Biografia da ativista Luísa Marilac por Nana Queiroz, autora de Presos que menstruam.
Luísa Marilac nasceu em Minas Gerais e assumiu-se travesti aos 17 anos. Além dos tradicionais traumas associados à transição de gênero em uma família conservadora e de classe baixa, levou sete facadas aos 16 anos, foi vítima de tráfico sexual na Europa, prostituiu-se, foi estuprada e presa mais de uma vez. Alçou-se à fama depois que viralizou no YouTube um vídeo seu com o bordão “E disseram que eu estava na pior”.
Em uma história de superação, transformou a dor em energia para lutar pela mudança do mundo para mulheres que nascem como ela – com um “pedaço de picanha entre as pernas”, como costuma brincar. Ativista das travestis, trabalha para combater o preconceito com humor e diálogo franco.
Com Nana Queiroz, constrói um relato visceral e poético sobre sua trajetória, dedicado “a todas as travestis que nunca viveram para contar suas histórias”.
"Para mim não havia segurança, havia facadas de anônimos. Não havia amor, havia cafetinagem. Não havia imigração, havia tráfico sexual. Não havia liberdade de mundo, havia cadeia. Não havia conquistas, havia perdas. Para mim não havia fama, não havia identidade, não havia nome."
Li "Eu, travesti" em um final de semana. Foi uma leitura totalmente diferente de tudo o que eu esperava. Não conhecia muito da Luísa (além do famoso bordão "e teve boatos que eu estava na pior"), e cada capítulo do livro foi um soco no estômago.
Rejeitada pela família, Luísa trabalhou desde cedo se prostituindo ("Já era puta— há outro destino, meu Deus, pra travestis?"). Foi humilhada, estuprada, agredida. Chegou a levar sete facadas. Foi presa, roubada, iludida. As coisas nunca melhoraram para ela.
Confesso que esperava uma história de superação, realmente não fazia ideia do que a realidade me guardava. Esse livro é fundamental para o debate sobre prostituição e tráfico sexual. Ela não queria essa vida, mas havia outra saída?
A coragem de contar essa história com os mínimos detalhes merece destaque. Ela não esconde a vida que viveu, nem se intimida ao falar de pessoas influentes. (E aqui jaz o resto de admiração que eu tinha pela apresentadora Eliana.)
"Eu, travesti" me abriu os olhos para uma realidade fora da minha bolha e para os meus privilégios. Espero continuar lendo mais histórias LGBTQ+ além do "g".
Fortemente recomendado! (Cuidado com os gatilhos!)
"Vocês, que me leem, tomem essas dores emprestadas pra ver se é bom. Emprestadas, não, porque também são suas. Sua culpa. E eu os acuso."
A gente acha que sabe como o mundo é cruel, injusto, preconceituoso. A gente acha que a nossa dor é grande, que nosso sofrimento é mais pesado. Mas esse livro mostra que não temos ideia Uma leitura maravilhosamente dolorida, necessária, e ao mesmo tempo, difícil de largar.
Que história pesada e difícil. Por meio das vivências de Luísa e das palavras de Nana, abri meus olhos ainda mais para uma realidade que mesmo dura e cruel ainda é muito real, infelizmente. Espero que Luísa e outras tantas travestis pelo Brasil e pelo mundo possam viver dias melhores num futuro próximo.
Quem conhece Luisa Marilac apenas do meme já clássico dos bons drinks, nem imagina o que essa mulher já passou. É isso que ela narra no livro, sua história de vida, com uma honestidade não encontrada em qualquer autobiografia. Não há meias palavras: tudo de mais babadeiro ou cruel está à mostra. Expondo-se, Luisa consegue criar uma forte empatia no leitor e denunciar o que a sociedade faz com os corpos trans. Impossível ficar indiferente. Luisa é uma sobrevivente e quer nomear o que aconteceu, de forma que dedica seu livro “a todas as travestis que nunca viveram para contar suas histórias”.
