Desde as grandes manifestações de 2013, boa parte dos brasileiros possui uma única pergunta: o que está acontecendo com o país? Muitas pessoas se sentem em um trem desgovernado por causa de transformações profundas que o Brasil sofreu nos últimos anos, sem saber como dar sentido, viver e combater o caos diário.
Este livro da professora, antropóloga e colunista Rosana Pinheiro-Machado possui dois objetivos. Primeiro, jogar luz sobre este período de crise, trazendo uma análise do cenário político e social desde as Jornadas de Junho até a eleição de Jair Bolsonaro, sem jargão acadêmico. Segundo, apontar as saídas que se delineiam no horizonte — e mostrar que já estamos construindo possibilidades de resistir em tempos sombrios.
A Rosana Pinheiro-Machado é uma antropóloga que já lecionou em universidades renomadas como Harvard e Oxford. Nessa obra, ela faz uma análise muito rica, de forma leve e próxima ao leitor, dos diversos acontecimentos políticos e sociais que ocorreram no nosso país desde 2013 até chegarmos na eleição de Jair Bolsonaro.
A narrativa da autora foge das análises simplistas que vemos diariamente por parte da esquerda, que insiste em colocar todos os eleitores do Bolsonaro na mesma "caixinha" de fascistas.
Com diversas pesquisas de campo sustentantdo os pontos elucidados durante o livro, a autora nos mostra que não é possível apontar um único motivo para tudo que está acontecendo. Diante da complexidade de acontecimentos tão diversos e multifacetados, a autora conseguiu esclarecer, na minha opinião, muitos pontos obscuros que a maioria de nós não consegue entender.
Assim, Rosana abre nossos olhos para muitas situações que a esquerda escolheu ignorar. É um verdadeiro tapa na cara e também um convite para a esquerda sair desse espaço de "soberba intelectual" e se reaproximar do povo, para entender seus anseios.
E o ponto alto do livro é justamente a forma que a antropóloga nos enche de esperança, ao evidenciar a evolução de diversos movimentos sociais progressistas nos últimos anos, fato que a esquerda desanimada e amedrontada (me incluo nessa) não consegue ver de forma tão clara diante do rápido avanço do conservadorismo.
Com um prefácio da professora da FD-UnB Débora Diniz, que pra mim é uma das ativistas mais importantes no Brasil atualmente (sou suspeita pra falar, mas ela é incrivel mesmo), o livro me arrepiou e me impressionou ao tratar de assuntos tão "batidos" de uma maneira inovadora.
Esse livro acerta muito em mostrar os erros na trajetória que teve início no "gigante acordou" e nos trouxe até esse fundo do poço e na importância de fazer algo logo para sair dele.
Não é uma leitura maçante e tem uma linguagem simples e acessível.
"Votar em Bolsonaro foi, para muitos, a única forma de fazer política e se sentirem incluídos no coletivo. Uma forma de ser gente e ter um lugar no mundo. Isso, é claro, em meio ao vazio populista de projetos que se sustentavam apenas no personalismo. As pessoas se agarravam à figura do então candidato no meio de um deserto político.(...) É esse deserto que a esquerda precisa rever urgentemente se quiser ser protagonista da derrota do autoritarismo no Brasil."
Há um tempo eu tenho evitado ler qualquer coisa que me lembre o caos político que estamos vivendo, ainda assim, inevitavelmente me pego pensando em como chegamos até aqui e como podemos enfrentar o crescente autoritarismo e conservadorismo no Brasil.
“Amanhã vai ser maior: O que aconteceu com o Brasil e possíveis rotas de fuga para a crise atual”, da antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, tenta justamente compreender os caminhos que nos levaram até aqui, apontando os erros da esquerda e abordando os principais acontecimentos no país desde as manifestações de 2013. Ao mesmo tempo, a autora nos dá esperança de que é possível sim sair desse buraco, uma mensagem mais do que necessária nesse momento. Era a leitura que eu precisava.
fiquei emocionada lendo esse livro. Senti uma diferença tão grande de me politizar lendo a análise de uma antropóloga como a Rosana, que fez trabalho de campo em todos os grandes manifestações recentes - botou a cadeirinha lá e de fato escutou respeitosamente quem botou o corpo na linha de frente - e articula sobriamente suas reflexões sobre e dialogando c tantas referências diferentes. Ta com tudo! Me arrepiei toda ela falando sobre os movimentos feministas por horas. Longe de qualquer fatalismo, em qualquer parte do livro por mais pesado q seja, consegue terminar otimista e passar algum otimismo adiante
Ótimo livro, análise detalhada dos últimos 7 anos do Brasil, com profunda pesquisa de campo. Recomendo muito para quem quer entender como chegamos aqui e como podemos sair desse buraco.
