What do you think?
Rate this book
متى أنتهي من الدكتوراه
تيفان ريفيير، كاتبة فرنسية ولدت 1982 في باريس. حصلت على درجة الماجستير في التاريخ. بدأت تحضير الدكتوراه في الأدب وتخلت عنها بعد ثلاث سنوات. نشرت "متى أنتهي من الدكتوراه" في 2015 بهدف تحويل تجربتها الجامعيىة إلى ألبوم ساخر. صدرت روايتها المصورة الجديدة " غزو الأغبياء" في 2019.
فيكتور قلتة، باحث مصري مقيم بفرنسا ولد 1996 بالقاهرة. حصل على درجة البكالوريوس في الأدب الفرنسي من جامعة السوربون بباريس ويحضر حاليا شهادة الماجستير في شعر القرن التاسع عشر وخاصة شعر فيكتور هوجو.
فيكتور قلتة، باحث مصري مقيم بفرنسا ولد 1996 بالقاهرة. حصل على درجة البكالوريوس في الأدب الفرنسي من جامعة السوربون بباريس ويحضر حاليا شهادة الماجستير في شعر القرن التاسع عشر وخاصة شعر فيكتور هوجو.
183 pages, Paperback
First published March 19, 2015
13 people are currently reading
870 people want to read
About the author
Tiphaine Rivière
5 books15 followersTiphaine Rivière spent three years writing a thesis in literature and working in administration at the PhD school of a large university in Paris, before starting the blog that became Notes on a Thesis.
Ratings & Reviews
Friends & Following
Create a free account to discover what your friends think of this book!
Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 249 reviews
December 27, 2019
I just reread this and I liked it even more this time. In the future it's just possible, after the great climate change chaos that will envelop the planet in 50 years or so, there will be no more books like this. As you know it's all about an essentially trivial subject, the struggles of a PhD student in Paris. It's like the most first-world-problem book. And the thesis our heroine is struggling with is on Kafka :
The Labyrinthine Motif in the Parable of the Law in Kafka's The Trial
So, she proposes a 500 page-plus investigation into the use by Kafka of the idea of the "labyrinth" in one specific part of his novel The Trial.
If this is what arts degrees consider worth doing, the mind somewhat boggles. And our author - the euphoniously named Tiphaine Riviere - is very aware of this.
But anyway, not only PhD degrees on obscure literary topics will no longer be happening, it could be that there will be no more PhDs at all when the time comes that all the academics in Paris (and London, and everywhere) are fighting each other for the last potato in town.
So, grab this beautiful funny trifle while you can. Like mountain gorillas, the hawksbill turtle, the leatherback turtle, the orangutan, tigers (all types) and rhinos (all types) not to mention my favourite the pangolin, it will not be here for very long.
The Labyrinthine Motif in the Parable of the Law in Kafka's The Trial
So, she proposes a 500 page-plus investigation into the use by Kafka of the idea of the "labyrinth" in one specific part of his novel The Trial.
If this is what arts degrees consider worth doing, the mind somewhat boggles. And our author - the euphoniously named Tiphaine Riviere - is very aware of this.
But anyway, not only PhD degrees on obscure literary topics will no longer be happening, it could be that there will be no more PhDs at all when the time comes that all the academics in Paris (and London, and everywhere) are fighting each other for the last potato in town.
So, grab this beautiful funny trifle while you can. Like mountain gorillas, the hawksbill turtle, the leatherback turtle, the orangutan, tigers (all types) and rhinos (all types) not to mention my favourite the pangolin, it will not be here for very long.
Read
January 3, 2024Quando comecei esta leitura já sabia que o difícil seria não me identificar com a sua protagonista Jeanne, uma recém doutoranda cujo entusiasmo inicial pela sua tese acerca de Kafka será, aqui vem o déjà vu!, muito rapidamente predado pelo meio académico cínico, burocrático e frio.
Da série de emails sem resposta, à entrega de curricula para a esquerda e a direita, ao preenchimento de formulários até à exaustão e à paciência para gramar com os serviços académicos, o mundo do investigador caça investimento/caça orientador/caça instituição de acolhimento é uma realidade que se repete Europa fora e limita cada vez mais qualquer alma bem intencionada e competente (quantas vezes) logo aos primeiros passos que dá. Isto, para quem já se adentrou no mundo da investigação torna-se de tal forma uma verdade incontestável que, vê-lo plasmado nesta BD, não só se torma uma experiência empática como também uma experiência cómica já que só se sobrevive a todo este processo de uma de duas formas: rindo ou chorando.
Consinto que este livro possa ser uma boa leitura para qualquer pessoa, mas é certamente uma leitura especial para quem passe, tenha passado ou pense vir a passar por uma experiência semelhante à de Jeanne.
