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O Último Ano em Luanda Livro de Bolso
Em 1974, uma revolução em Lisboa apanha de surpresa os portugueses que vivem em Angola. Em escassos meses, trezentas mil pessoas são obrigadas a largar tudo e a fugir, embarcando numa ponte aérea e marítima que marca o maior êxodo da história deste povo. Para trás deixam casas, carros, animais de estimação. Empresas, fábricas, lojas e fazendas são abandonadas. Luanda, a capital da joia da coroa do império português, é abalada por uma guerra civil que alastra ao resto do território angolano, com três movimentos de libertação a combaterem entre si.
Paperback
First published January 1, 2008
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About the author
Tiago Rebelo
29 books100 followersTiago Rebelo é um dos romancistas mais brilhantes das letras portuguesas. Na última década manteve uma produção literária constante e os seus livros tornaram-se há muito presença habitual nos lugares cimeiros das principais tabelas de vendas nacionais. Com títulos disponíveis em diversos países, desde o Brasil a Angola e Moçambique, foi igualmente editado em Itália e na Argentina. Depois dos enormes sucessos aplaudidos pelo público e pela crítica, O Tempo dos Amores Perfeitos e O Último Ano em Luanda, o seu útlimo romance, O Homem Que Sonhava Ser Hitler, editado em 2010 pela ASA, é um magistral e absorvente relato de uma face desconhecida da sociedade actual. A par da actividade literária, Tiago Rebelo tem já uma longa carreira de jornalista, sendo actualmente editor executivo na TVI.
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Community Reviews
Displaying 1 - 27 of 27 reviews
March 8, 2016
Este romance capta o interesse desde o início e o mantém até ao fim. Por outra parte, é uma obra histórica credível que retrata um momento traumático do Portugal contemporâneo; nomeadamente, para os portugueses que tudo perderam com a independência de Angola.
Tiago Rebelo, que diz ter vivido em Luanda desde os dois até aos onze anos de idade, em 1975, explica na nota do autor no final do livro que leu milhares de blogues sobre Angola para se documentar. Quanto à lista de bibliografia utilizada, ocupa unicamente uma página. Entre os livros mencionados encontra-se o clássico de Kapuscinski "Mais um dia de vida" ( https://www.goodreads.com/book/show/1... ), cuja leitura recomendo também. Esse livro transparece em varias páginas de O Último Ano em Luanda, mas o romance tem mérito próprio: não é nada um livro com passagens copiadas. Há um momento em que o autor dá uma piscadela de olhos ao grande Kapuscinski, uma espécie de homenagem ao polaco que me lembrou ao pormenor com que Hitchcock "assinava" os seus filmes numa breve e discreta aparição.
Tiago Rebelo, que diz ter vivido em Luanda desde os dois até aos onze anos de idade, em 1975, explica na nota do autor no final do livro que leu milhares de blogues sobre Angola para se documentar. Quanto à lista de bibliografia utilizada, ocupa unicamente uma página. Entre os livros mencionados encontra-se o clássico de Kapuscinski "Mais um dia de vida" ( https://www.goodreads.com/book/show/1... ), cuja leitura recomendo também. Esse livro transparece em varias páginas de O Último Ano em Luanda, mas o romance tem mérito próprio: não é nada um livro com passagens copiadas. Há um momento em que o autor dá uma piscadela de olhos ao grande Kapuscinski, uma espécie de homenagem ao polaco que me lembrou ao pormenor com que Hitchcock "assinava" os seus filmes numa breve e discreta aparição.
November 27, 2016
Uma bela história, bem contada. Uma lição de história, lamentável, que nunca vai ser esquecida. Tanta dor, tantos sonhos, tantos horrores; por mais bem contado que seja, será sempre inimaginável o flagelo abatido sobre tantas vidas. Tanta História reduzida a: ganância, maldade e pobreza. Bom romance, Tiago. Obrigado.
October 2, 2018
“Para Angola, rapidamente e em força!”
“E para quê? Diga-me. Porque carga de água é que andámos treze anos a lutar? A resposta é simples: porque já cá estamos há cinco séculos.”
