uma menina negra fora dos padrões, com seus dramas de adolescente "esquisita" e ironia afiada. Ela funciona melhor quando se ocupa de seus próprios pensamentos, em seu monólogo interior. O livro vale a leitura para conhecermos um talento em ascensão, numa edição muito bem cuidada, com uma revisão competente, um projeto gráfico divertido e uma capa pop, ao mesmo tempo, bad ass e fofa.
O tom da narrativa é bastante particular, original e divertidíssimo, o plot é bem estruturado e os personagens são muito bem construídos! Destaque infinito pra Rani, que é uma protagonista apaixonante! Insegura como toda adolescente, mas ao mesmo tempo super dona de si, super inteligente e bastante real. A Rani é a filha adolescente que eu amaria ter! :)
Ri alto várias vezes enquanto lia o livro, em nenhum momento senti as piadas ou referências à cultura pop forçadas no meio da narrativa. Inclusive, achei legal o bom humor inerente à própria Rani, com algumas expressões e pensamentos de fazer rachar o bico!
Uma coisa que me fez gostar ainda mais do livro foi a abordagem dos pequenos dramas adolescentes em paralelo à grandiosa missão de salvar o mundo e tal. Embora essa seja uma constante em livros juvenis, achei o equilíbrio particularmente legal no Rani. Algumas conversas e diálogos mais profundos me tocaram muito, imagino que deve ser mágico pra um adolescente ler o livro enquanto passa por alguns dos mesmos dramas que a Rani.
Outra coisa que achei legal é o alto "nível intelectual" do livro (se é que isso existe): além de referências mais jogadas à cultura pop, o livro comenta diretamente sobre livros, personalidades e músicas que, certamente, vão puxar o jovem leitor a querer saber mais sobre o assunto.
Não consegui achar NADA no livro que não me agradou. Nada mesmo, parece que cada uma das coisas esteve onde deveria estar.
Amaria ler mais sobre a Rani e os Animais de Festa. Não me cansaria de me aventurar com ela através de sua trilha xamã. Espero que saiam novos livros da Rani no futuro! :)
Este é um livro cheio de representatividade, não em busca de ser militante, mas que naturalmente encaixa perfis diferentes do que se vê normalmente na literatura infantojuvenil. Só por essa característica já seria um livro que valeria muito a pena ler, mas o Jim Anotsu é um autor muito bom, a trama que ele propõe destoa de muita coisa que vemos por ai. Algumas sacadas no meio da história faz com que nos identifiquemos ainda mais com a obra, a do panfleto me fez gargalhar.
"Minha mente achou que seria bom guardar os fatos principais em mente dali em diante: lobisomens não ligam para a lua cheia e vampiros não têm medo de crucifixos ou igrejas; os dois povos são muito amigáveis entre si e costumam comemorar o Ano Novo juntos. Nem todos os demônios são maus e um deles era, inclusive, dono da maior confeitaria de Graúna. Fadas são as criaturas mais chatas do universo e brilham no sol. Existe um grupo de apoio aos recém-desmortos e eles se ocupam em promover O Programa dos Doze Passos Zumbis: Só por hoje eu não vou mastigar humanos. Existem jacarés nos esgotos e todos os golfinhos do mundo fazem parte de uma conspiração milenar que visa dominar o universo. Aquele era o tipo de conhecimento prático que as escolas deveriam adotar em vez de dar matérias inúteis como Educação Física."
Rani é uma adolescente metaleira, ateia e que mora em uma cidade pequena em que nada acontece. Até que ela descobre que é uma xamã e que o mundo como o conhecemos está em perigo. Ela conta com a ajuda de outros seres sobrenaturais e da melhor amiga para salvar o mundo. Acontece tanta coisa neste livro, ela descobre todo um mundo sobrenatural desconhecido, encontra o diabo em pessoa, vai pra outra dimensão, encontra amazonas que montam dinossauros (!!!), são muitas aventuras até chegar ao final e funciona. Claro que tem milhões de referências e isso me incomoda um pouco, mas é porque eu sempre acho que as pessoas não falam com referências o tempo todo, mas vai saber. A Rani é uma fofa e ao mesmo tempo super badass, ela ama metal, toca em uma banda com a melhor amiga e tem várias questões normais de uma adolescente que se descobre sobrenatural e amiga de um vampiro do nada. É divertido, tem muita curiosidade inútil e é um ótimo presente pra adolescentes.
