Não é lenda Candyman está de volta. Você tem coragem de ler a história que deu origem a um dos personagens mais assustadores do cinema? Então prepare-se para a edição exclusiva, em capa dura, de mais uma obra-prima de Clive Barker, num livro doce e sangrento como só a DarkSide® Books poderia lançar. Em 1992, os fãs de filmes slasher ganharam um novo motivo para ter medo da escuridão. Um assassino sobrenatural que dilacerava sem perdão todos aqueles que ousavam repetir cinco vezes o seu Candyman. O personagem, encarnado pelo ator Tony Todd, se tornou um bicho-papão coletivo de pelo menos duas gerações que cresceram rebobinando clássicos do terror em VHS. Mas muitos ainda não tiveram a chance de entrar em contato com a entidade original. Candyman nasceu da mente genialmente doentia de Clive Barker. Sua primeira aparição aconteceu em 1985 como uma novela literária (com o título The Forbidden), publicada em uma das muitas coletâneas do autor. Na adaptação para o longa-metragem, produzido pelo próprio Barker, trama, cenário e protagonistas sofreriam alterações. Mas a maldição continua ali, assim como as abelhas e a mão de gancho vingadora. Um dos grandes prazeres mórbidos é justamente descobrir as diferenças entre o livro e o filme. E se você quiser criar o clima ideal, a dica é abaixar a luz e acompanhar a leitura com a trilha sonora original composta por Phillip Glass. Os arrepios estão garantidos. Candyman chega aos leitores brasileiros com uma edição que não se encontra igual em lugar nenhum do mundo. A autorização veio do próprio Clive Barker, em sinal de reconhecimento do autor pela paixão e o respeito com que a DarkSide® Books vem publicando sua obra. Do autor, a DarkSide® já lançou Renascido do Inferno e Evangelho de Sangue. O mestre em pessoa declarou que é impossível haver uma edição mais bonita de Hellraiser do que a brasileira e a indicou aos leitores "Um item que definitivamente todo colecionador precisa ter [...], mesmo sendo em outro idioma". Estamos prontos para repetir o sucesso. E se você seguiu o conselho e está lendo este release em voz alta, atenção. Você acaba de evocar o nome de Candyman pela quinta vez. Tome muito cuidado.
Clive Barker was born in Liverpool, England, the son of Joan Rubie (née Revill), a painter and school welfare officer, and Leonard Barker, a personnel director for an industrial relations firm. Educated at Dovedale Primary School and Quarry Bank High School, he studied English and Philosophy at Liverpool University and his picture now hangs in the entrance hallway to the Philosophy Department. It was in Liverpool in 1975 that he met his first partner, John Gregson, with whom he lived until 1986. Barker's second long-term relationship, with photographer David Armstrong, ended in 2009.
In 2003, Clive Barker received The Davidson/Valentini Award at the 15th GLAAD Media Awards. This award is presented "to an openly lesbian, gay, bisexual or transgender individual who has made a significant difference in promoting equal rights for any of those communities". While Barker is critical of organized religion, he has stated that he is a believer in both God and the afterlife, and that the Bible influences his work.
Fans have noticed of late that Barker's voice has become gravelly and coarse. He says in a December 2008 online interview that this is due to polyps in his throat which were so severe that a doctor told him he was taking in ten percent of the air he was supposed to have been getting. He has had two surgeries to remove them and believes his resultant voice is an improvement over how it was prior to the surgeries. He said he did not have cancer and has given up cigars. On August 27, 2010, Barker underwent surgery yet again to remove new polyp growths from his throat. In early February 2012 Barker fell into a coma after a dentist visit led to blood poisoning. Barker remained in a coma for eleven days but eventually came out of it. Fans were notified on his Twitter page about some of the experience and that Barker was recovering after the ordeal, but left with many strange visions.