Um livro de memórias arrebatador, escrito a quatro mãos de maneira primorosa. Nunca fui fã de Marilac ou afeito a assistir vídeos de travestis em delegacias, exploradas pelas risadas que poderiam render aos espectadores. Sempre achei de muito mal gosto rir dessas mulheres nessas situações. Através deste livro (que descobri através do podcast "Todas As Letras", da Folha de São Paulo) virei fã da Marilac e de todas as outras travestis que ela lista neste livro incrível e das que figuram pela internet; não pelo humor depreciativo, mas por saber que por trás de "bons drinks" existem pessoas complexas, incompreendidas e que merecem todo nosso respeito. Leitura essencial para todos que buscam uma melhoria cultural e social no Brasil.
Duas noites de insônia intermédia levaram-me à leitura deste livro que o podcast Vale a Pena” de @marianaalvim trouxe até mim. É a história dura de Luísa Marilac que, por conta da sua dislexia que a vida não deixou tratar, foi transcrita pela jornalista Nara Queiroz sob o comando e palavras da protagonista. Um livro duro, direto e sem pudor na escrita, que ora nos embaraça, emociona e revolta. De escrita simples e direta, sem rodriguinhos, retrata a história desta mulher (travesti) que saltou para a ribalta depois de o famoso jargão “dizem que eu estou na pior, se isto é estar na pior…porra…” dito num vídeo ingénuo em que está numa piscina colocado no YouTube num momento de pura angústia e incerteza. Esse jargão saltou para a boca do mundo brasileiro e que Paulo Gustavo e Marcus Majella usaram tão bem numa rábula junto de um jacto particular. Esta é a história que representa milhares de travestis vítimas de uma sociedade que as usa e ao mesmo tempo as marginaliza, maltrata e as tornam invisíveis. Uma história de violência onde o tráfico sexual é descrito sem qualquer pudor ou floreados. Duro de assimilar, mas sobretudo coloca a nu uma realidade existente. 35 anos é a duração média de vida de uma mulher travesti no Brasil. São 35 anos de uma vida de dor e sem alternativas no horizonte. A Europa, esse el dorado, muitas não é mais do que uma continuação da exploração e sofrimento. ⭐️⭐️⭐️
Para mim Luisa Marilac é icônica. Suas memórias/biografia nos leva a um universo que muitos como m8nha pessoa nunca presenciou a fundo, no máximo que vi foram travesti nas esquinas. Sua história é triste, porém mostra a força de uma pessoa que sempre se mostrou seguir em frente independente das escolhas e caminhos tomados.
Sempre admirei a Luisa Marilac, pelos bons drinks e pelo proceder que troco pelo seu canal no Youtube há tempos. Mas o livro me fez enxergá-la de uma forma ainda mais profunda e poderosa. Sua história é incrível e mostra uma vivência que a maioria de nós nem temos ideia.
Que história potente! Tanto sofrimento e tanta crueldade que são tão distantes da minha realidade que é impossível não sentir uma tristeza profunda pelo preconceito que permeia nossa vida. Uma história necessária para abrir os olhos e o coração.
Esse livro é perfeito. Necessário, direto, sensível, cruel. Virei fã da Luis Marilac. Conheci a pessoa que vai além do meme e aplaudo de pé sua história de vida.
Sem palavras para essa escrita perfeita, a forma como ela conseguiu deixar leve passagens do livro que foram MUITO pesadas. Primeira biografia que leio de uma mulher, QUE mulher!!