3,5 ⭐️ Entre as coisas que eu amei nesse livro estão: a Valentina, a Gertrudes, o Reino da Califórnia, o universo mágico como um todo, as facções e os panfletos, listas, matérias de revista e etc que o Jim espalhou pelo livro e que acrescentaram e dinamizaram bastante a história. Entre as coisas que eu não amei nesse livro estão: a Rani e o Aiba.
Embora eu tenha gostado de muitas coisas desse livro, eu não consegui gostar e me conectar com Rani na maior parte do tempo... ela foi um tanto chata com todo esse papo de ser a diferentona, gostar de rock e etc, ela falou MUITO sobre isso até a metade do livro. Ela falou tanto sobre as bandas que ela gosta e tão pouco sobre o mundo sobrenatural que eu quase cogitei largar esse livro. Além disso, o humor dela também não funcionou muito pra mim (com exceções, é claro) e, em várias partes, o que era pra ser uma piada acabou virando um estorvo. O Aiba, por sua vez, não fez muito sentido pra mim...
Mesmo com um início um pouco cheio de comentários desnecessários da Rani, eu gostei bastante desse livro! O final foi muito bom, a escrita do Jim é ótima e eu com certeza quero ler TODOS os livros dele.
Rani e o Sino da Divisão é uma salada maravilhosa.
Pra quem gosta de cultura pop e rock esse livro é um prato cheio. Há inúmeras citações ao longo do livro que faz com que a gente se identifique com o livro (Tudo bem que eu não sou nada rokeiro, mas pelo menos as referências ao mundo pop eu consegui pegar).
É um livro super engraçado e com uma história que te fisga. Não posso deixar de comentar que certas coisas me lembraram a saga Harry Potter, mas não é nada que se compare tão profundamente. Até porque Jim Anotsu conseguiu criar um mundo bem interessante. Não é todo dia que a gente lê/vê amazonas montando dinossauros. hahahaha
O ponto forte desse livro é o grupo de amigos da protagonista. São todos diferentes e eles funcionam bem em conjunto.
O livro é muito bom e eu super recomendo a leitura. Fiquem atentos a parte do encontro com o Diabo é uma das partes mais engraçadas do livro. O encontro com a primeira xamã é uma das mais bonitas.
Sempre estou a procura de bons livros infantojuvenis brasileiros e fiquei muito feliz ao encontrar esta obra. Apesar de ter gostado do livro, alguns pontos me incomodaram muito.
O primeiro é o excesso de referências estrangeiras. Em determinado momento, pausei a leitura para verificar se o autor era de fato brasileiro, pois algumas expressões pareciam ter sido traduzidas do inglês (que adolescente diz "vou chutar o seu traseiro" ou "quebre a perna" - este último para desejar boa sorte?). Na minha opinião, isso empobrece o texto, que carece a riqueza do nosso idioma.
Por fim, me incomodou bastante a citação de uma música com letra problemática para iniciar o capítulo 57: "Nossas vidas apenas começaram, mas nós já estamos considerando uma escapatória desse mundo - Join me in death". Essas citações não adicionam nada à narrativa e geralmente não fazem sentido fora de contexto, mas para mim essa música em específico, com esse "convite" mais do que especial, ficou de extremo mau gosto.
Resumindo, gostei do livro, a edição é impecável, achei inovativa uma história de ficção com (MUITOS, talvez até demasiados) elementos mitológicos no meio de Minas Gerais, e recomendaria a leitura a adolescentes roqueiros.
Supreendente. Eu acho que é fácil cair na armadilha do clichê, especialmente com tipos batidos como lobisomens, vampiros e cia. A forma de escapar dela é criar personagens cativantes. Nesse ponto cheguei a achar que o livro tinha uma autora. É um livro juvenil e excelente no que se propôs.
This review will be in Portuguese only, since it's a book from an brazilian author.
Rani e o Sino da Divisão é um dos livros que eu estava mais animada para o lançamento mês passado, já que eu gosto muito de obras nesse gênero de fantasia urbana e sem contar que a personagem principal me cativou logo na sinopse.