“Uma pessoa que anda feliz na sua vidinha e, um belo dia, vai à consulta de rotina e o médico diagnostica-lhe um cancro, dá-lhe um ano de vida, assim, sem mais nem menos. É o que Angola parece.”
“Os homens do MPLA eram camaradas, os outros diziam-se irmãos e, pelo aspecto, não havia como distinguir uns dos outros.”
“E para quê? Diga-me. Porque carga de água é que andámos treze anos a lutar? A resposta é simples: porque já cá estamos há cinco séculos.”
“Uma pessoa que anda feliz na sua vidinha e, um belo dia, vai à consulta de rotina e o médico diagnostica-lhe um cancro, dá-lhe um ano de vida, assim, sem mais nem menos. É o que Angola parece.”
“Os homens do MPLA eram camaradas, os outros diziam-se irmãos e, pelo aspecto, não havia como distinguir uns dos outros.”
August 19, 2022
O Último Ano em Luanda é um romance de Tiago Rebelo que eu "li" com os ouvidos. O enredo tem lugar durante os últimos anos do império português - antes e depois da Revolução dos Cravos. Os protagonistas mudam-se para Angola apesar do movimento de libertação estar a ganhar força. O marido é um piloto que ganha dinheiro a fazer contrabando, mas a situação militar, o caos do retorno dos portugueses e os laços dele com os rebeldes levam a família até à beira do desastre. O livro tem a atmosfera dos filmes clássicos americanos sobre a guerra do Vietname. O suor, o terror, a falta de lei e ordem. Todos se combinam numa história incrível, e a narradora lê numa voz nítida, o que ajuda muito!
December 1, 2025
3 estrelas para não dar menos. Achei o livro um bocado tendencioso, a orientação política do autor ficou muito marcada…
December 28, 2011
O antes...
"A 15 de Março de 1961, a UPA, União dos Povos de Angola, inaugurou a luta armada pela independência daquela colónia africana com o terrível massacre de cerca de sete mil civis, brancos e negros."
Tenho a noção que poderá não ser uma leitura muito fácil mas também sei que para mim é a melhor forma de aprender história do nosso e de outros países, ou seja, lendo romances históricos. Começo a pensar que este género de livros, é afinal, um dos meus preferidos.
Quanto ao escritor já tinha lido o "Romance em Amsterdão" mas nem de perto nem de longe o resumo chamou tanto a minha atenção como este.
...e o depois!
"(...)os acontecimentos narrados neste livro e que servem de cenário à história são verídicose e, embora as personagens sejam fictícias, as suas circunstâncias confundem-se com o passado vivido por milhares de portugueses que estavam em Luanda naquela que foi uma das épocas mais trágicas da História das duas nações."
Um livro que me prendeu a atenção na acção desde o início, que me perdeu um pouco nas dissertações políticas (mas a verdade é que o próprio livro não poderia existir sem elas) mas logo me ganhou no envolvimento de personagens nada ligadas à política mas que vêem as suas vidas entrelaçadas com o destino de Angola, que os levaria a uma independência violenta e destruidora. Aos que não viveram nesta altura e não conheceram esta realidade dá uma clara percepção de tudo o que se passou. Conseguimos reviver o drama dos portugueses retornados na pele das personagens como se fossem um de nós ou dos nossos conhecidos.
Aconselho a toda a gente no geral e aos portugueses em particular!
"A 15 de Março de 1961, a UPA, União dos Povos de Angola, inaugurou a luta armada pela independência daquela colónia africana com o terrível massacre de cerca de sete mil civis, brancos e negros."
Tenho a noção que poderá não ser uma leitura muito fácil mas também sei que para mim é a melhor forma de aprender história do nosso e de outros países, ou seja, lendo romances históricos. Começo a pensar que este género de livros, é afinal, um dos meus preferidos.
Quanto ao escritor já tinha lido o "Romance em Amsterdão" mas nem de perto nem de longe o resumo chamou tanto a minha atenção como este.