Barker is one of the leading authors of contemporary horror/fantasy, writing in the horror genre early in his career, mostly in the form of short stories (collected in Books of Blood 1 – 6), and the Faustian novel The Damnation Game (1985). Later he moved towards modern-day fantasy and urban fantasy with horror elements in Weaveworld (1987), The Great and Secret Show (1989), the world-spanning Imajica (1991) and Sacrament (1996), bringing in the deeper, richer concepts of reality, the nature of the mind and dreams, and the power of words and memories.
Barker has a keen interest in movie production, although his films have received mixed receptions. He wrote the screenplays for Underworld (aka Transmutations – 1985) and Rawhead Rex (1986), both directed by George Pavlou. Displeased by how his material was handled, he moved to directing with Hellraiser (1987), based on his novella The Hellbound Heart. His early movies, the shorts The Forbidden and Salome, are experimental art movies with surrealist elements, which have been re-released together to moderate critical acclaim. After his film Nightbreed (Cabal), which was widely considered to be a flop, Barker returned to write and direct Lord of Illusions. Barker was an executive producer of the film Gods and Monsters, which received major critical acclaim.
Barker is a prolific visual artist working in a variety of media, often illustrating his own books. His paintings have been seen first on the covers of his official fan club magazine, Dread, published by Fantaco in the early Nineties, as well on the covers of the collections of his plays, Incarnations (1995) and Forms of Heaven (1996), as well as on the second printing of the original UK publications of his Books of Blood series.
A longtime comics fan, Barker achieved his dream of publishing his own superhero books when Marvel Comics launched the Razorline imprint in 1993. Based on detailed premises, titles and lead characters he created specifically for this, the four interrelated titles — set outside the Marvel universe — were Ectokid,
A novela "Candyman" traz algumas reflexões sobre a origem do medo na sociedade contemporânea e a sobre a violência como espetáculo, mas não chega nem aos pés da profundidade do filme. O questionamento da sanidade mental da protagonista ao longo da história e o aspecto racial não existem no livro, o que, por consequência, torna o vilão da novela um monstro sobrenatural qualquer (assustador, sim, mas esquecível). Mesmo assim recomendo a leitura, já que, apesar de ser ofuscado pelo filme, o livro ainda é um ótimo mistério sobrenatural.
A história prometia, mas ficou sem graça na metade. Pareceu algo feito às pressas, e o filme(com dedo do Clive Barker) foi mais detalhado e coeso. Dou 3 estrelas porque o posfácio escrito por Carlos Primati foi muito interessante.
"Eu sou um rumor", cantarolou no ouvido dela. "É uma condição abençoada, acredite em mim, Viver nos sonhos das pessoas; ser sussurrado nas esquinas, mas sem precisar ser. Você entende?"
É uma história curta, mas muito bem construída, é interessante desde a primeira linha, fiquei extremamente surpreso com essa leitura.
FENOMENAL É ASSIM que se escreve terror. A mitologia criada pelo autor é interessantíssima e a trama possui aspectos muito interessantes que devem ser debatidos como o "outro" e o "fascínio com a violência" Eu amei essa novela e com certeza pretendo reler com um pouco mais de calma (eu li CORRENDO pq queria saber oq ia acontecer). Muito curioso pra ler mais coisas do autor.
Acho que estava esperando um pouco mais pois ultimamente eu estou muito numa vibe slasher.
Candyman, com certeza, não possui a intenção dos clássicos assassinos de filmes de terror. Trata-se de uma lenda urbana que sobrevive no imaginário popular. O problema de tudo é quando suas ações vão para além das histórias e afetam vidas reais a fim de ganhar força na mente das gerações futuras.
Achei a tradução um pouquinho mal feita e o texto com muito foco em cenas banais enquanto que o enredo principal é apenas pincelado.
Quem já assistiu ao filme de 92 pode estranhar algumas mudanças. Todo o foco que o filme deu à questão da gentrificação, da limpeza urbana calcada no racismo, que acabou ressoando no design de Candyman vivido pelo gigante Tony Todd, é deixado de lado aqui. Uma cena ou outra muito rápidas dão um toque sobre a desigualdade mas nada que seja o foco.