Do seu entusiasmo inicial, passando pela falta de apoio dos orientadores, pelas dificuldades financeiras, pelas pressões familiares e pelo efeito redutor do título "investigador", até à consequente procrastinação de tarefas e frustração de planos que a acompanha, a saga de Jeanne é universal e, para mim, foi um alívio perceber que não estou só quando dúvido das minhas capacidades, quando mudo de ideias a meio do caminho, quando fico frustrada pela ausência de apoio, quando me assusto com prazos, quando bato com a cabeça nas paredes porque já não posso ver mais livros ou fichas à frente dos olhos ou quando já não suporto mais ouvir a frase "então e esse curso serve para quê?".
Maldita tesis foi uma pequenina epifania que me trouxe à tona de água a respirar quando precisava. Ri porque me identifiquei, porque me doí, porque me senti una com uma classe subaproveitada e desapreciada, porque, durante os bocadinhos em que percorri estas pranchas, as vozes mesquinhas e as preocupações ficaram do lado de fora. E agora... de volta à realidade.
Da série de emails sem resposta, à entrega de curricula para a esquerda e a direita, ao preenchimento de formulários até à exaustão e à paciência para gramar com os serviços académicos, o mundo do investigador caça investimento/caça orientador/caça instituição de acolhimento é uma realidade que se repete Europa fora e limita cada vez mais qualquer alma bem intencionada e competente (quantas vezes) logo aos primeiros passos que dá. Isto, para quem já se adentrou no mundo da investigação torna-se de tal forma uma verdade incontestável que, vê-lo plasmado nesta BD, não só se torma uma experiência empática como também uma experiência cómica já que só se sobrevive a todo este processo de uma de duas formas: rindo ou chorando.
Consinto que este livro possa ser uma boa leitura para qualquer pessoa, mas é certamente uma leitura especial para quem passe, tenha passado ou pense vir a passar por uma experiência semelhante à de Jeanne.
Do seu entusiasmo inicial, passando pela falta de apoio dos orientadores, pelas dificuldades financeiras, pelas pressões familiares e pelo efeito redutor do título "investigador", até à consequente procrastinação de tarefas e frustração de planos que a acompanha, a saga de Jeanne é universal e, para mim, foi um alívio perceber que não estou só quando dúvido das minhas capacidades, quando mudo de ideias a meio do caminho, quando fico frustrada pela ausência de apoio, quando me assusto com prazos, quando bato com a cabeça nas paredes porque já não posso ver mais livros ou fichas à frente dos olhos ou quando já não suporto mais ouvir a frase "então e esse curso serve para quê?".
Maldita tesis foi uma pequenina epifania que me trouxe à tona de água a respirar quando precisava. Ri porque me identifiquei, porque me doí, porque me senti una com uma classe subaproveitada e desapreciada, porque, durante os bocadinhos em que percorri estas pranchas, as vozes mesquinhas e as preocupações ficaram do lado de fora. E agora... de volta à realidade.
August 18, 2017
As someone who's thinking about doing a PhD, this book arrived at exactly the right time.
August 7, 2018
The appeal of this book is in almost piercing familiarity to everyone who attempted to write a thesis (or any sort of longer academic work). The protagonist is delighted to know she has been accepted as a PhD student (with no scholarship, though). And then her journey begins: she has self-confidence to the point of self-deception, but soon she encounters the cynical reality of academic life, boring administrative work, endless procrastination and self-doubt. I'd have to say the general message of the book is quite depressing, but the tone is light and humorous.
Most of the humor derives from obvious self-deception: "I know it took my cousin 5 years instead of 3 to finish her thesis, but you know how disorganized she is!"; simple, but accurate visual metaphors (comparing a talk in a conference to competitive swimming, where you stop to grasp for air), and again, familiarity (relatives asking whether you finished writing already and if not, what have you been doing all those years).
I quitted my PhD not too long ago, so I was able to enjoy the book 'from afar'. Would I recommend it to current PhD students? Yes and no - it is quite disheartening, but maybe it's also sort of therapeutic to see those terrible situations you encounter continuously described (and drawn)?
4 stars instead of 5, because personally I find it that books / comics / anything that rest solely on the feeling of familiarity, lack something that makes me love instead of just like them.
Most of the humor derives from obvious self-deception: "I know it took my cousin 5 years instead of 3 to finish her thesis, but you know how disorganized she is!"; simple, but accurate visual metaphors (comparing a talk in a conference to competitive swimming, where you stop to grasp for air), and again, familiarity (relatives asking whether you finished writing already and if not, what have you been doing all those years).