...e o depois!
"(...)os acontecimentos narrados neste livro e que servem de cenário à história são verídicose e, embora as personagens sejam fictícias, as suas circunstâncias confundem-se com o passado vivido por milhares de portugueses que estavam em Luanda naquela que foi uma das épocas mais trágicas da História das duas nações."
Um livro que me prendeu a atenção na acção desde o início, que me perdeu um pouco nas dissertações políticas (mas a verdade é que o próprio livro não poderia existir sem elas) mas logo me ganhou no envolvimento de personagens nada ligadas à política mas que vêem as suas vidas entrelaçadas com o destino de Angola, que os levaria a uma independência violenta e destruidora. Aos que não viveram nesta altura e não conheceram esta realidade dá uma clara percepção de tudo o que se passou. Conseguimos reviver o drama dos portugueses retornados na pele das personagens como se fossem um de nós ou dos nossos conhecidos.
Aconselho a toda a gente no geral e aos portugueses em particular!
August 26, 2014
"O Último Ano em Luanda" conta, apoiado em bibliografia de referência, uma história que poderia ser a história de qualquer um dos portugueses que, na sequência do 25 de Abril de 1974 e declarada a independência de Angola a 11 de Novembro de 1975, tiveram de abandonar tudo em Angola e regressar sem nada (ou quase nada) para Portugal.
A escrita de Tiago Rebelo, cuja qualidade desconhecia, embora já tivesse ouvido falar muito bem, surpreende positivamente o leitor. Tiago Rebelo capta com técnica e mestria a atenção do leitor que, em vários momentos, se vê no dilema de parar a leitura e ir fazer o que tem de fazer e/ou continuar a leitura e deixar tudo para fazer depois. E isto acontece tanto pela história como pela própria escrita do texto. Recomendável... Muito!
A escrita de Tiago Rebelo, cuja qualidade desconhecia, embora já tivesse ouvido falar muito bem, surpreende positivamente o leitor. Tiago Rebelo capta com técnica e mestria a atenção do leitor que, em vários momentos, se vê no dilema de parar a leitura e ir fazer o que tem de fazer e/ou continuar a leitura e deixar tudo para fazer depois. E isto acontece tanto pela história como pela própria escrita do texto. Recomendável... Muito!
April 11, 2023
Livro interessante do ponto de vista histórico, tinha as espectativas relativamente elevadas e parecia ser-me um livro com bastante potencial, mas infelizmente fiquei com a noção que acabei de ler uma novela da TVI ou um filme de domingo à tarde - com drama e acção exagerados, mal amanhados e personagens com diálogos fraquinhos. Especialmente a personagem de Regina, que cai bastante em clichés femininos e merecia uma profundeza de espírito maior. Fiquei com a ideia que a pesquisa histórica por detrás deste livro é óptima, mas o autor deixa um pouco a desejar na escrita de um romance, especialmente quando centrado numa personagem feminina.
July 25, 2025
Um livro bem escrito, uma estória que cativa, mas... apresenta uma visão de direita, colonialista que apesar de tudo faz sentido ler para perceber o outro lado. Portugal estava há 500 anos em Luanda, mas não em Angola, e sim a irresponsabilidade foi grande e atroz, mas a liberdade e o destino de um povo só a ele pertence, não ao colono. Tentarei não voltar a ler este senhor que espalha bem as suas opiniões na CMTV espalhando desinformação. Mas respeito a sua opinião sobre os factos, afinal democracia é isso.
March 16, 2020
Deste autor já li melhor. Alternando entre ficção e realidade o livro acaba por não cumprir as expectativas do leitor, deste leitor. Na ficção usa frequentemente expressões do vulgo. Nos factos reais emite opiniões e deixa suspeições no ar. A história em si não consegue agarrar o leitor e tinha tudo para o conseguir.
February 1, 2021
Este romance começa quando, em 1961, a UPA – União dos Povos de Angola, enceta a luta armada pela independência.
Nesta obra descreve-se o início de uma guerra de cerca de treze anos contra os três movimentos de libertação de Angola – o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), o FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).