Dito isso, se olharmos as duas obras de maneira independente, ambas são muito boas. No livro vemos uma Helen muito mais sozinha, e com noção suficiente para saber que seu olhar nunca será tão verdadeiro e interessante para apresentar algo quanto os daqueles que realmente vivem aquilo. A figura do Candyman é algo quase secundária, funcionando mais como uma reação, um resultado, do que o antagonista sempre presente interpretado por Todd. E faz todo sentido já que Candyman é um título em português usado para se apoiar no filme, quando o conto original se chama apenas The Forbidden, mais misterioso e que pode levar a interpretações diferentes.
Barker mergulha na criação e no POV de uma lenda urbana, cria tensão como só ele e faz a melhor coisa, que muitas vezes diferencia o profissional do amador na escrita de horror e suspense: se mantém na cena. Nada de floreios e divagações. O que importa é o que está sendo apresentado e apenas isso. Combinando isso à dose de body horror e violência pesada de Barker, o conto acaba sendo uma ótima experiência pra quem gosta do gênero.
Sucinto e potente como de costume, mas mais suave que The Hellbound Heart e Livros de Sangue. Um bom suspense de leitura rápida e com um antagonista intrigante.
O enredo poderia ser melhor trabalhado mas quando se tem o dom de colocar palavras tão finamente certeiras no papel, o livro deixa de ser enredo para ser mera apreciação técnica.
Tive uma grande dificuldade de dormir depois das 20 primeiras páginas de tão agoniada que fiquei. A narrativa do começo deixa você tão tensa que você fica ali a todo momento esperando o clímax acontecer. E quando aconteceu foi um massacre as minhas expectativas. Só senti que estava presa a mais um conto onde uma garota branca rica fica interessada numa comunidade paupérrima. Enfim, fiquei na dúvida entre 3 e 4 estrelas. Tô dando quatro só pelo cagaço.
A escrita do Clive Barker é muito boa e cheia de críticas, to gostando muito de conhecer esse escritor! O lenda do Candyman também me interessa muito, mesmo que no livro ela não seja muito desenvolvida, deixa aquele ar de mistério que toda lenda urbana tem.
Esta resenha foi publicada no Jornal da Cidade (de Poços de Caldas/MG) em cinco de março de 2022:
Clive Barker é um nome muito conhecido entre os fãs de terror devido, primariamente, à série de filmes Hellraiser, baseada no seu livro Hellbound. Candyman é um conto da mesma época deste livro; ambos são de meados dos anos 1980. Foi publicado no Brasil, oportunamente, pela Darkside Books em um livro que conta com um ótimo posfácio do jornalista Carlos Primatti. Lançado em uma coletânea, a escolha deste formato, publicado individualmente, deve-se provavelmente à recente adaptação cinematográfica dirigida por Nia DaCosta, lançada no ano passado, e surpreendentemente roteirizada pelo genial Jordan Peele, conhecido por ser um humorista ácido. Uma série de três filmes já havia sido produzida nos anos 1990, tomando uma série de liberdades em relação à trama original, conforme explica Primatti. Uma delas, também utilizada na adaptação cinematográfica da HQ Hellblazer, do emblemático John Constantine, personagem criado por Alan Moore, é migrar a história da Grã-Bretanha para os Estados Unidos. Neste caso, o filme Constantine saiu terrivelmente descaracterizado. Não vi nenhum dos Candyman, mas se os diretores foram talentosos, eles tinham um ótimo material em mãos, fácil de adaptar. Barker sempre foi multimídia, desde cedo. Na Unicamp vi um curta-metragem que ele estrelou e dirigiu nos anos 1970; ele dirigiu também longas e clipes; as HQs adaptadas de Hellraiser, feitas por grandes nomes como Ted McKeever e publicadas no Brasil no início dos anos 1990, são as melhores que já vi adaptadas de uma obra