A primeira vista, Rani pode até achar que ela é uma adolescente comum, que mora em uma cidade do interior, acorda cedo para frequentar o ensino médio, e toca em uma banda de punk death metal – que para muitas pessoas é algo estranho – com sua melhor amiga, Marina.
Mas sua vida começa a fugir totalmente da normalidade quando, um dia, ao ir para a escola, ela resolve cortar caminho pelo cemitério, onde vê um garoto estranhamente bonito, vestido com roupas coloridas e tênis fluorescente, que a olha de uma maneira intrigante, e mais tarde ela descobre que este menino, Pietro, é aluno novo em sua classe.
Depois ele revela a Rani que faz parte de uma facção chamados Animais de Festa, um grupo de jovens – e não tão jovens – seres sobrenaturais. E mais: que ela deve se juntar a eles, já que é uma xamã adormecida que precisa de treinamento imediato, pois está sob a mira de Aiba, um xamã poderoso que se alimenta da força vital de seus semelhantes. Cética mas curiosa, de repente ela se vê mergulhada em uma aventura com seus novos e estranhos amigos para encontrar o Sino da Divisão, o único artefato mágico capaz de derrotar o destrutivo e cruel Aiba.
Como eu já falei logo no inicio do post, a Rani me cativou desde o começo. Pelo livro ser contado no ponto de vista dela, a leitura é simples e os pensamentos dela são bem direto ao ponto, e ela é mestre em fazer relações aos eventos que ocorrem ao redor dela com livros – preciso comentar o quanto que eu achei lindo ela mencionar Terry Brachett e Patrick Rothfuss? Acho que não, né? -, música, elementos históricos e outras coisas que ela gosta. Milhares de vezes eu me vi caindo na risada pelas relações que ela fazia, sem contar que eu também adorei os quadrinhos de anotações que tinham ao longo de todo o livro onde tinham comentários extras dela a respeito do assunto mencionado, dá inclusive a sensação que ela pegou o livro pronto e saiu fazendo anotações enquanto relia a própria história.
O livro se passa basicamente em Graúna – uma cidade no interior de Minas Gerais – e em seus arredores, e você sempre consegue ter menção à cidade o tempo inteiro já que ela sempre menciona elementos importantes daquela cidade, ruas e locais que são frequentados pelas pessoas da cidade, sem contar as coisas que os moradores fazem por lá – tomar sorvete é uma das principais hahahaha.
A ação na história vai crescendo à medida que a Rani vai ganhando conhecimento sobre suas habilidades e sobre as coisas que ela precisa fazer para conseguir impedir que Aiba consiga invocar o Grande Espírito e destruir a humanidade. Não existem momentos parados nos livros, mesmo os momentos onde ela tá na escola ou está tocando com a Marina são interessantes, e quando os Animais de Festa estão junto com elas, é ainda melhor!
Eles são parte ativa da história e cada um tem a sua personalidade muito bem formada pelo Jimmy, fazendo com que eu me cativasse com cada um dos personagens individualmente, mesmo que um deles fazem questão de disputar com o Grumpy Cat quem é mais mau humorado – yes, I did it! -, sem contar que eles são um grupo extremamente unido e, junto com a Marina, acabam se tornando pessoas essenciais na vida de Rani, mesmo não tendo nenhum elemento de semelhança com a personagem à primeira vista.
De forma geral tudo que eu tenho a dizer é que eu adorei esse livro, fiquei com aquele gostinho de quero mais no final e com certeza quero ler outros livros escritos pelo Jimmy no futuro, que não só se mostrou como um amor de menino quando eu o conheci na Bienal, como me mostrou que é um excelente autor! Congrats Jimmy, you rock!
4,5 na verdade. Eu não gostei do lance indígena com o Aiba e etc. E nem do D. Pedro II ser legal.
De resto foi tipo Julie e os Fantasmas versão death punk + Percy Jackson (eu amo a vibe Percy Jackson) + Avatar: A Lenda de Aang (porque o lance xamânico é igualzinho Avatar! SPOILER ALERT: ela praticamente entrou em Modo Avatar na batalha final)
Eu crushei a Valentina (???)
Romance foi legal Referências foram DEMAIS Eu tive que segurar para não cair de rir no capítulo da Tragédia Grega Esse livro é muito legal, sem mais.