Entretanto, em 1974, uma revolução em Lisboa apanhou de surpresa centenas de milhares de portugueses que viviam em Angola, provocando a queda do regime em Lisboa, o que levou a que o novo poder desistisse de Angola.
É no meio destes acontecimentos, que nos são apresentadas as personagens deste romance. Nuno e Regina conhecem-se em Lisboa. Regina tem 25 anos, é rebelde e sente uma grande atração pelo perigo. Nuno era um pouco mais velho e tinha fama de marginal. Terá sido este seu lado de enfant terrible que cativou Regina na noite de Lisboa. Para fugir a problemas em que se afundara e decorrentes de negócios escuros, Nuno propõe-lhe a ida para Luanda. E é ali que vivem o seu romance e têm um filho. Quando o ambiente em Angola se torna insustentável, Nuno propõe a Regina que regresse com o filho para Lisboa, por uma questão de segurança. Nuno ficaria e continuaria a utilizar o seu avião para os seus negócios escuros – como o transporte de drogas e o último deles o transporte de armas para a UNITA - que o levariam a pôr a sua vida em risco.
Regina, garantida a tranquilidade do filho em Lisboa, com os pais que, entretanto, já lhe haviam perdoado as suas atitudes levianas, sem notícias de Nuno pelos seus informadores, decide voltar a Luanda determinada a trazer Nuno e é a sua determinação e coragem que conseguem resgatar Nuno.
A história é narrada de forma intercalada e situada num momento histórico marcante, quando cerca de trezentos mil portugueses se viram obrigados a deixar tudo em Luanda e a fugir, por via aérea e marítima, para Portugal ou para a África do Sul, deixando tudo para trás – casas, carros, animais, empresas, comércio… Tudo.
É no navio Niassa que Regina e Nuno regressam a Portugal, pouco antes da independência entrar em vigor, em novembro de 1975, com a vitória do MPLA. Entretanto, deixavam para trás um país devastado pela guerra, guerra esta que prosseguiria numa mortífera guerra civil entre o MPLA e a UNITA e que só terminaria em 2002, com a morte de Jonas Savimbi.
Um livro duro, com uma narrativa em que as ações surgem alternadamente, de forma a que se pervebam aspetos fulcrais da narrativa no momento em que nos questionamos sobre um qualquer episódio ou personagem. Um livro escrito de forma fluente, mas que exige uma leitura atenta.
Nesta obra descreve-se o início de uma guerra de cerca de treze anos contra os três movimentos de libertação de Angola – o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), o FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).
Entretanto, em 1974, uma revolução em Lisboa apanhou de surpresa centenas de milhares de portugueses que viviam em Angola, provocando a queda do regime em Lisboa, o que levou a que o novo poder desistisse de Angola.
É no meio destes acontecimentos, que nos são apresentadas as personagens deste romance. Nuno e Regina conhecem-se em Lisboa. Regina tem 25 anos, é rebelde e sente uma grande atração pelo perigo. Nuno era um pouco mais velho e tinha fama de marginal. Terá sido este seu lado de enfant terrible que cativou Regina na noite de Lisboa. Para fugir a problemas em que se afundara e decorrentes de negócios escuros, Nuno propõe-lhe a ida para Luanda. E é ali que vivem o seu romance e têm um filho. Quando o ambiente em Angola se torna insustentável, Nuno propõe a Regina que regresse com o filho para Lisboa, por uma questão de segurança. Nuno ficaria e continuaria a utilizar o seu avião para os seus negócios escuros – como o transporte de drogas e o último deles o transporte de armas para a UNITA - que o levariam a pôr a sua vida em risco.
Regina, garantida a tranquilidade do filho em Lisboa, com os pais que, entretanto, já lhe haviam perdoado as suas atitudes levianas, sem notícias de Nuno pelos seus informadores, decide voltar a Luanda determinada a trazer Nuno e é a sua determinação e coragem que conseguem resgatar Nuno.