cinematográfica, pois não se propõem a recontar a história dos filmes, mas sim levar seus personagens para épocas e situações distintas, pois são seres demoníacos intemporais. Aliás, este é o mesmo expediente de Candyman: embora chamado de demônio no livro, ele não é exatamente isso, assim como também os cenobitas sadomasoquistas do Hellraiser não são diabos da concepção cristã. Suas vítimas não são escolhidas a esmo para ser atormentadas, elas é que os procuram. No caso de Hellraiser, é através de um dispositivo; em Candyman, é a curiosidade mórbida da protagonista Helen Buchanan, acadêmica enfastiada com a arrogância de seus pares e com a indiferença do seu infiel marido, Trevor. Ao duvidar das histórias de massacres e crueldades de Candyman, ela acaba por invocá-lo. Barker é um narrador muito envolvente; no começo parece que estamos diante de um romance policial. Não há nenhuma invocação baseada em clichês como pentagramas; é a busca obcecada da protagonista por histórias que não fazem parte do seu objeto de pesquisa que acabam por levá-la à senda sinistra da qual seria poupada se deixasse de lado os rumores que ouviu. A imprudência de Helen, ao fazer uma pesquisa de campo sobre pichações e grafites num conjunto habitacional abandonado pelo poder público que o inaugurara com pompa três anos antes apenas para vê-lo tomado por heroinômanos e muita pobreza, desde o princípio a põe em situações de risco. A ameaça está sempre presente, mas ela não parece pressenti-la, ao menos não no seu sentido sobrenatural. Barker deve ter sido influenciado por Lovecraft, pelo pouco que li deste: faz descrições precisas e constrói um clima que se revela lentamente, no qual o inefável e o inelutável estão constantemente à espreita. Daniel Souza Luz é jornalista, professor, escritor e revisor
Eu fiquei surpresa como uma história tão curtinha conseguiu me prender do início ao fim. Inclusive, gostaria que o livro fosse um pouco maior, detalhando a obsessão da Helen pelo rosto desenhado, o impacto do Candyman sobre aquelas pessoas, o distanciamento delas com a Helen, o envolvimento das autoridades e, principalmente, o final e a "mudança" da protagonista.
Apesar desses pontos que eu gostaria de ver mais detalhes, achei que o autor soube desenvolver os elementos da trama na medida certa para que eles não ficassem incompletos ou com pontas soltas. Desde a primeira página consegui sentir a tensão na ambientação e na forma como os moradores do Conjunto Habitacional da Spector Street agiam. Clive Barker soube atiçar a curiosidade de uma forma que eu também estava querendo saber a fofoca, tanto que me peguei pensando: espero que a Helen tente descobrir mais detalhes porque agora também quero saber o que rola por lá, se é um assassino em série, se são crimes que não tem ligação um com o outro ou se é alguma "coisa" que está entranhada na região.
Em relação ao final, eu achei que fosse acontecer algo do tipo com a Helen, mas não da forma como de fato se sucedeu. Eu fiquei impressionada com a conivência dos moradores na cena final. Já o assassino na verdade ser uma Lenda Urbana, isso me pegou de surpresa! Achei interessante isso dele querer se provar real para a Helen e como o autor explica que sua perpetuação se dá pela alimentação desse mito, através de boatos e pelo boca a boca. A aparição dele tipo: "menina, você ficou duvidando que eu existia, olha eu aqui!!!" foi bem inesperada.
Essa edição conta com um posfácio que traz algumas reflexões bem interessantes sobre a história e conta um pouco sobre os filmes inspirados nela. Ainda não assisti a nenhum deles, mas fiquei curiosa após a leitura.
À todos que gostam de uma boa história de terror, recomendo esse clássico! Uma leitura super rapidinha que vai te prender do início ao fim.