I quitted my PhD not too long ago, so I was able to enjoy the book 'from afar'. Would I recommend it to current PhD students? Yes and no - it is quite disheartening, but maybe it's also sort of therapeutic to see those terrible situations you encounter continuously described (and drawn)?
4 stars instead of 5, because personally I find it that books / comics / anything that rest solely on the feeling of familiarity, lack something that makes me love instead of just like them.
July 24, 2017
Herrliche Beschreibung meiner Probleme <3
September 4, 2018
Beautifully captures the ugly side of academia, and the strong pull to be part of that world.
December 22, 2021
فج أحيانا ولكن واقعي وساخر وحزين
January 9, 2021
Delight on the tiny frames of misery: ‘Deep down a Phd student is like a cocker spaniel looking for affection’. Jeanne’s self indulgence is funny because is true. Grad school is a tantrum. She starts her PhD so enthusiastic and full of ambition that the fact she is not funded (aka as a gentle rejection) doesn't seem to bother her at all. She is genuinely determined to become an academic rockstar, but ends up as a miserable secretary exploited by the French bureaucracy.
The mortal cocktail of Kafka and Schopenhauer seem on point for the depressing ride into the depth of snobbery and professional procrastination. I guess by the end of the book, Jeanne Dargan has ‘the charm of a lunatic too absorbed in their studies to care what other people think’… (yes, this is what charm looks like in academia).
Yet these pages are small glimpses of an even darker future in post-covid times. So to all my peers applying (2020 = historic record on number of applications) to underfunded PhD programmes (half of them closing their gates for Fall 2021. Thank you, pandemic!, ), this might come across as a nice gift before rejection letters season (if they bother sending them). This year is quite sad for those of us who still believe that being the only POC in the classroom meant something. I wish to find a graphic novel on academia that disrupts whiteness. I mean, where is the pompous discourse on diversity? The bias of faculty toward whiteness? The discriminatory funding that does not consider those who are born in the wrong country? What about international students applying just to get a legal reason to leave behind their broken national economies?
It is an exhausting and ridiculous game, but Tiphaine Rivière puts things into perspective. In the meantime, I will go back to GradCafe and try to figure out how to gracefully jump into a ship that is sinking.
March 19, 2017
I really wanted to like this book, and I'm not quite sure why I didn't. Maybe the stuff about procrastinating was too close to home - and that is the material that makes up the bulk of her story. The character was also really unlikeable, and not at all self-aware, though, if it's autobiographical, the author certainly shows self-awareness in a judgemental way. Maybe she could also have done more explicitly with the motif of the gates of law, which is the subject of the thesis, and which is supposedly of interest to the character. Overall I think it lacked humour - what was supposed to be funny was the range of cliches, which are usually projected onto research students, rather than honest, self-aware humour from the inside.
November 27, 2017
“Maldita tesis” tiene la habilidad de describir a la perfección los sueños, las frustraciones, los sinsabores y las pequeñas victorias de cualquier joven investigador que en algún momento haya deseado ser parte de la Academia.
Se nota que la autora lo ha vivido todo en primera persona, ya que los que hemos pasado por ahí nos reconocemos en cada viñeta. El único problema que le veo al libro es que, a pesar de ser hiperrealista, puede sonar a ciencia ficción para cualquiera que no pertenezca a ese mundo.
Se nota que la autora lo ha vivido todo en primera persona, ya que los que hemos pasado por ahí nos reconocemos en cada viñeta. El único problema que le veo al libro es que, a pesar de ser hiperrealista, puede sonar a ciencia ficción para cualquiera que no pertenezca a ese mundo.
October 12, 2017
Une BD très sympa sur les difficultés d'une réalisation d'une thèse. C'était drôle mais aussi inquiétant quand on est submergé.e.s par les recherches et isolé.e.s du reste du monde. L'autrice fait part d'un système qui ne pousse pas à la recherche et n'aide pas les doctorant.es.
J'aurais bien voulu une suite pour cette BD car certains passages étaient plutôt précipités.
J'aurais bien voulu une suite pour cette BD car certains passages étaient plutôt précipités.
June 12, 2023
l'enfer illustré
February 8, 2020
4,5*
Me regalaron esta novela gráfica con motivo del comienzo de mi periodo como doctoranda y, puedo decir que, me he reído muchísimo. En la historia de Jeanne nos encontramos con todos los tópicos que aparecen en los años de doctorado; trabajar sin beca, las programaciones irreales, las modificaciones de la temática, la falta de respuesta de los directores, etc.
Una novela gráfica muy entretenida y con unas ilustraciones llamativas. Aunque, tengo que decir que no es una historia que pueda llegar a todo el mundo, porque me da la sensación de estar dirigidas a aquellas personas que quieres hacer un doctorado, lo están haciendo o ya lo han finalizado. Se explica el proceso y puede no ser del gusto de todos.