A história é narrada de forma intercalada e situada num momento histórico marcante, quando cerca de trezentos mil portugueses se viram obrigados a deixar tudo em Luanda e a fugir, por via aérea e marítima, para Portugal ou para a África do Sul, deixando tudo para trás – casas, carros, animais, empresas, comércio… Tudo.
É no navio Niassa que Regina e Nuno regressam a Portugal, pouco antes da independência entrar em vigor, em novembro de 1975, com a vitória do MPLA. Entretanto, deixavam para trás um país devastado pela guerra, guerra esta que prosseguiria numa mortífera guerra civil entre o MPLA e a UNITA e que só terminaria em 2002, com a morte de Jonas Savimbi.
Um livro duro, com uma narrativa em que as ações surgem alternadamente, de forma a que se pervebam aspetos fulcrais da narrativa no momento em que nos questionamos sobre um qualquer episódio ou personagem. Um livro escrito de forma fluente, mas que exige uma leitura atenta.
August 4, 2020
Um ano em Luanda, antes da sua independência.
Foi uma leitura impactante no sentido de ter conhecido uma nova realidade do ponto de vista dos portugueses na descolonização da Angola, após quinhentos anos de governo português, e da migração dos que ali construíram as suas vidas e muito contribuíram para a sociedade angolana. Apesar de ser um romance, com muita ação à mistura, tem muito conteúdo histórico deste período de tempo bastante conturbado, cujos problemas ainda persistem até hoje.
O meu pai nasceu em Luanda, em 1963, e o meu avô foi capitão-médico nessa altura, onde se dedicou a operar os feridos desta guerra, por isso também foi conhecimento especial que foi por mim adquirido desta época no Ultramar, quase desaparecida das nossas memórias recentes.
Relativamente à narrativa, tive a sensação que foi mais centralizada no relato histórico verídico, apesar de interessante, do que na ação em si, pelo que demorou a entrar com entusiasmo na história da Regina e do Nuno, os protagonistas. Eles representam o universo dos refugiados que se mudaram para Portugal, da mesma forma que o autor, Tiago Rebelo, o experienciou, sendo o próprio pai natural de Angola e tendo vivido ali toda a sua vida antes da descolonização.
Foi uma leitura impactante no sentido de ter conhecido uma nova realidade do ponto de vista dos portugueses na descolonização da Angola, após quinhentos anos de governo português, e da migração dos que ali construíram as suas vidas e muito contribuíram para a sociedade angolana. Apesar de ser um romance, com muita ação à mistura, tem muito conteúdo histórico deste período de tempo bastante conturbado, cujos problemas ainda persistem até hoje.
O meu pai nasceu em Luanda, em 1963, e o meu avô foi capitão-médico nessa altura, onde se dedicou a operar os feridos desta guerra, por isso também foi conhecimento especial que foi por mim adquirido desta época no Ultramar, quase desaparecida das nossas memórias recentes.
Relativamente à narrativa, tive a sensação que foi mais centralizada no relato histórico verídico, apesar de interessante, do que na ação em si, pelo que demorou a entrar com entusiasmo na história da Regina e do Nuno, os protagonistas. Eles representam o universo dos refugiados que se mudaram para Portugal, da mesma forma que o autor, Tiago Rebelo, o experienciou, sendo o próprio pai natural de Angola e tendo vivido ali toda a sua vida antes da descolonização.
April 15, 2021
Obviamente este livro tem mais interesse se nos relacionamos com a guerra da independência de Angola. Não passei por ela, mas os meus pais, tios e avós sim. Por isso, captou-me a atenção de início ao fim. Tem óptimas descrições, não foi difícil fazer uma clara imagem do que se passava enquanto lia. Nos últimos capítulos parece que há um corte na narrativa do romance, para se introduzir opiniões e ideias políticos sobre o que se passou e a forma como foi conduzida a guerra de independência de Angola. No entanto, coincide com todos os relatos frustrados, raivosos, desiludidos, mas acima de tudo saudosos, que já tinha ouvido sobre Angola.