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Enquanto faz uma pesquisa para uma tese, Helen conhece Annie e ela lhe conta sobre um assassinato estranho e não comentado que aconteceu na sua vizinhança. Cada vez mais curiosa, Helen resolve investigar o caso e entender o porquê de todos naquele bairro decidirem acobertar isso, além de não haver nenhum registro sobre o crime.
Quando fui adicionar Candyman nos apps de leitura que uso vi que em ambos a nota dele estava abaixo de 4 e confesso que fiquei com medo de como seria essa leitura mas, felizmente, ela me surpreendeu demais. O conto de Clive possui uma narrativa que captura o leitor já nos primeiros parágrafos quando descreve o bairro abandonado por todos e que representa de forma sagaz a marginalização que a sociedade insiste em fazer com locais que "não valem o gasto".
Some tudo isso a uma protagonista incrível e um background que deixa o leitor aflito a cada segundo e enfim você tem Candyman nas mãos. A alusão as lendas urbanas e sobre como uma sociedade se choca com o que está próximo mas ignora o que acontece no resto do mundo leva Candyman para um patamar que não consigo nem explicar. Além da história que, particularmente, achei incrível ainda temos o posfácio de Carlos Primati que chegou sem prometer e entregou tudo que eu não sabia que precisava. Foi cirúrgico, tocou na ferida e ainda deu uma luz sobre todo o universo construído acerca desse personagem nos cinemas também.
Candyman é brilhantemente escrito e possui uma tensão do início ao fim que poucos livros podem dizer que tem. Fenomenal.
Esse livro ecoa a crença de que verbalizar aquilo que é ruim (que é pensado ou experienciado) traz concretude para a coisa. Isso é algo que leva algumas pessoas a manter silêncio. É o que faz a comunidade presente nesse livro: silencia sobre o Candyman, compactuando com sua violência, estando, ao mesmo tempo, diretamente submetidos a ela. O medo se prolifera no silêncio, como apontado na história "(...) era raro que monstros fossem tão apavorantes quando arrastados para a luz do dia" (p.45). É quando Helen tenta expor a violência que ela toma corpo e se vinga. A personagem não faz isso por um senso de justiça, no entanto: ela faz para se provar perante os arrogantes colegas acadêmicos (dentre eles o próprio esposo), todos tentando vencer o argumento sem se importar com a tese defendida. Helen quer mostrar que pode ganhar a discussão, e não está interessada de fato nas vidas precarizadas daqueles que moram em meio ao lixo e a destruição. Ela os utiliza como objeto de pesquisa em busca da fama, e, ao se dar conta disso, se enche de culpa.
Em suma, uma história curta com diversas camadas. Amei.
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Quando estava decidindo se comprava ou não Candyman para ler (afinal é um livro um tanto curto e na época o preço estava um pouco elevado para os padrões que eu acredito serem corretos) fui dar uma espiada nas críticas. Alguns diziam que para fazer o primeiro longa, O Mistério de Candyman, foi necessário tirar leite de pedra e que o conto não era “tudo isso”.
Descordo completamente. O conto me agradou imensamente e a leitura me prendeu do começo ao fim. O desenvolvimento da narrativa e a maneira como ela cresce e chega no seu ápice funciona e funciona muito bem.
Talvez eu tenha gostado tanto em razão do filme? Sim. A produção sobre tirar o que há de melhor de um conto tão curto, sua essência, e desenvolver uma narrativa respeitosa e que não entregou uma das criaturas mais interessantes da história do terror.
Enfim, se não estiver a fim de gastar dinheiro com a versão física (que a Darkside produziu de maneira belíssima), vale a pena adquirir o ebook e aproveitar esse conto bem feito do nosso amado Clive Barker.
Esse é um conto de terror de Clive Barker, autor e produtor por trás dos filmes de Hellraiser, que foi publicado inicialmente na sua coletânea de contos de terror Livros de Sangue. No Brasil, os livros de Barker foram lançados pela Darkside - e as edições são belíssimas!