Este livro mostra a face doentia e cruel desta sociedade patriarcal-capitalista. Luísa foi vítima, e continua sendo, desse sistema que aprisiona a todos nós, sem distinção de raça, cor ou credo, mas que chegou a um ponto em que para preservar sua saúde e integridades física e psicológica, decidiu recorrer à normalização de todas as violências sexuais por ela vivida. Luísa é uma identidade criada para ressignificar essa vida de dor e sofrimento, desde que nasceu e fora rejeitada pela própria mãe, até ser estuprado pela primeira vez por um homem de seu entorno direto e depois por um pastor de igreja. O livro é um relato de dor, sofrimento. Nana Queiroz testemunha como Luísa sobreviveu ao tráfico sexual nacional e internacional, como também descreve a rápida ascensão a uma fama fugaz e sua posterior caída ao anonimato de ruas e prostíbulos, lugares que ela tentou sair, mas nem a sociedade, nem seus cafetões permitiram sua alforria. "'Prazer' eu chamei pra mim todas aquelas violências (...) fui rejeitada pela minha família (...) e acabei puta". Eu, travesti: Memórias de Luísa Marilac é facilmente interpretado por quem não vê o sadismo e a crueldade às quais são expostas essas pessoas nas ruas, como ato de "transgressão". Vêm deles a inócua ideia da legalização da prostituição, ao invés de preferir uma real mudança desde as bases educativas, para que crianças não sejam vítimas de adultos predadores sexuais. Apoiar a legalização da prostituição é ser cúmplice de cafetões e de querer manter essas pessoas como escravas sexuais de homens degenerados e sem empatia alguma por nenhum ser humano.
"Somos muitas. Morremos aos montes. Ninguém achou importante coletar dados sobre como vivemos, mas sabemos nossa expectativa de morte, 35. A idade que eu tinha ao decidir não pular daquela ponte. A idade que eu tinha quando me tornei idosa. Um testemunho antiestatístico. Eu vivi para que você nunca mais pudesse deixar de ouvir meu grito. SIGO GRITANDO."
Fiquei sabendo da existência desse livro através do podcast de diversidade da Folha "Todas as letras". Aliás, eu sequer conhecia a Luísa. Eu, que quase nunca vejo esses vídeos memes que se popularizam, só conhecia o bordão "e disseram que eu estava na pior" por ouvir os outros falando. Reproduzo a frase sem nunca ter visto o vídeo e, honestamente, quero continuar dessa forma. Fico muito feliz em ter conhecido a Luísa através desse livro.
É um livro forte, cheio de tapas na cara e de situações que nos colocam para refletir. A humanidade, sempre tão negada às travestis, transborda desse livro e é por isso que eu creio que ele seja uma leitura essencial para todo mundo. O mundo seria um lugar bem melhor.
Gente!!! Que livro!!!! Sem palavras para expressar o quanto foi comovente ler essa história. A Nana tem uma escrita incrível, relatando o sofrimento de maneira tão verdadeira, você se sente dentro da história. É um livro escrito com o coração. As memórias da Luisa nos mostram um mundo totalmente desconhecido. Senti o quanto desconheço os desabores da vida. Maravilhoso! Obrigada por terem nos ensinado sobre a vida que a sociedade faz questão de esconder. Um verdadeira lição de recomeço e sobrevivência.
Comecei a ler porque era o livro do mês de março do grupo de leitura "Leia Mulheres", como forma de protesto e gerar um debate por conta que uma amiga sofreu transfobia. Eu conheço a Luisa Marilac da época que ela ficou famosa na internet e apareceu em diversos programas de televisão, mas não tinha clareza sobre sua história, o livro traz diversos momentos de sua vida que nos prende e faz refletir.
