Dois sócios de uma empreiteira se desentendem com o terceiro e contratam um matador profissional para eliminá-lo. Começa aí um jogo de aparências narrado por Marçal Aquino de maneira magistral e sufocante, numa trama que mescla assassinato, sexo, drogas e corrupção.
Marçal Aquino nasceu em Amparo, no interior paulista. É jornalista, escritor e roteirista de cinema e de televisão. Publicou, entre outros livros, o volume de contos O amor e outros objetos pontiagudos, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti, e o romance Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios. Atuou como roteirista de filmes, como Os matadores, O invasor e O cheiro do ralo. Seu trabalho está publicado na Alemanha, Espanha, França, México, Portugal e Suíça. É autor do conto “Balaio” na coletânea Eu sou favela, título inaugural da Editora Nós.
Em geral, uma boa obra requer uma boa execução e nas mãos de um bom escritor, poucos elementos podem resultar num excelente livro.
De Marçal Aquino, só conheço o romance juvenil A turma da rua 15 da eterna Coleção Vagalume, além do filme adaptado de um de seus romances, Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, que não gostei.
O invasor pareceu-me todo estruturado para um fim, o que lhe tornou previsível. Para nada dizer da eterna utilização dos elementos do submundo brasileiro/universal, de sordidez, pobreza, cafajestisse, corrupção política, sexo, drogas.
Meu primeiro Marçal Aquino e me surpreendi mais do que o esperado. Uma novela ágil, com personagens interessantes e enredo bem amarrado, com uma reviravolta inesperada. Recomendo.
Curioso o fato de que o autor começou a escrever a novela, parou, adaptou para o cinema, depois voltou para concluir o livro a tempo de lançá-lo junto com o filme.
A história do livro, dos crimes e intrigas, é interessante. Mas o livro é todo machistinha. Não tem diálogo entre duas personagens femininas, por exemplo. A única vez em que tem mais de uma mulher na cena é quando o personagem principal está em um prostíbulo, e a cafetina manda uma das trabalhadoras servir um chá pro cara. As personagens femininas existem apenas pra alimentar a libido dos personagens masculinos. São objetificadas o tempo todo, e classificadas levando em consideração "os bicos dos seios (...) pequenos, rosados". 🤮
"O Invasor" tem uma história interessante, porque Marçal Aquino começou a escrever o livro no final dos anos 90; antes de terminá-la, contudo, acabou sendo convencido a escrever o roteiro do filme, sendo que o roteiro ficou pronto ANTES. Somente após finalizada a produção do filme foi que o escritor retornou ao livro e finalizou a obra, lançada em 2002.
A história de dois amigos, sócios em uma empreiteira, que resolvem contratar um matador para eliminar o terceiro sócio da empresa, que está obstruindo o andamento de falcatruas, é contada em alto nível de tensão, em primeira pessoa, sob a ótica de Ivan, um dos mandantes do crime. O maior mérito do livro é o seu alto grau de realismo, retratando os conflitos de um cara que levava uma vida comum, com falhas inerentes a qualquer ser humano, e que de repente toma uma decisão drástica que o suga para um abismo do qual nunca mais conseguirá se desvencilhar.
O problema do livro, por outro lado, é não conseguir se descolar do filme. Ao menos para mim, foi assim. Lendo o livro, eu só conseguia pensar na obra-prima de Beto Brant, um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos, com atuações memoráveis do surpreendente Paulo Miklos, da gatíssima Mariana Ximenes, e dos sempre competentes Alexandre Borges e Marco Ricca.
Para mim, é daqueles raros casos em que o filme é superior ao livro (como Trainspotting, por exemplo). Mesmo assim, vale a pena a leitura desse belo exemplar de literatura policial nacional.
Melhor suspense br que eu já li Estou sem palavras. Meu segundo livro do autor e apesar de ter gostado muito de Eu receberia as piores noticias dos seus lindos lábios e esse ser um livro COMPLETAMENTE diferente. A leitura foi mais deliciosa ainda. Um suspense de tirar o fôlego e fazer o coração palpitar de agonia. Do começo ao fim foi surpreendente. Sem duvidas o melhor suspense br que eu já li.
Lembrou menos o filme do que eu imaginava. Ritmo intenso, livro curtinho (o que é bom, sem excessos), boa opção de leitura pra depois de um livro chato ou quando dá aquela “travada” em algum livro mais pesado
Una història senzilla, amb més ritme que fons. Una petita novel·la negra, sense pretensions ni profunditat. Personatges plans, estereotipats, que flueixen àgilment cap a un desenllaç fàcil i que aviat oblidaré.
Uma característica do romance de Marçal é que durante toda a história convivemos com a violência de forma velada. Não a vemos explicitamente, mas a sentimos de forma intensa.
Excelente! Livro curto e ágil sobre meandros psicológicos e, digamos, econômicos de certo empresariado paulistano. Para ler um uma ou duas sentadas. Vale a pena!!
Um livro facil de ler, uma boa reviravolta e uma escrita cinematográfica. Primeira leitura deste autor e deixou a vontade de encontrar outros livros seus.
O Invasor - Marçal Aquino Título original: O Invasor Autor: Marçal Aquino Editora: Geração Editorial Ano: 2002 Comprar: Nos seguintes sites: Amazon, Americanas, Submarino, Livraria Saraiva, Livraria Cultura e Livraria Folha…
Resenha:
Já vou avisando que não vi o filme. Apesar de ser mega recomendado, elogiado e ter um elenco de primeira, ainda não consegui ver o filme, não tenho uma explicação muito logica para este fato, simplesmente ainda não aconteceu.
Bom, mas o livro já li várias vezes e adoro o enredo e todo o suspense envolvido nessa trama maravilhosa do Marcel Aquino. Autor alias que me acompanha desde sempre. Pois, me lembro de ler seus livros desde a infância, aqueles da Coleção Vaga-Lume da Ática, principalmente A Turma da Rua Quinze livro que ficou na minha memória e ainda hoje tenho carinho por este texto.....
Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:
Una novela negra corta e interesante. Nuevamente llegué a la misma por el podcast "Perdigonada" y desde que comencé a leerla, me zambullí en lo que yo pensaba que era una situación transcurrida en Rio de Janeiro, pero que luego me di cuenta que no pasa en un lugar, sino en una ciudad sin nombre, que podría lo más bien ser Rio, como otras grandes ciudades. La trama, simple pero muy interesante, te invita a continuar la lectura, cuyo final tiene un giro para mi totalmente inesperado. Y la situación en sí te envuelve para querer saber el final, ya que es como meterte en la cabeza de un criminal arrepentido y estar todo el tiempo esperando que te atrapen. Mención para la escritura, cruda, directa y por ello muy interesante.
Magnífico narrador. ¿Es esto una novela negra? Sí: indaga en la negrura del alma, en la negrura del sistema, y quizá en la de la mente conspiradora de Aquino.