Aprendi bastante com esse livro. Achei muito interessante a forma como a autora analisa e reconta os tempos recentes da política brasileira — começando dos protestos em 2013, até o início do governo do atual inominável.
O livro termina com um toque de esperança, o que tem estado em falta ultimamente tanto pra mim quanto para meus amigos. Leitura útil, e talvez até mesmo necessária, para esse momento nefasto em que estamos vivendo.
Eu poderia fazer eco aqui aos elogios que estão sendo rasgados ao livro, mas preferi dar um pitaco que ainda não li aqui: a importância desse livro na difusão da antropologia.
Mesmo não sendo o objetivo central do livro (acho), no seu esforço em dialogar com um público mais amplo e não escrever um livro estritamente acadêmico, a autora acertou na mosca um balanço que pouca gente consegue, e o resultado é uma contribuição imensurável para a disciplina
Acontece que a antropologia é na minha opinião a mais mistificada das ciências sociais, gera fascínio em muita gente (inclusive em outros cientistas sociais que a conhecem pouco), mas dessas poucas sabem do que se trata de fato
Antropólogos que participam de debates dominados por outras disciplinas sabem do que eu to falando, e às vezes é interessante ser assim, “exótico”, quando isso se traduz em ser levado à sério, o que nem sempre é o caso.
Aí também tem aqueles antropólogos ruins (ou que se comunicam mal) e contribuem pra isso, sendo chamados para serem a “voz etnográfica” em algum debate e acabam só reforçando estereótipos dos seus colaboradores (população pesquisada) e logo, da antropologia
Nesse ponto a Rosana acerta em cheio: ela pega um debate quente, que tá todo mundo tentando entender, e vem com sua contribuição, pessoal e disciplinar. Pra quase todo tópica que ela aborda no livro, ela traz um material empírico rico (mesmo que curto, dado os limites de tamanho do livro)
Onde ela acerta mesmo é em não usar as falas de seus interlocutores instrumentalmente, só para basear seu próprio ponto de vista; qualquer um poderia fazer isso com “seu” motorista de Uber para basear qualquer coisa
Rosana também não se satisfaz em só reportar o que viu e ouviu. A apresentação desse material é feita de maneira cuidadosa, nunca largada, mas sem com ponderações que enriquecem sua análise: ao invés de fechar na opção A ou B de algum debate, ela explica como, onde, porquê.
Por isso acho que esse livro vai fazer um grande serviço à antropologia: muita gente vai ler pra entender melhor nosso Brasil atual, e a satisfação que terão ao final do livro vai em parte ser pelo contato com uma boa antropologia, aplicada, leve, precisa.
O que a autora faz é dar textura à uma imagem que muita gente quer pintar de preto ou branco. E isso funciona maravilhosamente bem para introduzir alguém (estudantes de graduação, por ex) à antropologia.
Esse livro é necessário. No contexto político atual, em que a polarização entre esquerda e direita nos deixa cegos às nuances naturais de relações humanas, é preciso estudar a história recente e buscar soluções.
Eu gostei muito da abordagem da autora, que não visa neutralidade e já se posiciona como de esquerda e feminista. Isso porque, como ela mesma coloca, não existe parcialidade total, e sempre o autor coloca seu posicionamento, mesmo que de forma sútil. Assim, uma vez posicionada, ela consegue fazer uma autocrítica representando a esquerda, e consegue lançar um olhar realista sobre todo o aspecto de ascensão da extrema direita.
Tenho me incomodado muito com um comportamento meu de “ativista de rede social”, que apenas divulga notícias recentes sem buscar aprofundamento. Esse livro é uma tentativa de estudo mais aprofundado de minha parte, para ser uma cidadã politizada, crítica e ativa. A política deve atender seu povo, então o que de fato estamos fazendo para ouvir suas dores, seus sonhos, sua vida?
