Os objetivos dos almirantes do Brasil de constituir uma força naval de valor estratégico, capaz não apenas de proteger o litoral do país, ou defender suas plataformas de petróleo, mas também de garantir aos brasileiros a exploração mineral do leito marinho, em águas internacionais do Atlântico Sul, e de cooperar no combate à pirataria marítima na costa ocidental africana. O texto do experiente jornalista Roberto Lopes — autor de trabalhos reveladores sobre a indústria bélica brasileira e a Guerra das Malvinas — mostra os principais planos do "Cisne Branco" (ave que dá título ao hino da corporação) e também descreve situações constrangedoras pouco divulgadas pela mídia, como o porta-aviões comprado da França que não consegue navegar e a fragata que está sendo "canibalizada" para que outras do mesmo tipo possam operar.Uma reportagem de referência, corajosa, informativa e questionadora.
Roberto Lopes é jornalista e escritor, graduado em Gestão e Planejamento de Defesa pelo Centro de Estudos de Defesa Hemisférica da Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos. Especialista em diplomacia e assuntos militares da América do Sul, em Janeiro de 2014 ganhou fama na impressa internacional ao revelar a pressão do governo de Londres para que a indústria aeronáutica israelense não forneça caças modernos à aviação militar da Argentina. Lopes é pesquisador associado ao Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação da USP e autor de uma dezena de livros. No jornalismo, cobriu a crise das Ilhas Malvinas e foi correspondente de guerras na África e no Oriente Médio. Reside no interior paulista, onde dirige um centro de documentação. É casado e pai de três filhos.