Alerta de gatilho! Abuso sexual, violência, transfobia, prostituição e tráfico sexual. Mais uma biografia na minha lista de leituras e essa foi uma que me tocou bastante! Trata-se da biografia da ativista Luísa Marilac, escrita por Nana Queiroz, que também é autora do livro “Presos que menstruam”, e que inclusive está na minha lista de leituras futuras. Luísa declarou-se travestis aos 17 anos, mas por fazer parte de uma família extremamente conservadora, e devido a triste história de sua relação problemática com uma mãe, ela passou pelas piores experiências que um ser humano pode passar, desde surras até estupro e tráfico sexual. Ela ficou nacionalmente conhecia após um vídeo publicado na internet que a transformou em meme, devido ao bordão “e disseram que eu estava na pior, se isso é estar na pior...”. E esse livro é extremamente importante para mostrar quem Luísa é além desse meme, e para que a gente conheça sua história de superação. Atualmente, Luísa é ativista das travestis e atua na luta contra o preconceito de forma bem-humorada e com um diálogo bem aberto. O livro tem uma linguagem simples e bem escrachada, você se sente em uma verdadeira conversa com ela, mas ao mesmo tempo é uma leitura pesada e que me tirou muitas lágrimas, no começo elas eram causadas pela dor que Luísa sofreu em toda sua vida, mas depois são lágrimas de orgulho pela pessoa que ela se tornou. Como ela pegou toda aquela dor, todo o ódio que sempre sofreu, e conseguiu ainda tirar coisas boas e crescer tanto como ser humano? Eu fiquei simplesmente admirada. Já tinha escutado algumas entrevistas com ela, mas agora eu virei ainda mais fã! Leia mais em: resenhasdagabs.com
Rejeitada pela família, foi humilhada, agredida, presa, roubada e enganada. Onde destaco o seguinte trecho: “Para mim não havia segurança, havia facadas de anônimos. Não havia amor, havia cafetinagem. Não havia imigração, havia tráfico sexual. Não havia liberdade no mundo, havia cadeia. Não havia conquistas, havia perdas. Para mim não havia fama, não havia identidade, não havia nome.”
Não conhecia Luísa Marilac além do famoso bordão: “E teve nossos que eu estava na pior...” e para mim esse livro foi uma verdadeira surpresa, uma leitura cheia de reflexões sobre nossa sociedade. Ela de fato consegue quebrar gigantescos muros de preconceito, um livro pra quem busca melhoria social no Brasil e fundamental para o debate jurídico no Direito Penal sobre tráfico sexual, especialmente sobre a questão do lenocínio.
Por último, guardarei o seguinte trecho que coloca o leitor em um estado de profunda reflexão: “Vocês, que me leem, tomem essas dores emprestadas pra ver se é bom. Emprestadas, não, porque também são suas. Sua culpa. E eu os acuso.”
O relato de uma vida muito sofrida que, ainda assim, consegue ser contada de uma forma mais leve. Incrível como ela consegue dar a volta por cima depois de momentos super traumáticos. Luísa não mente quando diz que fala por muitas: esse é o tipo de livro que te transporta pra uma realidade muito dura e distante, porém tão familiar para as travestis do país que as consome no escuro e depois mata cruelmente. Recomendo a todos que souberem ler sem trazer suas demagogias e morais, pois Luísa se abriu por inteira e não merece menos que um leitor sem preconceitos. Um destaque pra Nana que soube emprestar sua escrita pra história de Luísa de um jeito muito natural (imagino que deva ser muito difícil).
Ler um pouco da história de Luísa e tudo que ela passou e passa, foi emocionante, difícil de ler, mas extremamente necessário. Sob a escrita de Nana, a narrativa mesclou a nua e crua realidade com um quê poético que torna a leitura cativante e consegue, na minha opinião, exatamente o que Luísa pediu: "Eu queria que fosse bom de ler, não muito difícil, pra chegar em mais gente." Saber que ela re-existiu a tudo e todos, de forma verdadeira, mostrando algumas fragilidades e muita força, se colocando diante de questionamentos, Luísa trouxe em suas memórias, conhecimento, debate, reflexão e me fez ver um pouco mais sobre a realidade cruel de muitas e muitos travestis que permeiam até os presentes dias. Uma leitura essencial.
Livro indicado por um amigo para a viagem. Li todo durante a viagem aos lençóis Maranhenses. Me entreteu do começo ao fim. Trouxe reflexões sobre a vida. Um relato biográfico marcado por tudo, menos o morno. Chega a uma imersão na vida de Luisa Marilac. Uma travesti. Que conta sua história individual, mas que deve compartilhar aspectos com muitas outras travestis. Um relato também marcado pela sua época, relato da aids. Considerei a história de vida pesada, com muitas dificuldades, reviravoltas, luta, suor e algumas lágrimas. Minha primeira imersão nesse tipo de relato e fiquei bastante satisfeito. Aprendi um pouco mais sobre o universo tão grande que a sigla não consegue comportar. Vejo minha situação com bastante privilégio, até demais. Vou precisar repensar alguns pontos em minha vida.