Sou grata por ter lido esse livro, e o recomendo a qualquer pessoa, de qualquer posicionamento, porque entendo que é importante refletirmos sobre como nós, como nação, chegamos aonde estamos.
Leitura incrível. Rosana Pinheiro-Machado consegue escrever de maneira muito acessível sobre os eventos que ocorreram nessa última década de Brasil até eleição de Bolsonaro à presidência. Desde os protestos de 2013, a à greve dos caminhoneiros até os rolezinhos, ela traz uma análise de quem esteve em contato direto com a população que participava desses movimentos. O sentimento é realmente de que a autora te pega pela mãozinha e te guia pelas interações que teve durante sua pesquisa enquanto compartilha suas opiniões e conclusões sobre o que acontecia no Brasil em cada momento. De maneira nada simplificadora nem dualista, a autora escreve o que observou sobre a pluralidade e contradições de pensamentos e ideias que estavam na mente de brasileiros que aderiram às manifestações enquanto também tenta compreender por exemplo como o mesmo jovem que participou dos rolezinhos e votava confiante em Lula virou eleitor de Bolsonaro em 2018. Acho uma leitura essencial para começar a entender alguns movimentos políticos atuais assim como refletir sobre um futuro menos obscuro e de mais igualdade social.
Chamamento a esquerda, que hoje se encontra numa posição de soberba, a mudar o discurso e a forma de fazer política. Ao final fica o sentimento de esperança de tempos melhores, desde que atrelado a ações efetivas de combate ao avanço do conservadorismo. #elenão
Gostei tanto que to pensando em fazer uns stories sobre no meu insta (e olha que to fora da rede. Voltar rapidinho só para isso kekekek).
Livro lúcido e didático sobre o Brasil desde as Jornadas de junho de 2013 até a atual situação política desastrosa. Eu tinha bastante dificuldade de entender tudo o que aconteceu na história recente do país e sinto que estou bem mais embasada agora. Gostoso de ler, o livro acaba e você nem percebe.
Muito bom, leitura acessível, preenchida de uma autocrítica tão cara pra esquerda. A razão de dar 4 estrelas é devido a colocações "jogadas" sem uma elucidação adequada, a exemplo do trecho que cita o apoio da Rede Globo as manifestações de 2013, e outras menções a "vaza jato"
Tenho acompanhado, ainda que de longe, algumas das análises da Rosana em suas redes sociais e em sua(s) coluna(s), e apesar de não enxergar alguns pontos específicos da mesma maneira que ela, achei muito rica e interessante a análise diversa e complexa que é foi feita, de um período histórico igualmente diverso e complexo. Se queremos agir esperançosos de um amanhã maior, é urgente que, enquanto progressistas, não adotemos visões simplórias e unilaterais dos diversos movimentos que tem abalado as estruturas do Brasil nos últimos 8 anos. Por fim, destaco o sentimento (que compartilho) de que o amanhã que queremos virá dos coletivos, da ação conjunta, da comunidade e que a esquerda institucional, se quiser ser protagonista, precisa ouvir e aprender com todos atores periféricos organizados e atuantes.
Escrito por uma cientista com claro viés progressista, o livro não se furta à crítica de interpretação social a que a esquerda resolveu virar o rosto no entendimento dos anseios e necessidades do povo no pós-junho de 2013.
Alguns dos reviews anteriores dizem muito sobre o livro. De fato, faz uma autocrítica necessária à esquerda, frequentemente elitista e distante das demandas populares. Traz um panorama organizado em modo relativamente cronológico desde as Jornadas de Junho, em 2013, relacionando-a com outras manifestações ao redor do mundo, passando por outras manifestações de massa e culminando na eleição do JMB em 2018.
Eu adorei o livro. Às vezes, evitava pegar para ler, porque: a) me dava vontade de continuar lendo sempre; b) algumas realidades lá descritas me causavam um sentimento negativo, de raiva e impotência, por termos, enquanto sociedade, deixado de construir alicerces para superar nossas velhas desigualdades. Mas a leitura é super fluida, a autora tem experiência em publicações em periódicos jornalísticos e isso torna o conteúdo muito acessível.
O único porém que eu vejo - e, admito, posso estar tomado pela desesperança que a autora menciona no texto - é uma espécie de wishful thinking de que as gerações vindouras podem encarar os problemas sob novas perspectivas, manifestando uma pulsão de transformar aquilo que é visto como injusto. Eu quero acreditar nisso, mas não sei... Bom, ela tem muito mais propriedade para falar do que eu, e está correta em nutrir esperança. Torçamos!