Me regalaron esta novela gráfica con motivo del comienzo de mi periodo como doctoranda y, puedo decir que, me he reído muchísimo. En la historia de Jeanne nos encontramos con todos los tópicos que aparecen en los años de doctorado; trabajar sin beca, las programaciones irreales, las modificaciones de la temática, la falta de respuesta de los directores, etc.
Una novela gráfica muy entretenida y con unas ilustraciones llamativas. Aunque, tengo que decir que no es una historia que pueda llegar a todo el mundo, porque me da la sensación de estar dirigidas a aquellas personas que quieres hacer un doctorado, lo están haciendo o ya lo han finalizado. Se explica el proceso y puede no ser del gusto de todos.
July 24, 2016
A arte serve um propósito muito claro que por vezes parecemos olvidar e que assenta na expressão pessoal. É isso que dá à arte toda a sua a vida, autenticidade, e interesse para os demais. No acesso a uma obra, o que se procura saber é, o que contém ela, que nos diz ou pretende dizer, e porque o faz. Ora é exatamente isto que temos em “Carnets de These”, um relato de uma experiência pessoal transformada numa sequência gráfica capaz de abrir um canal de comunicação entre autor e recetor.
"Quando uma jovem professora do ensino secundário deixa tudo para se lançar, eufórica, na realização de uma tese de doutoramento, está longe de imaginar o caminho da cruz que a espera."
Do lado da autora, a obra tem um propósito muito claro, funcionar como catarse, libertação da mágoa de uma experiência dolorosa. Do lado do leitor, temos a identificação por parte de académicos e de quem o tentou, ou tenta, ser. Quem por lá passou reconhece passo a passo, mas talvez o público mais importante, em minha opinião, sejam todos aqueles que olham com algum encantamento para a academia, deixando-se seduzir por esta, ou pelas imagens criadas sobre esta.
Como em todas as profissões, mundos ou culturas, existem momentos, pessoas e elementos, bons e maus, nalguns universos de trabalho os piores aspetos são evidentes e não requerem enfatização, noutros, como o mundo académico, isto é uma necessidade fundamental, não só porque se trata de um meio bastante fechado, com regras muito próprias, mas porque as poucas vezes que tem sido discutido em público, é-o a partir de um ponto de vista externo, o que só tem servido para gerar ainda maior misticismo à volta da profissão.
Não ajudam os Indiana Jones, nem os Robert Langdon’s de Dan Brown, assim como ajuda ainda menos as histórias dos professores e alunas de Philip Roth, mas no campo mais documental o contributo de obras sobre Einstein, Turing ou John Nash ficam ainda mais aquém. Mostra-se apenas um ponto-de-vista que sendo por isso já enviesado, é ainda por cima fortemente artificializado, embelezado, praticamente “photoshopado”. É verdade que o entretenimento não é arte, não procura a expressão interior dos autores, apenas e só a massagem dos recetores, mas com o passar dos anos e das obras vai-se criando na sociedade uma ideia errónea, e que vai servindo para atrair quem apenas conhece este mundo por essas vias.
[imagem]
Professor "Indiana Jones" em "Raiders of the Lost Ark" (1981)
[imagem]
Investigador Alan Turing em "The Imitation Game" (2014)
“Carnets de Thèse” funciona assim em contra-ciclo destas obras, desde logo porque é feita a partir do interior da própria vida académica, de alguém que largou tudo para investir três anos na construção de uma tese de doutoramento, sobre Kafka, e no final em vez de uma tese acaba a criar esta banda desenhada, que não fala sobre o seu motivo de tese, mas fala sobre o seu processo de construção dessa tese. São muitas as questões aqui levantadas, e algumas as respostas dadas. Pode existir, aqui e ali, algum exagero até porque o discurso se pretende dotado de alguma comicidade, mas na generalidade não está longe da realidade, em termos de orientadores, secretárias, família, namorados, políticos, no fundo caracteriza imensamente bem todo o desprezo humano e científico que envolve o processo, que acaba sendo penoso, e até doloroso.
Apesar de focado sobre o caminho e processo, a crítica não se limita a essa passagem e vai ainda no sentido de questionar o seu propósito, ou melhor, a sua valia para a sociedade, o reconhecimento, nomeadamente no momento de rentabilizar o esforço em termos de empregabilidade, uma realidade tantas vezes escamoteada, desculpada, atirada para debaixo do tapete, e que aqui é sarcasticamente bem apresentada pela defesa de "valores mais altos, da academia acima de todos os males, academia é ciência e nada de tão puro pode ser mau".
