O mesmo inconsciente que nos impele a repetir com serenidade comportamentos bem-sucedidos nos leva também a repetir, compulsivamente, atitudes que conduzem ao fracasso. É dessa ambivalência que J.-D. Nasio trata nesse livro, com a clareza que caracteriza sua vasta obra. O autor toma como ponto de partida casos clínicos trabalhados por ele em seu consultório e enriquece essa exposição com excertos comentados de Freud e de Lacan e uma criteriosa seleção bibliográfica indicada para os que desejam aprofundar-se no tema.
Juan-David Nasio (or J.-D. Nasio) is a psychoanalyst in Paris and former member of the Ecole Freudienne of Jacques Lacan. Nasio was born in Rosario, Santa Fe, Argentina. After qualifying as a doctor Nasio completed his residency as a psychiatrist at the hospital in Lanús. He emigrated to France in 1969 where he worked with Jacques Lacan. He was a professor at the University of Paris VII Sorbonne for 30 years from 1971 and is considered one of the foremost commentators on Lacanian psychoanalysis. He was the first psychoanalyst to be inducted into the prestigious French Legion of Honor. In addition to participating in Lacan's seminars and translating his Écrits into Spanish, he has authored numerous books in French and Spanish, and he is the director of the Seminaires Psychanalytiques de Paris, a major center for psychoanalytical training and the dissemination of psychoanalytical thought to nonspecialists.
Excelente explicación psicoanalítica a la pregunta ¿Por qué repetimos siempre los mismos errores? El lenguaje psicoanalítico a veces es difícil de comprender a la primera pero el autor sabe explicar a la perfección cada término. Libro dedicado a terapeutas o a quien le interese iniciar en esa bella profesión. Recomendable.
Short but brilliant. I have defenitely learned more about this concept and I particularly liked the contributions the author brought in from Lacan (and Freud).
Poucos livros que li me geraram reflexões tão profundas quanto esse. Me fez pensar sobre meus traumas de infância e o quanto eles ainda estão presentes nos dias de hoje. Se manifestando das mais diversas formas no meu consciente como em angustias, ansiedade e repetição de erros. Me fez refletir em como o ser humano adora "reviver o conhecido", por mais positivo ou negativo que o seja.
O livro é escrito de uma forma fácil de entender, mas para aproveitar ao máximo essa leitura, recomendo estudar um pouco sobre alguns conceitos psicanalíticos antes de inicia-lo. Tais como: Inconsciente, Ego, Superego, Id, Gozo, Complexo de Édipo, Pulsões de Vida/Morte e Falo.
Recomendo fortemente!
----
Small book, but powerful.
Few books I read have given me such profound reflections as this one. It made me think about my childhood traumas and how they are still present nowadays. Manifesting in the most diverse ways in my conscious mind such as in anguish, anxiety, and repetition of mistakes. It made me realize on how human beings love to "revive what is known", despite how positive or negative it may be.
The book is written in an easy-to-understand way, but to make the most of this reading, I recommend studying a little about some psychoanalytic concepts before starting this book. Such as: Unconscious, Ego, Superego, Id, Gozo, Oedipus Complex, Life / Death Pulses, and Phallus.
Melhores trechos: "...Não concordo com a afirmação segundo a qual o analista deve escutar seus pacientes desprovido de qualquer ideia a priori. Não! É desejável que, durante a entrevista, o terapeuta se desdobre mentalmente: enquanto escuta o que o paciente diz, ele pondera interrogações, hipóteses e suposições, em suma, um conjunto de preconcepções úteis oriundas de sua formação e sua prática, preconcepções que eu qualifico como 'fecundas'... Toda neurose de adulto repete uma neurose infantil... Em primeiro lugar, conhecer o momento e o contexto nos quais surgiu a primeira crise na idade adulta e, mais que isso, a manifestação inaugural de tristeza mais remota em sua infância. Há sempre uma primeira vez em que o sintoma aparece, e essa aparição inicial é decisiva para compreender a causa do sofrimento. Tudo se joga no primeiro minuto porque é então que o impacto de um sintoma é mais intrusivo e indelével. Como se a eclosão do sintoma fosse mais reveladora de sua causa do que suas reincidências posteriores... Freud acrescenta que a ausência de interpretação dá livre curso à repetição: 'o que permaneceu incompreendido retorna sempre, feito alma penada, até que sejam encontradas solução e liberação.' Por que não conseguimos esquecer definitivamente o acontecimento traumático? Por que ele insiste em retornar obstinadamente durante nosso sono e nos angustiar? Eis a resposta de Freud: o trauma reaparece nos pesadelos para nos permitir sentir a angústia que esteve ausente por ocasião do incidente traumático. Se houve trauma, é efetivamente porque o sujeito, em vez de angustiado, ficou paralisado de pavor, atônito. Querer reviver o trauma, portanto, é procurar substituir o pavor paralisante de ontem pela angústia de hoje, a atitude passiva da vítima de ontem pela atitude ativa do angustiado de hoje. Como se o traumatizado reproduzisse incansavelmente a cena traumática para completá-la, retificá-la e controlá-la. A repetição da cena traumática é uma tentativa do eu de controlar ativamente o que foi vivido passivamente. Distinguimos duas modalidades de funcionamento da repetição patológica: uma repetição temporal e uma repetição tópica. Na repetição temporal, o sintoma repete-se diversas vezes na linha do tempo; na repetição tópica, o sintoma repete e exterioriza a fantasia inconsciente... O inconsciente é estruturado como um automatismo de repetição... Por trás de um sintoma que se repete, há uma fantasia que se atualiza; e, enquistado na fantasia, fervilha o gozo traumático, núcleo do real. No começo, era o real do gozo traumático..."