Aquela poeira obscura, oriunda da trágica eleições de 2018, some à media que você avança na leitura. O livro te faz enxergar e entender a onda da extrema direita que cresceu rapidamente no brasil. As análises da Rosana foram concisas e coesas.
O livro traz relatos e estudos dos acontecimentos políticos e sociais nos últimos anos no Brasil, começando lá pelas manifestações de 2013.
Aquela sensação de que a esquerda não vem cumprindo seu dever só se confirma com o livro. Faltou esforço e planejamento pra derrotar o biroliro nas urnas.
O livro cumpre seu papel e te deixa um pouco esperançoso massssss não vai ser fácil. Vai ser preciso somar esforços e descer do pedestal do “eu avisei” da soberba intelectual que eu e muitos nos encontramos.
Em uma das análises a professora conta sobre a imobilização que esse governo faz com a gente. Me vi nesse trecho, em muitos momentos eu me vejo calado, sem esperanças, triste e revoltado. Definitivamente não posso dar o luxo de ficar só parado olhando as atrocidades do governo, é essa a mensagem. Não podemos ficar parados, sem luta não há revolução.
Importantíssima análise que não reduz complexidade do fenômeno. No meu entender o livro da Rosana é fundamental para compreender o Brasil de hoje, a ascensão do bolsonarismo e a crise da esquerda brasileira. É interessante a ligação que ela traça entre o #elenão e a ascensão de mulheres como Ocasio-Cortez nos EUA em 2018. Vários outros pontos são importantes, como a descrição de conversas reais com caminhoneiros na greve do diesel, com rolezeiros da revolta do rolezinho e outros personagens. A única crítica que faço é sobre as tais rotas de fuga por ela proposta. Acho que a aposta nas micropolíticas é fundamental, mas não acredito que estamos preparados para isso ser "revolucionário" neste momento. É uma aposta de longo prazo, numa geração futura, para um problema que exige também respostas imediatas.
Livro muitoo bom, ainda que enviasado pelas tendências políticas de esquerda da autora (e olho que concordo muito com ela). Nesse contexto, no entanto, ela ainda foi capaz de fazer críticas sérias à esquerda brasileira, muito interessantes de fato. Li logo após O Brasil Dobrou a Direita do Jairo Nicolau, acredito que ambos os livros são complementares em sua análise e indico a leitura conjunta. Enquanto Nicolau apresenta uma visão técnica e estatística, Machado se aproxima do público e o dá voz, nos permitindo entender a fundo a reviravolta no contexto brasileiro que levou a eleição de Bolsonaro.
Importante acrescentar que o livro me tocou demais ao fim quando abordando o movimento #elenão, momento que marcou o início meu engajamento no movimento feminista. Lembro das manifestações com muito orgulho e esperança anexos.
"Amanhã vai ser maior" é, na minha opinião, um bom exemplo de livro que deve idealmente ser lido no calor da publicação. Passados cinco anos desde que foi lançado, antes da pandemia da COVID-19 e quando Bolsonaro ainda estava na presidência do Brasil, muita coisa mudou - e o amanhã, felizmente, está sendo maior. Ainda assim, muitos desafios abordados no livro persistem: o combate à pobreza e à desigualdade está cada vez mais urgente, a extrema-direita segue em crescimento, a luta feminista se faz mais e mais necessária. Livro acessível e bem escrito, ainda que a carência de fontes possa incomodar o leitor mais exigente. Leitura especialmente válida para os mais jovens, que talvez fossem muito jovens durante os protestos de 2013 (quase 12 anos atrás!) e durante o golpe que derrubou Dilma Rousseff e que queiram entender melhor como se chegou ao governo fascista de Bolsonaro e sua rataria.
Excelente revisão e panorama do que têm acontecido no Brasil desde 2013. Destrincha o processo que nos colocou na situação de hoje. Sai da discussão mecanicista que tenta dar respostas simples a problemas complexos. Ainda que seja uma obra com viés de esquerda, não se exime de apontar diversas falhas cometidas por esta que pavimentaram o caminho para uma extrema direita muito mais articulada.