Podemos desejar acreditar em tudo isto, mas não devemos nunca esquecer que a academia é um mundo de trabalho, não é um lugar imaginário protegido das agruras do quotidiano, pior ainda, que não é habitado por heróis ou messias mas por seres humanos como todos nós. Como tal, se tem muitas coisas boas, não deixa de ter muitas más, e que o caminho que se faz depende de cada um, do seu empenho, mas por vezes, talvez mais, das incertezas e da sorte, que decorrem de escolhas feitas pelo indivíduo, mas muito dos gostos subjetivos daqueles que o rodeiam, assim como ainda de estar no sítio certo no momento certo.
Neste caso, apesar da verdadeira Tiphaine Rivière não ter chegado ao fim da sua tese, fico imensamente contente de ver e ler este seu trabalho, fruto do blog que começou na sua caminhada e que acaba compensando totalmente a ausência de uma tese, não apenas pela acutilância e profundidade analítica do seu processo, mas também pelo enorme sucesso que já conheceu, com traduções para espanhol, italiano e inglês (sai em Novembro), a demonstrar que as pessoas se reconhecem nestas caricaturas.
Publicado com imagens e links em: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2...
"Quando uma jovem professora do ensino secundário deixa tudo para se lançar, eufórica, na realização de uma tese de doutoramento, está longe de imaginar o caminho da cruz que a espera."
Do lado da autora, a obra tem um propósito muito claro, funcionar como catarse, libertação da mágoa de uma experiência dolorosa. Do lado do leitor, temos a identificação por parte de académicos e de quem o tentou, ou tenta, ser. Quem por lá passou reconhece passo a passo, mas talvez o público mais importante, em minha opinião, sejam todos aqueles que olham com algum encantamento para a academia, deixando-se seduzir por esta, ou pelas imagens criadas sobre esta.
Como em todas as profissões, mundos ou culturas, existem momentos, pessoas e elementos, bons e maus, nalguns universos de trabalho os piores aspetos são evidentes e não requerem enfatização, noutros, como o mundo académico, isto é uma necessidade fundamental, não só porque se trata de um meio bastante fechado, com regras muito próprias, mas porque as poucas vezes que tem sido discutido em público, é-o a partir de um ponto de vista externo, o que só tem servido para gerar ainda maior misticismo à volta da profissão.
Não ajudam os Indiana Jones, nem os Robert Langdon’s de Dan Brown, assim como ajuda ainda menos as histórias dos professores e alunas de Philip Roth, mas no campo mais documental o contributo de obras sobre Einstein, Turing ou John Nash ficam ainda mais aquém. Mostra-se apenas um ponto-de-vista que sendo por isso já enviesado, é ainda por cima fortemente artificializado, embelezado, praticamente “photoshopado”. É verdade que o entretenimento não é arte, não procura a expressão interior dos autores, apenas e só a massagem dos recetores, mas com o passar dos anos e das obras vai-se criando na sociedade uma ideia errónea, e que vai servindo para atrair quem apenas conhece este mundo por essas vias.
[imagem]
Professor "Indiana Jones" em "Raiders of the Lost Ark" (1981)
[imagem]
Investigador Alan Turing em "The Imitation Game" (2014)
“Carnets de Thèse” funciona assim em contra-ciclo destas obras, desde logo porque é feita a partir do interior da própria vida académica, de alguém que largou tudo para investir três anos na construção de uma tese de doutoramento, sobre Kafka, e no final em vez de uma tese acaba a criar esta banda desenhada, que não fala sobre o seu motivo de tese, mas fala sobre o seu processo de construção dessa tese. São muitas as questões aqui levantadas, e algumas as respostas dadas. Pode existir, aqui e ali, algum exagero até porque o discurso se pretende dotado de alguma comicidade, mas na generalidade não está longe da realidade, em termos de orientadores, secretárias, família, namorados, políticos, no fundo caracteriza imensamente bem todo o desprezo humano e científico que envolve o processo, que acaba sendo penoso, e até doloroso.
Apesar de focado sobre o caminho e processo, a crítica não se limita a essa passagem e vai ainda no sentido de questionar o seu propósito, ou melhor, a sua valia para a sociedade, o reconhecimento, nomeadamente no momento de rentabilizar o esforço em termos de empregabilidade, uma realidade tantas vezes escamoteada, desculpada, atirada para debaixo do tapete, e que aqui é sarcasticamente bem apresentada pela defesa de "valores mais altos, da academia acima de todos os males, academia é ciência e nada de tão puro pode ser mau".
Podemos desejar acreditar em tudo isto, mas não devemos nunca esquecer que a academia é um mundo de trabalho, não é um lugar imaginário protegido das agruras do quotidiano, pior ainda, que não é habitado por heróis ou messias mas por seres humanos como todos nós. Como tal, se tem muitas coisas boas, não deixa de ter muitas más, e que o caminho que se faz depende de cada um, do seu empenho, mas por vezes, talvez mais, das incertezas e da sorte, que decorrem de escolhas feitas pelo indivíduo, mas muito dos gostos subjetivos daqueles que o rodeiam, assim como ainda de estar no sítio certo no momento certo.