October 25, 2021
Embora não faça o meu estilo os livros em que os “dramas” das relações amorosas seja um dos temas do romance, os elementos históricos descritos por Tiago Rebelo são relevantes e estão, apesar do referido, bem enquadrados.
O relato dos últimos e dramáticos dias da soberania portuguesa em Angola são relevantes e não devem ser esquecidos. E por isso considero que este livro merece a pena ser lido!
O relato dos últimos e dramáticos dias da soberania portuguesa em Angola são relevantes e não devem ser esquecidos. E por isso considero que este livro merece a pena ser lido!
April 26, 2021
Um romance que vai sendo construído, involve-nos e nos deixa curiosos pelo desfecho da história. Gosto muito de conhecer mais sobre eventos históricos e este tipo de livros é uma boa maneira de o fazer. Contudo, o livro é muito longo para o que costumo ler.
July 29, 2020
Uma boa escrita. Adorei lê- lo.
March 26, 2023
Adorei este livro por nós explicar tão bem o contexto político da época 👍
August 30, 2023
3.6*
August 30, 2024
Made me cry
January 2, 2025
Me encantó la historia. Te permite entrever lo que ocurrió con la Guerra Civil Angolana.
January 18, 2022
Sem razão nenhuma em particular, reli O último ano em Luanda no inicio deste mês e não me arrependi - pois tinha tempo e gosto do livro.
O autor Tiago Rebelo, tem muito conhecimento sobre a época e os acontecimentos que antecederam a independência de Angola. A construção da história é suportada por uma fontes de referência, além da sua própria vivência e de seus familiares em Angola. O autor, de forma geral conseguiu transmitir imparcialidade no relato dos principais acontecimentos do ponto de vista das 4 principais frentes: os angolanos, os 3 movimentos de libertação angolanos, o governo português e os portugueses. Aliás, no meu ponto de vista, é isto que me prende ao livro: saber de facto o ponto de vista dos portugueses no processo de descolonização de Angola.
No entanto, no Epílogo pode-se ler no último parágrafo "... e foi sempre o povo, o qual, com a guerra ou sem guerra, continua a soçobrar numa miséria e numa violência nunca vistas nos quase quinhentos anos de soberania portuguesa em Angola...". Na minha opinião, esta frase em particular poderia ser retirada do livro, pois concordar com esta afirmação seria apagar a história da escravatura, o holocausto do povo preto, que durou séculos e foi um autentico filme de terror - que foi a base da colonização.
O autor Tiago Rebelo, tem muito conhecimento sobre a época e os acontecimentos que antecederam a independência de Angola. A construção da história é suportada por uma fontes de referência, além da sua própria vivência e de seus familiares em Angola. O autor, de forma geral conseguiu transmitir imparcialidade no relato dos principais acontecimentos do ponto de vista das 4 principais frentes: os angolanos, os 3 movimentos de libertação angolanos, o governo português e os portugueses. Aliás, no meu ponto de vista, é isto que me prende ao livro: saber de facto o ponto de vista dos portugueses no processo de descolonização de Angola.
No entanto, no Epílogo pode-se ler no último parágrafo "... e foi sempre o povo, o qual, com a guerra ou sem guerra, continua a soçobrar numa miséria e numa violência nunca vistas nos quase quinhentos anos de soberania portuguesa em Angola...". Na minha opinião, esta frase em particular poderia ser retirada do livro, pois concordar com esta afirmação seria apagar a história da escravatura, o holocausto do povo preto, que durou séculos e foi um autentico filme de terror - que foi a base da colonização.
June 7, 2014
Gostei da história. Escrita mais refinada que os anteriores que li do autor. Confesso que o final pareceu-me óbvio e isso é pena. Gostava de um final mais ousado. Ainda assim, recomendo!
June 27, 2014
Muito bom!! Recomendo vivamente, uma boa aula de história do nosso passado mais recente.
February 21, 2015
Um dos melhores livros de tiago Rebelo.
July 18, 2022
Uma verdadeira aula de história embebida num romance forte e emocionante. Recomendo!
January 19, 2015
Adorei, simplesmente adorei!
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