"Somos muitas. Morremos aos montes. Ninguém achou importante coletar dados sobre como vivemos, mas sabemos nossa expectativa de morte, 35. [...] A idade que eu tinha quando me tornei idosa. Um testemunho antiestático." Li em um dia, mas preciso de dias ou meses para processar essa biografia. A vida é dura, mais dura ainda para os marginalizados. Conhecia nada além da Luisa do bordão, agora a sinto presente em tudo. Pertencer as minorias não é uma vida fácil, pior sem o amor dos mais próximos. Toda solidariedade a Luisa, as trans finíssimas, as travestis que tão na luta diária pela sobrevivência. Uma leitura obrigatória.
não sei exatamente o que eu esperava desse aqui. é meio óbvio que, por ser uma travesti no brasil, a luísa não teve uma vida fácil, mas, de alguma maneira, eu tinha a ideia do meme dela tão entranhada na minha mente que sequer pensei que esse livro poderia ter toda a carga dramática que ele teve. luísa conduz relatos sobre a sua história com maestria e nana deixa a narrativa ainda melhor com a sua escrita. 'eu, travesti' é um livro pesado sobre uma pessoa que nunca teve um espaço digno dado pra viver. luísa é forte e a maneira como tudo nesse livro é colocado reflete isso de maneira ímpar. não esperava que se tornasse um dos melhores que eu já li, mas ainda bem que se tornou!
"E teve boatos que eu estava na pior, se isso é estar na pior..porra que quer dizer estar bem"
Foi assim que Marilac virou hit. Porém por trás dos bons drinks e piscina no verão da Espanha tem a história de luta e resistência da letra que entre a sigla LGBT é a que mais sofre as marcas da violência, com expectativa de vida de 35 anos.
Muito bem escrito e sem a frieza que esperada de uma biografia, esse livro de memórias emociona com relatos de força e visibilidade em prol de uma pauta que já era para estar superada em pleno 2020.
4,5⭐ pensando nuito aqui sobre como alguns videos viralizados não dissem nada sobre ninguém, sobre como a fama pode ser rápida e cruel.
a vida de Marilac foi algo extremamente doloroso de ler além de inacreditável. espero que muita gente tenha acesso a esse livro, veja a mulher absurdamente forte que ela é e concordem que a culpa é nossa.
essa vivência destuidora seja de Marilac, seja de qualquer outra transexual e travesti existente no nosso país é nossa culpa e o movimento de mudança precisa vir.
tem um pedacinho no fim, quando a nana fala como foi a experiência de escrever esse livro com a luísa, em que ela fala que queria que esse fosse "mais do um livro de memórias, queria que fosse uma denúncia que ajudasse a mudar a história da nova geração de travestis", que resume bem o que foi esse livro pra mim. foi uma leitura meio pesada de digerir, devagarinho, mas gostei muito da experiência!
(tem um outro trecho, bem no começo, que diz que "ninguém é obrigado a ser especialista em gênero só porque é trans" que também falou muito comigo)
Luíza Marilac é uma potência, desde que conheci pelo icônico vídeo no YouTube, para depois amadurecer e me fazer conhecer as dores da comunidade trans, eu sempre tive ela como referência, na real, foi meu primeiro contato com o que é uma mulher trans, ler esse livro me transportou para muito além do que eu já vi a mesma falar em entrevistas, me entregou a dor, ao sentimento, a sobrevivência, a luta diária de uma sociedade que rejeita pessoas trans de todas as formas, incrivelmente narrado de uma forma espetacular, esse livro partiu meu coração, e me fez amar ainda mais Luiza Marilac