Neste caso, apesar da verdadeira Tiphaine Rivière não ter chegado ao fim da sua tese, fico imensamente contente de ver e ler este seu trabalho, fruto do blog que começou na sua caminhada e que acaba compensando totalmente a ausência de uma tese, não apenas pela acutilância e profundidade analítica do seu processo, mas também pelo enorme sucesso que já conheceu, com traduções para espanhol, italiano e inglês (sai em Novembro), a demonstrar que as pessoas se reconhecem nestas caricaturas.
Publicado com imagens e links em: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2...
February 6, 2018
Diesen Graphic Novel habe ich in einer Nacht verschlungen. Die Situation von Jeanne passt gerade ziemlich gut auf mein Leben, daher konnte ich mich gut in sie hineinversetzen. Dazu noch die coolen Bilder, ein bisschen Witz und ab und zu eine Prise Kafka. Mir hat es sehr gut gefallen und ich bin nur so durch die Seiten geflogen.
December 6, 2025
J’ai reçu ce livre après ma soutenance de thèse 😉 et je dois dire qu’il tombe à pic. Déjà un petit sentiment de nostalgie en le lisant sans toutefois regretter les galères administratives françaises !
December 16, 2019
تتملكنا على الدوام تصورات وردية مشرقة عن عالم الدراسة الجامعية واﻷكاديميا بالخارج، خاصة مع مقارنتها على الدوام بعالم اﻷكاديميا لدينا في مصر والعالم العربي، لكننا في النهاية قد نكتشف أن هذا العالم له مثالبه سواء هنا أو في الخارج حتى مع اختلاف المنطلقات، وهو ما لا يتضح كثيرًا لمن هو بالخارج.
وسط شبكة مهولة من التعقيدات اﻹدارية والروتين الممل والتعاملات السيئة مع أساتذة الجامعة والجهد الجهيد المنفق على العمل على رسالة الدكتوراه، تحاول الكاتبة الفرنسية تيفان ريفيير في روايتها المصورة (متى أنتهي من الدكتوراه) ـ والصادرة عن دار الكتب خان بترجمة: فيكتور قلتة ـ أن تسجل تجربتها الشخصية ويومياتها عبر سلسلة طويلة لا تنتهي من المواقف المثيرة للسخرية، والتي تقدمها ريفيير هى اﻷخرى بخفة ظل، مُخرجة كل ما نراه ولا نعرفه عن هذا العالم بسبب بعدنا عنه، وكاشفة عن المدى الشاسع بين ما كنا نتطلع إليه، وبين حقيقته حين نتعامل معه عن كثب.
وفي قلب سلسلة المواقف الساخرة التي تسجلها ريفيير، يقبع خلفها خوف كامن عميق ومحسوس للغاية في الوقت ذاته من فقدان المسار بعد كل هذا الوقت الضائع، وعدم وجود مكافأة معنوية تعوض قليلًا من عبء كل التضحيات المقدمة، والحياة الشخصية التي تنهرس هرسًا تحت سنابكها خلال السير في هذه المتاهة.
وربما لذلك كان التناص والمقارنة الساخرة بين أحداث الرواية المصورة وأحداث رواية (القلعة) لفرانز كافكا تضرب على أكثر من وتر، حيث تتلاقى المصائر الروحية بينها وبين بطل رواية كافكا، وتحاول معها إيجاد مسار يحمل شيء من المنطقية وسط كل هذا العبث الذي تعيشه، وتوحد العالمين على أرضية واحدة
December 26, 2021
Más escalofriante que cualquier historia de terror que haya leído este año.
Jeanne Dargan, la protagonista de este cómic, tiene 27 años y resuelve doctorarse. Su tema de investigación, al menos en un principio, será –y de manera bastante premonitaria- “El motivo laberíntico en la parábola de las puertas de Kafka”. Para su deleite, el prestigioso profesor Alexandre Karpov acepta dirigirla. Entusiasmada, Jeanne proyecta un trabajo de dos años, a lo sumo un poco más. Debe tomar algunas clases en la universidad, que no le llevarán mucho tiempo, y como estas solo se pagan al final del semestre, antes tiene que pedir un préstamo que le permita sobrevivir hasta mitad de año.