Nesta edição, o conto Candyman vem como livro único, e sua edição é metade da experiência de leitura. O livro vem dentro de um sleeve com estampa de uma colméia, e capa dura é em alto-relevo seguindo o tema da colméia. Por dentro, encontramos ilustrações de abelhas, marcador em fitilho, e páginas negras dividindo o livro em 2 seções: o conto em si, e um posfácio de Carlos Primati.
O conto em si tem o poder de transportar o leitor para uma atmosfera decadente, onde o perigo é sempre iminente e anônimo. A escrita de Barker é hipnotizante, e prende o tempo todo, guiando o leitor sempre em frente. Ele consegue evocar imagens na mente do leitor ao mesmo tempo belas, assustadoras, e nauseantes.
Candyman é um conto que vai agradar a leitores novatos no terror, e também aos mais acostumados com o gênero. Como introdução à escrita de Barker, acho que é uma leitura muito acertada, que surpreende e desperta o desejo de ler outras obras dele - eu mesmo já estou louco para ler mais dele!
Adorei a escrita do Clive Barker! É descritiva, reflexiva, com ritmo e imersiva. Com certeza lerei outras obras dele. Sobre o conto, Candyman não é uma história de terror, e sim de suspense. Aqueles que esperam mais, podem acabar decepcionados. Clive Barker usa poucas páginas (o conto tem umas 90, se não me engano) para fazer pontuações pertinentes sobre a essência humana, a atratividade da violência, e sobre a extensão de uma lenda. Por outro lado, Candyman não é um conto de respostas, e sim de perguntas, de forma que chegamos no final querendo mais de tudo o que nos foi mostrado; querendo preencher todas as lacunas e sem os subsídios para isso. Enfim, um conto de suspense, que levanta questionamentos e não se obriga a dar certezas para o leitor. Vale a pena? Sim! Mas mantenha esse ultimo parágrafo em mente para não acabar se frustrando pela alta expectativa.
"Para que serve o sangue, senão para ser derramado?" Meu primeiro contato com o Barker e honestamente eu gostei muito, por mais que o que mais prevaleceu foi o gostinho de 'quero mais', teria devorado o conto mesmo se fosse um livro de 600 páginas pela narrativa. Você lê que não percebe que o tempo passou, escrita muito fluida e impossível de largar. Candyman é um personagem interessantíssimo por isso fiquei triste que acabou sem que a história dele fosse pelo menos um pouco desenvolvida. Por isso irei procurar os filmes. Recomendo para quem gosta do gênero e procura uma leitura rápida porém peculiar.
edição linda com posfácio por eduardo alves, um conto muito interessante sobre a mitologia das lendas urbanas, sobre a crença no absurdo e no horror desconhecido, com uma representação grotesca da capacidade humana de sobreviver, de se tornar vítima de sua própria tenacidade e a sedução do nunca saber. as obras do clive barker sempre tem um quê sombrio inerente ao ser humano que me deixam hipnotizada!
Candyman é um livro sobre como a crença em um mito o torna real, como a dúvida coloca a lenda em cheque e também trata de como uma comunidade é capaz de proteger as suas histórias. É um conto bem curtinho, mas que deixa claro o que levou a se tornar um clássico do terror, contendo cenas de tensão e choque.
Eu esperava mais... mas o enredo não é ruim, é bom. Acho que minhas expectativas estavam altas... mas vale a leitura, até porque o que não me agradou muito alguém pode amar, e é uma sentada só, rapidinho.
é uma história bem rápida, que te prende e mt dinâmica, além de ter sido muito bem desenvolvida, trazendo alguns momentos de tensão e terror, é uma obra fácil de ser devorada, cheia de detalhes, um clássico.
achei bom, rapidinho, mas bem escrito. ele aborda bastante a violência e pessoas deixadas a margem da sociedade. achei que fosse abordar a questão racial também, mas isso acredito que foi acrescentado nos filmes. é um bom clássico, de qualquer forma.