A mensagem que eu retenho depois dessa leitura é que a nossa maior esperança está nas mulheres. Acredito que os paradigmas impostos pelo pensamento do patriarcado nos farão retornar a esse estado de medo, raiva e agressividade típicos da pulsão masculina. Penso que apenas com a completa integração do feminino no poderio social e político, teremos uma chance de evoluir enquanto sociedade.
Embora a parte das 'possíveis rotas de fuga' tenha me decepcionado um pouco, o livro me surpreendeu em outros pontos.
É um alento ver pessoas indo além das simplificações e generalizações que se tornaram comuns em relação aos eventos recentes de nossa política ("as jornadas de junho foram movimentos de direita e responsáveis pela eleição do Bolsonaro", "a maioria dos eleitores do Bolsonaro é fascista", essas são as mais presentes, mas existem outras que mesmo não expressas de maneira assim categórica insistem em habituar o nosso imaginário e percepção).
As entrevistas são reveladoras e alentadoras e o livro dá uma injeção de ânimo, tão necessária nesse momento. Valeu demais!
A Brazilian book about anti-austerity movement from 1013 to the rise of the far-right to power in Brazil in 2018.
This book have some unique research and theories that can be applicable to every social movement. Especially the theory about why some poor and black people support far-right parties that want to oppress them?
But the biggest problem is the lack of sources. There is some wage names of researchers, but not when and where they publish their research. There is no index or source list in this book.
Com base em seus achados de pesquisa, a Rosana Pinheiro-Machado traça um caminho que relaciona os movimentos de ocupação fo espaço público, a imperícia de parcela do campo progressista de compreendê-los, ascensão de uma extrema-direita e caminhos possíveis para restabelecimento da democracia no Brasil. O livro, mais que um manifesto à esperança em tempos sombrios, é uma base robusta para a tão dita autocrítica do campo progressista brasileiro.
muito interessante pra quem deseja compreender os acontecimentos políticos e fenômenos sociais que acontecem no brasil. a autora aborda desde as jornadas de junho de 2014 até a eleição do presidente jair bolsonaro em 2018. interliga os acontecimentos que se conectam de uma maneira muito fluida e nos fazem ampliar nossa perspectiva a respeito dos comportamentos da sociedade brasileira.
acho que a escolha do titulo foi perfeita para a proposta do livro.
eu li trechos dele pra faculdade e chorei varias vezes. dessa vez peguei p ler inteiro, com calma, e não tenho palavras q façam juz à importância desse livro. a analise detalhada do q aconteceu com o Brasil desde 2013 é lúcida, muito abrangente e equilibrada. é uma ferramenta para nos organizarmos. esse livro é pra colocar a cabeça de volta no lugar e enxergar um horizonte possível. realimentar as esperanças através da escuta e da ação. eu imploro: leiam esse livro.
Se você alguma vez se perguntou “o que diabos está acontecendo no Brasil?”, dentre os livros que tentam explicar esta pergunta, este é um dos melhores.
Curtinho e de leitura fácil, o livro aborda dos rolezinhos à greve dos caminhoneiros, da queda do PT à ascensão de Jair Bolsonaro.
Diferente de outros autores que abordam o tema, a autora se dispôs a conversar com diferentes grupos de pessoas para entender seus sentimentos conflitantes.
Livro essencial pra quem deseja entender como o Bolsonarismo cresceu de 2014 pra cá. Rosana mostra como o Bolsonaro conseguiu se encaixar nos espaços deixados pelas manifestações de 2013 (o tal do gigante acordou), e vencer as eleições de 2018.
Foi interessante lê-lo agora, sabendo que a gente conseguiu derrotar o Bolsonarismo nas urnas, mesmo com toda a dificuldade que foi esse processo. O amanhã vai ser maior e melhor.
Brilhante, esclarecedor e prazeroso de ler. Professora Rosana Pinheiro-Machado traz sua fala sempre envolvente sobre seus argumentos muito bem baseados e frutos de uma pesquisa de campo corajosa e importantíssima para o registro da história de nosso país e a compreensão do movimento do pêndulo do espectro político desde os rolezinhos até a eleição de Jair Bolsono como presidente em 2018.
Livro bem escrito, porém parece ser voltado para quem se considera como parte da esquerda. Na parte em que disseca o bolsonarismo - e/ou o próprio bolsonaro - como fenômeno eleitoral e como este se deu, a autora é impecável e precisa.