Para quien conozca algo del sistema académico, o tan solo para quien esté familiarizado con las reglas de la anticipación narrativa, es fácil prever lo que terminará ocurriéndole al optimismo de Jeanne. Iba a decir que se estrellará contra la realidad, pero esto no es del todo apropiado. Lo que vemos es una lenta desintegración. La tesis empieza a convertirse, más que en el objetivo, en el centro de una serie de mínimas tareas secundarias y de penurias. Su trabajo, evidentemente no le interesa a nadie más que a ella (ni a sus profesores, ni a su familia, ni a los ponentes de un congreso) y al final deja de darle cualquier tipo de goce. De qué se trata realmente la tesis es algo que no sabemos y que Jeanne nunca termina de explicitar. Lo que la obsesiona narrar es el proceso de escritura y el de su propio deterioro.
El objetivo de la tesis no es otro que el de escribir una tesis.
La tesis es una especie de máquina de movimiento perpetuo, un organismo vivo. Se come la propia existencia de Jeanne, la lleva a aceptar trabajos que odia, a pelearse con su familia, a romper con su novio. Uno de esos dramas individuales intensos que casi no tienen sentido vistos de afuera. Los que todavía adeudamos trabajos de este tipo sabemos de qué se trata. Leer Maldita tesis podría tener un valor terapéutico, porque Jeanne termina, después de algún tiempo, escribiendo y defendiendo su tesis, pero es difícil sentirse motivado por esta resolución. Lo que queda en primer plano es la futilidad última de la experiencia. Los residuos del proceso, no su resultado, siguen siendo la anécdota central.
Es una historia efectivamente kafkiana, donde lo que resalta no es lo inescapable de las situaciones sino el hecho de que su protagonista decida voluntariamente meterse y persistir en ellas. El sistema universitario podría decirse perverso si alguien se hubiera sentado a diagramarlo, y si no fuera, como otros sistemas, el resultado con apariencia de orden de una suma de mezquindades individuales.
Jeanne Dargan, la protagonista de este cómic, tiene 27 años y resuelve doctorarse. Su tema de investigación, al menos en un principio, será –y de manera bastante premonitaria- “El motivo laberíntico en la parábola de las puertas de Kafka”. Para su deleite, el prestigioso profesor Alexandre Karpov acepta dirigirla. Entusiasmada, Jeanne proyecta un trabajo de dos años, a lo sumo un poco más. Debe tomar algunas clases en la universidad, que no le llevarán mucho tiempo, y como estas solo se pagan al final del semestre, antes tiene que pedir un préstamo que le permita sobrevivir hasta mitad de año.
Para quien conozca algo del sistema académico, o tan solo para quien esté familiarizado con las reglas de la anticipación narrativa, es fácil prever lo que terminará ocurriéndole al optimismo de Jeanne. Iba a decir que se estrellará contra la realidad, pero esto no es del todo apropiado. Lo que vemos es una lenta desintegración. La tesis empieza a convertirse, más que en el objetivo, en el centro de una serie de mínimas tareas secundarias y de penurias. Su trabajo, evidentemente no le interesa a nadie más que a ella (ni a sus profesores, ni a su familia, ni a los ponentes de un congreso) y al final deja de darle cualquier tipo de goce. De qué se trata realmente la tesis es algo que no sabemos y que Jeanne nunca termina de explicitar. Lo que la obsesiona narrar es el proceso de escritura y el de su propio deterioro.
El objetivo de la tesis no es otro que el de escribir una tesis.
La tesis es una especie de máquina de movimiento perpetuo, un organismo vivo. Se come la propia existencia de Jeanne, la lleva a aceptar trabajos que odia, a pelearse con su familia, a romper con su novio. Uno de esos dramas individuales intensos que casi no tienen sentido vistos de afuera. Los que todavía adeudamos trabajos de este tipo sabemos de qué se trata. Leer Maldita tesis podría tener un valor terapéutico, porque Jeanne termina, después de algún tiempo, escribiendo y defendiendo su tesis, pero es difícil sentirse motivado por esta resolución. Lo que queda en primer plano es la futilidad última de la experiencia. Los residuos del proceso, no su resultado, siguen siendo la anécdota central.
Es una historia efectivamente kafkiana, donde lo que resalta no es lo inescapable de las situaciones sino el hecho de que su protagonista decida voluntariamente meterse y persistir en ellas. El sistema universitario podría decirse perverso si alguien se hubiera sentado a diagramarlo, y si no fuera, como otros sistemas, el resultado con apariencia de orden de una suma de mezquindades individuales.
June 8, 2015
Quand on est en déroute face à ses propres choix (aka, la thèse), lire cette BD est une bouffée d'oxygène car on se sent moins seul. Les interrogations et problèmes rencontrés par l'héroïne fleurent bon le vécu (l'auteur était d'ailleurs en thèse, ce qui lui a inspiré ce livre).