"...no comprenderemos nunca una neurosis de adulto si no descubrimos la neurosis infantil que aquella reproduce. Toda neurosis de adulto repite una neurosis de niño. El psicoanalista debería, pues, desarrollar el hábito de buscar, durante las entrevistas preliminares, la primera aparición del trastorno. Solamente así podrá el profesional establecer la serie repetitiva que se extiende desde la primera manifestación del trastorno hasta la más actual".
Aunque es un libro corto, es muy técnico y a ratos se hace denso para explicar las razones por las que cometemos y reiteramos situaciones en nuestra vida. Su hipótesis es interesante y la plantea después de tiempo haciendo terapia a sus pacientes, por lo que tiene algún sustento práctico.
No obstante, lo técnico del libro lo hace un texto de consulta express más que un título para leer con facilidad. Se requiere un cierto conocimiento en psicología para poder disfrutarlo más a fondo, aunque de alguna forma se entiende la idea general que plantea Nasio. Pero puede ser algo duro para entrarle; ahí es decisión de cada uno seguir o dejarlo.
8,4/10 Com uma escrita didática, compreensível e deliciosa. J.-D. Nasio nos apresenta o conceito amplo e complexo da repetição. O que é "repetir" no campo psicanalítico e o que a repetição induz ao paciente ou analista e o que ela constrói na relação de ambos com o processo histórico-social que o paciente passou pela sua vida? Utilizando-se dos mais variados casos clínicos que o psiquiatra encontrou em suas consultas como forma de ministrar exemplos simples ou complexos abarcando o tema prescrito. Indo desde Freud a Lacan, temos um livro simples, profundo e educativo de como um analista deve ser portar nas relações analista paciente e como os traumas da infância são os ditadores da psique humana adulta, escolhendo ou revogando hábitos em troca do gozo que emerge como um magma de emoções da pulsão. Definitivamente, uma boa escolha de livro para quem está começando na literatura da psicanálise ou para quem quer voltar e relembrar ou "repetir" conceitos e temas antigo, que no mais profundo, continuam atuais. Em conclusão, o autor relata "Devido minha vasta experiência concluo que o inconsciente é a repetição."
عنوان اصلی کتاب «روانکاوی و تکرار» است که نشان میدهد محتوای کتاب قدری فنیتر از چیزی است که عنوان اصلی در نسخهی فارسی پیشنهاد میکند. بحث اصلی نازیو دنبالهای است بر «ورای اصل لذت» فروید: چیزی در ناخودآگاه ما هست که در پی لذت نیست، و این از نظر نازیو همان چیزی است که باعث تکرارهای بهنجار و نابهنجار در رفتارمان میشود. نازیو اینگونه نظر لاکان را شرح میدهد که میگفت ناخودآگاه ساختاری مانند خودکاربودن تکرار دارد. بسیار خواندنی و روشنگر است. ترجمه هم شفاف و روان است.
El valor de la repetición en la clínica y de escuchar lo diferente en cada sesión. De cada igual hay algo diferente y es lo que J-D Nasio nos invita a pensar con "Lo mismo" y "Lo diferente". Interesante análisis respecto de qué es aquello que se repite.
Da mucha tela para la clínica que luego esta en cada analista si elige usarla para un mantel o si solo decide desperdiciarla. Excelente.
Los humanos somos repetición. Y no hay nada más difícil que cambiarse a uno mismo, aunque lo quieras, porque no hay nada más difícil que cambiar la repetición. Pero cuando repetimos, a lo Heráclito, ni yo ni el río somos los mismos, así que nunca es exactamente "la misma" repetición, hay una evolución. Y ahí está la esperanza para el cambio.