A mettre entre les mains des thésards, mais aussi entre celles de leur entourage, cette BD permettant de mieux comprendre de quoi est constitué le monde et le quotidien des doctorants.
"Alors, cette thèse ... ?" Tendre ce bouquin à votre interlocuteur peut donner un début d'explication !
A mettre entre les mains des thésards, mais aussi entre celles de leur entourage, cette BD permettant de mieux comprendre de quoi est constitué le monde et le quotidien des doctorants.
"Alors, cette thèse ... ?" Tendre ce bouquin à votre interlocuteur peut donner un début d'explication !
March 24, 2016
19/20
Une BD excellente sur les galères de la réalisation d’une thèse, sur ces années qui s’accumulent pendant lesquelles on doute, on vit l’incompréhension de l’entourage, on se sent isolé du monde extérieur et obnubilé par ses recherches. Beaucoup d’humour mais aussi une certaine dénonciation de la précarité du statut de doctorant et du système qui préfère les utiliser plutôt que de les pousser dans leurs recherches.
Ma chronique : https://myprettybooks.wordpress.com/2...
Une BD excellente sur les galères de la réalisation d’une thèse, sur ces années qui s’accumulent pendant lesquelles on doute, on vit l’incompréhension de l’entourage, on se sent isolé du monde extérieur et obnubilé par ses recherches. Beaucoup d’humour mais aussi une certaine dénonciation de la précarité du statut de doctorant et du système qui préfère les utiliser plutôt que de les pousser dans leurs recherches.
Ma chronique : https://myprettybooks.wordpress.com/2...
March 24, 2017
I really enjoyed it, especially as I prepare for my next step and think about what this experience will look like for me. It does a good job at looking at the experiences that some people definitely experience in literature studies and capturing different essences of academic departments in general.
July 10, 2017
Everything in this book is so, so so true! I strongly recommend reading this book if you're writing your phD right now - you will feel much better afterwards because you got the feeling that you're not alone and everyone deals with the same problems.
June 17, 2021
Super funny memoir depicting the three years turning into (oh, I'll let you discover this) x years of Jeanne's life while she is a doctoral candidate in Paris. Loved it.
I must say I focused more on the text and less on the art this time around.
I must say I focused more on the text and less on the art this time around.
August 16, 2022
Binged this in less than an hour when I should have been sleeping to prepare for my next day of thesis writing, lol. It was quirky and relatable, although it made me glad I'm doing a science PhD and not a literature one. Paris vibes a bonus.
June 3, 2016
Les péripéties d'une jeune thésarde....C'est drôle, corrosif et surtout, ça ne donne vraiment pas envie de faire une thèse !!!
February 16, 2022
Tiphaine Rivière stellt die dunkle Seite des akademischen Alltags super dar. Dieses Graphic Novel liest sich sehr persönlich und ich hatte die ganze Zeit den Impuls der Protagonistin Tipps zu geben, weil nahezu alles schief läuft :D die Zeichnungen sind sehr schön und abwechslungsreich, die einzelnen Panels variieren in Größe und Perspektive - was ich sehr schön fand. Das einzige was mich gestört hat war die Darstellung der faulen Mitarbeiterin aus dem Promotionsbüro, die sehr fett und langsam gezeichnet ist. Fettfeindlichkeit at its best.
April 24, 2020
Me ha encantado. Cuando me lo regalaron pensé "madre mía qué depresión de cómic" porque yo dejé un doctorado no hace mucho. Sin embargo, estoy encantada, porque me ha ayudado a reafirmarme en mi decisión. Narra en clave de humor qué supone escribir una tesis sobre literatura, y cómo funciona el sistema universitario a ese nivel en general. Para los que no hayáis sido doctorandos, quizás penséis que exagera en mucho de lo que cuenta. Y sí, lo hace, pero exagera muy poquito para darle ese toque de humor. En general, ésta es la realidad del sistema universitario. Lo que me ha sorprendido es precisamente lo mucho que veía reflejada en mi experiencia y las de doctorandas/doctoras que conozco, ya que el cómic se desarrolla en Francia, no en España. Pero se ve que maltratar a los doctorandos es algo que une a todos los países.
February 13, 2020
Uff lo que me espera en mi Magister, Perturbador es decir poco.
o_O
o_O
March 27, 2021
Très savoureux et réaliste, la fin est un peu précipitée par contre.
December 6, 2020
جميلة ومُلهمة بجانب الحس الساخر الممتع جدا 💖
ملحوظة: اقتباسات كافكا مع ربط بعض أفكار راوياته كان موفق جدا ولم يخل بخفة العمل.
ملحوظة: اقتباسات كافكا مع ربط بعض أفكار راوياته كان موفق جدا ولم يخل بخفة العمل.
Displaying 1 - 30 of 249 reviews